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Livro do ProfessorLivro do Professor Livro de Revisão 1 Física Ensino Médio Helio Luiz de Almeida ©Editora Positivo Ltda., 2017 Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem autorização da Editora. Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) (Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil) A447 Almeida, Helio Luiz de. Física : livro de revisão / Helio Luiz de Almeida. – Curitiba : Positivo, 2017. v. 1 : il. ISBN 978-85-467-1677-7 (aluno) ISBN 978-85-467-1620-3 (professor) 1. Ensino médio. 2. Física – Estudo e ensino. I. Título. CDD 373.33 1. Introdução à Física Método científico e grandezas físicas A Física é uma ciência que investiga a natureza e seus fenômenos, utilizando como fundamentos o método científico e as grandezas físicas. Método científico A ciência moderna é baseada na experimentação e no estudo teórico. Muito tempo depois das sociedades helênicas, durante a Renascença, no século XVI, a experiência passou a ser vinculada aos métodos investigativos de forma efetiva e permanente. Método científico é uma série de etapas e procedimentos pelos quais a ciência é desenvolvida e o conhecimento científico é construído e permanentemente testado. As etapas do método científico podem ser resumidas em: • definição do tema que deve ser investigado; • coleta de informações sobre o fenômeno investigado e elaboração de hipóteses; • realização de experimentos, testes e medidas; • análise dos resultados e comparação com as hipóteses; • construção de uma lei ou teoria. Grandezas físicas Todas as propriedades físicas dos corpos e da própria natureza que podem ser medidas e quantificadas numerica- mente são denominadas grandezas físicas. Grandeza física é tudo o que pode ser medido e quantificado numericamente. Exemplos: deslocamento, velocidade, massa, temperatura, energia, etc. As grandezas podem ser classificadas em fundamentais ou derivadas. Grandezas fundamentais: definidas por si sós. Exemplos: massa, tempo, comprimento, etc. Grandezas derivadas: definidas em função das grandezas fundamentais. Exemplos: velocidade, aceleração, área, etc. Sistema Internacional e conversão de unidades Para facilitar a comunicação entre comunidades científicas de diferentes países, estabeleceram-se a criação e a regula- mentação de padrões de unidades de medida, definidas no Sistema Internacional de Unidades (SI). UN ID AD ES FU ND AM EN TA IS DO S I Grandeza Comprimento Massa Tempo Corrente elétrica Temperatura Quantidade de matéria Intensidade luminosa Unidade metro quilograma segundo ampere kelvin mol candela Símbolo m kg s A K mol cd 2 Livro de Revisão 1 Física Notação científica Para expressarmos valores muito grandes ou muito pequenos, é comum a utilização da notação científica, que consiste em representar um número por um fator numérico N com módulo igual ou maior que 1 e menor que 10, multiplicado por uma potência de base 10. N ⋅ 10E, tal que 1 ≤ |N| < 10 e E um número inteiro Por exemplo: • E é positivo se o módulo do valor tomado de início for maior ou igual a 10. Exemplo: 5 800 000 metros, em notação científica, é 5,8 ⋅ 106 m. • E é negativo se o módulo do valor tomado de início for menor que 1. Exemplo: 0,000 005 metro, em notação cien- tífica, é 5 ⋅ 10–6 m. Operações com números em notação científica • Adição e subtração: desde que os números tenham o mesmo expoente na potência de base 10, somam-se ou subtraem-se os fatores e repete-se a potência. Caso os expoentes da potência de base 10 sejam diferentes, igua- lam-se os expoentes e, em seguida, somam-se ou subtraem-se os fatores. 2,50 ⋅ 10–5 + 3,12 ⋅ 10–5 = 5,62 ⋅ 10–5 3,4 ⋅ 106 – 2,0 ⋅ 105 ⇒ 34 ⋅ 105 – 2,0 ⋅ 105 = 32 ⋅ 105 ⇒ 3,2 ⋅ 106 • Multiplicação e divisão: multiplicam-se ou dividem-se os fatores e, em seguida, aplicam-se as propriedades de multiplicação ou divisão de potências de mesma base. 2,3 ⋅ 103 ⋅ 4,2 ⋅ 10–5 = 9,66 ⋅ 10–2 6 8 10 2 0 10 3 4 10 4 7 3, , , ⋅ ⋅ = ⋅ − Introdução a vetores Grandezas escalares: grandezas físicas definidas por um valor – módulo – e uma unidade de medida. Exemplos: tempo, volume, massa, temperatura, etc. Grandezas vetoriais: grandezas físicas que, além do módulo e da unidade de medida, necessitam da indicação da direção e do sentido. Exemplos: deslocamento, velocidade, aceleração, força, etc. Vetores Uma grandeza vetorial é representada por um vetor que, na Física Clássica, é entendido como um segmento orientado com três características: módulo, direção e sentido. vetor módulo sentido direção Módulo: representa o valor da medida da grandeza vetorial. Está associado graficamente ao comprimento do segmento de reta. Direção: é determinada pela reta-suporte do segmento orien- tado. O vetor do exemplo apresenta a direção horizontal. Sentido: é indicado pela ponta da seta. Assim, para cada dire- ção, há sempre dois sentidos possíveis. 3 v vx (cateto adjacente) vy (cateto oposto)vy y x y x v a c b d R a = 8 b = 4 c = 6 d = 3 R = 9 R a b c d R a b c d R a b c d R R = + + + = + + + = + + = + + = ( )− − −8 4 6 3 9 x by bx ay ax y y xRx R Ry Observe, na ilustração à esquerda, que o vetor v , no plano cartesiano, tem linhas tracejadas paralelas aos eixos x e y. Na ilustração à direita, o vetor v representa a hipo- tenusa de um triângulo retângulo, cujos catetos corres- pondem às componentes v x e v y , determinados pelas relações trigonométricas seno e cosseno. Vejamos: cateto oposto hipotenusa sen v v sen v v sen y y = = = ⋅ α α α cateto adjacente hipotenusa v v v v x x = = = ⋅ cos cos cos α α α Decomposição de vetores A decomposição de um vetor é a operação pela qual se podem determinar suas componentes, geralmente expres- sas na direção vertical e na horizontal. No caso de um vetor velocidade, com direção oblí- qua, podemos realizar a decomposição a partir do método apresentado nas ilustrações abaixo: Adição de vetores Vetores com mesma direção: quando dois ou mais vetores são paralelos, o vetor resultante terá módulo igual à soma aritmética dos módulos dos vetores envolvidos: Vetores com direções diferentes: quando dois ou mais vetores têm diferentes direções, é preciso determinar as componentes de cada um. Por exemplo, considere os veto- res a e b e suas decomposições nos eixos x e y. y x b a O vetor resultante será dado pela soma de suas componentes. R a b R a b x x x y y y = + = + Para o cálculo do módulo, utiliza-se o Teorema de Pitágoras. R R Rx y 2 2 2= + 4 Livro de Revisão 1 Física 1. (UFAL) Considere as grandezas físicas: I. Velocidade II. Temperatura III. Quantidade de movimento IV. Deslocamento V. Força Destas, a grandeza escalar é: a) I X b) II c) III d) IV e) V 2. (UEPG – PR) Quando dizemos que a velocidade de uma bola é de 20 m/s, horizontal e para a direita, estamos definindo a velocidade como uma grandeza: a) escalar b) algébrica c) linear X d) vetorial e) n.d.a. 3. (FGV – SP) São grandezas escalares: a) tempo, deslocamento e força. b) força, velocidade e aceleração. X c) tempo, temperatura e volume. d) temperatura, velocidade e volume. e) tempo, temperatura e deslocamento. 4. (VUNESP – SP) O intervalo de tempo de 2,4 minutos equivale, no Sistema Internacional de unidades (SI), a a) 24 segundos b) 124 segundos X c) 144 segundos d) 160 segundos e) 240 segundos 5. (UEL – PR) No Sistema Internacional de Unidades, a ace- leração de 360 km/h2 vale a) 1/360 X b) 1/36 c) 1 d) 10 e) 36 Tempo, temperatura e volume não necessitam de uma orientação espacial e, por isso, são grandezas escalares. 6. (UEL – PR) Um homem caminha com velocidade vH = 3,6 km/h, uma ave, com velocidade vA = 30 m/min e um inseto, com vI = 60 cm/s. Essas velocidades satisfazem a relação: a) vI > vH > vA b) vA > vI > vH c) vH > vA > vI d) vA > vH > vl X e) vH > vI > vA 7.(FESP) Num corpo estão aplicadas apenas duas forças de intensidades 12 N e 8,0 N. Uma possível intensidade da resultante será: a) 22 N b) 3,0 N X c) 10 N d) zero e) 21 N 8. (UDESC) Um “calouro” do Curso de Física recebeu como tarefa medir o deslocamento de uma formiga que se movimenta em uma parede plana e vertical. A formiga realiza três deslocamentos sucessivos: 1) um desloca- mento de 20 cm na direção vertical, parede abaixo; 2) um deslocamento de 30 cm na direção horizontal, para a direita; 3) um deslocamento de 60 cm na direção vertical, parede acima. No final dos três deslocamentos, podemos afirmar que o deslocamento resultante da formiga tem módulo igual a: a) 110 cm X b) 50 cm c) 160 cm d) 10 cm e) 30 cm 9. (IFCE) Se cada quadrado, na figura abaixo, tem lado 1, é correto afirmar-se que o vetor resultante mede R 5 5 a) 20 b) 20 2 X c) 5 2 d) 10 2 e) 10 R R R2 2 25 5 50 5 2= + ⇒ = ⇒ = Entre as grandezas listadas, apenas a temperatura não necessita de direção e sentido para ser completamente definida. 360 60 1000 3 600 3 600 1 36 km/h2 ⇒ ⋅ ⋅ = 3 m s s 5 2. Introdução à Mecânica Conceitos iniciais O estudo do movimento dos corpos, bem como suas causas e modificações, pertence à área da Física chamada de Mecânica, que será estudada nesta unidade. Ponto material Ponto material é um corpo com dimensões desprezíveis quando comparado com os demais corpos analisados em dado fenômeno. Referencial de movimento No estudo da Física, a condição de repouso ou de movi- mento depende do referencial adotado. Por exemplo, um veículo estacionado em uma garagem está em repouso em relação à Terra, mas em movimento em relação ao Sol. Posição Quando se adota o referencial de movimento, é defi- nida a posição do corpo em relação a esse referencial. Posição: também chamada de espaço, é uma grandeza física representada por s e é medida, no SI, em metro (m). No esquema a seguir, podemos definir as posições das pessoas A, B e C como: sA= –2 m, sB = 0 m e sC = 3 m. A B C –3 m –2 m –1 m 0 1 m 2 m 3 m 4 m Condição de movimento e repouso Quando a posição de um corpo em relação ao referen- cial escolhido não varia ao longo do tempo nas coordena- das x, y e z, temos que esse corpo está em repouso. Caso contrário, temos que esse corpo está em movimento. em relação a certo referencial Movimento Repouso posição varia posição fixa Trajetória e deslocamento escalar À medida que um corpo se movimenta, ele ocupa sucessivas posições ao longo de um deslocamento. Se indicarmos essas posições por uma linha, temos a representação da trajetória desse corpo. v Di vo . 2 01 0. 3 D. O objeto cai em linha reta se o referencial estiver localizado dentro do ônibus. Caso o referencial esteja fora do ônibus em movimento, o objeto descreve um arco de parábola. Deslocamento escalar é a diferença entre a posição final e a posição inicial. É representado por Δs e é medido, no SI, em metro (m). Portanto, temos que: Δs = sfinal – sinicial ou Δs = s – s0. Ja ck A rt. 2 01 0. V et or v 6 Livro de Revisão 1 Física Velocidade Velocidade escalar média Quando ouvimos que a velocidade média de um ôni- bus é de 40 km/h, por exemplo, temos que esse ônibus percorre, em média, 40 km em cada hora do percurso. A velocidade média indica, portanto, a rapidez com que um corpo se movimenta no espaço. Velocidade escalar média é a razão entre o desloca- mento escalar de um corpo e o intervalo de tempo que esse corpo leva para percorrê-lo. É representada por vm e é medida, no SI, em metro por segundo (m/s). v s t s s t tm = = − − Δ Δ 0 0 Velocidade escalar instantânea A velocidade calculada em um intervalo de tempo muito pequeno para dado evento é denominada velocidade escalar instantânea. Unidades de velocidade A unidade de velocidade pelo SI é metro por segundo (m/s). A conversão mais utilizada entre unidades de veloci- dade é entre km/h e m/s, que pode ser feita por meio da seguinte regra prática: ÷ 3,6 × 3,6 m s km h Aceleração A grandeza física relacionada à variação da velocidade é chamada de aceleração. Aceleração escalar média A aceleração escalar média de um corpo é definida como a rapidez média com que se altera a velocidade desse corpo. Dois automóveis, um de passeio e um esportivo, partem do repouso e adquirem uma velocidade de 120 km/h. O carro de passeio atinge a velocidade de 120 km/h em 10 s, enquanto o esportivo a atinge em 5 s. Como a aceleração depende do tempo em que a variação ocorreu, o carro esportivo tem uma aceleração maior do que o carro de passeio. Aceleração média escalar, representada por am, é a rapidez média com que a velocidade se altera. É definida por: a v t v v t tm = ⇒ − − Δ Δ 0 0 Aceleração centrípeta A aceleração centrípeta modifica a direção do movi- mento, sem alterar o módulo da velocidade. Assim, faz com que o corpo descreva uma trajetória curvilínea. O vetor aceleração centrípeta é sempre perpendicular ao vetor velocidade. Está orientado para o centro da curva e seu módulo é obtido pela razão entre o quadrado da velo- cidade e o raio: a v rc 2 Unidade de aceleração A unidade de aceleração média é obtida pela razão da unidade de velocidade pela unidade de tempo. No SI, por- tanto, a unidade de aceleração média é o m/s2. Quando um veículo apresenta aceleração média de 5 m/s2, podemos afirmar que sua velocidade média variou 5 m/s a cada segundo. Forças Força é uma grandeza vetorial resultante da interação entre dois ou mais corpos, que pode ocasionar altera- ção no estado de movimento (aceleração), alteração do formato físico (deformação) e anulação de outras forças (equilíbrio). A representação de força é dada pela letra F, e sua unidade, no SI, é o newton (N). km/h 0 0 120 0 0 120 km/h km/h km/h Carro A Carro B t = 0 t = 0 t = 10 s t = 5 s DK O E st úd io . 2 01 5. D ig ita l. 7 Classificação de forças Quanto ao tipo de interação • Forças de contato: forças que necessitam do toque entre corpos. Exemplos: força de atrito, força normal, etc. • Forças de campo: forças que não requerem contato entre corpos. Exemplos: forças gravitacional, elétrica e magnética. Quanto à natureza de interação • Forças mecânicas. Exemplos: força gravitacional, força de atrito, força de arrasto, força de tração. • Forças elétricas e magnéticas. Exemplos: forças dessa natureza são, basicamente, de atração e repulsão. Quanto à direção de aplicação • Força tangencial: age em uma direção tangente à trajetória do corpo. Exemplo: veículo acelerado pela ação do motor. • Força centrípeta: altera a direção do movimento, isto é, está presente sempre que o veículo realiza uma curva. Exemplo: quando um veículo descreve uma curva em uma rodovia, é uma força centrípeta, direcionada ao centro da curva, que permite que o veículo mude de direção. F água F kite F peso F AT y x © Sh ut te rs to ck /E pi cS to ck M ed ia DK O E st úd io . 2 01 5. Di gi ta l. Leis de Newton Passamos agora a estudar as três Leis de Newton, que são os princípios pelos quais força e aceleração se relacionam. Primeira Lei de Newton Primeira Lei de Newton ou Princípio da Inércia: todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uni- forme, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças imprimidas a ele. Princípio da Inércia Quanto maior a massa do corpo, maior a resistência à mudança de seu estado, como demonstra a figura abaixo. O diagrama de corpo livre facilita a identificação das forças aplicadas sobre o corpo da atleta de kitesurf. Força resultante As forças aplicadas sobre um corpo podem ser soma- das, resultando em uma única força, denominada força resultante (FR). A força resultante é determinada pela soma vetorial de todas as forças que agem em um corpo e pode ser obtida por: F F F F F FR n= + + + + +1 2 3 4 ... Diagrama de corpo livre O diagrama de corpo livreé um esquema em que todas as forças que atuam sobre um corpo são representadas iso- ladamente, em um plano cartesiano. Ao aumentarmos a quantidade de produtos dentro de um carrinho de supermercado, aumentamos sua inércia. 8 Livro de Revisão 1 Física 1. (UFBA) Um pássaro está voando e se afastando de uma árvore. Em relação ao pássaro, a árvore está em repouso ou em movimento? A árvore está em movimento em relação ao pássaro e vice-versa, pois a distância entre eles está variando com o tempo. 2. (UEPB) Um professor de física verificando em sala de aula que todos os seus alunos encontram-se sentados, pas- sou a fazer algumas afirmações para que eles refletis- sem e recordassem alguns conceitos sobre movimento. Das afirmações seguintes formuladas pelo professor, a única correta é: a) Pedro (aluno da sala) está em repouso em relação aos demais colegas, mas todos nós estamos em movi- mento em relação à Terra. X b) Mesmo para mim (professor), que não paro de andar, seria possível achar um referencial em relação ao qual eu estivesse em repouso. c) A velocidade dos alunos que eu consigo observar agora, sentados em seus lugares, é nula para qual- quer observador humano. d) Como não há repouso absoluto, nenhum de nós está em repouso, em relação a nenhum referencial. Segunda Lei de Newton Segunda Lei de Newton ou Princípio Fundamental da Dinâmica: a aceleração que um corpo adquire é dire- tamente proporcional à força resultante a que ele está sujeito. F m aR = ⋅ Para os movimentos curvilíneos, teremos uma acele- ração que aponta para o centro da trajetória, chamada de aceleração centrípeta. A força resultante centrípeta é dada por: F m ac c= ⋅ O módulo da força resultante centrípeta é dado por: F m v rc = ⋅ 2 e) O Sol está em repouso em relação a qualquer referencial. 3. (UEM – PR) Um trem se move com velocidade horizontal constante. Dentro dele estão o observador A e um garoto, ambos parados em relação ao trem. Na estação, sobre a plataforma, está o observador B, parado em relação a ela. Quando o trem passa pela plataforma, o garoto joga uma bola verticalmente para cima. Desprezando a resistência do ar, podemos afirmar que: X 01) o observador A vê a bola se mover verticalmente para cima e cair nas mãos do garoto. X 02) o observador B vê a bola descrever uma parábola e cair nas mãos do garoto. 04) os dois observadores veem a bola se mover numa mesma trajetória. 08) o observador A vê a bola descrever uma parábola e cair atrás do garoto. 16) o observador B vê a bola se mover verticalmente e cair atrás do garoto. Dê como resposta a soma dos números associados às proposições corretas. Somatório: 03 (01 + 02) Terceira Lei de Newton Terceira Lei de Newton ou Princípio da Ação e Rea- ção: a toda ação há sempre oposta uma reação igual ou as ações mútuas de dois corpos, um sobre o outro, são sempre iguais e dirigidas a partes opostas. A seguir, temos o exemplo de uma situação em que as forças formam pares de ação e reação. À medida que o remo é acionado, o atleta empurra a água para trás e a água, ao mesmo tempo, empurra o caiaque para a frente. © Sh ut te rs to ck /m ar ek ul ia sz 9 4. (UFC – CE) Uma partícula desloca-se sobre uma reta na direção x. No instante tA = 1,0 s, a partícula encontra-se na posição A e no instante tB = 6,0 s encontra-se na posição B, como indicadas na figura a seguir. Determine a velocidade média da partícula no intervalo de tempo entre os instantes tA e tB. v s t v s s t t vm m B A B A m m= ⇒ = − − ⇒ = − −( ) − ⇒ = Δ Δ , , v 70 40 6 0 10 22 m/s 5. (FGV – SP) Uma equipe de reportagem parte em um carro em direção a Santos, para cobrir o evento “Música Boa Só na Praia”. Partindo da cidade de São Paulo, o veículo deslocou-se com uma velocidade constante de 54 km/h, durante 1 hora. Parou em um mirante, por 30 minutos, para gra- var imagens da serra e do movimento de automóveis. A seguir, continuaram a viagem para o local do evento, com o veículo deslocando-se a uma velocidade constante de 36 km/h durante mais 30 minutos. A velocidade escalar média durante todo o percurso foi, em m/s, de X a) 10 m/s b) 12 m/s c) 25 m/s d) 36 m/s e) 42 m/s Primeiro trecho: v s t s s kmm1 1 1 1 154 1 54= ⇒ = ⇒ = Δ Δ Δ Δ Tempo de parada: Δt hp = 0 5, Segundo trecho: v s t s s kmm2 2 2 2 20 5 18= ⇒ = ⇒ = Δ Δ Δ Δ36 , v s t v v mT T T mT mT mT = ⇒ = + + + = ⇒ = Δ Δ v km/h m/s ( ) ( , , ) 54 18 1 0 5 0 5 36 10 6. (UNIRIO – RJ) Caçador nato, o guepardo é uma espécie de mamífero que reforça a tese de que os animais pre- dadores estão entre os bichos mais velozes da natureza. Afinal, a velocidade é essencial para os que caçam outras espécies em busca de alimentação. O guepardo é capaz de, saindo do repouso e correndo em linha reta, che- gar à velocidade de 72 km/h em apenas 2,0 segundos. Determine a aceleração escalar média deste mamífero. a v v t tm m m = − − ⇒ = − − ⇒ = ( ) ( ) ( ) ( ) 0 0 20 0 2 0 10a a m/s 2 7. (FGV – SP) Um trem desloca-se com velocidade de 72 km/h, quando o maquinista vê um obstáculo à sua frente. Aciona os freios e para em 4 s. A aceleração média imprimida ao trem pelos freios, foi em módulo, igual a: a) 18 m/s2 b) 10 m/s2 X c) 5 m/s2 d) 4 m/s2 e) zero a v t am m m m= − ⇒ = − ⇒ = − ⇒ = − (v ) ( )0 0 20 4 20 4 5 Δ a a m/s 2 8. (PUCRS) Uma jogadora de tênis recebe uma bola com velocidade de 20,0 m/s e a rebate na mesma direção e em sentido contrário com velocidade de 30,0 m/s. Se a bola permanecer 0,100 s em contato com a raquete, o módulo da sua aceleração média será de a) 100 m/s2 b) 200 m/s2 c) 300 m/s2 X d) 500 m/s2 e) 600 m/s2 Definindo a velocidade negativa antes do rebatimento e positiva depois do rebatimento, temos: a v t am m m m = − ⇒ = − − ⇒ = = (v ) ( ( )) , , 0 30 20 0 1 50 0 1 500 Δ a a m/s 2 9. (UFRRJ) A figura abaixo mostra um atleta de ginástica olímpica no aparelho de argolas. O ginasta encontra-se parado na posição mostrada. Assinale qual dentre as alternativas abaixo melhor repre- senta as forças que atuam sobre ele, desprezando-se as forças do ar. 10 Livro de Revisão 1 Física X a) b) c) d) e) 10. (PUCSP) Um corpo está sujeito a um sistema de três forças concorrentes. As intensidades de duas delas são 5 N e 20 N. Quanto a intensidade da terceira força f, para que haja equilíbrio deve satisfazer à desigualdade: a) f ≤ 5 N b) 5 N ≤ f ≤ 20 N c) f N25 X d) 15 N ≤ f ≤ 25 N e) f N5 11. (UDESC) Com relação às Leis de Newton, analise as proposições. I. Quando um corpo exerce força sobre o outro, este reage sobre o primeiro com uma força de mesma in- tensidade, mesma direção e mesmo sentido. II. A resultante das forças que atuam em um corpo de massa m é proporcional à aceleração que este corpo adquire. III. Todo corpo permanece em seu estado de repouso ou de movimento retilíneo uniforme, a menos que uma força resultante, agindo sobre ele, altere a sua veloci- dade. Sobre o homem, atuam três forças, seu peso (vertical e para baixo) e as duas forças de tração aplicadas pelo teto por meio das cordas. IV. A intensidade, a direção e o sentido da força resul- tante agindo em um corpo é igual à intensidade, à direção e ao sentido da aceleração que este corpo adquire. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. X d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 12. (UFRGS – RS) Para um observador inercial, um corpo que parte do repouso, sob ação exclusiva de uma força F constante, adquire a velocidade v de módulo 5 m/s após certo intervalo de tempo. Qual seria, para o mesmo observador, o módulo da velocidade adquirida pelo corpo, após o mesmo intervalo de tempo, supondo que ele já tivesse inicialmente a velocidade v eque a força exercida sobre ele fosse 4F? a) 1,50 m/s b) 20 m/s X c) 25 m/s d) 40 m/s e) 80 m/s Primeiro movimento: F m a m F a = ⋅ ⇒ = Segundo movimento: 4 4 4 4 1 1 1 1 F m a m F a F a F a a a = ⋅ ⇒ = = ⇒ = Primeiro movimento: a v v t a t a t= − ⇒ = − ⇒ ⋅ =0 5 0 5 Segundo movimento: a v v t v a t v v 1 1 0 1 1 1 5 4 5 4 5 25 = − ⇒ = + ⋅ ⋅ = + ⋅ ⇒ = m/s 13. (UECE) Uma única força agindo sobre uma massa de 2,0 kg fornece a esta uma aceleração de 3,0 m/s2. A aceleração, em m/s2, produzida pela mesma força agindo sobre uma massa de 1 kg é a) zero b) 1,5 c) 3,0 X d) 6,0 F m a F F N F F F m a a a 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 3 6 6 1 6 = ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ = = = = ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ = ( ) m/s 2 11 3. Principais forças da Mecânica e aplicações das Leis de Newton Força peso A força peso é uma força de campo, ou seja, atua a dis- tância. Dois corpos com massa atraem-se mutuamente, mesmo que estejam a milhares de quilômetros de distân- cia um do outro. A força peso é dada a partir da interação de corpos que têm massa, é uma grandeza vetorial, pode ser represen- tada por P ou FP e tem por unidade de medida, no SI, o newton (N). Gravidade A força gravitacional pode ser considerada igual à força peso quando o referencial é a superfície da Terra. Um corpo com dimensões muito grandes, como um planeta, produz em corpos com dimensões muito menores uma aceleração gravitacional, chamada usualmente de gravidade. Ja ck A rt. 2 01 0. D ig ita l. Vaso de porcelana recebendo uma força gravitacional Fg do planeta ao mesmo tempo que o planeta recebe uma força gravitacional Fg do vaso Por exemplo, quando um vaso de porcelana de massa 300 g é liberado a uma altura de 100 m em rela- ção ao solo do planeta Terra, que tem uma massa de aproximadamente 6 000 000 000 000 000 000 000 000 kg (6 ⋅ 1024 kg), se não há mais nenhuma força sobre o vaso, este será acelerado até o solo do planeta, com aceleração equivalente à gravidade da Terra. Galileu Galilei demonstrou experimentalmente a exis- tência da gravidade da Terra. O valor aproximado da gravi- dade terrestre é de 9,81 m/s2. Essa aceleração é aplicada a todos os corpos com diferentes massas que se encontram em suas proximidades. Por praticidade matemática, fre- quentemente seu valor é arredondado para 10 m/s2. Peso e Segunda Lei de Newton A Segunda Lei de Newton para um corpo de massa m, que esteja sujeito apenas à força peso de um corpo celeste, pode ser escrita da seguinte maneira: F m a P m gR = ⋅ ⇒ = ⋅ Em que a força resultante FR equivale ao peso P , enquanto a aceleração a equivale à gravidade g . Força normal Na Mecânica, quando dois corpos estão em contato, surge entre eles uma força que forma 90º com a superfície de contato, denominada força normal. A força normal é uma grandeza vetorial dada a partir do contato entre dois corpos e pode ser representada por N ou FN. Apresenta direção perpendicular à superfície de contato. Tem por unidade de medida, no SI, o newton (N). Exemplos de força normal Para determinar a direção e o sentido da força normal, é necessário encontrar todas as forças envolvidas no sistema em questão. A seguir, traremos três exemplos de forças nor- mais agindo sobre pessoas em contato com algum objeto. 1º. exemplo: uma atleta sobe em um pódio. Nsolo sobre atleta Patleta 12 Livro de Revisão 1 Física A atleta recebe a força peso P do planeta e o pódio exerce uma força normal N sobre a atleta. Nesse caso, a força normal N sobre a atleta tem direção vertical e sen- tido que vai do chão para a cabeça da atleta. 2º. exemplo: uma pessoa empurra um guarda-roupa. Npg Ngp A pessoa faz uma força horizontal Npg no guarda-roupa e o guarda-roupa faz uma força horizontal Ngp na pessoa. Nesse caso, a força normal sobre a pessoa tem direção hori- zontal e sentido que vai da mão para o peito da pessoa. 3º. exemplo: uma pessoa desce em um escorregador. Ppessoa Npessoa sobre escorregador Nescorregador sobre pessoa Nesse caso, além da força peso exercida pelo planeta sobre a pessoa, a pessoa faz uma força Npe sobre o escor- regador e o escorregador exerce uma força normal Nep sobre a pessoa, de direção oblíqua e sentido que vai de suas costas para seu peito. A força peso e a força normal não constituem um par de ação e reação. Ação e reação nunca atuam no mesmo corpo e sempre são da mesma natureza. Força de tração Tração significa esticar ou puxar. Entretanto, no estudo da Mecânica, designaremos tração como as forças envol- vidas em situações em que fios, cabos, barbantes e outros elementos são tracionados. T T O cavaleiro, para dominar seu cavalo, puxa a corda da rédea. A força que a corda faz sobre o cavaleiro é chamada tração T, já a força que o cavaleiro faz sobre a corda é a reação da tração T. A força de tração é uma força de contato dada através de um fio, cabo ou barbante. Tem caráter vetorial e é representada por T ou FT . No SI, tem como unidade o newton (N). Polia fixa Uma polia fixa permite deslocar um objeto em dire- ção e sentido diferentes da aplicação da força. Todavia, o módulo dessa força é igual ao módulo de uma força apli- cada diretamente ao objeto. Ja ck A rt. 2 01 0. D ig ita l. As polias fixas não reduzem o valor da força que deve ser aplicada, mas alteram a direção de aplicação. A força mínima necessária para içar a mala é igual ao peso da mala. © Sh ut te rs to ck /Ig or K ov al ch uk 13 Lei de Hooke Experimentalmente, Robert Hooke (1635-1703) determinou a força elástica presente em uma mola e obteve a seguinte relação: F K xel = − ⋅Δ Em que: • F el é a força elástica exercida pela mola, dada, no SI, em newton (N); • K é a constante elástica da mola, dada, no SI, em newton/metro (N/m); • Δx é a deformação da mola, dada, no SI, em metro (m). O sinal de menos na Lei de Hooke refere-se ao fato de que a força elástica é sempre contrária ao sentido da deformação aplicada na mola. Gráfico da força elástica A Lei de Hooke é válida até o limite da elasticidade de uma mola. Quando atingido esse ponto, a mola sofre uma defor- mação irreversível e deixa de apresentar a relação descrita. A seguir, temos dois gráficos sobrepostos para molas em seus limites de elasticidade. Polia móvel As polias móveis diminuem a intensidade da força aplicada para deslocar um objeto. Para uma sequência de polias móveis, a força neces- sária para deslocar um objeto será dada pela equação: F P n2 , em que F é a força aplicada, P é o peso e n corresponde ao número de polias móveis envolvidas. Força elástica Uma mola, quando alongada ou comprimida, sofre a ação de uma força que tende a restaurar sua condição natural. Essa força recebe o nome de força elástica. A força elástica é uma grandeza vetorial e apresenta mesma direção, mas sentido oposto à deformação. É representada por Fel. Tem como unidade, no SI, o newton (N). xo x Mola deformadaMola com tamanho original Situação 1 Situação 2 Δx Deformação m Ja ck A rt. 2 01 0. D ig ita l. Quando o sistema de um corpo pendurado em uma mola atinge o repouso, a força elástica equilibra a força peso do corpo. Ja ck A rt. 2 01 0. D ig ita l. Se o homem, no segundo andar, exercer uma força de intensidade igual à metade do peso da mala, isso será suficiente para que a mala suba. 14 Livro de Revisão 1 Física Força de atrito Quando há um deslizamento, ou uma tendência de deslizamento, entre um corpo e uma superfície de apoio, existirá uma força de atrito. F AT A força de atrito FAT é uma grandeza vetorial, existente em deslizamentos ou tendência de deslizamentos entre um corpo e uma superfície de apoio, e terá sempre sentido contrário ao deslizamento em questão. No SI, é medida em newton (N). Matematicamente, a força de atrito será dada pela seguinte relação: F NAT = ⋅μ Em que: • FAT é a força de atrito, dada em newton (N); • μ é o coeficiente de atrito,uma grandeza adimensional; 0 2 4 6 8 10 12 14 Gráfico da força elástica (mola A e mola B) Mola A Mola B Força (N) 70 60 50 40 30 20 10 0 Deformação (cm) O gráfico da força elástica pela deformação de uma mola é linear enquanto não se atinge o limite de elasticidade da mola (linha pontilhada em laranja). • N é a força normal do corpo, dada em newton (N). Existem dois tipos de força de atrito: estático e cinético. Para cada situação, o coeficiente de atrito assume nomes específicos: para o atrito estático, torna-se μe; para o atrito cinético, torna-se μc. Atrito cinético Quando um corpo se encontra em movimento em relação a uma superfície, tem seu movimento restringido devido a possíveis rugosidades encontradas durante sua trajetória. Essa restrição é dada pelo atrito cinético. A aspe- reza e a flexibilidade do local de contato do corpo com a superfície determinam a intensidade da força de atrito sobre o corpo que se movimenta. A grandeza física que indica essa rugosidade é o coefi- ciente de atrito μ – um número situado entre 0 e 1. Assim, quanto mais áspero for o meio, mais próximo a 1 será o μ e, quanto mais liso for o meio, mais próximo a 0 será o μ. Di va nz ir Pa di lh a. 20 10 . 3 D. Uma caixa que desliza sobre uma superfície áspera está sujeita a uma força de atrito cinético. A reta verde se refere a uma mola de K = 10 N/m, enquanto a reta vermelha se refere a uma mola de K = 5 N/m: © Sh ut te rs to ck /A HM AD FA IZ AL YA HY A 15 Atrito estático Para um corpo entrar em movimento, necessita superar o atrito estático máximo exercido pela superfície na qual se encontra. O atrito estático terá o mesmo valor que a força exercida sobre um corpo enquanto este estiver em repouso. O coeficiente de atrito estático máximo sempre terá valor maior do que o coeficiente de atrito cinético. μ > μemáx c Exemplo: um bloco de 10 kg de massa se encontra em repouso em relação a uma superfície horizontal. Sabendo que μ e = 0 3, e μ c = 0 25, , considere g = 10 m/s 2 e calcule: a) a força de atrito estático máxima entre o bloco e a superfície. ATemáx e ATemáx e ATemáx ATemáxF N F m g F 0,3 10 10 F 30 N= μ ⋅ ⇒ = μ ⋅ ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⇒ = b) a força de atrito entre o bloco e a superfície quando for aplicada sobre o bloco uma força de 15 N. A força de atrito estático tem mesmo valor que a força aplicada, 15 N, até que o corpo entre em movimento. c) a força de atrito quando for aplicada sobre o bloco uma força de 40 N. F N F m g F F NATc c ATc c ATc ATc= ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⇒ =μ μ 0 25 10 10 25, 1. (PUC Minas – MG) Suponha que sua massa seja de 55 kg. Quando você sobe em uma balança de farmá- cia para saber seu peso, o ponteiro indicará: (considere g = 10 m/s2) a) 55 kg b) 55 N c) 5,5 kg X d) 550 N e) 5 500 N 2. (ENEM) O peso de um corpo é uma grandeza física: a) que não varia com o local onde o corpo se encontra. b) cuja unidade é medida em quilograma. c) caracterizada pela quantidade de matéria que o corpo encerra. d) que mede a intensidade da força de reação de apoio. X e) cuja intensidade é o produto da massa do corpo pela aceleração da gravidade local. P = m ∙ g ⇒ P = 550 N A força peso é definida pela relação: P = m ∙ g 3. (FCC – BA) O peso de um corpo, próximo à superfície da Terra onde g = 10 m/s2 é de 40 N. a) Qual é o seu peso na Lua, sabendo que g g L 6 ? 6 Reaplicando: P m g P P N= ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ =4 10 6 6 67, P m g m P g m m kg= ⋅ ⇒ = ⇒ = ⇒ = 40 10 4 b) Qual é a sua massa em Marte? Como a massa é uma invariante, independe da gravidade local, a massa do corpo em Marte terá o mesmo valor que na Terra, 4 kg. 4. (UFBA) A massa de um corpo na Terra é X. No planeta Kripton é Y. Qual a relação entre X e Y? A relação é 1, pois a massa é invariante. 16 Livro de Revisão 1 Física 5. (UFMT) A ordem de grandeza de uma força de 1 000 N é comparável ao peso de: X a) um lutador de boxe b) um tanque de guerra c) um navio quebra-gelo d) uma bola de futebol e) uma bolinha de pingue-pongue 6. (FUVEST – SP) Um homem tenta levantar uma caixa de 5 kg, que está sobre uma mesa, aplicando uma força vertical de 10 N. Nessa situação, o valor da força que a mesa aplica na caixa é: (g = 10 m/s2). a) 0 N b) 5 N c) 10 N X d) 40 N e) 50 N 7. (UNIFESP) A figura representa um caixote transportado por uma esteira horizontal. Ambos tem velocidade de módulo v, constante, suficientemente pequeno para que a resistência do ar sobre o caixote possa ser considerada desprezível. Pode-se afirmar que sobre esse caixote, na situação da figura, a) atuam quatro forças: o seu peso, a reação normal da esteira, a força de atrito entre a esteira e o caixote e a força motora que a esteira exerce sobre o caixote. b) atuam três forças: o seu peso, a reação normal da esteira, a força de atrito entre a esteira e o caixote, no sentido oposto ao do movimento. c) atuam três forças: o seu peso, a reação normal da esteira, a força de atrito entre a esteira e o caixote, no sentido do movimento. X d) atuam duas forças: o seu peso, a reação normal da esteira. e) não atua força nenhuma, pois ele tem movimento reti- líneo uniforme. P m g m P g m m kg = ⋅ ⇒ = = ⇒ = 1000 10 100 . Um lutador de boxe tem uma massa da ordem de 100 kg. Para a caixa permanecer em equilíbrio, vale a seguinte equação: P = N + FHomem N = P – FHomem ⇒ N = 40 N Como a velocidade é constante, a força resultante é nula e as forças que existem estão em equilíbrio. Sobre o caixote, agem a força peso e a força normal da esteira. 8. (UNIFESP) Um abajur está apoiado sobre a superfície plana e horizontal de uma mesa em repouso em rela- ção ao solo. Ele é acionado por meio de um cordão que pende verticalmente, paralelo à haste do abajur, con- forme a figura 1. Para mudar a mesa de posição, duas pessoas a trans- portam inclinada, em movimento retilíneo e uniforme na direção horizontal, de modo que o cordão mantém-se vertical, agora inclinado de um ângulo θ = 30º, cons- tante em relação à haste do abajur, de acordo com a figura 2. Nessa situação, o abajur continua apoiado sobre a mesa, mas na iminência de escorregar em relação a ela, ou seja, qualquer pequena inclinação a mais da mesa provocaria o deslizamento do abajur. Calcule: a) o valor da relação N N 1 2 , sendo N1 o módulo da força normal que a mesa exerce sobre o abajur na situação da figura 1 e N2 o módulo da mesma força na situação da figura 2. N2 FAT P N2 FAT P No triângulo destacado: θ = ⇒ = ⋅ θ ⇒ = ⋅ ⇒ = ⋅= ⇒ = ⇒ = 2 2 2 2 1 1 1 2 2 2 N 3 cos N P cos N P cos30º N P P 2 N N NP 2 2 3 N N N 33 3 P 2 b) o valor do coeficiente de atrito estático entre a base do abajur e a superfície da mesa. tg F N N N tg tg tg AT e e e e θ μ θ μ θ μ μ = ⇒ ⋅ = ⇒ = = ⇒ = 2 2 2 30 3 3 º 17 INSTRUÇÃO: Para responder às questões 9 e 10, con- sidere as afirmativas referentes à figura e ao texto. Na figura, está representada uma pista sem atrito, em um local onde a aceleração da gravidade é constante. Os trechos T1, T2 e T3 são retilíneos. A inclinação de T1 é maior do que a inclinação de T3, e o trecho T2 é horizontal. Um corpo é abandonado do repouso, a partir da posição A. 9. (PUCRS) Com base nessas informações, afirma-se: I. O movimento do corpo, no trecho T1, é uniforme. II. No trecho T3, o corpo está em movimento com acele- ração diferente de zero. III. No trecho T2, a velocidade e a aceleração do corpo têm a mesma direção e o mesmo sentido. Está/Estão correta(s) a(s) afirmativa(s) a) I, apenas. X b) II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 10. (PUCRS) Sobre as mesmas informações, afirma-se que a força resultante sobre o corpo I. é nula no trecho T2. II. mantém a sua direção e o seu sentido durante todo o movimento. III. é maior em módulo no trecho T1 do que no trecho T3. Está/Estão correta(s) a(s) afirmativa(s) a) I, apenas. b) II, apenas. X c) I e III, apenas. d) II e III,apenas. e) I, II e III. 11. (PUCRS) Um geólogo, em atividade no campo, planeja arrastar um grande tronco petrificado com auxílio de um cabo de aço e de uma roldana. Ele tem duas opções de montagem da roldana, conforme as ilustrações a seguir, nas quais as forças F e T não estão representadas em escala. Montagem 1: A roldana está fixada numa árvore; e o cabo de aço, no tronco petrificado. Montagem 2: A roldana está fixada no tronco petrificado; e o cabo de aço, na árvore. Considerando que, em ambas as montagens, a força aplicada na extremidade livre do cabo tem módulo F, o módulo da força T que traciona o bloco será igual a a) F, em qualquer das montagens. b) F/2 na montagem 1. c) 2F na montagem 1. X d) 2F na montagem 2. e) 3F na montagem 2. 12. (IFCE) Na figura [...], o fio inextensível que une os corpos A e B e a polia têm massas desprezíveis. As massas dos corpos são mA = 4,0 kg e mB = 6,0 kg. Desprezando-se o atrito entre o corpo A e a superfície, a aceleração do conjunto, em m/s2, é de: (Considere a aceleração da gravidade 10,0 m/s2.) a) 4,0 X b) 6,0 c) 8,0 d) 10,0 e) 12,0 F m a P m m a a P m m a a R B A B B A B = ⋅ ⇒ = +( )⋅ = +( ) ⇒ = +( ) ⇒ = 60 4 6 6 2m/s 18 Livro de Revisão 1 Física 13. (UFSM – RS) Durante os exercícios de força realizados por um corredor, é usada uma tira de borracha presa ao seu abdome. Nos arranques, o atleta obtém os seguintes resultados: Semana 1 2 3 4 5 x (cm) 20 24 26 27 28 Onde x é a elongação da tira. O máximo de força atingido pelo atleta, sabendo-se que a constante elástica da tira é de 300 N/m e que obedece à lei de Hooke, é, em N, a) 23 520 b) 17 600 c) 1 760 d) 840 X e) 84 ) 1 760 Fel = –K ∙ x ⇒ Fel = –300 ∙ 0,28 ⇒ Fel = –84 N 14. (UFU – MG) O tiro com arco é um esporte olímpico desde a realização da segunda olimpíada em Paris, no ano de 1900. O arco é um dispositivo que converte energia potencial elástica, armazenada quando a corda do arco é tensionada, em energia cinética, que é transferida para a flecha. Num experimento, medimos a força F necessária para tensionar o arco até uma certa distância x, obtendo os seguintes valores: F (N) 160,0 320,0 480,0 x (cm) 10 20 30 O valor e unidades da constante elástica, k, do arco são: a) 16 m/N X b) 1,6 kN/m c) 35 N/m d) 5 8 10 2⋅⎛ ⎝⎜ ⎞ ⎠⎟ − m/N F K x K F x K K el el= ⋅ ⇒ = ⇒ = = ⇒ = ⋅ Δ Δ 160 0 1 1600 3 , N/m K 1,6 10 N/m 15. (UEPA) A faixa de pedestres é uma conquista do cidadão, a qual vem se consolidando na construção de novas avenidas nas grandes cidades brasileiras. Um motorista trafegando em uma avenida a 54 km/h observa um pedestre atravessando a faixa e aciona os freios, aplicando uma desaceleração constante no veículo, o qual para depois de 5 s. Sabendo-se que o motorista conseguiu respeitar a faixa, afirma-se que o coeficiente de atrito entre os pneus e a estrada vale: (Dado: g = 10 m/s2) X a) 0,3 b) 0,5 c) 0,7 d) 0,9 e) 1,1 a v v t a a= − ⇒ = − ⇒ = −0 0 15 5 3 m/s 2 Quando o carro aciona o freio, a força resultante no sistema é a própria força de atrito. Utilizando a Segunda Lei de Newton: F F m a m g a gR at = ⇒ ⋅ = ⋅ ⋅ ⇒ = ⇒ = ⇒ =μ μ μ μ 3 10 0 3, 16. (UFBA) Considere um bloco de massa 10 kg, inicialmente em repouso sobre uma superfície reta e horizontal com atrito e cujos coeficientes de atrito estático e dinâmico sejam respectivamente iguais a μe = 0,5 e μd = 0,3. Aplica-se ao bloco uma força de intensidade crescente, a partir de zero. Analise que acontece com o bloco quando F tiver intensidade: (g = 10 m/s2) a) F = 0 b) F = 20 N c) F = 40 N d) F = 50 N e) F = 60 N f) F = 35 N, com o bloco em movimento. g) F = 30 N, com o bloco em movimento. h) Ele se move para a direita com velocidade de intensi- dade V, com F = 0 e apenas o FAT agindo sobre ele. 19 4. Trabalho de uma força Trabalho de forças constantes Trabalho é uma grandeza escalar definida pela quantidade de energia transferida de um sistema a outro ou transfor- mada de um tipo em outro. O trabalho é representado por τ e é medido, no SI, em newton-metro (N · m) ou joule (J). Trabalho de uma força aplicada no mesmo sentido do deslocamento O trabalho τF realizado por uma força constante é obtido pelo produto entre a intensidade da força que atua na direção do movimento e o deslocamento sofrido pelo corpo. Pode ser determinado pela relação: τF F s= ⋅Δ F Δs A B Ilu st ra çõ es : D KO E st úd io . 2 01 5. D ig ita l. A força realizada pelo homem é a favor do deslocamento. Trabalho de uma força aplicada no sentido oposto ao deslocamento O trabalho τF realizado por uma força no sentido con- trário ao deslocamento é obtido pelo produto entre a intensidade da força e o deslocamento sofrido pelo corpo, com sinal negativo. Pode ser determinado pela relação: τF F s= − ⋅Δ FAT Δs A B A força de atrito entre a caixa e o piso é contrária ao deslocamento. Trabalho de uma força perpendicular ao deslocamento O trabalho τF realizado por uma força perpendicular ao movimento é nulo. Portanto,τF = 0 Δs A B N P A força peso e a força normal são perpendiculares ao deslocamento. Trabalho de uma força oblíqua ao deslocamento Considere um corpo ao qual é aplicada uma força F que forma um ângulo α com a horizontal. F Δs Fy Fx Decompondo a força F nas componentes F x e F y , temos: F Fx = ⋅cosα e F F seny = ⋅ α O trabalho das duas componentes é dado por: τ τ α Fx x Fx x F s F s = ⋅ = ⋅ ⋅ Δ Δ cos τ τ α Fy y Fy y F s F s sen = ⋅ = ⋅ ⋅ Δ Δ Trabalho total realizado sobre um corpo O trabalho total realizado sobre um corpo pode ser calculado pela determinação do trabalho da força resul- tante (τ τTotal FR= ) e também pela soma do trabalho individual de cada força aplicada ao sistema ( τ τ τ τ τTotal F F F Fn= + + + +1 2 3 ... ). 20 Livro de Revisão 1 Física Trabalho realizado pela força peso Em movimentos verticais, a força peso realiza trabalho, pois está na mesma direção do deslocamento. • Trabalho realizado pela força peso durante a subida: τ τ FP P FP F s m g h = − ⋅ = − ⋅ ⋅ Δ • Trabalho realizado pela força peso durante a queda: τ τ FP P FP F s m g h = + ⋅ = + ⋅ ⋅ Δ Trabalho de forças variáveis Para determinar o trabalho por forças variáveis, pode- mos imaginar o diagrama F × s, ou seja, o módulo da componente força na direção do movimento do corpo em função do deslocamento do corpo. A1 A2 s0 F (Componente na direção do deslocamento) O trabalho é calculado somando-se todas as áreas acima do eixo das posições s e subtraindo-se as áreas abaixo desse mesmo eixo. Portanto: τF N A A= −1 2 Trabalho realizado pela força elástica Imagine um objeto de massa m posicionado na extre- midade livre de uma mola com constante elástica K, ini- cialmente em seu comprimento natural. A seguir, ela é comprimida até uma posição A e adquire uma compressão xΔ , para depois ser alongada novamente. Compressão: o objeto é empurrado contra a mola até uma posição A. Deslocamento e força elástica têm senti- dos opostos. Força elástica realiza trabalho resistente e negativo. A Δx Fel Ilu st ra çõ es : J ac k Ar t. 20 10 . D ig ita l. Na compressão, a força elástica realiza um trabalho resistente. Restituição: a mola é relaxada pela ação da força elás- tica, retornando à posição inicial (elongação). Desloca- mento e força elástica têm sentidos opostos. Força elástica realiza trabalho potente e positivo. A Δx Fel Na restituição, a força elástica realiza um trabalho potente. Tanto na compressão quanto na elongação, a intensi- dade da força elástica é dada por: F K xel = ⋅Δ O trabalho da força elástica, por ser variável, pode ser determinado pela área do gráfico da força pelo deslocamento. Fel Δx s0 Área K Δx τ τ Fel Fel x x = ⋅ ⋅ = ⋅ Δ Δ Δ (K x) K 2 2 2 21 Potência e rendimento Potência é uma grandeza escalar definida pela rapidez com que um trabalhoé realizado ou com que a energia é transferida ou transformada. A potência é representada por Pot e é medida em watt (W) ou joule por segundo (J/s). Potência média A potência média com que um trabalho é realizado é dada por: P totm F= τ Δ Em que Potm é a potência média, τF é o trabalho de uma força e t é o intervalo de tempo. Potência e velocidade Considere uma força constante F que atua sobre um corpo ao longo de um deslocamento s . F Δs F v v0 Substituindo s t Δ Δ , que é a expressão da velocidade média de um corpo, na equação de potência, temos: P F P F s t votm otm m= ⋅ ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ Δ Δ cos cos α α Para t suficientemente pequeno, teremos velocidade e potência instantânea dadas por P F vot = ⋅ ⋅cosα Rendimento A energia recebida por uma máquina por unidade de tempo é chamada de potência total. Aquela transformada em trabalho é denominada potência útil, e a diferença entre elas é chamada de potência dissipada. Portanto, temos: = +ot ot ottotal dissipada útilP P P O rendimento é o percentual da energia total que efeti- vamente é transformado em energia útil. otútil ot total P P η = 1. (UNITAU – SP) Considere que a Lua descreve uma traje- tória circular em torno da Terra, sendo o raio desta cir- cunferência igual a 3,84 . 105 m. A força que a Terra exerce sobre a Lua é dirigida sempre para a direção do centro da circunferência. Assinale a opção correta: X a) O trabalho realizado sobre a Lua pela força gravitacio- nal da Terra é sempre nulo. b) Deve existir, além da força atrativa da Terra, outra força para manter o movimento circular da Lua. c) Devido à força de atração, a Lua deverá “cair na Terra”. d) A velocidade tangencial da Lua não é constante. e) A aceleração tangencial e a aceleração centrípeta da Lua são positivas. 2. (PUC Minas – MG) Considere um corpo sendo arrastado, com velocidade constante, sobre uma superfície horizon- tal onde o atrito não é desprezível. Considere as afirma- ções I, II e III a respeito da situação descrita. I. O trabalho da força de atrito é nulo. II. O trabalho da força peso é nulo. III. A força que arrasta o corpo é nula. A afirmação está INCORRETA em: a) I apenas. X b) I e III, apenas. c) II apenas. d) I, II e III. 22 Livro de Revisão 1 Física 3. (FAAP – SP) Um trator utilizado para lavrar a terra arrasta um arado com uma força horizontal de 10 000 N. Que trabalho se realiza neste caso num percurso de 200 m? a) 20 ⋅ 106 joules b) 200 ⋅ 106 joules c) 50 joules d) 500 joules X e) 2 ⋅ 106 joules τ τ τF F FF s J= ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ = ⋅Δ 10000 200 2 10 6 4. (PUC-Rio – RJ) Durante a Olimpíada 2000, em Sidney, um atleta de salto em altura, de 60 kg, atingiu a altura máxima de 2,10 m, aterrissando a 3 m do seu ponto inicial. Qual o trabalho realizado pelo peso durante a sua descida? (g = 10 m/s²) a) 1 800 J X b) 1 260 J c) 300 J d) 180 J e) 21 J O deslocamento horizontal não realiza trabalho para a força peso. Por isso, podemos nos restringir ao deslocamento vertical: τ τ τ τF P P PF s P s J= ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ =Δ Δ 600 2 1 1260, 5. (PUCBA) A força F de módulo 30 N atua sobre um objeto formando um ângulo constante de 60° com a direção do deslocamento d do objeto. Dados: sen 60° = 3 2 , cos 60° = 1 2 . Se d = 10 m, o trabalho realizado pela força F, em joules, é igual a: a) 300 b) 150 3 X c) 150 d) 125 e) 100 τ α τ τF F FF d= ⋅ ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⇒ =cos 30 10 1 2 150 J 6. (UNIFESP) A figura representa o gráfico do módulo F de uma força que atua sobre um corpo em função do seu deslocamento x. Sabe-se que a força atua sempre na mesma direção e sentido do deslocamento. Pode-se afirmar que o trabalho dessa força no trecho representado pelo gráfico é, em joules, a) 0 b) 2,5 X c) 5,0 d) 7,5 e) 10 τ τ τF F Fb h J= ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ = 2 1 10 2 5 7. (UFPel – RS) Um corpo de massa m se move ao longo do eixo x sob a ação de uma força F , cujo módulo é repre- sentado no gráfico a seguir, em função do módulo do deslocamento. Tanto a força F quanto o deslocamento x possuem a mesma direção e o mesmo sentido. A partir da análise do gráfico, pode-se afirmar que o tra- balho realizado pela força ao deslocar o corpo desde a origem até a posição x’ é X a) 1 2 F´x´ b) F´x´ c) 2F´x´ d) (F´x´)2 e) (F’x’) 1 2 f) I.R. τ τ= ⋅ ⇒ =b h F x 2 1 2 ´ ´ 8. (FUVEST – SP) Quando uma pessoa de 70 kg sobe 2 m numa escada, ela realiza um trabalho cuja ordem de grandeza é: (g = 10 m/s2) a) 10 J b) 102 J X c) 103 J d) 104 J e) 105 J τ τ τF F Fm g h J J= ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ ⇒ = ⇒ = ⋅70 10 2 1400 14 10 3, 9. (PUCSP) Um dispositivo consome 1 000 W realizando um trabalho de 3 200 J em 4 s. Seu rendimento vale: a) 25% b) 75% c) 20% X d) 80% e) 100% ) 75% X d) 80% P t P P Wotu otu otu= ⇒ = ⇒ = τ Δ 3 200 4 800 η η η η= ⇒ = ⇒ = ⇒ = P P otu ot T 800 1000 0 8 80, % 23 5. Energia e teoremas do trabalho e da energia Energia cinética É a energia relacionada ao movimento de determinado objeto. Se um objeto apresenta velocidade (em relação a determinado referencial), podemos afirmar que ele apresenta energia cinética. A versão atual da equação da energia ciné- tica foi proposta por Gaspard-Gustave Coriolis (1792-1843): E m v c = ⋅ 2 2 Em que: • Ec é a energia cinética, dada, no SI, em joule (J) ou quilograma-metro por segundo ao quadrado (kg ⋅ m/s 2); • m é a massa, dada, no SI, em quilograma (kg); • v é a velocidade, dada, no SI, em metro por segundo (m/s). vv Objetos com velocidade em relação a determinado referencial têm energia cinética. É importante ressaltar que a energia cinética é diretamente proporcional à velocidade ao quadrado do objeto em ques- tão. Assim, se a velocidade de um objeto dobrar, sua energia cinética será quadruplicada; se sua velocidade triplicar, sua energia cinética será multiplicada por 9; se sua velocidade quadruplicar, sua energia cinética será multiplicada 16 vezes, e assim por diante. A quantidade de energia liberada em um acidente de trânsito é diretamente proporcional à velocidade com que o veículo se encontra instantes antes do impacto. A tabela a seguir traz as energias cinéticas de um carro de 1 000 kg a diferentes velocidades. v (km/h) v (m/s) Ec (J) 20 5,56 15 457 40 11,11 61 716 60 16,67 138 944 80 22,22 246 864 100 27,78 385 864 120 33,33 555 445 140 38,89 756 216 160 44,44 987 457 Percebe-se que a energia cinética de um carro a 160 km/h se aproxima da energia cinética de um carro a 20 km/h multiplicada por 64. © Sh ut te rs to ck /c lo ki © Sh ut te rs to ck /N eo ph uk et 24 Livro de Revisão 1 Física Energia potencial A energia potencial é um tipo de energia que pode ser armazenada por um corpo. A energia potencial pode ter caráter químico, elétrico, termodinâmico, entre outros. Na Mecânica, trabalhamos com duas formas da energia poten- cial: energia potencial gravitacional e energia potencial elástica. Energia potencial gravitacional Quando um corpo se encontra apoiado a certa altura em comparação a um ponto de referência mais baixo, dizemos que, em relação àquele ponto, o corpo apresenta energia potencial gravitacional. © Sh ut te rs to ck /C hr ist op he M ic ho t Seu valor pode ser calculado por: E m g hpg = ⋅ ⋅ Em que: • Epg é a energia potencial gravitacional, dada, no SI, em joule (J) ou quilograma-metro por segundo ao quadrado (kg ⋅ m/s2); • m é a massa, dada, no SI, em quilograma (kg); • g é a gravidade, dada, no SI, em metro por segundo ao quadrado (m/s2); • h é a altura, dada, no SI, em metro (m). Energia potencial elástica É a energia que pode vir a ser energia cinética a partir de uma deformação de uma mola. Essa deformação pode ser um alongamento ou uma compressão. O estilingue, quando esticado, tem uma energia potencial elástica. E K x pe = ⋅Δ 2 2 Em que: • Epe é a energia potencial elástica, dada, no SI, em joule (J) ou quilograma-metro por segundo ao qua- drado (kg ⋅ m/s2); • K é a constante elástica da mola,dada, no SI, em newton por metro (N/m); • Δx é a deformação da mola, dada, no SI, em metro (m). Teorema do trabalho e da energia Existem relações diretas entre o trabalho realizado sobre um corpo e sua energia adquirida. Serão estabele- cidas nesta seção três dessas relações: trabalho e energia cinética, trabalho da força peso e energia potencial e trabalho da força elástica e energia potencial. Teorema trabalho – energia cinética Quando uma força resultante age sobre determinado corpo que tenha uma energia cinética inicial EcA, essa força entrega ao corpo uma energia na forma de trabalho que será convertida em um acréscimo (ou decréscimo) da ener- gia cinética. vA ECA ECB vB m τ total m Essa relação é chamada de teorema trabalho – energia cinética. τ = = −ΔE E Ec cB cA © Sh ut te rs to ck /b un ny ph ot o 25 Trabalho da força peso e energia potencial De seções anteriores, temos que o trabalho da força peso é dado por τP m g h= + ⋅ ⋅ . m m g h Epgi = m · g · h Epgf = 0 A energia potencial gravitacional diminui conforme a queda de um corpo. Analisando a figura acima, percebemos que Δ ΔE m g h E m g hpg pg= − ⋅ ⋅ ⇒ = − ⋅ ⋅0 . Comparando com a equação do trabalho da força peso, percebemos que: τP pgE= −Δ Trabalho da força elástica e energia potencial Podemos fazer a mesma análise comparando o traba- lho de uma força elástica com a variação da energia poten- cial elástica. De seções anteriores, temos que τFe peE= −Δ . Considerando a posição natural de uma mola e determi- nada posição em que a mola se encontre com deformação, para a variação da energia potencial da mola, obteremos: Δ Δ Δ Δ E K x E K x pe pe= − ⋅ ⇒ = − ⋅ 0 2 2 2 2 . Comparando com Fe : τFe peE= −Δ Energia mecânica A soma de todas as energias cinéticas com todas as energias potenciais de um sistema é chamada de energia mecânica. Matematicamente: E E Em c p= + A energia mecânica é uma grandeza física escalar. É definida como a soma de todas as energias potenciais com todas as energias cinéticas de um sistema. No SI, tem como unidade o joule (J) ou quilograma-metro por segundo ao quadrado (kg ⋅ m/s2). Em várias situações, é possível verificar a transformação da energia cinética em potencial, bem como o contrário, a transformação de energia potencial em energia cinética. Analisaremos especificamente o caso em que um menino brinca com uma balança de parquinho de crianças. Epg Ec τFP © Sh ut te rs to ck /R ob er t A dr ia n Hi llm an Quando o menino se encontra no ponto mais alto da trajetória da balança, toda sua energia é potencial gravita- cional, já que, nesse momento, o módulo de sua velocidade é 0, fazendo com que sua energia cinética seja também 0. À medida que a altura do menino em relação ao chão dimi- nui, sua velocidade aumenta, até que, no ponto mais baixo de sua trajetória, sua velocidade seja máxima. Nesse caso, observamos uma transformação de energia potencial gra- vitacional em energia cinética. Epg Ec –τFP © Sh ut te rs to ck /R ob er t A dr ia n Hi llm an O contrário ocorrerá do outro lado da trajetória da balança. Enquanto o menino ganha altura, o módulo de sua velocidade diminui até chegar a 0. Nesse caso, a ener- gia cinética decai de seu valor máximo até 0, enquanto a energia potencial gravitacional sobe de 0 até seu valor máximo. Assim, verificamos uma transformação de energia cinética em energia potencial gravitacional. 26 Livro de Revisão 1 Física Sistemas conservativos Um sistema é dito conservativo quando sua energia mecâ- nica é conservada. O exemplo da seção anterior (o menino se movimentando na balança) será dito conservativo se em cada ponto de sua trajetória a soma da energia cinética com a ener- gia potencial gravitacional tiver mesmo valor. Nesse caso, valerão as seguintes equações: Para um sistema conservativo, a energia mecânica de todos os pontos é a mesma. E E E E EmA mB mC mD mE ... Ao analisarmos dois pontos quaisquer de uma trajetória dentro de um sistema conservativo, podemos achar rela- ções entre as energias cinéticas e potenciais de cada ponto: E E E EcA pA cB pB+ = + Condições para a conservação da energia Para a energia de um sistema ser conservada, esse sis- tema deve satisfazer dois critérios: ser fechado e isolado. Sistema fechado: não há troca de matéria ou energia com o ambiente externo, ou seja, a quantidade de matéria e de energia permanece constante ao longo do tempo. Sistema isolado: as únicas interações presentes são dadas por seus constituintes. Não há presença de forças externas. As forças de atrito e arrasto são exemplos de forças que quebram a conservação da energia mecânica, transformando parte da energia do sistema em energia elétrica, energia lumi- nosa, energia sonora, energia térmica, entre outras. As forças de atrito e arrasto são forças dissipativas, isto é, dissipam a energia mecânica. Um sistema conservativo é constituído de forças con- servativas. Essas forças são tais que garantem que os corpos desse sistema troquem energia apenas entre si, e não com corpos de sistemas externos. Ao serem analisados os trabalhos realizados por essas forças em circuito fechado, independentemente da traje- tória, o valor é nulo. Desse fato, podemos definir uma força conservativa relacionando-a com seu trabalho realizado em um circuito fechado. Uma força é considerada conservativa quando, em uma trajetória fechada, seu trabalho realizado for nulo. Ao mesmo tempo, o trabalho realizado entre dois pontos quaisquer A e B, independentemente da trajetória, terá sempre o mesmo valor. Sistemas dissipativos Quando se fala de dissipação de energia mecânica, é comum associá-la a algo sempre prejudicial. Entretanto, quando um carro é freado, a força de atrito que os freios proporcionam dissipa energia cinética associada a seu movimento. Mas isso não significa, nesse caso, que o atrito seja prejudicial, afinal, espera-se justamente que essa força possa dissipar energia com o intuito de parar o veículo. Podemos relacionar a variação da energia mecânica ao trabalho de uma força dissipativa: ΔEm Fdis= τ A energia mecânica se relaciona com o trabalho exer- cido por forças externas a um sistema de três modos diferentes. 1º. caso: o trabalho de uma força externa é maior que zero. Assim, o valor da energia mecânica do sistema aumenta. 2º. caso: o trabalho de uma força externa é nulo. Assim, o valor da energia mecânica do sistema permanece constante. 3º. caso: o trabalho de uma força externa é menor que zero. Assim, o valor da energia mecânica do sistema diminui. O 2º. caso já foi trabalhado na seção anterior. Com menos frequência, temos o 1.º caso, que pode ser observado no lan- çamento de um foguete. No instante inicial do lançamento, o foguete não tem energia potencial gravitacional nem ener- gia mecânica, entretanto, com a queima de combustíveis, o foguete adquire altura e velocidade e, em instantes posterio- res à largada, sua energia mecânica aumenta. © Sh ut te rs to ck /s to ck sn ap pe r © Sh ut te rs to ck /fo ng fo ng © Sh ut te rs to ck /s ev en ke 27 O 3º. caso é o mais comum. A seguir, temos dois exem- plos, em que a aplicação de forças externas acarreta um decréscimo da energia mecânica. Exemplo 1: um paraquedista cai com seu paraquedas aberto. Nesse exemplo, mesmo com a diminuição da altura do paraquedista, a energia cinética não aumenta. Isso se deve ao fato de a resistência do ar dissipar, por meio de traba- lho resistente, parte da energia do sistema, de modo que a energia mecânica não se conserva. Exemplo 2: frenagem de um trem. A força de atrito presente na frenagem de um trem pro- duz trabalho resistente, o qual transforma parte da ener- gia mecânica em energia térmica, sonora, luminosa, entre outras. Sendo assim, a energia mecânica do sistema não se conserva. Podemos usar o mesmo raciocínio para a frena- gem de um carro ou de uma moto. 1. (UNIRIO – RJ)Quando a velocidade de um móvel duplica, sua energia cinética: a) reduz-se a um quarto do valor inicial. b) reduz-se à metade. c) fica multiplicada por 2. d) duplica. X e) quadruplica. 2. (PUC-Rio – RJ) Sabendo que um corredor cibernético de 80 kg, partindo do repouso, realiza a prova de 200 m em 20 s mantendo uma aceleração constante de a = 1,0 m/s², pode-se afirmar que a energia cinética atingida pelo cor- redor no final dos 200 m, em joules, é: a) 12 000 b) 13 000 c) 14 000 d) 15 000 X e) 16 000 v v a t v v= + ⋅ ⇒ = + ⋅ ⇒ =0 0 1 20 20 m/s E m v E E Jc c c= ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ = 2 2 2 80 20 2 16 000 3. (UNICAMP – SP) Em 2011 o Atlantis realizou a última missão dos ônibus espaciais, levando quatro astronautas à Estação Espacial Internacional. a) A Estação Espacial Internacional gira em torno da Terra numa órbita aproximadamente circular de raio R = 6 800 km e completa 16 voltas por dia. Qual é a velocidade escalar média da Estação Espacial Internacional? v s t = Δ Δ A distância percorrida será dada pela equação: Δs = ⋅ ⋅ ⋅16 2 6 800 000π , com o raio da Terra já transformado em metros. Isso resulta em Δs ≅ 683 264 000 m. Transformando um dia em segundos, obtém-se Δt = 86 400 s. Logo, substituindo Δs e Δt na equação da velocidade escalar, chegamos a v = 7 908 m/s. b) Próximo da reentrada na atmosfera, na viagem de volta, o ônibus espacial tem velocidade de cerca de 8 000 m/s, e sua massa é de aproximadamente 90 toneladas. Qual é a sua energia cinética? E m v E E J c c c = ⋅ ⇒ = ⋅ = ⋅ 2 2 12 2 90 000 8 000 2 2 88 10, © Sh ut te rs to ck /K am il M ar tin ov sk y © Sh ut te rs to ck /s ca nr ai 28 Livro de Revisão 1 Física 4. (UCSA) Uma partícula de massa constante tem o módulo de sua velocidade aumentado em 20%. O respectivo aumento de sua energia cinética será de: a) 10% b) 20% c) 40% X d) 44% e) 56% Se a velocidade aumentou em 20%, significa que em relação à velocidade anterior: v v= ⋅12 0, . Analisando essa velocidade na equação da energia cinética, temos: E m v E m v c c= ⋅ ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅( , ) ,12 2 144 2 2 2 . O coeficiente 1,44 indica que a energia cinética aumentou 44%. 5. (UEM – PR) Sobre a energia mecânica e a conservação de energia, assinale o que for correto. X 01) Denomina-se energia cinética a energia que um corpo possui, por este estar em movimento. X 02) Pode-se denominar de energia potencial gravita- cional a energia que um corpo possui por se situar a uma certa altura acima da superfície terrestre. 04) A energia mecânica total de um corpo é conser- vada, mesmo com a ocorrência de atrito. X 08) A energia total do universo é sempre constante, podendo ser transformada de uma forma para outra; entretanto, não pode ser criada e nem destruída. X 16) Quando um corpo possui energia cinética, ele é capaz de realizar trabalho. Somatório: 27 (01 + 02 + 08 + 16) 6. (UDESC) Na realização de um experimento verificou-se a existência de uma constante de proporcionalidade entre a energia potencial gravitacional e a altura até onde um objeto era erguido. Neste caso, em termos dimensionais, essa constante de proporcionalidade é equivalente a: a) trabalho b) potência c) velocidade d) aceleração X e) força 7. (UNESP – SP) Uma mola de constante elástica igual a 10 N/m é esticada desde sua posição de equilíbrio até uma posição em que seu comprimento aumentou 20 cm. A energia potencial da mola esticada é: a) 0,1 J X b) 0,2 J c) 0,5 J d) 0,8 J e) 1,0 J E K x E E E E pe pe pe pe pe = ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ = ⋅ = ⋅ ⇒ = Δ 2 2 2 10 0 2 2 10 0 04 2 10 0 02 0 2 , , , , J 8. (UFRN) Em um processo de demolição de um prédio, foi utilizado um guindaste como o mostrado na figura. Nesse guindaste há um pêndulo formado por um cabo de aço de comprimento, L, e por uma esfera de ferro (esfera de demolição) de massa, M. Para realizar a demolição, a esfera é puxada pelo guindaste até a posição mostrada na figura e, logo após, é solta, indo, assim, de encontro ao prédio a ser demolido. Considerando a aceleração da gravidade, g; o comprimento do arco, S, formado pelo movimento da esfera; a diferença de altura, h, entre a posição inicial e sua posição no momento da colisão; a altura, H, da esfera em relação ao solo na posição inicial; e o comprimento do cabo, L, conforme mostrados na figura, pode-se concluir que a energia máxima disponível em uma colisão é: a) MgS b) MgH c) MgL X d) Mgh 9. (ENEM) Assim que o menino lança a flecha, há transfor- mação de um tipo de energia em outra. A transformação, nesse caso, é de energia: a) potencial elástica em energia gravitacional. b) gravitacional em energia potencial. X c) potencial elástica em energia cinética. d) cinética em energia potencial elástica. e) gravitacional em energia cinética. 10. (UFAC) Um carro se desloca com velocidade de 72 km/h na Avenida Ceará. O motorista observa a presença de um radar a 300 m e aciona imediatamente os freios. Ele passa pelo radar com velocidade de 36 km/h. Considere a massa do carro igual a 1 000 kg. O módulo da intensidade do trabalho realizado durante a frenagem, em kJ, vale: 29 a) 50 b) 100 X c) 150 d) 200 e) 250 τ τ τ = ⋅ − ⋅ = ⇒ = 1000 20 2 1000 10 2 150 000 150 2 2 J kJ 11. (UFG – GO) Uma das competições dos X-games são as manobras dos esqueitistas em uma rampa em U. Um atleta parte do repouso do topo da rampa e através do movimento do seu corpo, de peso 800 N, consegue ganhar 600 J a cada ida e vinda na rampa, conforme ilustração a seguir. Desprezando as perdas de energia e o peso do skate, o número mínimo de idas e vindas que o atleta deve reali- zar para atingir uma altura (h) de 3 m acima do topo da rampa é: a) 2 b) 3 X c) 4 d) 6 e) 8 ΔEpg = m ⋅ g ⋅ h ⇒ ΔEpg = 80 ⋅ 10 ⋅ 3 ⇒ ΔEpg = 2 400 J Δ Δ E N E E E N N Npg pg= ⋅ ⇒ = ⇒ = ⇒ =1 1 2 400 600 4 12. (UFMS) Uma semente de massa m cai do galho de uma árvore, de uma altura h do chão e, devido à forma da semente que possui uma pequena asa, o ar produz um efeito pelo qual, logo após a queda, a semente cai verticalmente com velocidade de translação constante e, ao mesmo tempo, girando com uma velocidade angular W constante em torno de um eixo vertical que passa pelo seu centro de massa. Com fundamentos na mecânica, assinale a(s) proposição(ões) correta(s). 01) O trabalho realizado pelo campo gravitacional sobre a semente, desde a altura h até o chão, é maior que mgh porque a semente cai girando com energia de rotação. X 02) O módulo da força que o ar exerce na semente é igual ao módulo da força peso da semente. X 04) Enquanto a semente está caindo, a energia cinética de translação e a energia cinética de rotação per- manecem constantes. X 08) Enquanto a semente está caindo, o torque realizado pela força peso da semente é nulo. 16) A energia mecânica da semente permanece constante. Somatório: 14 (02 + 04 + 08) 13. (UFSM – RS) Um estudante de Educação Física com massa de 75 kg se diverte numa rampa de skate de altura igual a 5 m. Nos trechos A, B e C, indicados na figura, os módulos das velocidades do estudante são vA, vB e vC, constantes, num referencial fixo na rampa. Considere g = 10 m/s2 e ignore o atrito. São feitas, então, as seguintes afirmações: I. vB = vA + 10 m/s II. Se a massa do estudante fosse 100 kg, o aumento no módulo de velocidade vB seria 4/3 maior. III. vC = vA Está(ão) correta(s) a) apenas I b) apenas II X c) apenas III d) apenas I e II e) apenas I e III 30 Livro de Revisão 1 Física 14. (UESPI) No percurso entre os pontos A e B, uma partícula material sofre variações em suas energias cinética e potencial respectivamente iguais a –6 J e +2 J. A energia que lhe foi dissipada nesse percurso é, em joules, igual a: a) 2 b) 3 X c) 4 d) 6 e) 8 Δ Δ Δ Δ ΔE E E E E Jm c P m m= + ⇒ = − + ⇒ = −6 2 4 15. (UFOP – MG) Um jogador de basquete treina com uma bola cuja massa é de 2 kg. A bola éabandonada a 1 m de altura e, ao chocar-se com o solo, perde 50% de sua energia. Usando g = 10 m/s2, calcule: a) a energia cinética da bola imediatamente após o pri- meiro choque; b) a velocidade da bola ao atingir o solo pela segunda vez; E m v v c = ⋅ ⇒ = ⋅2 2 2 10 2 2 ⇒ v = 3,2 m/s c) depois de qual choque a bola irá adquirir a energia aproximada de 0,08 J. A energia cinética da bola após cada batida no chão pode ser calculada por: E m g hc n n= ⋅ ⋅ ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⋅( , ) , ( , )0 5 0 08 0 5 2 10 1; Isolando n, obtemos: 1 2 1 250 ⎛ ⎝⎜ ⎞ ⎠⎟ = n ; considerando 1 250 ≈ 1 256 , obtemos uma equação exponencial: 1 2 1 2 8⎛ ⎝⎜ ⎞ ⎠⎟ = ⎛ ⎝⎜ ⎞ ⎠⎟ n . Isso resulta em n = 8. 16. (ENEM) Uma análise criteriosa do desempenho de Usain Bolt na quebra do recorde mundial dos 100 metros rasos mostrou que, apesar de ser o último dos corredores a reagir ao tiro e iniciar a corrida, seus primeiros 30 metros foram mais velozes já feitos em um recorde mundial, cruzando essa marca em 3,78 segundos. Até se colocar o corpo reto, foram 13 passadas, mostrando sua potência durante a aceleração, o momento mais importante da corrida. Ao final desse percurso, Bolt havia atingido a velocidade máxima de 12 m/s. Disponível em: http://esporte.uol.com.br. Acesso em: 5 ago. 2012 (adaptado) Supondo que a massa do corredor seja igual a 90 kg, o trabalho total realizado nas 13 primeiras passadas é mais próximo de a) 5,4 ⋅ 102 J X b) 6,5 ⋅ 103 J c) 8,6 ⋅ 103 J d) 1,3 ⋅ 104 J e) 3,2 ⋅ 104 J τ τ τ τ τ F c F F F F E m v m v m v J = ⇒ = ⋅ − ⋅ ⇒ = ⋅ = ⋅ ⇒ = ⋅ Δ 2 0 2 2 2 3 2 2 2 90 12 2 6 48 10, 17. (IMED – RS) Em uma perícia de acidente de trânsito, os peritos encontram marcas de pneus referentes à frenagem de um dos veículos, que, ao final dessa frenagem, estava parado. Com base nas marcas, sabendo que o coeficiente de atrito cinético entre os pneus e o asfalto é de 0,5 e considerando a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, os peritos concluíram que a velocidade do veículo antes da frenagem era de 108 km/h. Considerando o atrito dos pneus com o asfalto como sendo a única força dissipativa, o valor medido para as marcas de pneus foi de: a) 30 m b) 45 m c) 60 m d) 65 m X e) 90 m 18. (UPE) SREC ou KERS (acrônimo de Sistema de Recuperação de Energia Cinética, em inglês Kinetic Energy Recovery Systems) é um sistema de frena- gem/travagem usado no mundo do automobilismo, que recupera uma parte da energia cinética gerada pela desaceleração, em vez de toda esta se perder na forma de calor. O método mais comum de armaze- nar energia é acumular eletricidade em baterias ou em supercondensadores. Outro é guardar a energia mecânica num sistema de volante de inércia. (Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_ Recuperação_de_Energia_Cinética) O KERS é amplamente utilizado em carros de corrida da Fórmula 1. Em uma corrida, suponha que um carro, de massa m = 600 kg, equipado com esse dispositivo, atinja ao final de uma reta a velocidade máxima de 270 km/h sem auxílio do KERS. Se o piloto desse carro tivesse ati- vado o KERS, utilizando uma energia adicional acumu- lada no valor de 57% da energia de uma desaceleração de 200 km/h a 100 km/h, qual seria a nova velocidade máxima atingida na reta? a) 282 km/h b) 290 km/h X c) 300 km/h d) 384 km/h e) 424 km/h E E E E Jc p c c= ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⋅ ⇒ =0 5 0 5 2 10 1 10, , 31 6. Quantidade de movimento e impulso de uma força Quantidade de movimento Considerando um corpo em movimento, temos dois fatores que devem ser levados em conta para avaliar a difi- culdade de fazê-lo parar: a massa e a velocidade. Essas duas grandezas combinadas definem a grandeza denominada quantidade de movimento. Quantidade de movimento de uma partícula A quantidade de movimento é definida pelo produto da massa de um corpo por sua velocidade. Portanto, temos que uma partícula de massa m e velocidade v tem uma quantidade de movimento dada por: Q m v �� � = ⋅ m v A quantidade de movimento de um corpo depende de sua massa e de sua velocidade. A quantidade de movimento é uma grandeza vetorial. No SI, a quantidade de movimento é representada pela letra Q �� e é medida em quilograma-metro por segundo kg m s ⋅⎛ ⎝ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟. Quantidade de movimento de um sistema de partículas Em sistemas mecânicos com mais de um corpo em movimento, a soma vetorial da quantidade de movimento q de todas as partículas do sistema determina a quanti- dade de movimento Q �� do sistema de partículas, dado por: Q q q q q Q m v m v m v m v n n n �� � � � � �� � � � � = + + + + = ⋅ + ⋅ + ⋅ + + ⋅ 1 2 3 1 1 2 2 3 3 ... ... Para partículas de mesma massa, temos: Q m v m v m v m v Q m v v v n sistema �� � � � � �� � � � = ⋅ + ⋅ + ⋅ + + ⋅ = ⋅ + + + 1 2 3 1 2 3 ... ( .... )+ v n � Impulso A força aplicada sobre um corpo e o intervalo de tempo durante o qual essa força é aplicada estão relacionados, em Física, com a grandeza denominada impulso. Impulso de uma força Considere um corpo de massa m inicialmente em repouso sobre uma superfície perfeitamente lisa e horizon- tal. No tempo t0, o corpo é submetido a uma força cons- tante F durante o intervalo de tempo t. F F t0 t O corpo é submetido a uma força Fe recebe um impulso durante o intervalo de tempo t. Para uma força constante, o impulso é dado por: I F t= ⋅Δ O impulso de uma força é uma grandeza vetorial defi- nida pelo produto entre a força aplicada em um corpo e o intervalo de tempo de aplicação dessa força. No SI, o impulso é representado pela letra I e é medido em newton-segundo (N ⋅ s). Impulso de forças variáveis Em situações em que um corpo é submetido a forças variáveis ao longo do movimento, o impulso deve ser determinado pelo gráfico do módulo de força em função do intervalo de tempo de sua aplicação. 32 Livro de Revisão 1 Física A1 A2 t 0 F (Componente na direção do deslocamento) Acima do eixo t, as áreas representam os impulsos positivos; abaixo, representam os impulsos negativos. Para o diagrama acima, determina-se o impulso por: I A AF N= +1 2 Teorema do impulso e da variação da quantidade de movimento Um corpo é submetido a várias forças. O impulso total realizado por essas forças sobre o corpo será igual ao impulso da força resultante. F P FAT N A força resultante é resultado da diferença entre F e FAT. F m a F m v t F t m v I Q R R R = ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ = ⋅ = Δ Δ Δ Δ Δ � �� O impulso de uma força resultante responsável pelo movimento é igual à variação da quantidade de movi- mento do corpo no intervalo de tempo considerado. I Qtotal = Δ Observações • O teorema do impulso é válido para qualquer que seja a resultante das forças, sendo ela constante ou variável. • Como I Qtotal = Δ , as grandezas impulso e quanti- dade de movimento são dimensionalmente iguais, ou seja, apresentam a mesma unidade de medida. Assim, é possível afirmar que: N ∙ s = kg ∙ m/s. Colisões Princípio da conservação da quantidade de movimento Em sistemas isolados, ou seja, nos sistemas em que a interação de forças externas é desprezível, a quantidade total de movimento é conservada. Portanto: Q Qi f �� �� Considere a colisão frontal dos veículos A e B, com mas- sas mA e mB e velocidades vA e vB, antes da colisão, e v’A e v’B, depois da colisão. vA mA mB mBmA v’A Antes do choque Depois do choque vB v’B Ja ck A rt. 2 01 0. D ig ita l. Em sistemas isolados, mantém-se constante a quantidade de movimento. Considerando a conservação da quantidade de movi- mento, temos: Q Q q q q q m v m v m v m v i f iA iB fA fB A A B B A A B B = + = + ⋅ + ⋅ = ⋅ + ⋅’ ’ Coeficiente de restituição Considerando a colisão de dois corpos com velocida- des vA e vB, é possível determinar o chamado coeficiente de restituição, que é a razão entre a velocidade relativa de aproximação e a velocidade relativa de afastamento entre esses corpos. vA vB + Portanto,
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