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FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA Profª Kellen Coelho FARMACOCINÉTICA X FARMACODINÂMICA Avalia o que o organismo faz com o fármaco: absorção do fármaco distribuição do fármaco biotransformação eliminação do fármaco Relação dose-concentração Avalia o que o fármaco faz no organismo: mecanismo de ação efeitos bioquímicos efeitos fisiológicos Relação concentração-efeito Determinam a rapidez e o tempo levado para a droga aparecer no órgão alvo A resposta e a sensibilidade determinam a magnitude do efeito de determinada concentração FARMACOLOGIA FARMACOCINÉTICA absorção, distribuição, biotransformação e excreção Dose do fármaco administrada Concentração do fármaco na circulação sistêmica Concentração do fármaco no local de ação Absorção Fármaco nos tecidos de distribuição Distribuição Biotransformação e Excreção Fármaco metabolizado e excretado Efeito farmacológico Resposta clínica Toxicidade Eficácia F A R M A C O C IN É T IC A FARMACODINÂMICA FARMACOCINÉTICA Administração Absorção Distribuição Eliminação Rins Depuração renal: eliminação da droga inalterada na urina Fígado Biotransformação do composto original em um ou + metabólitos e/ou excreção da droga inalterada na bile Biotransformaçã o FARMACOCINÉTICA Absorção É o processo do movimento da droga do local da administração para a corrente sanguínea. Este processo é dependente de: via de administração; da substância química da droga e a sua capacidade de cruzar membranas biológicas; da taxa de esvaziamento gástrico (para drogas administradas oralmente) e movimento gastrointestinal; da qualidade da formulação do produto. Quando a droga é administrada oralmente, o alimento, componentes alimentares e suplementos nutricionais podem interferir no processo de administração. FARMACOCINÉTICA Absorção Quando o medicamento atravessa barreiras até atingir a circulação sanguínea. As barreiras são basicamente constituídas pelas membranas celulares. Diretamente relacionada com a capacidade das drogas de atravessar as membranas. Administração intravenosa e intra-arterial pulam essa etapa. FARMACOCINÉTICA Características das membranas As membranas compostas por proteínas (45%), fosfolipídios (27%), colesterol (25%) e uma pequena porção de carboidrato, em alguns tipos de membrana, associados à superfície externa. FARMACOCINÉTICA Absorção Formas de atravessar as membranas FARMACOCINÉTICA Absorção Formas de atravessar as membranas Difusão simples Através da bicamada lipídica • Depende da capacidade da droga de atravessar a camada lipoprotéica. • Coeficiente de Difusão = 1 / √ Peso Molecular Difusão facilitada Combinação com proteína transportadora • Várias drogas são transportadas desta forma. • Ex: Penicilinas, fluorouracil (antineoplásico semelhante a um metabólito normal). • Normalmente ocorre no trato gastrointestinal, mas também nos túbulos renais e barreira hematoencefálica. FARMACOCINÉTICA Absorção Formas de atravessar as membranas Pinocitose • É o caso de moléculas grandes que são englobadas e internalizadas • Ex.: Insulina Passagem através de canais ou poros aquosos filtração FARMACOCINÉTICA Absorção • Ocorre principalmente devido à presença de capilares fenestrados. • Comum para medicamentos hidrossolúveis e de peso molecular relativamente elevado. Influenciado pelo diâmetro das frenetras. Influenciam na absorção Tamanho da molécula do fármaco e Ionização • Molécula grande e hidrossolúvel (Polar / ionizado) → Difícil absorção • Molécula pequena e hidrossolúvel (Polar / ionizado) → Fácil absorção • Molécula grande e lipossolúvel (Apolar / não-ionizado) → Fácil absorção • Molécula pequena e lipossolúvel (Apolar / não-ionizado) → Fácil absorção “A polaridade/ionização da molécula e a lipossolubidade estão mais correlacionadas com a capacidade de atravessar as barreiras do que o tamanho ou a massa molecular” FARMACOCINÉTICA Absorção Influenciam na absorção Formulações FARMACOCINÉTICA Absorção Solução > Suspensão > Cápsulas > Comprimido Vias de Administração FARMACOCINÉTICA Absorção Sublingual e Oral Os medicamentos administrados sublingual possuem absorção mais rápida Os níveis séricos são mais altos Não há metabolismo de 1ª passagem Não passa pelo suco gástrico Não influencia de outros medicamentos ou alimentos (aumento, redução ou retardo) Segue para a circulação sistêmica Influenciam na absorção FARMACOCINÉTICA Absorção Influenciam na absorção Vias de Administração Sublingual e Oral Alterações gastrointestinais por via oral: - pH antiácidos, bloqueadores de H2, inibidores da bomba de prótons - motilidade anticolinéricos e laxantes - perfusão vasodilatadores FARMACOCINÉTICA Absorção Quando a administração de fármacos por via oral deve ser evitada? Se o fármaco: - causar vômitos ou diarréia - for destruído por enzimas digestivas (insulina) - não é absorvido pela mucosa gástrica (aminoglicosídeos) - for rapidamente degradado (lidocaína) Se o paciente: - está vomitando com frequência - incapaz de engolir (crianças, pessoas com retardo mental ou inconsciente) Influenciam na absorção Vias de Administração Sublingual e Oral FARMACOCINÉTICA Absorção • Absorção imprevisível – no reto não há microvilosidades • Útil em pacientes que estão inconscientes, vomitando ou com infecção intestinal inflamatória • Evita o efeito de primeira passagem pelo fígado (circulação portal) Influenciam na absorção Vias de Administração Retal FARMACOCINÉTICA Absorção Intravenosa via mais rápida (importante em emergências) imediato na circulação rápida distribuição aos tecidos ação rápida evita ação gástrica ou efeito de primeira passagem permite maior precisão na dosagem viável em pacientes inconscientes Influenciam na absorção Vias de Administração Parenteral FARMACOCINÉTICA Absorção Intramuscular e subcutânea afetadas pelo fluxo sanguíneo local evita ação gástrica ou efeito de primeira passagem auto administração (insulina) superdosagem gelo, vasoconstritor ou torniquete Influenciam na absorção Vias de Administração Parenteral FARMACOCINÉTICA Absorção superfície de absorção brônquios e alvéolos inflamados pouco efeito sistêmico quanto menores as partículas dos fármacos – mais eficientes Influenciam na absorção Vias de Administração Inalação FARMACOCINÉTICA Absorção pouco efeito sistêmico (corticosteróides e β-bloqueadores) alguns têm efeito sistêmico Influenciam na absorção Vias de Administração Mucosa Tópico absorção lenta veiculação lipossolúvel aumenta a eficiência influenciados pelo fluxo sanguíneo, temperatura e área efeito local (cortizol) e efeito sistêmico (estrogênio e nicotina) Fatores determinantes da velocidade e absorção • Fluxo sanguíneo na área de absorção Quanto maior, maior e mais rápida será a absorção • Área de superfície absorvente Quanto maior, maior será a sua capacidade de absorção • Número de barreiras a serem transpostas É inversamente proporcional à quantidade absorvida e à velocidade de absorção FARMACOCINÉTICA Absorção FARMACOCINÉTICA Distribuição • Processo no qual a substância reversivelmente abandona a corrente sanguínea e passa para o interstício e/ou células ou tecidos FARMACOCINÉTICA DistribuiçãoOcorre quando a droga deixa a circulação sistêmica e se desloca para várias regiões do corpo. as áreas corporais de distribuição variam com as diferentes drogas (depende da substância química e da capacidade de cruzar as membranas biológicas); a taxa e extensão de fluxo sanguíneo para um órgão e tecido afetam a quantidade de droga que atinge a área; muitas drogas são altamente ligadas a proteínas plasmáticas (p.ex. albumina). A fração ligada a droga não deixa a vasculatura não produz efeito farmacológico. Apenas a fração não ligada é capaz de produzir um efeito no órgão-alvo. FARMACOCINÉTICA Distribuição Volume aparente de distribuição FARMACOCINÉTICA Vd = Dose (mg) / Concentração Plasmática (mg/L) - Permite estimar a quantidade do fármaco disponível no sangue - Permite estimar a concentração ideal Fatores q interferem no Vd: 1) Quanto o Vd, significa que a dose para atingir a concentração ideal 2) Fármacos lipossolúveis têm Vd maior do que os hidrossolúveis • Os medicamentos atingem os diferentes tecidos com velocidades diferentes, dependendo de sua capacidade de atravessar membranas • Medicamentos lipossolúveis atravessam as Memb. Cel. com mais rapidez que os hidrossolúveis • Os hidrossolúveis tendem a ficar no sangue (aquoso) • Outras se concentram em tecidos específicos: glândula tireóide, fígado, SNC e rins FARMACOCINÉTICA Distribuição • Alguns tecidos funcionam como reservatórios do medicamento, prolongando a distribuição. Ex.: medicamentos que se acumulam no tecido adiposo, deixam esses tecidos lentamente e, em consequência, circulam pela corrente sanguínea durante vários dias após a administração. • Alguns ligam-se firmemente a proteínas do sangue abandonam a corrente sanguínea de forma muito lenta atingem rapidamente outros tecidos FARMACOCINÉTICA Distribuição Interferem na distribuição das drogas Irrigação dos tecidos Maior vascularização ↔ maior distribuição. Tecidos que recebem uma porcentagem maior do débito cardíaco tendem a receber concentrações maiores de um fármaco que se encontra dissolvido no sangue. FARMACOCINÉTICA Distribuição Interferem na distribuição das drogas Lipossolubilidade A lipossolubilidade quando excessiva pode prejudicar a distribuição fazendo com que a droga se restrinja a determinados locais como o tecido adiposo. Ex.: Anestésicos gerais, barbitúricos. O Tiopental - apresenta muito lipossolúvel, de ação ultracurta que tende a se acumular no tecido adiposo. Grau de ionização Se a droga permanece em uma grande proporção de formas ionizadas ela pode se confinar a locais como o plasma ou líquido intersticial FARMACOCINÉTICA Distribuição Interferem na distribuição das drogas Presença de barreiras entre sangue e tecidos • Barreira hematoencefálica: Presença de capilares não fenestrados • Barreira placentária: Por ela passam somente drogas lipossolúveis • Barreira hematotesticular: Por ela só passam substâncias pouco polares FARMACOCINÉTICA Distribuição Proteínas Plasmáticas A capacidade das drogas em se associar às proteínas plasmáticas influi nas características farmacocinéticas • Alta ligação a proteínas → Baixa eliminação → Maior duração do efeito • Baixa ligação a proteínas → Alta eliminação → Menor duração do efeito • Principais proteínas transportadoras de drogas: - albumina drogas ácidas - β-globulina drogas básicas - glicoproteína ácida drogas básicas FARMACOCINÉTICA Distribuição Interferem na ligação fármaco-proteína plasmáticas • Concentração do fármaco livre no plasma • Concentração de proteínas no plasma • Afinidade pelos locais de ligação nas proteínas FARMACOCINÉTICA Distribuição Reservatórios e Volume de Distribuição As drogas podem ficar temporariamente armazenadas em alguns compartimentos À medida que vão sendo liberadas vão se distribuindo para os demais tecidos • Proteínas plasmáticas: Drogas que interagem com as proteínas plasmáticas • Tecido adiposo: Medicamentos de alta lipossolubilidade. • Ossos: Drogas que apresentam alta afinidade pelo cálcio. Ex: Tetraciclinas • Núcleo dos hepatócitos: Drogas que tem afinidade pelos ácidos nucléicos. Ex: Mepacrina (droga antimalárica). FARMACOCINÉTICA Distribuição FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo • Muitas drogas dão origem a metabólitos farmacologicamente ativos • De modo geral a atividade farmacológica é perdida ou reduzida: − mais polar − mais hidrofílico − mais hidrossolúvel Conjunto de transformações químicas que os fármacos sofrem após a absorção Substâncias mais fáceis de serem excretadas Ocorre principalmente no fígado, apesar de outros órgãos contribuírem em menor grau. Ativação da droga (ativar drogas originalmente inativas; alterar perfil farmacocinético; formar metabólitos ativos); Inativação da droga (detoxificar; inativar compostos ativos); Facilitar a excreção (formar produtos mais polares; formar produtos menos lipossolúveis). Citocromo P450 Alimentos ou suplementos dietéticos que aumentam ou inibem a atividade deste sistema enzimático podem alterar a taxa ou extensão do metabolismo da droga. FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo Velocidades do Metabolismo • Cinética de ordem-zero • VM é constante não varia com a Qtd da droga • Quantidade Fixa é metabolizada a qualquer tempo • Enzimas saturáveis Ex.: Álcool - A enzima álcool desidrogenase é saturável a uma concentração de álcool de 10g/h - Se 100g de álcool são ingeridas 10h para a metabolização completa - Se uma dose maior que 10g é ingerida aparecem os efeitos adversos FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo Velocidades do Metabolismo • Cinética de primeira ordem • VM é proporcional à Qtd da droga • O metabolismo aumenta com a quantidade da droga • Enzimas não saturáveis FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo Velocidades do Metabolismo • Cinética de primeira ordem • Fração constante de metabolização por unidade de tempo • o tempo para eliminar 50% do fármaco é constante (tempo de meia vida = t1/2) t1/2 é constante independente da dosagem administrada FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo Reações do Metabolismo dos fármacos • Isoenzimas microssomais P-450 (CYP) • têm pouca especificidade • catalizam o metabolismo da maioria dos fármacos (CYP 1, 2 e 3) • Reações de Fase I e Fase II FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo Reações do Metabolismo dos fármacos • Reações de Fase I Reações não sintéticas • Reações de oxidação, redução e hidrólise • Introduzem um grupo funcional mais reativo na molécula • Produtos mais reativos e mais tóxicos que as moléculas originais • Preparam para as reações de Fase II • Reações de Fase II Reações sintéticas • Reações de conjugação com acido glicurônico, sulfato ou acetato • Produzem metabólitos menos reativos e menos tóxicos • Aumentam a polaridade, hidrofília e hidrossolubilidade “Ocorrem no plasma, pulmão, intestino e principalmente no fígado” FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo Indução Enzimática • Algumas drogas, quando administradas repetidamente estimulam a atividade do sistema microssomal hepático • Afeta o metabolismo de fármacos metabolizados pelas P-450 • Principal mecanismo de interação medicamentosa Ex.: Fenitoína (antiepilético) e Haloperidol (antipsicótico) - Fenitoína induz a isoenzima P-450 (CYP1A2) - Haloperidol metabolizado pela P-450 (CYP1A2) - Se administrados juntos Haloperidol será metabolizado mais rápido – menoseficaz FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo Indução Enzimática Ex.: Rifampicina (antibiótico) e Contraceptivos orais - Rifampicina induz a isoenzima P-450 - Contraceptivos orais metabolizado pela P-450 - Contraceptivo orail será metabolizado mais rápido – menos eficaz FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo Inibição Enzimática • Algumas drogas bloqueiam as P-450 • O fármaco metabolizado por uma P-450 e co-administrado com um bloqueador: • Aumenta o t1/2 • Vai se acumular nos tecidos • Será menos excretado • Pode expressar: reações adversas, colaterais e tóxicos FARMACOCINÉTICA Biotransformação - Metabolismo • O nível sérico da droga: • Qdo co-administrado com um inibidor P-450 • Qdo co-administrado com um indutor P-450 • Produtos naturais e fitoterápicos também podem alterar a atividade das isoenzimas microssomais P-450 Indutor da P-450 Inibidor da P-450 Tabaco Camomila Brócolis Gengibre Repolho Cravo-da-índia Excreção Ocorre principalmente por via renal, seja por filtração glomerular ou secreção tubular. Em menor grau, as drogas podem ser eliminadas na bile e em outros fluidos corporais. * Em certos casos, uma alteração no pH da urina pode fazer com que drogas que atingiram o túbulo renal retornem à corrente sanguínea (reabsorção tubular). * A dose recomendada de uma droga pressupõe função normal do fígado e rim. Clearance Represente o volume (ml ou L) de sangue que é filtrado pelos rins num determinado período de tempo (min, h). FARMACOCINÉTICA FARMACOCINÉTICA Eliminação - Excreção • Fármaco e metabólitos • Excreção renal Substâncias de baixo peso molecular não ligadas a proteínas Hidrossolúveis (polares, ionizadas) Substâncias lipossolúveis são reabsorvidas Secreção ativa Bomba catiônica e aniônica Competição por sítio de ligação Gera interações competitivas FARMACOCINÉTICA Eliminação - Excreção • Excreção renal • Substâncias ionizadas tendem a ser eliminadas juntamente com a urina • Substâncias não-ionizadas tendem a serem reabsorvidas Substâncias ácidas (pH ) tendem a ser eliminadas com maior facilidade Substâncias alcalinas (pH ) tendem a ser eliminadas com menor facilidade FARMACOCINÉTICA Eliminação - Excreção • Excreção pela bile e circulação enterohepática • Na formação da bile, o sistema hepatobiliar transfere para a bile uma série de substâncias que se encontram no plasma, dentre elas, as drogas • Sistema semelhante e tão importante quanto a secreção renal • Fármacos não reabsorvidos (polares) são eliminados nas fezes • Fármacos reabsorvidos desta forma têm seu t1/2 aumentado FARMACOCINÉTICA Eliminação - Excreção • Excreção pulmonar • Álcool e anestésicos voláteis • Excreção cutânea e glândulas lacrimal menor importância • Excreção mamária fármacos que formam base fraca FARMACODINÂMICA FARMACODINÂMICA PRINCÍPIOS DA FARMACODINÂMICA (o que o fármaco faz ao organismo) ligação droga – receptor AÇÃO EFEITO Alterações bioquímicas ou fisiológicas que modificam as funções celulares. Específica: combate diretamente a causa das doenças (ex. antibióticos) Inespecífica: somente alivia as manifestações (ex. analgésicos) Conseqüência da ação, clinicamente observável ou mensurável. FARMACODINÂMICA Receptores farmacológicos “Qualquer componente biológico que interage, especificamente, com uma molécula de droga, produzindo um efeito.” AÇÃO Sítios de ação Local de atuação de determinado fármaco. FARMACODINÂMICA FARMACODINÂMICA Forças Fracas Pontes de H, Van der Waals, Ligações Eletromagnéticas, etc. Reversibilidade dos efeitos do fármaco, após rompimento do complexo FR. Ideal para fármacos que atuem nos receptores do nosso organismo. FORÇAS DE INTERAÇÃO FÁRMACO-RECEPTOR FARMACODINÂMICA FORÇAS DE INTERAÇÃO FÁRMACO-RECEPTOR QUIMIOTERÁPICOS Forças Relativamente mais Fortes Ligações Covalentes Exercem ação tóxica (prolongada) contra organismos patogênicos e outras células estranhas ao nosso organismo. FARMACODINÂMICA Para produzir efeito não é necessária somente a formação do complexo F-R. O efeito farmacológico é proporcional à: Afinidade do fármaco pelo receptor para formar o complexo F-R Atividade intrínseca ( ) é uma medida da capacidade do fármaco em produzir um efeito farmacológico quando ligada ao seu receptor (podendo variar de 0 a 1). FARMACODINÂMICA Drogas agonistas • Quando a droga ativa ou estimula seus receptores, disparando uma resposta que aumenta ou diminui a função celular. • Possuem as duas propriedades: AFINIDADE (devem ligar-se efetivamente aos seus receptores) e ATIVIDADE INTRÍNSECA (complexo F-R deve ser capaz de produzir uma resposta no sistema-alvo). FARMACODINÂMICA AÇÃO DOS FÁRMACOS Agonistas Totais • Têm afinidade pelo receptor • Produzem efeito máximo ( = 1) • Podem produzir efeito máximo ocupando pequeno número de receptores. • Mesmo em pequenas doses podem produzir resposta máxima (de acordo com sua eficácia) Agonistas Parciais • Têm afinidade pelo receptor • NÃO produzem efeito máximo (0< <1) • Também são denominados antagonistas parciais, porque impedem que um agonista total se ligue ao receptor desencadeando seu efeito máximo. FARMACODINÂMICA Drogas antagonistas • Quando a droga se liga ao receptor, bloqueia o acesso ou a ligação dos agonistas a seus receptores. • São utilizados principalmente no bloqueio ou diminuição das respostas celulares aos agonistas (comumente neurotransmissores) normalmente presentes no corpo. • Apresenta AFINIDADE. • Pouca ou nenhuma ATIVIDADE INTRÍNSECA (sua função consiste em impedir a interação das moléculas agonistas com seus receptores). FARMACODINÂMICA INTERAÇÃO FÁRMACO-RECEPTOR FARMACODINÂMICA Droga A agonista Droga B antagonista + + R R AR BR AR Resposta Nenhuma Resposta Ocupação regulada pela afinidade Ativação regulada pela eficácia Interação Fármaco – Receptor: FARMACODINÂMICA FARMACODINÂMICA INTERAÇÃO FÁRMACO – RECEPTOR FARMACODINÂMICA RELAÇÃO ENTRE A DOSE DO FÁRMACO E A RESPOSTA CLÍNICA Potência Refere-se à quantidade de medicamento (expressa em mg) necessária para produzir um efeito, como o alívio da dor ou a redução da pressão sanguínea. Ex. 5mg da droga B alivia a dor com a mesma eficiência que 10mg da droga A. Eficácia Refere-se à resposta terapêutica máxima potencial que um medicamento pode produzir. Ex. Diurético Furosemida elimina muito mais sal e água por meio da urina, que o diurético Clorotiazida. FARMACODINÂMICA • BRUNTON, Laurence; PARKER, Keith; VORSATZ, Carla. Goodman & Gilman: Manual de farmacologia e terapêutica. Porto Alegre: McGraw-Hiil; Artmed, 2010. • FRANÇA, Francisco Faustino de A. C. ; KOROLKOVAS, Andrejus. Dicionário Terapêutico Guanabara: 2011-2012. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. • STAHL, Stephen M. Psicofarmacologia: bases neurocientíficas e aplicações práticas. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. • KATZUNG, Bertram G.; SILVA, Penildon. Farmacologia: básica e clinica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. REFERÊNCIAS
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