Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Conteúdo de Hematologia Interpretação do Hemograma – 01/10 Terapia transfusional e Imunohematologia – 08/10 Abordagem ao paciente com anemia e anemias carenciais (ferropriva e megaloblástica) – 22/10 Anemias por insuficiência medular – 29/10 Anemias Hemolíticas I (Falciforme e Talassemias) – 05/11 Anemias Hemolíticas II (Esferocitose, Def G6PD, imunes e adquiridas) – 11/11 Distúrbios da Hemostasia primária (púrpuras e defeitos funcionais das plaquetas) – 19/11 Distúrbios de coagulação (Hemofilias, CIVD) – 19/11 Leucemias – 26/11 1 LEUCEMIAS Leucemia Mielóide Aguda (LMA) Tipo mais comum de leucemia em adultos: 90% dos casos. Proliferação de células imaturas de linhagem mielóide. Em crianças corresponde a menos de 15% dos casos em crianças com menos de 10 anos. Incidência no Brasil é desconhecida. Estudo no RS estimou incidência em 1,11/100 mil hab/ano (base de registros hospitalares). LMA – Manifestações Clínicas Decorrentes da falência da hematopoese e/ou infiltração de tecidos por células leucêmicas. Fadiga, palidez, fraqueza: anemia Infecção: neutropenia Petéquias e epistaxe: plaquetopenia Diátese hemorrágica: CIVD Infiltração de órgãos e tecidos: hepatomegalia, esplenomegalia, linfadenomegalia, hipertrofia de gengiva, dor óssea, infiltração de pele (rara), cefaleia, convulsões, alteração visual (infiltração de SNC). LMA – Achados Laboratoriais Contagens hematológicas muito variáveis. Leucocitose: >50% Anemia (normo/normo na maioria das vezes) Plaquetopenia Presença de mieloblastos no sp. >20% critério diagnóstico. Ainda assim deve ser feito mielograma. Alterações dos fatores de coagulação Hiperuricemia Aumento da Desidrogenase Lática LMA - Diagnóstico Mielograma BMO se necessário Imunofenotipagem Cariótipo Citoquímica LMA - Fisiopatogenia Fatores causais são desconhecidos. Alguns fatores ambientais como exposição a irradiação ionizante e a derivados do benzeno foram associados ao desenvolvimento da doença, mas na maioria das vezes não é possível identificar o fator causal. Várias mutações genéticas já foram associadas com a doença. LMA - Tratamento Quimioterapia TMO Leucemia Linfóide Aguda (LLA) Doença maligna mais frequente na infância. Proliferação de células imaturas de linhagem linfoide. 15% da leucemias dos adultos. Dois picos de incidência: Entre 2 e 5 anos Entre 30 a 40 anos Sobrevida na infância maior que nos adultos. Etiologia desconhecida. Diagnóstico, sintomas e tratamento igual a LMA Leucemia Mielóide Crônica (LMC) É uma doença clonal da célula progenitora hematopoética que mantém sua capacidade de diferenciação e amadurecimento da linhagem mielóide, resultando em grande acúmulo de granulócitos no sangue periférico. Pode ocorrer em qualquer idade. Está diretamente relacionada com a desordem clonal decorrente da t(9;22) (q34;q11). Esta translocação dá origem ao cromossomo Philadelphia (Ph1). Ocorre a formação do gene quimérico BCR-ABL, resultante da transferência de parte do proto-oncogene c-ABL para o gene BCR no cromossomo 22. Parte do cromossomo 22 é transferida para o cromossomo 9. Gene BCR-ABL (breakpoint cluster region-Abelson murine leukemia): codifica a proteína de 210 kDa com atividade de tirosinoquinase excessiva. A anomalia é detectável pela técnica de hibridização fluorescente in situ (FISH) ou reação em cadeia de polimerase (PCR). Leucemia mielóide crônica (LMC) Técnica FISH LMC – Incidência Ambos os sexos Geralmente acima dos 40 anos LMC – Manifestações Clínicas Dependem da fase e volume da doença. Fase crônica: poucos sintomas e mais prolongada: 3 a 5 anos. Fase acelerada: mais sintomática, com duração de alguns meses Crise blástica: evolução rápida e frequentemente fatal LMC – Fase Crônica Fadiga Perda de peso Sudorese Febrícula Palidez Esplenomegalia Leucocitose > 25.000 MO com hiperplasia granulocítica com morfologia normal, blastos <10% e monocitose absoluta LMC – Fase Acelerada Piora dos sintomas Febre Sudorese noturna Perda de peso Dores ósseas Aumento da esplenomegalia Aumento do número de blastos Piora da trombocitopenia LMC – Crise Blástica Blastos > 20% na MO ou SP (50% mieloblastos e 25% linfoblastos, restante indiferenciadas ou bifenotípicas). Febre Sudorese noturna Anorexia Perda de peso Dores ósseas Esplenomegalia aumenta Infiltração extramedular pode estar presente (linfonodo, pele, ossos, SNC) Sobrevida 3 a 6 meses LMC - Diagnóstico Os principais achados laboratoriais são: Leucocitose acima de 50.000 leucócitos/ mm3 podendo chegar ou exceder 500.000 leucócitos / mm3 Basofilia Anemia normocítica e normocrômica Contagem de plaquetas variável Neutrófilos com fosfatase alcalina baixa LMC - Diagnóstico Cariótipo: identificação do cromossomo Filadélfia (Ph) 5% dos casos negativos: PCR para a pesquisa do gene BCR/ABL que virá positiva. LMC - Tratamento Inibidores de tirosinoquinase: Imatinibe (Glivec®) em primeira linha. Nilotinibe e dasatinibe em segunda linha. Usado também nas fases aceleradas e blásticas com excelente resposta. TMO em alguns casos que não respondem. 1:mieloblasto 2:promielócito 3:mielócito 4:metamielócito 5:neutrófilo bastonete 6:neutrófilo segmentado (sangue periférico) LMC Neutrófilos segmentados e bastonetes fosfatase alcalina negativa (sangue periférico) LMC Agudização de leucemia mielóide crônica em leucemia linfóide aguda 1: mieloblasto 3: mielócito 10: linfoblasto (sangue periférico) Leucemia linfocítica crônica (LLC) As doenças linfoproliferativas crônicas constituem um grupo heterogêneo de neoplasias, que tem em comum a origem a partir de células linfoides maduras, que além de infiltrarem os órgãos linfoides, também estão presentes na MO e sangue periférico. Leucemia Linfocítica Crônica-B é a mais comum Estadiamento - LLC 0: linfocitose I: linfocitose+linfadenopatia II:linfocitose+linfadenopatia+hepatoesplenomegalia III:linfocitose+linfadenopatia+hepatoesplenomegalia+anemia IV:linfocitose+linfadenomegalia+hepatoespleno+anemia+trombocitopenia Sinais e Sintomas - LLC Comum em idosos; Predomínio no sexo masculino; Aumento dos linfonodos cervicais, axilares e inguinais. Geralmente isolados e não-dolorosos. Pode ocorrer o aumento das tonsilas; Anemia; Trombocitopenia; Hepatomegalia e esplenomegalia (estágios mais avançados); Imunossupressão LLC Idade mediana: 65 anos Rara em indivíduos com menos 50 anos (10% casos) Incidência: 2 a 6 casos/100.000 hab/ano aumentando com a idade, chegando a 12,8 casos/100mil hab aos 65 anos e a 30 casos/100mil hab acima dos 80 anos. 30% de todas as leucemias nos países ocidentais. 2 homens : 1 mulher LLC Etiologia desconhecida Fatores ambientais como exposição a agentes químicos e derivados do petróleo podem aumentar o risco. Há sugestão de predisposição genética pela existência de casos familiares em alguns pacientes. LLC – Quadro Clínico Assintomática por ocasião diagnóstico. Adenomegalia generalizada. Perda de peso Cansaço Hepatomegalia Esplenomegalia Infiltração leucêmica Síndrome de Richter: transformação pra Linfoma Difuso de grandes células B: Febre, emagrecimento, sudorese, aumento dos linfonodos, anemia, trombocitopenia e gamopatia monoclonal. LLC - Diagnóstico Linfocitose persistente, linfócitos pequenos, >5.000 por mais de 3 meses. Anemia normocítica e normocrômica. 10 a 25% casos auto-imune. Coombs direto + Trombocitopenia. MO com >30% de linfócitos. Hipergamaglobulinemia monoclonal em até 5% dos casos. LLC - Imunofenotipagem CD19 + SIg + CD5+ CD23+ CD79b + Expressão de apenas uma cadeia leve: kappa ou lambda LLC - Citogenética 13q14, trissomia 12, 11q23, p53 Expressão de ZAP-70: mau prognóstico LLC - Tratamento Curas são raras Quimioterapia somente em alguns casos, com critérios bem estabelecidos pois não há aumento da sobrevida. Leucemia linfóide crônica (medula óssea) Leucemia de células pilosas – Tricoleucemia (sangue periférico)
Compartilhar