Buscar

RESENHA DO FILME POLITICAS DE SAÚDE PUBLICA NO BRASIL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTITUTO SUPERIOR E TÉCNICO EDNA BRITO DE OLIVEIRA - IEB
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
	
RESENHA CRÍTICA 
CURSO: técnico em enfermagem
DISCENTE: Jucimeire Oliveira.
DOCENTE: Newton Nobre
DISCIPLINA: Saúde coletiva
POLÍTICAS DE SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
Renato tapajós 
 	 O filme conta a história das políticas de saúde em nosso país, mostrando como ela se articulou com a história política brasileira, destacando os mecanismos que foram criados para sua implementação, desde as Caixas de Aposentadoria e pensões até a implantação do SUS. 
Com o início do século XX, criaram-se muitas expectativas sobre um Brasil progressista, porém, logo de início, deparou-se na verdade com um sistema de saúde falho, epidemias de Malária, Tuberculose, Febre Amarela, Varíola e Cólera, assolavam cidades como Rio de Janeiro e São Paulo e a população pobre só dispunha de atendimento filantrópico nos hospitais de caridade mantidos pela igreja. Com isso os portos entraram em crise, gerando um problema, já que a economia do pais se sustentava na exportação do café. Com a resistência de alguns países de importarem os produtos brasileiros temendo as epidemias, houve uma queda na produção agrícola. Em 1904 o então presidente da republica, Rodrigo Alves, nomeia Oswaldo cruz como diretor do Departamento Nacional de Saúde Publica, criando o controle epidemiológico e liderou a reforma sanitarista brasileira, instituindo a vacina contra a varíola obrigatória. Essa medida não foi aceita pela população da cidade de Rio de Janeiro, que se manifestou, organizando a revolta da vacina. Em São Paulo, Emílio Ribas dirigiu as obras de saneamento na cidade de Santos. Em 1918 a gripe espanhola chega ao Brasil, causando altos índices de mortalidade. 
Durante os anos 40 ocorreu a constituição do Estado Novo, com revoltas para tirar Getúlio do poder. No período da 2ª Guerra Mundial ocorreu à criação do Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp), com a finalidade de disponibilizar assistência aos trabalhadores que empenhavam seu serviço na obtenção de recursos para serem utilizados na guerra, por causa dos índices de malária e febre amarela, principalmente na Amazônia e na região do Vale do Rio Doce. Já nos anos 50, Getúlio ganha as eleições pelo voto popular, ainda de modo indireto. Há o lançamento da 1º emissora de TV brasileira (TV Tupi), a criação da Petrobrás e do Ministério da Saúde. O Ministério da Saúde implantaria clínicas e sanatórios especializados para doenças graves como a tuberculose, lepra e hospício para loucos. Neste período alguns doutores já defendiam a ideia de saúde pública para todos, mas o governo os ignorava. Ainda nos anos 50, Juscelino Kubitschek é eleito à força. Têm-se a implantação da indústria automobilística e a construção de Brasília. Anos 60, época conhecida como Ditadura Militar, é um período de pessoas sendo torturadas, censura da mídia, populações de classe média ficando pobres, mortalidade infantil em alta e saúde pública comprometida. Aqui há a criação do INPS, (Instituto Nacional de Pensão Social) com a unificação dos IAPS (Institutos de Aposentadoria e Pensão Social), e sistema previdenciário. No final dos anos 60 e início de 70 o cenário que se tem é o dinheiro da previdência sendo investido em grandes obras visando o crescimento financeiro do país, afastando–se da saúde. Em 1970 o INPS começa a construir grandes hospitais particulares, sem que houvesse uma fiscalização orçamentária efetiva, o que desagradava à população contribuinte. Terminando os anos 70 as comunidades, estudantes e sanitaristas reúnem-se para reivindicar a criação de saúde pública gratuita ainda esquecida nesse período, creches, centros de saúde e melhor atendimento social. As epidemias de meningite tomam conta e o governo censura a mídia de comunicar. Entretanto o Movimento Popular da Saúde segue se espalhando pelo país. Neste período já se falava em experiências inovadoras embasadas na assistência primária (promoção e prevenção da saúde). Em 1978 o Governo implanta o SIMPAS (Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social). O Brasil vivia a censura onde a informação era negada sobre epidemias como, meningites e poliomielites, e a população continuava lutando e sofrendo com a ditadura militar. Em 1980 os IAPS tornam-se falido e o movimento popular da saúde foi ganhando forças pelo Brasil inteiro. Então, em 1986 na 8ª Conferencia Nacional de Saúde se uniram a movimentos sociais, trabalhadores da saúde e gestores na busca de um Sistema Único de Saúde, público e de qualidade para todos, controlado pela sociedade, pelos conselhos de saúde, tendo como princípios a universalidade (para todos, ricos ou pobres com ou sem carteira assinada), a integralidade, (é integral da vacina ao transplante), a equidade (enfrentando as desigualdades sociais) e a participação social, assim a saúde passa a ser um direito e não um favor, privilégio ou caridade, é universal para todos. Em 1990 o SUS é regulamentado e aprovado a lei 8.080. Em 1995 o Ministério da Saúde cria o Programa Saúde da Família (PSF) e os PACS (Programa de Agentes Comunitários). Já em 2006 foi criado o Pacto pela Vida, onde foram firmados compromissos em torno das medidas que resultem em melhorias da situação de saúde da população brasileira. A partir dele, definem-se prioridades e metas a serem alcançadas nos municípios, regiões, estados e país. O Pacto em Defesa do SUS firma-se em torno de ações que contribuam para aproximar a sociedade brasileira do SUS, seguindo algumas diretrizes. 
A jornada histórica de nosso país para a conquista de um Sistema Único de Saúde perdurou por mais de um século. Vários foram os eventos que nos permitiram chegar aqui. O SUS ainda está longe de ser o que todos idealizam, mas sem dúvida alguma, dentre as políticas públicas que existem em nosso país, é uma das poucas que saíram do papel. Claro que a realidade mostra grandes filas em hospitais, desvios de dinheiros públicos, e demora nos serviços, estes que dependem diretamente de funcionários públicos. Mas não podemos nos deixar entristecer. O que ainda falta de melhoria no SUS, depende diretamente de nós cidadãos, reivindicando e lutando pelos nossos direitos, para que a saúde publica seja vista com uma prioridade e não como um favor. A luta continua.
REFERÊNCIA: História da saúde pública no Brasil - Um século de luta pelo direito a saúde, direção de Renato Tapajós, 2006. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=VvvH4bd3JQE. Um filme realizado por iniciativa da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, do Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan -Americana da Saúde (Opas) e a Universidade Federal Fluminense (UFF).

Continue navegando