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4 física i exercícios de portfólio EXERCÍCIO 1 Dois corpos A e B, de massas MA e MB respectivamen- te, são interligados por um fio de massa desprezível, de acordo com a figura a seguir. Considere a massa de rol- dana igualmente desprezível. θ B A MA O corpo A se encontra sobre um plano inclinado. Seja θ o ângulo formado pelo plano inclinado e a horizontal, e seja μ o coeficiente de atrito cinético entre o corpo A e a superfície do plano inclinado. A partir dos dados, determine: a. O DCL de cada corpo (utilize dois referenciais apro- priados, sendo um referencial para cada corpo). Admita que o corpo A suba o plano inclinado. b. Escreva as equações de Newton em termos de componentes. Física I / Aulas 13–16 Exercícios de Portfólio 2 c. Qual é a aceleração do sistema? d. Determine a tensão sobre a corda. e. Determine a aceleração e a tensão para os seguintes valores das grandezas físicas relevantes: µ = 1 2 2 θ = 450 = π 4 rad MB = 2 kg MA = 1 kg g = 10 m/s 2 EXERCÍCIO 2 Ann (50 kg) e Peter (70 kg) estão numa pista de patinação de gelo com seus respectivos patins. Os dois se empurram mutuamente de modo que a interação ocorra duran- te um exíguo intervalo de tempo ∆t = dt. Desprezar atritos. Após a intera- ção, os dois se afastam, distanciando-se um do outro. Adotar g = 10 m/s² = = 10 N/kg e nulo o atrito entre os patins e a pista de gelo. a. Indicar as forças de ação e reação na interação entre as mãos. b. Determinar o peso de Ann e o de Peter e expressá-los em N e kgf. c. Esquematizar os DCL’s de Ann e de Peter. d. Quem recua com velocidade maior? Ann ou Peter? Explicar. Física I / Aulas 13–16 Exercícios de Portfólio 3 gabarito EXERCÍCIO 1 a. O DCL de cada corpo e os referenciais são escolhidos como segue: P → a θ Fat → T → N → X y PB → = MBg → B T → b. Sendo a aceleração igual para cada corpo, temos: Corpo A componente x: MAa = T - Fat - MAgsenθ = T - µN - MA gsenθ (1) componente y: N - MA gcosθ = 0 (2) Física I / Aulas 13–16 Exercícios de Portfólio 4 Corpo B componente y: MBa = PB - T = MB g - T (3) c. Utilizando (2) em (3), obtemos: MBa = T - µMA gcosθ - MA gsenθ = T - MA g(µcosθ + senθ) (4) De (3) temos: MBa - MB g = T (5) Somando as equações (4) e (5), encontramos: (MA + MB)a = g [MB - MA(µcosθ + senθ)] Ou seja, a = g MB - MA(µcosθ + senθ) MA + MB (6) d. De (5) segue que: T = MB g - MBa Portanto: T = MB g - MB g MB - MA(µcosθ + senθ) MA + MB = MB g MB - MA(µcosθ + senθ) MA + MB 1 - Logo: T = MB g MA + MB [MA + MA(µcosθ + senθ)] Física I / Aulas 13–16 Exercícios de Portfólio 5 ou seja: T = MA MB MA + MB g (1 + µcosθ + senθ)] (7) e. De (6) segue que: a = 10 1 2 2 cos450 + sen4502 - 1 2 + 1 m/s2 a = 10 3 1 2 2 2 2 + 2 2 2 - m/s2 a = 10 3 2 - 1 4 - 2 2 ≅ 10 3 7 4 - 0,7 = 10 3 4,2 4 = 10,5 3 m/s2 Ou seja, a = 3,5 m/s2 De (5) segue que: T = MB g - MB a = MB (g - a) Portanto, T = 2(10 - 3,5) = 2(6,5) = 13 Newtons Física I / Aulas 13–16 Exercícios de Portfólio 6 EXERCÍCIO 2 a. As forças de ação e reação surgem simultaneamente a partir do ins- tante em que as palmas das mãos entram em contato. ação fim da interação início da interação tempo de interação força de interação ∆t reação No início elas têm baixas intensidades, crescem, atingem um valor máximo e depois se anulam no fim da interação. Conforme o gráfico ilustra, elas não são constantes. Este tipo de força pode ser carac- terizado como forças impulsivas se o “tempo de interação ∆t” for muito pequeno. F1 → F2 → As forças de ação e reação são F1 e F2 donde: → F1 = força com que a palma da mão de Peter empurra a palma da mão de Ann; portanto, F1 é uma força aplicada na mão de Ann. → F2 = força com que a palma da mão de Ann empurra a palma da mão de Peter; portanto, F2 é uma força aplicada na mão de Peter. De acordo com a 3ª Lei de Newton, elas têm módulos iguais, mesma direção, sentidos opostos, mas aplicadas em corpos diferentes. Física I / Aulas 13–16 Exercícios de Portfólio 7 b. O peso ou força peso ou força de atração gravitacional da Terra so- bre um objeto é uma “força de campo” (ação a distância). A soma dos pesos das partículas (possuidoras do atributo massa) constituintes de um objeto constitui o peso do objeto e para fins práticos, o considera- mos como uma força concentrada no Centro de Gravidade do objeto. O peso é representado por um vetor vertical e para baixo e o seu módulo é p = m.g onde m = massa do objeto e g = intensidade do campo gravitacional local. Se o local for próximo da superfície da Terra, o campo gravitacional é g = 9,8 m/s² = 9,8 N/kg. Em muitas si- tuações, aproxima-se o campo gravitacional para g = 10 N/kg. Assim: → Peso de Ann = PAnn = (50 kg)(10 N/kg) = 500 N ou 50 kgf → Peso de Peter = PPeter = (70 kg)(10 N/kg) = 700 N ou 70 kgf c. DCL de Ann e de Peter F1 → PAnn → NB → NA → F2 → PPeter → N' → N → As forças de interação entre as palmas da mão: → F1 = - (F1). i - força da mão de Peter na de Ann. → F2 = +(F2). i - força da mão de Ann na de Peter. Forças de contato entre os pés e a pista: → NAnn = NA + NB = (NAnn). j - reação normal total em Ann. → NPeter = N + N ' = (NPeter). j - reação normal total em Peter. Força de campo: força peso em Ann e de Peter. → PAnn = - (500). j (N) → PPeter = - (700). j (N) Força de atrito: Força de atrito = 0 (conforme enunciado) Física I / Aulas 13–16 Exercícios de Portfólio 8 Observação importante Pode-se esquematizar o DCL de forma pictórica ou de forma sim- plificada. Na forma simplificada, considera-se Ann e Peter como se fossem partículas. Veja a seguir. F1 → PAnn → NAnn → x mAnn y F2 → PPeter → NPeter → x mPeter y Adota-se um referencial cartesiano, com a massa de cada um, e es- quematizam-se a forças externas sobre cada partícula. d. Da cinemática vetorial sabemos que (I) dv /dt = a e da 2ª Lei de Newton que (II) F = m.a ou a = F/m . Comparando as duas relações: (III) dv /dt = F/m. A relação III pode ser escrita em termos de componentes ao lon- go dos eixos 0x e 0y. partícula eixo x (em unidades SI) eixo y (em unidades SI) Ann dvx dt Ann = FX m = - F1 50 (IV) dvy dt Ann = Fy 50 = NAnn - 500 50 (VI) Peter dvx dt Peter = FX m = F2 70 (V) dvy dt Peter = Fy 70 = NPeter - 700 70 (VII) O que conhecemos? 1. Ann e Peter movem-se ao longo do eixo 0x. Portanto, dvy /dt = 0. Logo da relação (VI) e (VII) extraímos que: → dvy dt Ann = Fy 50 = NAnn - 500 50 = 0 e portanto: NAnn = 500 N. → dvy dt Peter = Fy 70 = NPeter - 700 70 = 0 e portanto: NPeter = 700 N. Física I / Aulas 13–16 Exercícios de Portfólio 9 2. Considerando um tempo de interação ∆t = dt = infinitesimal, po- demos aproximar as forças de interação como se constantes fos- sem. Assim sendo, pela Lei da ação e reação: F1 = F2 = F. Logo, as relações IV e V se reduzem a: → dvx dt Ann = – F 50 (VIII) → dvx dt Peter = F 70 (IX) Isolando F de IX e substituindo em VIII, temos: dvx dt Ann = - 70 . dvx dt Peter 50 = - (1,4). dvx dt Peter Como a aceleração está relacionada com a variação de velocidade, ax = dvx/dt e sendo |axAnn| = (1,4) |axPeter| a variação de velocidade de Ann será 1,4 vezes maior do que a Peter. Osinal negativo in- dica que Peter e Ann adquirem velocidades em sentidos opostos. Como ambos partiram do repouso, a velocidade de recuo de Ann ao final da interação será 1,4 vezes maior do que a velocidade de recuo de Peter.
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