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A partir do art 34 da lei 9,307 de 23 setembro de 1996 na qual dispõe sobre arbitragem ,podemos definir algumas obrigatoriedades em relação a sentença arbitral estrangeira que poderá surtir efeitos em território nacional brasileiro, se classifica como sentença arbitral estrangeira toda aquela que foi realizada fora das respectivas demarcações geográficas como sendo território brasileiro,o art 35 define que tais sentenças deveram ser submetidas a homologação do Supremo tribunal de justiça conforme a própria Constituição Federal elenca no seu art 105 inciso 1 alínea i,como sendo atribuição do mesmo, fruto da emenda constitucional n45/2004 e então para que tenha legitimidade de serem executadas/cumpridas em território nacional e portanto não observado tal procedimento ninguém poderá aproveitar de seus efeitos.
Francisco José Cahali esclarece que a Lei de Arbitragem foi tradicional e inovadora ao tratar das sentenças arbitrais estrangeiras, como se reproduz: “Tradicional, porque condiciona a eficácia da sentença estrangeira no Brasil ao processo homologatório; e inovador, porque estabelece uma prevalência dos tratados internacionais sobre a legislação interna da matéria.”
A parte que desejar utilizar de sentença arbitral estrangeira deverá expressar na petição inicial conforme art 37 que requer algumas especificidades como sendo a sentença original ou cópia devidamente protocolada no consulado brasileiro e traduzida oficialmente. E para além das citações acimas é necessário que seja observado o caráter de formalidade a qual se submeteu a sentença como pena de não ser homologado quando a parte provar que houve vicio da realização.
Art. 38. Somente poderá ser negada a homologação para o reconhecimento ou execução de sentença arbitral estrangeira,      quando o réu demonstrar que:
I - as partes na convenção de arbitragem eram incapazes;
II - a convenção de arbitragem não era válida segundo a lei à qual as partes a submeteram, ou, na falta de indicação, em virtude da lei do país onde a sentença arbitral foi proferida;
III - não foi notificado da designação do árbitro ou do procedimento de arbitragem, ou tenha sido violado o princípio do contraditório, impossibilitando a ampla defesa;
IV - a sentença arbitral foi proferida fora dos limites da convenção de arbitragem, e não foi possível separar a parte excedente daquela submetida à arbitragem;
V - a instituição da arbitragem não está de acordo com o compromisso arbitral ou cláusula compromissória;
VI - a sentença arbitral não se tenha, ainda, tornado obrigatória para as partes, tenha sido anulada, ou, ainda, tenha sido suspensa por órgão judicial do país onde a sentença arbitral for prolatada. 
A homologação da sentença está sujeita as regras nacionais , de modo que o bem em discussão não possa ser considerado por lei brasileira um direito indisponível ,na qual o ordenamento jurídico determina que só poderá ser objeto de arbitragem direito disponível e patrimoniais ,e a decisão não poderá ofender a ordem publica nacional, se tratando de vícios formais não obsta que os mesmo possam ser sanados e invocados novamente.
No novo código de processo civil traz inovações a respeito da sentença arbitral proferida no estrangeiro que são uma perfeita sintonia com a lei de arbitragem de 1996 bem como no seu art 960 a 965 do ncpc/2015 que traz a tona as respectivas condições para que tais decisões possam ser reconhecidas em nosso território, isso mostra o grande avanço que teremos em relação ao nossos processos , e assim trazendo uma gama de benefícios para aqueles que necessitam um direito e assim o fazem com celeridade e eficácia. No art 961 do ncpc é recepcionado alguns critérios que podem fazer de uma sentença estrangeira valida no brasil ,bem como seja passível de homologação a decisão judicial definitiva, a decisão não judicial que, pela lei brasileira, teria natureza jurisdicional, a decisão estrangeira poderá ser homologada parcialmente ,a autoridade judiciária brasileira poderá deferir pedidos de urgência e realizar atos de execução provisória no processo de homologação de decisão estrangeira, haverá homologação de decisão estrangeira para fins de execução fiscal quando prevista em tratado ou em promessa de reciprocidade apresentada à autoridade brasileira ,a sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
No seu art 962 continuando sobre sentença estrangeira traz a possibilidade de suscitar medidas em caráter de urgência que se faz por meio de carta rogatória , para privilegiar algum direito e que posteriormente seja garantido todos os devidos processos e garantias como contraditório, já no art 963 ncpc estão elencados alguns requisitos que devem ser preenchidos para que tenha legitimidade,

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