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Apostila-ABC das plantas ornamentais

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Apostila do Curso ABC de Produção de Flores e Plantas Ornamentais 
FLORTEC Fone/Fax: 0**19 3802-2234 e-mail: flortec@flortec.com.br 
1
 
Índice 
 
 
I - A Produção de Flores e Plantas Ornamentais 
no Brasil e no Mundo............................................................................................... 4 
 I.1. O Mercado Brasileiro de Flores e Plantas Ornamentais.................................. 9 
II - Principais Espécies Comercializadas e 
Tendências do Setor Produtivo ............................................................................. 13 
III - Parâmetros básicos para escolha de uma espécie a 
ser produzida......................................................................................................... 16 
IV - Princípios básicos de tecnologia de produção....................................................... 20 
V - Ciclos de Produção das Principais Flores de Corte................................................ 24 
V1 - Ciclo de Produção de Rosas.......................................................................... 24 
V2 - Ciclo de Produção de Crisântemos ............................................................... 31 
V3 - Ciclo de Produção de Cravos ........................................................................ 34 
V4 - Ciclo de Produção de Gérberas .................................................................... 36 
V5 - Ciclo de Produção de ANTÚRIOS.................................................................. 39 
VI - PÓS-COLHEITA DE Flores de Corte ....................................................................... 49 
01 - INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 49 
02 - FATORES AMBIENTAIS............................................................................................... 50 
03 - FATORES CULTURAIS................................................................................................. 50 
04 - COLHEITA.............................................................................................................. 50 
05 - PONTO DE COLHEITA ................................................................................................ 50 
06 - MANEJO DO CORTE................................................................................................... 50 
07 - FERRAMENTAS ........................................................................................................ 51 
08 - TEMPO DE ESPERA ................................................................................................... 51 
09 - CARREGAMENTO...................................................................................................... 51 
10 - TRANSPORTE AO BARRACÃO........................................................................................ 51 
11 - ASPECTOS IMPORTANTES PARA O CONTROLE DA PRODUÇÃO.................................................. 51 
11.1 - Controle de produção .............................................................................................51 
11.2 - Fisiologia da pós-colheita ......................................................................................52 
12 - LOCALIZAÇÃO DO BARRACÃO ........................................................................................ 52 
13 - INFRA ESTRUTURA DO BARRACÃO .................................................................................. 52 
14 - CHEGADA DO PRODUTO NO BARRACÃO ............................................................................ 52 
Apostila do Curso ABC de Produção de Flores e Plantas Ornamentais 
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2
 
 
15 - O PRODUTO NO BARRACÃO.......................................................................................... 52 
16 - CLASSIFICAÇÃO POR TAMANHO ..................................................................................... 52 
17 - SELEÇÃO ................................................................................................................ 53 
18 - EMBALAGEM ............................................................................................................ 53 
18.a - Funções:.................................................................................................. 53 
18.b - Formas de embalagem ........................................................................... 53 
18.c - Aparelhos ................................................................................................ 53 
18.d - Métodos e Embalagens........................................................................... 53 
19 - CORTE (NIVELAMENTO) DA BASE DAS HASTES .................................................................. 53 
20 - REIDRATAÇÃO......................................................................................................... 53 
21 - SOLUÇÕES CONSERVANTES......................................................................................... 54 
VII - Bibliografia Recomendada..................................................................................... 55 
VIII - Ciclos de Produção das Principais Flores e plantas em vaso................................ 55 
IX - Ciclo de Produção de CRISÂNTEMO EM VASO E BOLA BELGA................................. 56 
X - Ciclo de Produção de VIOLETA.................................................................................. 60 
XI - Ciclo de Produção de KALANCHOE .......................................................................... 63 
XII - Ciclo de Produção de GÉRBERA ............................................................................. 68 
XIII - Ciclo de Produção de FICUS ................................................................................. 70 
XIV - Ciclo de Produção de SCINDAPSUS (Jibóia) ......................................................... 72 
XV - Ciclo de Produção de SAMAMBAIA ........................................................................ 73 
XVI - Ciclo de Produção de DIEFFENBACHIA ................................................................. 77 
XVII - Ciclo de Produção de SPATHIPYLLUM ................................................................. 78 
XVIII - Bibliografia Recomendada ................................................................................. 80 
XIX - Ciclo de Produção de forrações............................................................................. 81 
XX - Ciclo de Produção Petunia x hybrida ...................................................................... 81 
XXI - Ciclo de Produção Catharanthus roseus................................................................ 82 
XXII - Ciclo de Produção Zinnia elegans ........................................................................ 83 
XXIII - Ciclo de Produção Tagetes erecta e T. Patula ................................................... 85 
XXIV - Ciclo de Produção Portulaca grandiflora............................................................ 86 
XXV - Ciclo de Produção Ixora coccinea L. var. Compacta............................................ 87 
XXVI - Ciclo de Produção Impatiens walleriana............................................................ 88 
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3
 
 
XXVII - Ciclo de Produção Evolvulus glomeratus.......................................................... 89 
XXVIII - Ciclo de Produção Solenostemom scutellarioides.......................................... 89 
XXIX - Ciclo de Produção Viola tricolor L ou V x wittrockiana ...................................... 90 
XXX - Ciclo de Produção Pelargonium x domesticumP. x hortorum ............................. 91 
XXXI - Ciclo de Produção Gazania rigens ....................................................................... 92 
XXXII - Ciclo de Produção Lobularia maritima Alyssum maritimum ............................. 93 
XXXIII - Ciclo de Produção Begônia semperflores......................................................... 93 
XXXIV - Ciclo de Produção Phlox drummondii ............................................................... 94 
XXXV - Ciclo de Produção Senecio douglasii .................................................................. 95 
XXXVI - Ciclo de Produção Verbena x hybrida ............................................................... 95 
XXXVII - Ciclo de Produção Ageratum houstonianum ................................................... 95 
XXXVIII - Ciclo de Produção Celosia argentea L. Celosia Cristata L .............................. 97 
XXXIX - Ciclo de Produção Duranta repens L. var. aurea Hort ...................................... 97 
XL - Ciclo de Produção Lantana camara L ...................................................................... 98 
XLI - Ciclo de Produção Dianthus chinensis L ................................................................ 98 
XLII - Doenças em Plantas OrnamentaiS....................................................................... 99 
XLIII - Bibliografia Recomendada................................................................................ 110 
 
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4
 
 I - A Produção de Flores e Plantas Ornamentais no Brasil e no Mundo 
 O Mercado Mundial de Flores e Plantas Ornamentais está hoje em plena 
fase de expansão. Inicialmente a produção estava concentrada em alguns países 
europeus como Holanda, Itália e Dinamarca, sendo o Japão, na Ásia, outro 
grande produtor, fato esse influenciado principalmente pela questão cultural que 
estimulava o consumo interno desses países. 
 A Produção Mundial de flores e plantas ocupa uma área estimada de 
190.000 ha, movimentando valores próximos a U$ 16 bilhões/ano ao nível de 
produtores em consumo estimado em U$ 48 bilhões/ano no varejo. 
 Com o advento da globalização e com a busca constante de se descobrir 
novos pólos de produção, visando principalmente baixar os custos de produção 
através do plantio em regiões que possuam condições climáticas mais adequadas 
e disponibilidade de mão de obra, surgiram em todo o mundo novas regiões de 
produção. Dentre elas, se destacam: 
 - Colômbia e Equador: produção de flores de corte tais como, crisântemos, rosas, 
gypsophilas e cravos. 
- Costa Rica: produção de flores tropicais, folhagens e mudas de plantas verdes. 
- Estados Unidos: produção de flores em vaso, tais como crisântemos, orquídeas, 
bromélias, impatiens, poinsétias, ciclamen, plantas de jardim entre outras. 
- Israel: produção de flores de corte, tais como ásters, gypsophila, rosas, 
crisântemos e material de propagação (mudas e sementes). 
- Japão: produção de flores de corte tais como crisântemos, rosas, gypsophilas, 
orquídeas e sementes diversas. 
- África do Sul: produção de bulbos de gladíolos, amarillis e algumas flores de 
corte. 
- Quênia: produção de rosas. 
- Espanha: produção de cravos, plantas de jardim, rosas, gladíolos e plantas 
verdes diversas. 
- Itália: produção de crisântemos, plantas de jardim, mudas diversas. 
- Dinamarca: produção de begônias, violetas, azaléas, ciclamen, poinsétias, entre 
outras. 
- Holanda: produção de rosas, crisântemos, lírios, tulipas, alstromeria, ásters, 
violetas, azaléas, gérberas, gypsophila e materiais de propagação (mudas e 
sementes). 
- Brasil: produção de rosas, crisântemos, cravos, violetas, prímulas, cinerárias, 
kalanchoes, gypsophilas, folhagens, plantas de jardim e outras. 
O Mercado Mundial movimenta valores, em nível de exportação, superiores 
a U$ 5 bilhões, sendo os principais países exportadores: 
- Holanda, Colômbia, Itália, Dinamarca, Israel, Equador, Espanha, Quênia, Costa Rica, 
África do Sul, Austrália entre outros. 
 
 
 
 
 
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5
 
FIGURA 1. Intercâmbio intra-europeu de flor 
cortada 
 
FIGURA 2. Intercâmbio intra-americano de flor 
cortada 
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FIGURA 3. Intercambio intra-asiático de flor 
cortada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7
 A Tabela I e II apresenta o ranking de países. 
 
 TABELA I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Países Exportadores de Flores Valor em U$ Participação
x 1000 %
Holanda 3.372.276,00 45,3
Colombia 560.968,00 7,5
Dinamarca 465.267,00 6,2
Italia 458.606,00 6,2
Bélgica / Luxemburgo 341.009,00 4,6
Estados Unidos 261.118,00 3,5
Canadá 229.214,00 3,1
Israel 227.345,00 3,1
Alemanha 202.355,00 2,7
Espanha 200.985,00 2,7
França 160.600,00 2,2
Equador 145.743,00 2,0
Kenia 136.684,00 1,8
Costa Rica 129.839,00 1,7
Zimbabwe 62.701,00 0,8
México 43.655,00 0,6
Grã - Bretanha 40.265,00 0,5
Taiwan 39.158,00 0,5
Nova Zelândia 34.048,00 0,5
África do Sul 33.736,00 0,5
Guatemala 32.779,00 0,4
Tailandia 32.762,00 0,4
Singapura 29.135,00 0,4
China 28.432,00 0,4
India 22.545,00 0,3
Australia 20.188,00 0,3
Malasia 13.388,00 0,2
Outros 113.342,00 1,5
Brasil 13.000,00 0,2
Total 7.451.143,00 100,0
Fonte: FloraCulture - Junho 2000
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Tabela II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Países Importadores de Flores de Corte - Ano base 1998
Valor em U$ Participação
x 1000 %
Alemanha 1.869.988,00 23,5
Estados Unidos 1.071.977,00 13,5
França 817.147,00 10,3
Grã - Bretanha 809.223,00 10,2
Holanda 739.868,00 9,3
Suiça 319.411,00 4,0
Italia 311.039,00 3,9
Bélgica / Luxemburgo 265.432,00 3,3
Japão 234.821,00 2,9
Áustria 219.470,00 2,8
Canadá 168.813,00 2,1
Suécia 146.105,00 1,8
Dinamarca 140.653,00 1,8
Espanha 108.200,00 1,4
Noruega 86.515,00 1,1
Outros 652.866,00 8,2
Brasil 5.500,00 0,1
Total 7.967.028,00 100,0
Fonte: FloraCulture - Junho 2000
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9
I.1. O Mercado Brasileiro de Flores e Plantas Ornamentais 
 A produção e comercialização de flores e plantas ornamentais no Brasil 
começaram em escala comercial na década de 50 com imigrantes portugueses. 
Na década de 60 entraram neste mercado os imigrantes japoneses e finalmente 
os imigrantes holandeses, que no início da década de 70 deram um impulso maior 
à comercialização, implantando um sistema de distribuição pelo país inteiro. Até a 
1988 o mercado teve um crescimento vegetativo e uma atuação comercial 
baseada em centros regionais de comercialização tais como os CEASAS e 
empresas de distribuição que atendiam a todo o país. A partir de 1989 surge, o 
Veiling Holambra que representa uma transformação substancial no mercado e 
acaba influenciandoo comportamento e as práticas do setor. Desde então o 
mercado interno apresentou taxas de crescimento de até 20% ao ano. 
 O Brasil devido à estabilidade de sua economia após o plano real e por ser 
um dos países em crescimento que apresenta taxas de investimentos externos 
das maiores do mundo, vem se firmando como um mercado interno em amplo 
desenvolvimento e bastante atrativo para novos investimentos. Atualmente a 
produção nacional é voltada basicamente para o mercado interno, com um 
crescimento constante nas exportações, sendo que nos últimos anos diversos 
pólos regionais de produção vêm se formando (veja a Tabela III). 
 
 
 
 
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10
TABELA III 
 
DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA PRODUÇÃO DE 
FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS 
Estado Regiões Produtoras 
Rio Grande do Sul Vacaria 
 Santa Cruz do Sul 
 Antônio Prado 
Nova Petrópolis 
Maquiné 
Ivoti 
Santa Catarina Joinville 
 Biguaçu 
 Rio do Sul 
 Corupá 
Paraná Londrina 
 Maringá 
 Foz do Iguaçu 
 Guarapuava 
 Curitiba 
São Paulo Registro 
 Mogi das Cruzes 
 Arujá 
 Ibiúna 
 Cotia 
 São Roque 
 Atibaia 
 Paranapanema 
 Holambra 
 Campinas 
Espírito Santo Venda Nova do Imigrante 
Rio de Janeiro Petrópolis 
 Rio de Janeiro 
Nova Friburgo 
Rio Bonito 
Sumidouro 
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Teresópolis 
Guaratiba 
Niterói 
Maricá 
Minas Gerais Munhoz 
 Andradas 
 Barbacena 
 Belo Horizonte 
Araxá 
Distrito Federal Brasília 
Bahia 
 
 
Ituberá 
Morro do Chapéu 
Feira de Santana 
Pernambuco Recife 
Gravatá 
 Bonito 
 Garanhuns 
Petrolina 
Barra de Guabiraba 
Ceará Região Metropolitana de Fortaleza 
Serra de Baturité 
Serra de Ibiapaba 
Cariri 
Pará Belém 
Alagoas Maceió 
Amazonas Manaus 
 
A tendência de globalização da economia também está presente em nosso 
mercado e hoje verifica-se que há iniciativas de entradas de produtos no país 
(principalmente flores naturais da Colômbia e Equador e flores artificiais da China) 
além do crescente investimento de empresas internacionais de serviços 
(acessórios, insumos, mudas, etc.). Outro aspecto importante em termos de 
mercado externo brasileiro é o aumento de negociações com a chegada do 
Mercosul. A Argentina tem um perfil de consumo mais cultural para as flores e 
plantas, tendo um gasto médio per capta de US$ 25,00 ao ano (no Brasil este 
valor esta em torno de US$ 3,50 ao ano). A seguir temos os valores médios de 
consumo “per capta”/ano para diversos para países (Tabela III). 
 
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12
TABELA IV 
 
 
PAÍS US$ PAÍS US$
Noruega 160,00 Holanda 77,00 
Suíça 167,00 Bélgica 66,00 
Suécia 85,00 França 66,00 
Dinamarca 80,00 Japão 43,00 
Itália 60,00 EUA 55,00 
Alemanha 94,00 Argentina 25,00 
Áustria 105,00 Brasil 3,50 
CONSUMO DE FLORES PER CAPTA AO ANO
 
 
Segundo a Câmara Setorial de Flores e Plantas Ornamentais, o mercado interno 
movimenta cerca de US$ 628 milhões (a preço de varejo). A nível do setor 
produtivo, estima-se que o valor movimentado ao ano está em torno de U$ 140 
milhões. Estima-se que tenhamos hoje cerca de 18.000 pontos de venda, 3.600 
produtores, mais de 400 atacadistas e 28 centros atacadistas, com vendas no 
atacado em torno de US$ 252 milhões. Dentre os centros de atacado podemos 
destacar: Veiling-Holambra, Cooperflora, Ceasa-Campinas, CEAGESP, Agraflores, 
CADEG, Mercaflor,Ceasa-Porto Alegre, etc. 
 
 Outro fator a ser levado em consideração é a aprovação da lei Proteção de 
Cultivares em 10 de abril de 1997, que irá possibilitar a entrada de diversas 
empresas fornecedoras de material de propagação e tecnologia, além da 
possibilidade de surgirem diversas parcerias com empresas nacionais, e que está 
em faze de acertos e finalizações da sua execução. 
 O cenário que se apresenta para a Floricultura Nacional é de grandes 
mudanças, devido à formação de pólos regionais de produção em vários estados, 
amparados pela entrada de novas tecnologias e conceitos internacionais de 
qualidade, padronização e pós-colheita, fatores esses irão beneficiar o consumidor 
brasileiro que terá acesso a produtos de melhor qualidade e preços médios cada 
vez mais compatíveis com a realidade brasileira. 
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13
 
II - Principais Espécies Comercializadas e Tendências do Setor 
Produtivo 
 
No passado o Mercado Nacional apresentou-se bastante tradicional, 
consumindo principalmente rosas, crisântemos, gladiolos e cravos como flores de 
corte; violetas, crisântemos no vaso de barro, prímulas e gloxíneas como flores 
em vaso. Atualmente com o advento da globalização, diversas empresas 
multiplicadoras introduziram novas espécies e variedades, tendência essa que 
atende perfeitamente as necessidades do consumidor brasileiro, que sempre está 
buscando novidades. 
A Tabela IV apresenta os principais grupos de flores e plantas com as 
respectivas espécies mais importantes. 
 
TABELA V 
 
FLORES DE 
CORTE 
FLORES EM VASO PLANTAS 
VERDES EM 
VASO 
PLANTAS PARA 
PAISAGISMO 
Crisântemos 
Rosas 
Cravos 
Asters 
Gypsophilas 
Lírios 
Gérberas 
Gladiolos 
Antúrios 
Strelitzias 
Heliconeas 
Tangos 
Violetas 
Kalanchoes 
Crisântemos vaso de 
barro 
Crisântemos nos 
potes 11 e 13 
Azaleas 
Prímulas 
Gloxíneas 
Cinerárias 
Bromélias 
Begônias 
Orquídeas 
Gérberas 
Ciclamens 
Mini rosas 
Spathiphyllum 
Fícus 
Difenbachias 
Asplenium 
Cipestres 
Dracenas 
Fitonias 
Spathiphyllum 
Peperônias 
Filodendros 
Samambaias 
Singonium 
Crotons 
Leias 
Aspargos 
 
Palmeiras diversas 
Primaveras 
Hibiscus 
Árvores diversas 
Cicas 
Thuias 
Salvias 
Tagetis 
Impatiens 
Cinerárias 
Durantas 
Gerânios 
Ixórias 
Petunias 
Celósia 
Lantana 
Cravinas 
 
 
Atualmente o setor produtivo apresenta uma forte tendência de 
especialização, surgindo produtores de material de propagação (mudas, sementes 
e bulbos), que detém alta tecnologia e representam as grandes multiplicadoras 
mundiais. Os produtores de flores e plantas tendem a trabalhar apenas com o 
produto final (flores de corte, flores em vaso, plantas verdes ou plantas para 
paisagismo) e diminuindo o seu leque de espécies e variedades, trabalhando 
assim de uma forma mais profissional e especializada. A Tabela V apresenta os 
dez principais produtos comercializados pelo Veiling - Holambra no período de 
1992 a 1999. 
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TABELA VI 
Produto 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 
Rosas 5.453 6.507 7.571 9.054 10.040 12.241 11.679 7.975 
(dúzias) 
Violetas 9.185 14.111 15.302 17.381 19.123 20.698 15.259 14.288 
(vasos) 
Crisântemos 1.202 1.517 1.920 2.091 2.277 1.650 1.342 1.601 
(maços) 
Azaléas 854 1.199 1.250 1.351 1.611 1.277 1.834 831.297
(vasos) 
Kalanchoes 1.887 2.257 3.205 3.590 4.245 6.483 6.914 8.292 
(vasos) 
Crisântemos 391 444 791 1.148 1.382 1.867 1.873 1.860 
(vasos) 
Gladíolos 1.301 1.152 905 748 695 533 495 ___ 
(dúzias) 
Cravos 190 83 193 372 387 459 338 ___ 
(dúzias) 
Gérberas 262 307 302 259 260 325 234 ___ 
(dúzias) 
Gypsophila489 372 319 212 174 155 60 ___ 
(maços) 
Aster 408 ___ 
Giboia 
Verde C21 
 309 
Crisântemo 
pt 13/14 
 3.095 
Begônia 
pt11 
 2.473 
Tango mç 764 
Lírio pt 646 
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Produto 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 
13/14/15 
Outro fator a ser levado em consideração é a grande diversidade de cores 
e formas, que as novas variedades vem apresentando. O grau de especialização 
chega até o mesmo sobre a coloração e o formato da flor. Como por exemplo, 
podemos citar as rosas, onde existem diversas variedades de coloração vermelha, 
sendo que algumas já estão saindo do mercado como as variedades Dallas e 
Vegas e outras estão entre as mais comercializadas do mercado como Carola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dimensionamento dos Principais Mercados Valor total 
Flores de corte Consumo Mercado 
per capita População Varejo
U$ (milhões) (U$ milhões)
Áustria 105 7,99 838,95 
Bélgica 66 10,49 692,34 
China 0,45 1203 541,35 
Dinamarca 80 5,2 416,00 
Finlândia 66 5,1 336,60 
França 66 58,11 3.835,26 
Alemanha 94 81,34 7.645,96 
Grécia 31 10,65 330,15 
Irlanda 12 3,55 42,60 
Itália 60 58,26 3.495,60 
Japão 43 125,51 5.396,93 
Holanda 77 15,45 1.189,65 
Noruega 160 4,33 692,80 
Espanha 24 39,4 945,60 
Suécia 85 8,82 749,70 
Suíça 167 7,1 1.185,70 
Grã - Bretanha 29 58,3 1.690,70 
Estados Unidos 55 263,81 14.509,55 
Argentina 25 45,5 1.137,50 
Brasil 3,5 180 628,00 
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III - Parâmetros Básicos para Escolha de uma Espécie a ser Produzida 
 
A opção pela escolha de uma espécie e respectivas variedades, deve levar 
em consideração uma série de fatores, a saber: 
III.1. - Origem étnica da região 
Os principais pólos de produção no Brasil se iniciaram a partir de regiões 
onde existiam colônias de imigrantes japoneses e europeus, como por exemplo 
as cidades do Cinturão Verde de São Paulo, o município de Holambra, entre 
outros. Essa tendência se observa também na introdução de novas variedades 
que de maneira geral foram introduzidas por produtores de origem estrangeira, 
que em visita a seus países de origem detectavam variedades com potencial para 
o mercado nacional, que eram introduzidas em seguida no Brasil. 
Outro item de grande importância que está ligado ao fator cultural é a 
disponibilidade de tecnologia, que também foi introduzida em nosso país por 
imigrantes, através de estágios em regiões produtoras distribuídas por todo o 
mundo. 
O fator cultural também influência o potencial de consumo regional, fator 
esse que se observa em especial no Rio Grande do Sul, onde a influência da 
cultura européia é bastante significativa e o consumo “per capita” de flores e 
plantas atinge valores próximos a U$ 16,00 ”per capita”/ano valor bastante 
expressivo quando comparado com a média nacional de U$ 6,00 “ per 
capita”/ano. 
 
III.2. Necessidades climáticas das espécies 
As necessidades climáticas das espécies, estão diretamente relacionadas 
com o centro de origem das plantas, o que irá determinar quais são as condições 
adequadas de clima para o cultivo, tais como: Temperatura, umidade relativa do 
ar, radiação, entre outros. A Tabela VI apresenta algumas espécies com os 
respectivos centros de origem: 
 
TABELA VII 
ESPÉCIES CENTROS DE ORIGEM 
Bromélias Mata Atlântica da América do Sul 
Rosas Europa Mediterrânea 
Violetas África do Sul 
Crisântemos China e Japão 
Lírios Ásia e Europa 
Alstromérias Brasil e Chile 
Helicônias América do Sul e Norte 
Kalanchoe Ilha de Madagascar 
Tulipas Turquia 
 
 
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De maneira geral cada Gênero tem as suas necessidades climáticas 
específicas, mas ocorrem diversas variações entre espécies do mesmo gênero. A 
Tabela VII apresenta algumas características de clima e intensidade luminosa de 
alguns gêneros importantes: 
 
TABELA VII 
Condições Climáticas para alguns gêneros de Flores e Plantas 
 Ornamentais 
NOME Ambiente INTENSIDADE 
LUMINOSA (LUX) 
Anthurium Encoberto 12 - 15.000 
Begônia Parcialmente encoberto 40.000 
Caladium Parcialmente encoberto 50.000 
Calceolaria Parcialmente encoberto 50.000 
Chrysanthemum Pleno sol 80.000 
Cróton Pleno sol/parcialmente encoberto 80-100.000 
Cyclamen Parcialmente encoberto 40.000 
Dianthus Pleno sol 100.000 
Fícus Sol/parcialmente encoberto 80-100.000 
Gardênia Parcialmente encoberto 50.000 
Gloxínia Encoberto 18- 20.000 
Kalanchoe Parcialmente encoberto 50.000 
Marantha Encoberto 12- 15.000 
Palmeiras Parcialmente encoberto 40.000 
Pelargonium Pleno sol 80-100.000 
Peperonia Encoberto 15.000 
Philodendron Encoberto 12.000 
Saintpaulia Encoberto 12.000 
Rosas Pleno sol/ parcialmente encoberto 80-100.000 
 
Conhecendo-se as necessidades climatológicas de cada espécie, podem ser 
feitas as devidas adaptações no local de cultivo, levando-se sempre em 
consideração a relação custo/benefício. Atualmente na Holanda são produzidas 
plantas com origem em climas tropicais tais como o antúrio e helicôneas, em 
estufas de vidro, com aquecimento, injeção de gás carbônico etc.. Rosas são 
produzidas no Sul da Espanha em clima praticamente desértico, dentro de estufas 
climatizadas. 
De maneira geral, recomenda-se que sejam selecionadas variedades 
adaptadas as condições climatológicas do local de produção, o que pode vir 
diminuir os custos de produção. Para algumas espécies, como por exemplo, às 
violetas a estufa de produção deve ser toda climatizada, com controle de 
luminosidade, temperatura e umidade relativa, dessa maneira as condições 
climáticas locais não são limitadas para produção. 
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III.3. Proximidade dos Centros Consumidos 
Sendo flores e plantas ornamentais produtos altamente perecíveis e o frete 
um dos componentes mais significativos do custo final dos produtos, recomenda-
se que o local de produção esteja próximo aos centros de consumo. 
Os principais pólos de produção no Brasil se iniciaram a partir de regiões 
onde existiam colônias de imigrantes japoneses e europeus, como por exemplo 
as cidades do Cinturão Verde de São Paulo, o município de Holambra, entre 
outros. Essa tendência se observa também na introdução de novas variedades 
que de maneira geral foram introduzidas por produtores de origem estrangeira, 
que em visita a seus países de origem detectavam variedades com potencial para 
o mercado nacional, que eram introduzidas em seguida no Brasil. 
Outro item de grande importância que está ligado ao fator cultural é a 
disponibilidade de tecnologia, que também foi introduzida em nosso país por 
imigrantes, através de estágios em regiões produtoras distribuídas por todo o 
mundo. 
O fator cultural também influência o potencial de consumo regional, fator 
esse que se observa em especial no Rio Grande do Sul, onde a influência da 
cultura européia é bastante significativa e o consumo “per capita” de flores e 
plantas atinge valores próximos a U$ 16,00 ”per capita”/ano valor bastante 
expressivo quando comparadocom a média nacional de U$ 6,00 “ per 
capita”/ano. 
Uma rosa depois de colhida, desde que manuseada e submetida a 
condições adequadas de pós-colheita, pode ter uma durabilidade de até 10 dias. 
Quando essas flores são transportadas a grandes distâncias e por longos períodos 
e em condições adversas, a durabilidade na mão do consumidor final cai 
drasticamente, chegando até 1 ou 2 dias. 
Diante das condições apresentadas, sugere-se que a produção seja 
destinada ao mercado local, ou quando for destinada para outros mercados, como 
por exemplo o de exportação, deve-se inicialmente fazer uma análise 
aprofundada dos custos e condições de frete e pós-colheita, 
III.4. Disponibilidade de Tecnologia e Material de Propagação 
Sendo flores e plantas ornamentais produtos que demandam altos níveis de 
tecnologia durante a sua produção e considerando-se que os ciclos de produção 
de boa parte das espécies anuais segue programas semanais de plantio, é 
necessário que os produtores procurem em sua região centros difusores de 
tecnologia e material de propagação, tais como centros de pesquisas, 
universidades, casa de agricultura, entre outros. 
Atualmente as empresas propagadoras fornecem juntamente com as 
sementes, bulbos e mudas, a tecnologia necessária para a produção, desde que 
os produtores se submetam a uma programação antecipada da produção, 
regulamentada através de contratos de fornecimento. 
Caso não existam na região centros de difusores de tecnologia e de material 
de propagação, será necessário, viajar até as regiões tradicionais de produção 
para obter os insumos e informações necessárias à produção. 
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III.5. Mão de obra disponível 
A qualidade da mão de obra é outro fator que deve ser analisado com 
bastante cuidado. Operações tais como preparo de solo e substratos, plantio, 
condução da cultura, controle de pragas e doenças, fertirrigação e colheita são 
realizadas por equipes que devem estar devidamente treinadas e especializadas 
nos assuntos. 
Em muitas regiões a produção de flores e plantas ornamentais se iniciou a 
partir de pólos de produção de hortaliças, onde conceitos de cultivo protegido, 
fertirrigação, colheita e manuseio de pós-colheita se aproximam bastante do setor 
de floricultura. 
Para algumas espécies de ornamentais, chega-se a utilizar até 15 pessoas por 
hectare de produção para tanto é fundamental que as equipes de trabalho 
passem periodicamente por processos de treinamento. 
Em regiões com perfil industrial pode vir a ocorrer uma forte concorrência por 
mão-de-obra, o que de maneira geral aumenta os custos finais de produção. Esse 
fenômeno pode ser observado na região de Holambra, que é uma das maiores 
regiões de produção do Brasil e vem enfrentando uma concorrência por mão-de-
obra com os pólos industriais de Jaguariúna e Campinas. 
III. 6. Capital para Investimento 
Os custos de investimentos por m2 de área de produção estão diretamente 
relacionados com a necessidade de cultivo protegido (estrutura de estufas, 
plásticos, sistemas de irrigação, aquecedores, bancadas, umidificadores etc..), ou 
seja, quanto menos adequadas forem as condições climáticas maiores serão os 
investimentos. 
A seguir apresentamos alguns parâmetros básicos de investimento, 
considerando-se custos médios. 
 
 
TABELA IX 
 
Níveis Médios de Investimento 
ITENS VALORES MÉDIOS EM R$/M2 
• Estufas metálicas R$ 12,00 - R$ 15,00 
• Estufas de madeiras R$ 6,00 – R$ 8,00 
• Sistemas de sombreamento R$ 2,00 - R$ 10,00 
• Iluminação R$ 0,80 - R$ 1,00 
• Escurecimento R$ 5,00 - R$ 8,00 
• Irrigação R$ 1,00 - R$ 1,50 
• Fechamento lateral R$ 1,00 - R$ 2,00 
• Aquecimento R$ 2,00 - R$ 5,00 
• Viveiros R$ 3,50 - R$ 6,00 
 
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III.7. Outros Fatores 
Para definir o local de produção e as espécies a serem produzidas, 
devemos levar também em consideração outros fatores tais como: 
• Apoio de órgãos oficiais e programas governamentais de apoio a 
produção. 
• Linhas de crédito específicas para a produção de flores e plantas 
ornamentais. 
• Infra-estrutura básica: Estradas, energia, telecomunicações, habitação, 
etc. 
• Desenvolvimento regional; entre outras. 
 
 
 
IV - Princípios Básicos de Tecnologia de Produção 
IV.1. Sistemas de Produção 
Esse aspecto deve ser analisado com bastante cuidado, pois a escolha da 
estrutura errada poderá acarretar no fracasso do empreendimento. De maneira 
geral os sistemas de produção mais utilizados são: 
• Campo aberto. 
• Viveiros / telados . 
• Estufas com estruturas de madeira. 
• Estufas com estrutura metálica : Estufas de enraizamento, de 
aclimatação e de produção. 
 
A opção por um determinado sistema de produção, deverá levar em 
consideração as necessidades climáticas das espécies que serão produzidas, 
fatores climáticos, locais, capital disponível para investimento, “Pay-Back” 
estimado, padrões de qualidade do mercado, entre outros. 
 
IV.2. Método de Propagação 
Para cada espécie de flores e plantas ornamentais e para cada situação de 
produção, existe um determinado método de propagação que pode ser utilizado. 
O sistema mais tradicionalmente utilizado é de propagação vegetativa, 
onde estacas são obtidas a partir de plantas matrizes e em seguida enraizadas em 
estufas climatizadas. Esse método é bastante utilizado para crisântemos, 
kalanchoes, azaleas, entre outros. As mudas de violetas são obtidas a partir da 
retirada de folhas de plantas matrizes que serão enraizadas em substratos 
próprios. 
No caso de rosas, utiliza-se o sistema de multiplicação através de estacas 
ou mudas enxertadas. 
Outras espécies tais como Lisanthus, Impatiens, Gloxíneas, Ciclamen, 
Celosias, Cinerárias, entre outras; são tradicionalmente multiplicadas através de 
sementes, sendo necessário que o produtor domine a tecnologia para germinação 
das sementes. 
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A multiplicação através de bulbos é tradicionalmente utilizada para 
Gladíolos, Amarílis, Tulipas, Lírios, Callas entre outras. 
Atualmente no Brasil a multiplicação “in vitro” vem ganhando um 
importante espaço para diversas espécies tais como gérberas, antúrios, 
samambaias, orquídeas, gypsophilas entre outras. 
Devido a qualidade do material obtido, uniformidade do lote e a sanidade, 
esse é um dos métodos de propagação que mais deverá crescer em um futuro 
próximo. 
 
A Figura 4 a seguir apresenta alguns modelos de estufas metálicas e 
viveiros. 
 
FIGURA 4. Tipos
variados de estufas
metálicas e viveiro. 
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IV.3. Controle Climático 
Este é um capítulo de fundamental importância no cultivo protegido, em 
especial na produção em estufas. 
O conceito de cultivo protegido engloba o controle de diversos fatores 
climáticos tais como: 
• Umidade Relativa. 
• Chuvas. 
• Radiação. 
• Intensidade luminosa. 
• Fotoperíodo. 
• Ventos. 
• Temperatura. 
• Geadas. 
• Concentração de gases. 
• Condensação. 
• Entre outras. 
 
Através do manejo dos diversos fatores climáticos, conseguimos controlar o 
ciclo das plantas, época de florescimento, tamanho das plantas, qualidade, 
produtividade, uniformidade das flores etc.. As modernas tecnologias para cultivo 
protegido tiveram origem em locais onde as condições climáticas são adversas 
tais como os países do Norte da Europa, onde ocorre baixa luminosidade e friointenso durante o inverno, além de locais áridos como em Israel aonde vem 
sendo desenvolvida a principal técnica de irrigação. 
Além das tecnologias originárias da Europa e Israel, também estão sendo 
trazidas para o Brasil técnicas de produção utilizadas nos Estados Unidos, em 
especial na Flórida e Califórnia, que em alguns casos se assemelham às condições 
climáticas no Brasil. Com a utilização de estufas, consegue-se de imediato fazer o 
controle das chuvas, radiação e intensidade luminosa, que são fatores que podem 
causar grandes prejuízos em especial no momento da formação das flores e na 
colheita. Mas para o completo aproveitamento de uma estufa é necessário que 
outros dispositivos sejam instalados (veja Tabela X). 
 
 TABELA X 
 
Sistemas para Controle 
Climático 
Fatores Ambientais/Fisiológicos 
Controlados 
- Pad & Fan, Nebulização, Foggers: Umidade relativa e temperatura. 
- Plásticos: Chuvas radiação, intensidade luminosa e 
temperatura. 
- Janela Zenitais, Ventiladores e 
Exaustores. 
Umidades relativas, temperatura e 
concentração de gases. 
- Tela de Sombreamento. Intensidade luminosa e radiação. 
- Aquecedores. Umidade relativa, temperatura, geadas e 
condensação. 
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- Fechamento lateral com cortinas. Ventos, temperatura, chuvas e insetos. 
- Injeção de gás - carbônico. Fotossíntese e abertura estomática. 
- Plásticos de escurecimento e 
sistemas de iluminação. 
Fotoperíodo (dias longos). 
 
A seguir apresentamos um esquema de controle de umidade relativa e 
temperatura através do sistema de PAD & FAN (Figura 5) e uma foto com 
ventiladores e malhas para redução de temperatura. 
 
 
 
 
FIGURA 5. Estufa com PAD & FAN. 
 
 
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V - Ciclos de Produção das Principais Flores de Corte: 
 
V1 - Ciclo de Produção de Rosas: 
 
1 - Generalidade: 
 
Rosa sp é uma planta perene com folhas caducas da família das Rosaceas 
(maça e pera). Atualmente é considerado junto o crisântemo a principal flor de 
corte do mundo. 
Ter como principais centros de produção, a Colômbia, o Equador, Holanda, 
Quênia e Zimbawe entre outros. 
 
2 - Principais espécies comercializadas no Brasil: 
 
Variedade Cor 
* Dallas. 
* Vega. 
Vermelha 
* Osiana. 
* Versília. 
Creme 
* Pappilon. Amarela 
* Miracle Laranja 
* Saphir. 
* Rafaela 
Rosa 
* Hollyood. 
* Tineke 
Branca 
* Ambiance. 
* Texas. 
* Anna 
* Vogue. 
Mesclada 
 
3 - Ciclo Médio: 
Até 5 anos com a mesma planta com início efetivo de produção a partir do 
5o mês. 
 
 
 
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4 - Stand: 
Média de 25.000 plantas/ha na produção em campo aberto e em torno de 
40.000 plantas em estufa. 
 
 
5 - Produtividade Média: 
 
Variável dentro do grupo de variedades, de maneira geral as variedades de 
botões pequenos e hastes curtas apresentam uma produtividade maior. A 
variedade Dallas que é a mais produzida no Brasil apresenta uma produtividade 
variando em torno de 100.000 - dúzia/ha/ano. 
 
6 - Propagação: 
 
• Mudas com raiz própria. 
• Mudas enxertadas. 
Obs.: Um dos principais cavalos utilizados no Brasil é a variedade “Manet”. 
 
7 - Preparação dos Canteiros: 
A rosa em estufa é planta em canteiros com 15 cm de altura, 1 m de 
largura , com espaço entre canteiro de 80 cm. 
As plantas são espaçadas entre si em torno de 15 cm em estufas a 40 cm 
em campo aberto , dependendo da variedade. 
Como é uma cultura perene, é de fundamental importância à realização de 
uma amostra de solo para identificar a necessidade de correção de pH até um 
valor próximo de 6,5. Também nessa etapa é feita a correção dos índices de 
fósforo de solo, além da aplicação de matérias orgânicas. 
Após o plantio é adicionada a matéria orgânica, em especial nos 
corredores, para diminuir a perda d’água e crescimento de plantas daninhas. 
 
8 - Nutrição das plantas: 
A tabela a seguir apresenta os níveis extraídos de várias partes das 
plantas, expressos em gramas, para conseguir uma produção média de 17,5 
hastes florais por planta/ano. 
 
Elementos Raízes Galhos Hastes 
Florais 
Total por 
planta 
N 1,14 1,93 18,55 21,62 
 
P 0,32 0,29 2,45 3,06 
 
K 0,19 1,94 20,97 23,10 
 
Fonte: Padilla, W. 1995. 
 
 
 
 
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9 - Tratos Culturais: 
 
A roseira passa por diferentes tratos culturais, a saber: 
 
• Irrigação pré plantio 
Esta irrigação visa promover uma decomposição inicial do material 
orgânico, alem de determinar a brotação de ervas daninhas para uma 
eliminação inicial da mesma. A quantidade de água pode ser em torno de 
16 mm/dia para o solo ficar com boa umidade até pelo menos 20 cm de 
profundidade. Este processo deve ser feito durante uma semana. Após esta 
semana diminui-se a quantidade de água para 8 mm/dia. Após o inicio 
desta irrigação é muito importante que o solo não perca mais a sua 
umidade. Após o aparecimento das ervas daninhas aplica-se o herbicida 
antes das ervas darem sementes, diminuindo assim a competição das 
daninhas no início do plantio. 
 
• Plantio. 
Na hora do recebimento das mudas deve-se estar bem atento com a 
qualidade das mesmas. A folhagem deve estar isenta de doenças e pragas. 
Caso seja enxertia o tamanho da brotação do cavalo deve ter pelo menos 3 
cm e ser uma brotação saudável. O sistema radicular das mudas deve ter 
pelo menos 5 raízes. Separe as que estiverem com problemas plantando as 
em sacos plásticos. Estas mudas que forem separadas serão colocadas em 
local separado para uma melhoria antes do plantio definitivo. Antes do 
plantio o sulco já deve estar previamente aberto. O espaçamento entre 
plantas será de acordo com a variedade e o tipo de cultivo (campo aberto 
ou estufa). As covas serão feitas sempre em ziguezague (figura 6). Uma 
pessoa vai depositando as mudas na frente e outra vem plantando atrás. O 
posicionamento da brotação da muda deve ser para fora do canteiro. Caso 
seja enxerto o cavalo não pode ser enterrado. O sistema radicular deve 
ficar retilíneo, ou seja não deve haver pressão nas raízes entortando as 
pontas (figura 7). 
 
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Figura 6 Figura 7 
 
• Irrigação pós plantio. 
A irrigação após o plantio visa manter a umidade do solo sem encharcar 
demais, além de manter a umidade na folhagem evitando a desidratação 
de folhas, o que é extremamente prejudicial para plantas jovens. Deve-se 
realiza-la irrigando várias vezes por dia (até 5 vezes) tomando muito 
cuidado com o encharcamento do solo. A quantidade de água pode variar 
em torno de 3 a 5 mm (litros/m2) por dia, apesar de o visual ser o mais 
importante. O solo deve estar úmido mas de forma nenhuma deve se 
formar barro e poças de água o que determinam o encharcamento. Para 
uma observação mais detalhada pode-se trabalhar com “Tensiometros” que 
determinam a umidade do solo. Através destes métodos e visualmente, 
pode-se chegar a um bom manejo de água o que irá proporcionar uma 
melhor qualidade para planta. 
 
• Formação da planta. 
A formação descrita abaixo é a mais utilizada nos cultivos do Brasil. 
Inicialmente da muda de rosa normalmente irá crescer um galho fino o 
qual dará o primeiro botão. Esta haste inicial,sendo fina (menor que 1 cm 
de diâmetro), não servirá como base da roseira. A base é chamada de 
shoot, que é uma haste vigorosa, tendo a capacidade de sustentar uma 
planta de qualidade. Para que a planta produza estes shoots deve-se 
realizar a quebra de botões. Após o replantio deve-se observar os botões 
formados e quando o botão começar a formar a coloração das pétalas ele 
deve ser quebrado. Esta quebradura deve ser feita na base do botão 
(pescoço) deixando intactas todas as gemas e folhas da planta. Esta 
quebra deve ser realizada até que se forme brotações vigorosas que irão 
dar formação aos shoots. Ao aparecerem os shoots (hastes grossas com 
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mais de 1 cm) devem ser colhidos a uma altura, da base da brotação, de 
30 cm (como se vê na figura 8). O corte do shoot deve ser feito quando o 
botão estiver em ponto de colheita. Todo corte deve ser feito no máximo 1 
cm acima da base da folha (gema foliar). 
Após ser colhido o shoot irá aparecer uma nova brotação nas primeiras 
gemas (de cima para baixo). O número de brotações pode variar de 1 a 3 
dependendo das condições da planta. Caso por alguma disfunção passem 
de 3 devem ser arrancadas as demais, deixando sempre as primeiras 
brotações. Estas brotações darão origem a hastes produtivas. Estas hastes 
produtivas ao chegarem no ponto de colheita devem ser colhidas acima da 
2a folha de cinco folíolos (contando de baixo para cima). 
Obs.: Nas hastes aparecerão folhas com 3 folíolos (folhas pouco 
desenvolvidas), folhas com 5 folíolos (mais velhas e mais 
desenvolvidas) e até folhas com 7 folíolos (aparecem raramente). 
Quando se cortam hastes acima da folha de 5 folíolos se esta garantindo 
o bom desenvolvimento da haste subseqüente, pois a gema foliar estará 
mais desenvolvida e com mais reservas de carboidratos. 
 Assim se forma o 1o piso. 
Ao se cortar o primeiro piso haverá a formação de pisos subseqüentes (2o, 
3o, 4o e 5o), os quais devem ser cortados da mesma maneira, ou seja, 
acima da Segunda folha de 5 folíolos (figura 9). 
Os pisos nunca devem passar de 5, pois após do 4o piso a planta fica muito 
alta o que dificulta muito a colheita. A partir daí deve-se cortar por debaixo 
da brotação até que fiquem no mínimo duas gemas, a partir daí deve-se 
descer para os pisos de baixo. 
Uma haste produtiva só deve ser cortada na segunda folha de cinco folíolos 
caso o diâmetro da haste no ponto de corte for mais largo que 0,7 cm, 
caso contrario não sairá uma haste de qualidade ou provocara a brotação 
de um olho cego (haste sem botão). No caso da haste ser fina (menor que 
0,7 cm) deve-se cortar a haste por baixo da brotação. Nunca conduza a 
planta para cima se a haste for fina. 
 
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Figura 8 Figura 9 
 
 
• Outras operações de cultivo. 
Alem da colheita, o funcionário deve realizar outras operações importantes 
para a boa qualidade do produto e da planta. 
- Desbrota: quando uma haste produtiva entra em fase de crescimento 
muitas vezes nas gemas perto do botão floral acontecem as brotações 
de novas hastes . Estas brotações devem ser arrancadas das hastes 
quando ainda estiverem com um tamanho menor que 3 cm pois ainda 
estarão moles e não estarão influenciando na qualidade da haste e do 
botão (veja na figura). Esta operação de retirada de brotações deve ser 
realizada uma vez por semana. 
- Passar galho: cada canteiro de produção deve ser conduzido por dentro 
dos fios de arames presos nos mourões. Normalmente novas brotações 
ao crescerem saem dos arames e devem ser conduzidas para dentro do 
canteiro, pois se ficarem para fora atrapalham a colheita alem de rasgar 
as roupas de pulverização. O colhedor deve tomar cuidado com hastes 
muito moles que ao serem colocadas para dentro do arame podem ser 
quebradas, portanto ele deve esperar até que elas fiquem mais rígidas. 
Esta operação deve ser feita uma vez por semana. 
- Arrancar mato: o mato no pé das plantas traz um grande problema pois 
aloja alem de ácaros e insetos, pode alojar fungos diversos. Devido a 
esse fator não se deve deixar as ervas daninhas crescerem muito nos 
canteiros. Esta operação deve ser feita de uma a duas vezes a cada 
bimestre. 
- Retirada de olhos cegos: nem sempre uma gema foliar gera uma haste 
produtiva, pode acontecer de uma gema produzir um “olho cego”, que 
é uma haste sem botão produtivo. Caso haja o aparecimento deste olho 
cego este deve ser cortado como se fosse uma haste produtiva pois o 
mesmo compete com hastes produtivas. 
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- Obs.: Durante a formação da planta não se deve retirar olhos 
cegos e nem hastes finas, estas só devem ser retiradas após 
um ano. 
 
• Colheita. 
O ponto de colheita é determinado pelo formato do botão. Devem ser 
colhidas as flores em inicio de abertura que é identificada quando se 
consegue colocar a ponta de uma caneta no centro da flor . 
Para se determinar o recomendado é se realizar um experimento. Cortam-
se hastes com botões em vários pontos de abertura, coloque em vasos separados 
e verifique qual haste irá abrir as pétalas perfeitamente e ficar mais tempo no 
vaso antes de murchar. 
 
• Pós-Colheita. 
O produtor após a colheita deve se preocupar com dois fatores primordiais, o 
resfriamento e a hidratação das plantas cortadas. 
O resfriamento poderá ser feito em câmara fria de resfriamento em torno 
de 3 a 5o C. 
Quanto à hidratação, as hastes devem ser colocadas o mais rápido em 
água potável para que não percam umidade excessiva. 
 
 
 
10 - Principais Pragas: 
Pragas: 
- Acaro Rajado. 
- Tripes. 
- Pulgões. 
- Lagartas. 
- Míldio. 
- Oídio. 
- Pinta Preta. 
- Agrobacterium. 
- Botrytis. 
- Galhas formadas por nematóides. 
 
 
 
 
11 - Padrão de Comercialização: 
Atualmente as rosas são comercializadas em maços contendo 20 hastes, 
podendo-se amarrar 3 maços formando 1 pacote de 5 dúzias. Os tamanhos das 
hastes devem variar de 30 - 80 cm, e serem acondicionadas em cochos com água 
ou caixas de papelão. 
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V2 - Ciclo de Produção de Crisântemos: 
 
1 - Generalidades: 
O Crisântemo é originário da China e Japão e possui atualmente mais de 
200 espécies comercializadas em todo o mundo. Pertence a família Compositae, a 
mesma dos asters e rainha margarida. É considerada juntamente com a rosa, a 
principal flor de corte produzida em todo o mundo. 
O crisântemo é uma planta de dias curtos e portanto necessita de controle 
foto período, em épocas de dias mais longos. 
 
Variedade Formato da Flor Cor 
Fátima. 
Framint. 
Rhino. 
White Reagan. 
Margarida Branca 
Rage. 
Pronto. 
Dragon. 
Red Refocus. 
 
Margarida Vermelha 
Regam. 
Festino. 
Sunny Reagan. 
Town Talk. 
Margarida Amarela 
Reagan. 
Refocus. 
Repim. 
Margarida Rosa 
White Polaris. 
Snowdon. 
Pom - Pom Branco 
Yellow Polaris. 
Yellow Snowdon. 
Pom - Pom Amarelo 
Super White Spider Branco 
Super Yellow Spider Amarelo 
 
 
3 - Ciclo Médio: 
Varia em torno de 12 a 15 semanas, em função da época do ano, sendo o 
ciclo de inverno mais longo. 
 
4 - Produtividade Média: 
 Considerando-se 3 ciclos por ano no mesmo local (produção em estufas), 
consegue-se obter uma produtividade média de 6 a 7 pacotes por m2/ano. 
 
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5 - Propagação: 
A propagação de crisântemos ocorre principalmente a partir de estacas de 
canteiro enraizadas em casca de arroz carbonizada. 
Em média são plantadas de 60 - 70 mudas/m2 de estufa. 
 
6 – Preparo de Canteiros e Plantio: 
A cultura de crisântemos, por ser um cultivo bastante intensivo, 
demandando o tratamento de solo no mínimo uma vez por ano (tratamento 
químico ou vapor). As etapas para a preparação dos canteiros, para o plantio são 
as seguintes: 
• Análise de terra: deve ser feita no mínimo uma vez por ano. 
• Correção de pH (6,0 - 6,5): realizando a calagem de acordo com a 
análise do solo. 
• Subsolagem (40 - 50 cm): deve ser feita a subsolagem, pois como é 
uma cultura intensiva, é mais susceptível a compactação do solo. 
• Incorporação de matéria orgânica: para solos novos deve ser dada a 
preferência para esterco vegetal (casca de café, bagaço de cana, palha 
de arroz, etc.). Deve-se tomar cuidado para não usar materiais pouco 
curtidos, pois podem promover queimaduras nas mudas novas. 
• Irrigação pré-plantio: deve ser feita para ajudar na decomposição da 
matéria orgânica e para forçar a germinação de ervas daninhas. 
• Controle de ervas daninhas: recomenda-se realizar um combate com 
herbicida antes do florescimento das ervas daninhas para diminuir o 
banco de sementes do solo. 
• Adubação de pré-plantio / geralmente com uma fonte de fósforo. 
• Passagem de enxada rotativa. 
• Preparação do solo. 
• Preparação dos canteiros (15 cm de altura, 1,20 largura, 20 cm de 
corredor e comprimento variável) . 
• Fixação da rede de plantio/tutoramento: Se estende a rede no canteiro 
antes do plantio , fixando a mesma com estacas na lateral do canteiro. 
Após o crescimento das plantas, vai-se elevando a rede, mantendo-se 
sempre 20 cm abaixo das plantas de menor estatura . 
 
 
7 - Irrigação: 
Nas primeiras semanas do ciclo chega a se fazer até 3 irrigações por 
aspersão ao dia. Na fase final do ciclo se utiliza a irrigação localizada através de 
tripas ou gotejadores. 
 
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8 - Nutrição das plantas: 
As soluções de fertirrigação apresentam valores médios de pH= 6,0 e EC=1,18. 
Os principais adubos utilizados são: 
• Nitrato de Cálcio. 
• Nitrato de Potássio. 
• Sulfato de magnésio. 
• MAP. 
• Sulfato de Potássio. 
• Borax. 
• Sulfato de Cobre. 
 
Níveis médio de nutrientes no solo para crisântemos. 
N 
(%) 
P 
(PPM) 
K 
(PPM) 
Ca 
(PPM) 
Mg 
(PPM) 
Fe 
(PPM) 
Mn 
(PPM) 
Cu 
(PPM) 
Bo 
(PPM) 
0,8 120-150 500-600 4000 400-5000 800 80 2-3 2-3 
Fonte: Hortecnia Ltda. 
 
9 - Tratos Culturais: 
• Iluminação: nas primeiras 3 a 4 semanas das 21h ás 04:00h em ciclos de 15 
minutos de luz com 15 de escuro. Utilizar lâmpadas de 100 watts espaçadas 2 - 
3,0 metros umas das outras a uma altura de aproximadamente 1,8 metros, 
garantindo em mínimo de 80 lux no ponto. 
• Escurecimento : Desde o corte da luz até a colheita em média 13 horas de 
escuro/dia. 
• Fertirrigação deve ser feita até os botões mostrarem cor, após somente se 
irrigara com água. 
• Irrigar um dia antes da colheita. 
• Retirada do botão central (pich) aproximadamente na 9a semana. 
 
10 - Colheita: 
A colheita deve ser feita quando aproximadamente 60% das flores estão em 
forma de “taça” (com ¾ da flor aberta). Deve ser feita em horários mais frescos 
do dia. Arranca-se as hastes, quebra-se (ou corta-se) a raiz e acondiciona no 
braço, levando-se para realizar a classificação e pesagem dos maços . 
 
11 - Principais Pragas: 
• Pulgões. 
• Tripes. 
• Lyriomiza. 
• Besouros. 
• Vaquinhas. 
• Mosca Branca. 
• Ferrugem (Puccinia). 
• Rizoctônia. 
• Pythium. 
• Fusarium. 
• Botrytis. 
• Bacterioses. 
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12 - Padrão de Comercialização: 
Um bom padrão nacional pode ser de pacotes contendo no mínimo 20 
hastes e 1400g , com hastes variando de tamanho de 60 a 90 cm, embalados em 
material plástico e acondicionado em água. 
 
 
 
 
 
V3 - Ciclo de Produção de Cravos: 
 
1 - Generalidades: 
 
Família Cariofiláceas ⇒ Dianthus Caryophyllus, planta originária da região 
mediterrânea. Atualmente é uma das flores de corte mais produzidas em todo o 
mundo. 
 
2 - Ciclo Médio: 2 anos com a mesma planta com início da produção a partir do 
quinto mês após o plantio. 
 
3 - Stand: 24 a 30 plantas/m2 dispostas em canteiros de 1,20 com quatro linhas 
de plantas e 3 linhas de gotejadores. 
 
4 - Produtividade Média: 200 - 250 hastes/m2/ano em plena fase de produção 
com custo de produção em torno de R$ 1,50/dúzia. 
 
5 - Principais variedades: 
Coloração Variedades Grupo 
Branca Delphi Standart 
Mescladas Laika e Lisboa Standart 
Amarelas Pax e Isabel Standart 
Vermelha Nelson Standart 
Rosas Sandrosa e Santorini Standart 
Brancas White Opale e Bagatel Spray 
Mescladas Débora Shea, Cotillon, Mark 
Queen, Sefora e Target 
Spray 
Vermelhas Gaselle, Rony Spray 
Rosas Donora e Opale Spray 
Amarela Lior Spray 
Bronze Maestro Spray 
 
 
6 - Propagação: 
A propagação normalmente é feita através de estacas enraizadas retiradas 
de plantas matrizes. 
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7 - Preparação do solo: 
O cravo é uma cultura muito sensível a fungos de solo, em especial a 
Fusarium, como também a nematóides, em especial do gênero Meloydogene, 
causador de galhas. 
O solo deve ser preparado a uma boa profundidade (50 cm) e os canteiros 
devem estar altos (15 cm) para evitar o encharcamento. Em função da 
sensibilidade a fungos recomenda-se o tratamento do solo com Brometo de Metila 
ou Vapor. Atualmente alguns produtores estão produzindo o cravo em canteiros 
de alvenaria com 25 cm de profundidade. 
Um detalhe bastante importante é a correção do pH do solo chegando 
próximo a 6,5, pois o Fusarium tem preferência por solos ácidos. 
 
8 - Irrigação: 
Nas primeiras semanas utiliza-se o sistema de aspersão e quando a cultura 
começa a se fechar, utiliza-se o sistema de gotejamento (3 linhas em canteiros de 
1,2 m). 
Deve-se evitar o encharcamento excessivo do solo, pois devido à pressão 
osmótica das raízes elevada, acaba ocorrendo uma grande absorção de água que 
leva a rachadura no cálice. 
 
9 - Tratos Culturais: 
• As condições ótimas da cultura são: Temperaturas diurnas: 20 - 24oC. 
 Temperaturas noturnas: 10 - 14oC. 
• Umidade relativa na faixa de 60 - 70% 
• Desponta (Pinch): 3 a 4 semanas após o plantio na altura do 4o nó ⇒ estimular 
as brotações laterais. 
• Desbotoamento: Retirada dos botões laterais (semanalmente), deixando 
apenas o botão central. 
• Tutoramento: Podem ser usadas de 3 a 5 redes plásticas para o tutoramento 
(dependendo do tamanho da planta) pois o cravo é muito sensível a quebra nos 
internós.. 
• Corte: Diariamente, rente ao solo quando as flores estão iniciando a abertura 
(mostrando a cor). 
• Limpezas: Retirada diária de folhas e plantas doentes em especial com 
sintomas de Fusarium. 
• Principais Pragas: 
- Tripes. 
- Ácaros Rajados. 
- Pulgões. 
- Larvas minadoras. 
- Fusarium. 
- Pythium. 
- Botrytis. 
- Oídio. 
- Rizoctônia. 
 
 
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• Adubação: 
Exportação (g/m2) da cultura do craveiro/(pH 6,5-7,5 / 32 plantas /m2) ano. 
N P2O5 k2O Ca O Mg O 
117 36 176 77 20 
Fonte: Simões A.M, (1988) 
 
10 - Padrão de Comercialização: 
Pacotes com 70, 60, 50 ou 40 cm com doze hastes embalados em 
embalagem plástica . Devem ser acondicionados em cochos com água . 
 
Obs.: Os cravos são muito sensíveis aos danos causados pelo gás etileno, 
na pós-colheira. Normalmente são utilizadas soluções de pós-colheita com 
substância inibidoras de etileno. 
 
 
V4 - Ciclo de Produção de Gérberas: 
 
1. Generalidades: 
Atualmente é uma das cinco principais flores de corte produzidas na 
Holanda. Pertence a família Compositae (a mesma dos crisântemos e asters). 
As espécies produzidas de hoje são originadas de cruzamentos da Gérbera 
jamesonii. As inflorescências são formadas por flores femininas, hermafroditas e 
masculinas. 
 
2. Ciclo Médio: 
Aproximadamente 2 anos produtivos com a mesma matriz, com início de 
produção á partir do quarto mês. 
 
3. Stand: 
6 a 8 plantas por m2 dispostas em fileira única ou dupla. 
 
4. Produtividade Média: 
120 hastes/m2/ano em plena fase de produção. 
 
5. Propagação: 
Mudas obtidas a partir de cultura ‘in vitro”. Posteriormente são plantadas 
em potes ou sacos de plástico, e realizado a aclimatação e formação da muda. 
 
6. Preparação do Solo: 
As raízes são muito sensíveis a falta de oxigênio no solo sendo importante 
a incorporação de matéria orgânica para melhorar a estrutura do solo. A utilização 
de subsoladores é bastante importante pois as raízes de gérberas crescem em 
profundidade e necessitam de solos leves com boa drenagem. Cultura muito 
sensível a fungos de solo como Phytophtora, Phytium. 
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7. Plantio: 
O plantio deve ser feito com cuidado para não se enterrar demais as 
mudas no solo, o que, favorece o apodrecimento do colo da muda. Recomenda-se 
que o torrão da muda fique 1 cm para fora da cova na hora do plantio definitivo. 
O espaçamento entre planta poderá variar de 30 a 50 cm dependendo das 
condições climáticas. Regiões mais frias terão um espaçamento maior. O canteiro 
pode ter de 25 a 35 cm de altura por 45 cm de largura e um corredor de 25 cm 
de largura. 
 
8. Tratos culturais: 
• Condições Climáticas: 
9 Umidade relativa: na faixa de 60 - 80%. 
9 Temperaturas ideais: Solo: 20 - 22oC. Ar durante o dia: 22 - 26oC. Ar durante 
a noite: 20 - 24oC. 
9 Intensidade Luminosa recomendada: 55.000 lux. 
• Retirada de folhas: Após os primeiros 8 meses , retirar algumas folhas mais velhas 
e manchadas para estimular a formação de novas folhas. 
• Pós-Colheita: É necessário o tratamento das hastes por um período de 4 horas 
utilizando-se soluções de cloro com concentração variando de 5% a 15% do 
produto. Obs.: Consultar um especialista sobre pós-colheita para se obter as 
dosagens corretas. 
• Adubação: 
A gérbera é uma planta muito sensível ao excesso de sais, em especial a 
sódio e cloro. A seguir apresentamos tabelas com os valores de macro e 
micronutrientes sugeridos na água. 
Valores sugeridos de Macroelementos em água de irrigação para gérberas 
(milimol/litro). 
 
 
Valor pH EC N P K Mg Ca S Na Cl 
Baixo 6,5 0,2 0,1 0 0,1 0,2 0,5 0,1 0 0 
Alto 7,5 1,0 0,2 0,1 0,5 0,5 2,0 1,0 2,0 2,0 
Valores previstos de micronutrientes em água para gérbera em 
micromol/litro. 
 
 
Valor Fe Mn Zn B Cu 
Baixo 1 1 1 1 0,1 
Alto 25 2 2 5 0,5 
Fonte Boletim informativo Terra Nigra B.V. 
 
Uma necessidade média de água está em torno de 3 - 4 l/m2/dia, sempre 
em função da evapotranspiração. 
A gérbera é bastante sensível a deficiências de Ferro e Manganês, portanto 
o pH do solo deve estar na faixa de 5,5 a 6,0. 
A seguir apresentamos as recomendações para solos de macro-nutrientes utilizadas 
na Holanda. 
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(1:2 estrato - volume, elementos em micromol/litro). 
Valor pH CE N P K Mg Ca S Na Cl 
Ideal 6 1,0 mS /cm 4 0,2 1,5 1,2 2,0 1,5 <2,0 <2,0 
Baixo 5 <0,5 2 0,1 1,0 0,7 1,0 0,7 0 0 
Alto 7 >2,0 <8,0 >0,4 <2,5 >2,0 >4,0 >4,0 >4,0 <4,0 
 
9. Principais pragas: 
- Liriomyza. 
- Mosca Branca. 
- Tripes. 
- Pulgão verde. 
- Ácaro rajado. 
- Oídio. 
- Botrytis. 
- Pythium. 
- Phytophtora. 
- Fusarium. 
 
 
10. Padrão de Comercialização: 
Em caixas de papelão contendo 4 dúzias ou em maços com 12 hastes em 
cochos com água. O tamanho das hastes pode variar de 40 a 80 cm de 
comprimento. 
 
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V5 – Ciclo de Produção de Antúrios (Anthurium andraeanum Lindl.): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Generalidades da cultura: 
 
Os antúrios pertencem à família ARACEAE, gênero Anthurium. São plantas 
de regiões tropicais e subtropicais, terrestres e mais raramente epífitas no estado 
nativo. 
Sob a designação genérica de antúrio são conhecidas mais de 600 
espécies, quase todas nativas da América Central e América do Sul, além das 
variedades e híbridos. 
 
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Os antúrios destacam-se pela beleza da folhagem e pelo tamanho e 
colorido de suas folhas. É uma das plantas tropicais mais procurada e utilizada 
principalmente em função da grande longevidade de suas flores. 
É conhecido popularmente como “flores” o conjunto formado por uma 
folha modificada, colorida, denominada espata, e uma inflorescência tipo espiga, 
conhecida como espádice, onde estão agregadas dezenas de pequenas flores. 
Os antúrios podem ser distribuídos em duas classes principais: de 
folhagem e de flor. 
Os antúrios de flor, são assim denominados por produzirem brácteas 
grandes, vistosas e coloridas, chamadas espatas com folhagem verde e não 
desenhada. 
Os antúrios de flor são variedades do Anthurium andraeanum Lindl. 
Originário da Colômbia. De um modo geral são plantas com folhas cordiformes, 
alongadas, pendentes e plantas. A espata adquire formas diversas, desde 
cordato-ovalada, bastante alongadas ou curtas até abobadadas ou em forma de 
concha protegendo o espádice. As espatas ocorrem em tons de vermelho, laranja, 
rosa e branco sendo as brácteas grandes e brilhantes. O espádice pode ser 
cilíndrico ou cônico, ereto, ligeiramente encurvado, torcido ou alongado. Quando 
novo, pode ser de colorido verde-claro, branco, rosado ou amarelo, ou, ainda ter 
a combinação de duas cores distintas. 
Os principais produtores mundiais de antúrio são os Estados Unidos 
(Hawai), Holanda, Israel, Jamaica, Brasil e alguns outros países centro-
americanos. 
Como principais importadores destacam-se a Holanda, a Alemanha, a 
Itália, Japão, Estados Unidos e países nórdicos. 
 
 
2. Principais espécies comerciais: 
 
As principais variedades recomendadas para o cultivo são: 
 
Espádice 
Tamanho da 
flor (cm) 
Produção (m2 
/ano) 
Longevidade 
(dias) 
 
Espata Branca
 
Acropolis 14 a 16 63 29 
Cubaverde 12 a 15 58 25 
Merengue 
Rosa 
14 a 16 60 40 
Twin 15 a 17 63 28 
Espata Vermelha 
Avanti 14 a 17 55 26 
Cancan 15 a 17 63 36 
Carré 14 a 17 60 29 
Claudia 14 a 17 60 22 
Favouriet 14 a 16 58 22 
Nette 12 a 15 58 22 
Scarlette 14 a 16 55 22 
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41
Tropical 12 a 15 66 22 
 Espata Rosa 
Accent Púrpura 10 a 12 57 29 
Anneke 13 a 16 58 22 
Bettine 13 a 16 54 22 
Parelmoer 13 a 16 54 22 
Samba13 a 16 60 25 
Scorpion Púrpura 13 a 15 57 39 
Sonate 14 a 16 57 40 
 Espata Creme 
Carnaval 13 a 15 59 23 
Fantasia 13 a 15 50 26 
Linda de Mol 14 a 16 61 30 
 Espata Coral 
Casino 14 a 16 60 27 
Jive 11 a 13 57 35 
 Grupo Obake 
Lambada 15 a 17 62 34 
Madonna 15 a 18 60 38 
Paraíso 14 a 19 46 24 
 
 
3. Propagação: 
São três os métodos mais comuns de propagação de Anthurium 
andreanum: através de sementes, por via vegetativa (cortes feitos na planta 
matriz) e através da cultura de tecidos. 
A propagação do antúrio através do uso de sementes só é recomendada 
para obtenção de novas variedades, já que o tempo de desenvolvimento é mais 
demorado, levando cerca de três anos para que ocorra o primeiro florescimento e, 
cinco para que se possa explorá-lo comercialmente. 
Outro inconveniente da propagação por sementes á a grande 
variabilidade que se tem nas progênies, gerando plantas com coloração e formas 
diferentes das constatadas na planta mãe. 
A propagação vegetativa leva à obtenção de plantas idênticas à planta 
matriz. Para que a planta matriz esteja apta à divisão, esta deve apresentar de 
três a quatro folhas completamente desenvolvidas. 
O baixo números de mudas produzidas e a possibilidade de moléstias 
presentes na planta matriz serem passadas para as propagadas são as 
desvantagens desse método. 
A cultura de tecidos é o melhor método de propagação, porque as plantas 
propagadas serão livre de doenças e sua similaridade com a planta matriz é muito 
boa. É o método de propagação mais utilizado atualmente para a produção de 
mudas de variedades comerciais. Algumas literaturas citam a origem das mudas 
de sementes, sendo bastante heterogêneas em cor, tamanho e forma. Para a 
implantação de cultivos competitivos deve-se recorrer a mudas uniformes 
produzidas por cultura in-vitro, cujas mudas são originárias de países europeus, 
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Estados Unidos, Israel ou em firmas especializadas que estão se instalando na 
Brasil. 
 
4. Preparo do solo e adubação: 
 
Além de bem drenado e com boa aeração, o solo ideal para o 
desenvolvimento da cultura do antúrio deve Ter as seguintes características: 
• Boa retenção de água; 
• Drenagem eficiente para evitar o acúmulo de água da chuva; 
• Boa capacidade de formar torrões; 
• Livre de substância tóxicas; 
 
O substrato de cultivo nos canteiros pode ser constituído de diferentes 
materiais dependendo do que é viável e do que é necessário. Espuma de 
polifenol, turfa grossa, casca de cocô, cinzas ou carvão podem ser usados. 
A capacidade de retenção de água do material também deve ser levada 
em consideração. 
 Os elementos mais exigidos pela cultura do antúrio são o nitrogênio, o 
potássio, o cálcio, o fósforo, o magnésio e o boro. Ferro, manganês, zinco e cobre 
também são importantes para o antúrio. 
Para a adubação do antúrio, em termos médios, recomenda-se a 
adubação com 200-100-150 kg de N, P2O5 e K2O / ha / ano, parceladas em quatro 
vezes. 
A calagem é dispensada desde que a acidez do solo não atinja valores 
muito baixos (pH inferior a 3,8). 
A cultura requer também a incorporação de matéria orgânica. Para tanto 
é utilizado o esterco de curral, casca de coco triturada, restos vegetais ou outros 
materiais disponíveis no local da produção. 
 
5. Espaçamento: 
 
O espaçamento na cultura do antúrio dependerá da variedade utilizada e 
das condições climáticas. Seis a sete plantas por metro quadrado é a densidade 
de plantio mais utilizada em espaçamento de 40 cm entre plantas e também 40 
cm entre as linhas. Dependendo da variedade em cultivo pode-se utilizar 
espaçamento de 30X30 cm ou 50X50 cm. 
O plantio das mudas é feito em canteiros elevados, com comprimento 
variado e largura de 1,0m. Entre os canteiros deve existir uma distância mínima 
de 0,4m. Em telados de 25,0 X 20,00 metros, planta-se entre 18.000 a 21.500 
plantas. 
Os preços médios de mudas praticados no mercado internacional são: 
* Mudas de 4 a 6 cm – U$1.00 a 1.50. 
* Mudas de 20 a 25 cm – U$2.20 a 3.20. 
• Mudas maiores – U$4.00 a 5.00. 
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6. Produtividade: 
 
O antúrio produz flores que emergem da base de cada folha nova, 
durante todo ano, principalmente no verão. A seqüência nova folha – nova flor é 
mantida durante toda a vida da planta, dependendo o intervalo de tempo entre 
elas, das condições ambientais e nutricionais. 
Cada planta produz entre 5 a 12 flores/ano. As variedades comerciais 
entre 8 e 10 flores / ano. Considerando-se cultivos de 43.000 plantas/hectare, 
produzindo em média 8 flores/ano, têm-se uma produção total de 344.000 flores 
ou aproximadamente 28.700 dúzias/hectare/ano. Ao considerarmos o preço 
médio / dúzia de R$4,00, cada hectare propiciará uma renda bruta de 
R$114.800,00 no ano. 
Tanto ao nível do mercado interno como externo, o antúrio, quer o 
produzido para o corte de flores, quer aquele destinado ao comércio de vasos, é 
uma das flores que atinge os maiores preços. Uma dúzia de flores de antúrio de 
qualidade adequada pode ser comercializada por 4 a 8 reais. 
As razões para o sucesso do Anthurium andraeanum são relacionadas a 
grande durabilidade de suas flores, resistência ao transporte e alto valor 
 
decorativo. As preferências do mercado relacionam-se a cor. São preferidas, por 
ordem de importância, flores das seguintes cores: vermelho, rosa, branco, e 
salpicados. Os antúrios de corte, de coloração alaranjada, só são comercializados 
em alguns nichos de marcado, em função das espatas apresentarem 
descoloração. 
 
 
7. Ciclo médio: 
O preço das flores do Anthurium andraeanum é sempre elevado, visto 
uma cultura levar de 1,5 a 2 anos até a produção de flores com características 
comerciais. Dependendo do tipo de muda utilizada, a partir do primeiro ano de 
cultivo, já ocorre a primeira colheita. Produções comerciais a partir de mudas 
obtidas de sementes ou estacas só serão viáveis após o quarto ou quinto ano de 
cultivo. 
Na Europa a época de maior oferta concentra-se nos meses de Março, 
Abril e Maio, quando os preços são menores. 
 
 
8. Irrigação: 
A cultura do antúrio é bastante exigente em água. Recomenda-se o uso 
da irrigação através da aspersão ou do gotejamento. A distância entre os 
aspersores deve ser de 50 a 75 cm. Caso seja usado o sistema de gotejamento, a 
distância entre os gotejadores a ser empregada deve ser de 25 cm. 
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9. Necessidades climáticas: 
A cultura do antúrio deve ser desenvolvida em locais protegidos dos raios 
solares, variando o grau de sombreamento de acordo com as condições climáticas 
predominantes no local. 
A luminosidade ideal, na qual se obtém a máxima eficiência para o cultivo 
e proteção do antúrio, é conseguida utilizando-se telados cobertos com telas que 
proporcionem 70 a 80% de sombreamento. 
O antúrio pode ser cultivado com sucesso em locais onde a temperatura 
mínima não seja inferior à 18ºC e a máxima noturna não ultrapasse 27ºC. É 
exigente em alta umidade relativa (80%), porém a umidade não deve ultrapassar 
90% no período noturno. O ideal da umidade relativa situa-se entre 70-80% em 
dias nublados e temperatura de 18-20ºC e 70% nos dias ensolarados com 
temperatura de 20 a 28ºC. 
 
 
10. Principais pragas e doenças: 
Poucas são as doenças que incidem sobre a cultura do antúrio. As 
principais são a Antracnose, as Bacterioses, a Septoriose e a Ferrugem. 
As principais pragas são as lagartas, os ácaros, os tripes,

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