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Esteriótipo, Preconceito e Discriminação - Material ALuno

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BASES HUMANÍSTICAS Prof. Leonardo Mello de Sousa 
Estereótipo 
A palavra estereótipo, vem do grego stereos e typos compondo uma "impressão 
sólida". Uma marca ou cliché como forma de caracterizar ou representar pessoa, 
objeto ou grupo social. 
É a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação. São usados 
principalmente para definir e limitar pessoas ou grupo de pessoas na sociedade. O 
estereótipo é geralmente imposto, segundo as características externas, tais como a 
aparência (cabelos, olhos, pele), roupas, condição financeira, comportamentos, cultura, 
sexualidade, sendo estas classificações (rotulagens) nem sempre positivas que podem 
muitas vezes causar certos impactos negativos nas pessoas. 
Esta impressão pode se dar através da cultura ou das diferenças apresentadas entre os 
grupos sociais. Tradicionalmente herdamos estas informações de nossos ancestrais 
num movimento transgeracional. 
A frase “Brasil, o país do futebol” é um exemplo de estereótipo positivo e demonstra a 
paixão que os brasileiros têm em relação ao futebol. No entanto, existem idéias 
estereotipadas caracterizadas como negativas, como por exemplo, “o Paquistão é o 
país dos homens bomba”. Essa generalização não é vista com bons olhos pelos 
paquistaneses, uma vez que a maioria dos habitantes que vivem lá é contra o 
terrorismo. O fato é que muitos estereótipos são geralmente adquiridos na infância sob 
a influência dos pais, familiares, amigos, professores e através da mídia. E quando um 
estereótipo é aprendido e armazenado no cérebro, a tendência é que seja passado para 
outras pessoas. 
Assim, por intermédio da percepção, as vivências históricas e sócio-culturais se 
tornam presentes à nossa consciência, gerando a afetividade e as ações que 
determinada experiência permite ter. A realidade age sobre nós se for apreendida e 
internalizada. Define-se estereótipo social como crença coletivamente compartilhada 
acerca de algum atributo, característica ou traço psicológico, moral ou físico atribuído 
extensivamente a um agrupamento humano, formado mediante a aplicação de um ou 
mais critérios, como por exemplo, idade, sexo, inteligência, filiação religiosa e outros. 
Os estereótipos sociais influenciam condutas e comportamentos em interações sociais 
quando os interatores são enquadrados por essa crença. Do ponto de vista da 
psicologia, estereótipos podem ser investigados sob aspectos diferentes que vão desde 
a sua formação até manifestação coletiva. 
 “Representações, obviamente, não são criadas por um indivíduo isoladamente. Uma 
vez criadas, contudo, elas adquirem uma vida própria, circulam, se encontram, se 
atraem e se repelem e dão oportunidade ao nascimento de novas representações, 
enquanto velhas representações morrem.” (Moscovici, 2003). 
As representações, os estereótipos, são ingredientes importantes do caldo sócio-
cultural. Segundo esse psicólogo, é extrememente importante que consideremos que as 
representações sociais são capazes de influenciar o comportamento do indivíduo e, 
dessa forma, gerar movimentos que englobem uma coletividade. 
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Esta questão foi trabalhada em sala de aula com os diferentes exemplos, inclusive da imagem médica.
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Notemos nossas influências familiares e sociais na construção desta imagem grupal ou individual e que será passada através das gerações.
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O comportamento do indivíduo sofre a influência social e também pode mudar esta coletividade.
 
 BASES HUMANÍSTICAS Prof. Leonardo Mello de Sousa 
 “A distinção entre opinião particular e opinião pública, por legítima que seja, nem por 
isso resolve a dificuldade, pois uma e outra interferem entre si, de maneira sutíl e 
movediça. A própria opinião pública, domínio de eleição do psicólogo social, tange a 
um sistema de crenças fortemente enraizadas e cristalizadas, assim ao nível coletivo 
como ao individual; de outra parte liga-se a processos episódicos afetados de forte 
contingência, correspondentes ao que se chama a atualidade ou as notícias” 
(Maisonneuve, 1977). 
Sua aceitação é ampla e culturalmente difundida, sendo um grande motivador de 
preconceito e discriminação. 
Podemos classificar os estereótipos em: 
• Estereótipos de gênero: São estereótipos direcionados ao gênero masculino e 
feminino. 
• Estereótipos raciais e étnicos: São estereótipos direcionados a diferentes 
etnias e raças. 
• Estereótipos sócio-econômicos: São estereótipos relacionados com a questão 
financeira de indivíduos e grupo de indivíduos. 
• Estereótipos no meio profissional: direcionados a certas profissões. 
• Estereótipos em relação à orientação sexual: gays, lésbicas e bissexuais. 
• Estereótipos da estética: moda, arte, mídia 
• Estereótipo nas escolas: “nerds” ou “CDF” que representam os alunos que se 
destacam pela sua inteligência e pelo seu jeito introvertido. 
Preconceito 
É um "juízo" de valor, preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude 
"discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou 
"estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo 
social, ao que lhe é diferente. Mas também pode representar algo positivo, 
infelizmente o senso comum acabou reforçando uma idéia sempre negativa a palavra, 
embora estabelecer previamente conceitos sobre alguém ou algo, não necessariamente 
é algo negativo. 
Observar características comuns a grupos são consideradas preconceituosas quando 
entrarem para o campo da agressividade ou da discriminação, caso contrário reparar 
em características sociais, culturais ou mesmo de ordem física por si só não 
representam preconceito, elas podem estar denotando apenas costumes, modos de 
determinados grupos ou mesmo a aparência de povos de determinadas regiões, pura e 
simplesmente como forma ilustrativa ou educativa. 
Os sentimentos negativos em relação a um grupo fundamentam a questão afetiva do 
preconceito, e as ações, o fator comportamental. Segundo Max Weber (1864-1920), o 
indivíduo é responsável pelas ações que toma. Uma atitude hostil, negativa ou 
agressiva em relação a um determinado grupo, pode ser classificada como preconceito. 
As formas mais comuns de preconceito são: social, "racial" e "sexual". 
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Homens melhores que mulheres e vice-versa.
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Racismo e o extremismo religioso.
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A imagem do médico e da própria medicina que estão se transformando, embora ainda constituímos velhos tabus.
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O padrão da moda instituído, escravizando honens e mulheres em seus corpos e procedimentos cirurgicos e de estética. 
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Trabalhamos esta idéia em sala de aula quando passamos a nos perguntar sobre nossos conceitos anteriormente concebidos; sem que a diferença seja entendida como algo ruim, mas sim como algo que favorecerá o crescimento social e pessoal.
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Lembrem-se que este autor tinha como linha teórica a compreensão da ação humana, que era dotada de sentido (Hermenêutica).
 
 BASES HUMANÍSTICAS Prof. Leonardo Mello de Sousa 
O preconceito racial é caracterizado pela convicção da existência de indivíduos com 
características físicas hereditárias, determinados traços de caráter e inteligência e 
manifestações culturais superiores a outros pertencentes a etnias diferentes. O 
preconceito racial, ou racismo, é umaviolação aos direitos humanos, visto que fora 
utilizado para justificar a escravidão, o domínio de alguns povos sobre outros e as 
atrocidades que ocorreram ao longo da história. 
 
Nas sociedades, o preconceito é desenvolvido a partir da busca, por parte das pessoas 
preconceituosas, em tentar localizar naquelas vítimas do preconceito o que lhes 
“faltam” para serem semelhantes à grande maioria. Podemos citar o exemplo da 
civilização grega, onde o bárbaro (estrangeiro) era o que "transgredia" toda a lei e 
costumes da época. Atualmente, um exemplo claro de discriminação e preconceito 
social é a existência de favelas e condomínios fechados tão próximos fisicamente e tão 
longes socialmente. Outra forma de preconceito muito comum é o sexual, o qual é 
baseado na discriminação devido à orientação sexual de cada indivíduo. 
 
O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência, uma vez que é 
baseado unicamente nas aparências e na empatia. 
Escala de Preconceito de Allport - The Nature of Prejudice (1954) 
NÍVEL CONCEITO DESCRIÇÃO 
1 Antilocução 
Grupo majoritário fazendo piadas abertamente 
sobre um grupo minoritário. Também chamado 
de incitamento ao ódio. É geralmente vista como 
inofensiva pela maioria, mas estabelece o 
cenário para erupções mais sérias de 
preconceito. 
2 Esquiva 
O contato com as pessoas do grupo minoritário 
passa a ser ativamente evitado pelos membros 
do grupo majoritário. Não há intenção de fazer 
mal diretamente (isolamento). 
3 Discriminação 
O grupo minoritário é discriminado negando-lhe 
oportunidades e serviços. Os comportamentos 
têm por objetivo específico prejudicar o grupo 
minoritário impedindo-o de atingir seus 
objetivos, obtendo educação ou empregos etc. 
4 Ataque Físico 
O grupo majoritário vandaliza as coisas do 
grupo minoritário, queimam propriedades e 
desempenham ataques violentos contra 
indivíduos e grupos. Danos físicos são 
perpetrados contra os membros do grupo 
minoritário (linchamento, atear fogo em índios, 
agredir homosexuais). 
5 Extermínio 
O grupo majoritário busca a exterminação do 
grupo minoritário. 
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Este autor queria representar uma forma de analisar as questões sociais, principalmente a violência, constituindo esta escala. 
 
 BASES HUMANÍSTICAS Prof. Leonardo Mello de Sousa 
Discriminação 
Significa "fazer uma distinção".O significado mais comum, no entanto, tem a ver com 
a discriminação sociológica: 
• Discriminação Social 
• Discriminação Racial 
• Discriminação Deficiência 
• Discriminação Religiosa 
• Discriminação Sexual 
• Discriminação Idade 
• Discriminação Nacionalidade 
• Discriminação Trabalho 
A ato de discriminar leva em muitos casos a um processo de exclusão social que 
marginaliza e estigmatiza o indivíduo ou grupo social, representando uma série de 
restrições e aprisonamentos sociais incapacitantes. 
A legislação brasileira considera crime o ato discriminatório, como se depreende das 
leis 7.853/89 (pessoa portadora de deficiência), 9.029/95 (origem, raça, cor, estado 
civil, situação familiar, idade e sexo) e 7.716/89 (raça ou cor). 
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A discriminação é a representação em ações da imagem e dos preconceitos constituídos por mim. Claro que também podemos olhar ela do ponto de vista positivo, mas ela é mais entendida como atitude pejorativa e negativa sobre determinado indivíduo ou grupo. 
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Infelizmente é necessário constituir dispositivos legais para se alcançar uma relação de identificação humana com nossas diferenças ? Entretanto, a lei não garantirá que nossa imagem, preconceitos e comportamentos não sejem negativos; infelizmente ela somente tenta restringir um pouco os ímpetos humanos em relação as nossas diferenças. nullnullA mudança deve vir na imagem e conceitos pré-existentes sobre a diferença humana. A partir daí nossa atitude não será de discriminar, mas sim de conhecer e amplicar nossa cultura.

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