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RESUMAO DAS AULAS DE SUPERVISÃO

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Aula 1: A Supervisão Pedagógica: conceitos e especificidades
Supervisão educacional – o termo propõe que as atividades extrapolem as atividades da escola, alcançando os aspectos estruturais e sistêmicos da educação.
Supervisão escolar – supõe-se supervisão tanto dos serviços administrativos como pedagógicos, confundindo as ações com as do Diretor (gestor).
Coordenação – pode-se dizer que é uma das condutas supervisoras, significa trabalhar para que os elementos funcionem de modo articulado. Quando a nomenclatura se refere a turno, está abordando o caráter administrativo e pedagógico de um determinado turno. Quando se trata de uma área ou disciplina, está se referindo às articulações possíveis entre conteúdos e métodos de ensino no âmbito de uma determinada área ou disciplina. Sem discriminar as outras funções, elegemos a expressão Supervisão Pedagógica por considerar a abrangência e especificidade da ação do Supervisor Pedagógico, que entendemos ficar, assim, melhor contemplado.
Segundo Hass (2000) apud Batista (2009) “(...) a ação do supervisor pedagógico pressupõe uma disponibilidade para transitar entre os diferentes cenários e espaços, encontrando projetos diversos (às vezes antagônicos), construindo caminhos de aproximação, negociação, diálogo e troca, entendendo os constituintes do grupo coordenado como pares legítimos e, institucionalmente, os partícipes de um dado projeto político pedagógico.”.
A Supervisão e Orientação Pedagógica é o lugar, também, do sujeito que se forma ao participar da formação de outros sujeitos. Essa é a premissa básica do trabalho da supervisão pedagógica: Trabalhar na formação continuada dos professores e equipe, como atores do processo de ensino e aprendizagem.
O objeto da ação supervisora: 
O objeto específico da supervisão escolar na escola é o processo de ensino-aprendizagem e, desta forma inclui: 
currículo;
programas;
planejamento;
métodos de ensino;
avaliação;
recuperação.
Especificidades da ação do Supervisor Pedagógico:
a) constitui-se liderança técnico-pedagógica;
b) pauta-se pelo desenvolvimento de ações democráticas;
c) produção e articulação da crítica entre contexto, teoria e prática educativa;
d) construção de caminhos de aproximação, negociação, diálogo e troca entre os professores na escola;
e) assunção da formação como processo contínuo;
f) parceria político-pedagógica com professores e equipe.
AULA 02
Aula 2: Perspectiva Histórica e Política da Supervisão e Orientação Pedagógica
No período antigo e medieval, a escola se constituía por uma estrutura simples e limitada na relação dos mestres com os discípulos e, desta forma, não havia ainda a função supervisora. O mestre realizava por inteiro o trabalho de formação de seus discípulos.
Essa constatação não significa que a função supervisora não se fazia presente. Ela acontecia, claramente, na ação do mestre através do controle, conformação, fiscalização e, até mesmo de coerção, expressa nas punições e castigos físicos (A função supervisora na Grécia era encontrada na figura do pedagogo – escravo que tomava conta das crianças e os conduzia até o mestre – sua função era vigiar, controlar, supervisionar todos os atos das crianças). A função supervisora também se fazia presente na educação dos trabalhadores (escravos) por intermédio do intendente ou capataz.
Com o processo de institucionalização da educação, já começa a se esboçar a ideia de supervisão pedagógica que se evidencia na organização da instrução pública (séculos XVI e XVII).
Os jesuítas chegaram aqui em 1549 e somente após a morte do Padre Manoel de Nóbrega (1570) passam a adotar um plano de estudos chamado Ratio Studiorum. Nesse plano se percebe a presença da ideia de supervisão, quando se prevê a figura do Prefeito de Estudos, cujas funções são reguladas por trinta regras. Vejamos as mais específicas relacionadas à supervisão:
Regra nº 1 – Estabelece que é dever do Prefeito, organizar os estudos, orientar e dirigir as aulas;
Regra nº 5 – Que o Prefeito se incumba de lembrar aos professores que devem explicar toda a matéria de modo a esgotar toda a programação;
Regra nº 17 – Se refere à função do Prefeito de Estudos em ouvir e observar os professores e, de vez em quando, assistir suas aulas e também ler os apontamentos dos alunos.
A Reforma Pombalina expulsou os jesuítas do Brasil e extinguiu seu sistema de ensino. Dessa forma, diluiu-se o caráter orgânico da função supervisora. O Alvará de 28 de junho de 1759, que expulsou os jesuítas, previa a criação do cargo de Diretor Geral dos Estudos, assim como a designação de comissários, em cada local, para fazer o levantamento do estado das escolas. Nesse sentido, a ideia de supervisão englobava os aspectos políticos-administrativos na figura do Diretor Geral e a direção, fiscalização, coordenação e orientação do ensino aos comissários ou Comissão de Diretores de Estudos sob a orientação do Diretor Geral.
Com a Independência do Brasil, a Lei Geral de 1827 instituiu as escolas de primeiras letras. O artigo 5º da lei determinava o estudo a partir do “Método de Ensino Mútuo”. Nesse método o professor absorve a função de docência e também de supervisão, pois instruía e supervisionava os instrutores nas atividades do ensino.
Em 1834, no período da regência, o Ato Adicional faz a descentralização da educação, pois cada província passa a ser responsável por sua própria educação. Naquele momento o ministro do Império reclamava a necessidade da criação do cargo de Inspetor de Estudos. Em seu relatório fica declarada a situação deplorável das escolas e ele mesmo adverte: “(...) um desses remédios teria sido o estabelecimento de uma supervisão permanente.” (SAVIANI, 2008, p. 23).
A reforma Couto Ferraz estabeleceu como missão do Inspetor supervisionar todas as escolas. Também cabia ao Inspetor Geral presidir os exames dos professores e lhes conferir os diplomas, autorizar a abertura de escolas particulares e também fazer a correção dos livros. Nesse período coloca-se em pauta a questão da organização de um sistema nacional de educação e, nesse contexto, a ideia de supervisão vai ganhando contornos mais nítidos; passa a existir a necessidade de organização dos serviços educacionais, apontando para dois requisitos: A organização administrativo-pedagógica do sistema; A organização das escolas na forma de grupos escolares.
Em 1892 foi instituído o Conselho Superior da Instrução Pública e com ele a dominância de atribuições burocráticas em detrimento das técnicos-pedagógicas, nas funções do Inspetor.
Em 1928, a reforma proposta por Carneiro Leão, em Pernambuco, afirma a prioridade da criação de uma diretoria técnica para a educação. Para ele, estava na hora do Estado romper com os moldes que confundiam a parte técnica com a administrativa. Essa separação é a condição para o surgimento da figura do supervisor distinta do diretor e também do inspetor. Para o diretor coube a parte administrativa e ao supervisor a parte técnica da educação.
A reforma Francisco Campos, de 1931, se referia às tarefas de acompanhamento pedagógico, porém, elas foram atribuídas ao Inspetor Escolar. O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932, formulou um plano conjunto para reconstrução educacional no país. É nesse contexto de maior valorização dos meios na organização dos serviços educacionais que ganham relevância os técnicos, também chamados de especialistas em educação e, entre eles, o supervisor.
Na década de 60, o Parecer nº 252/1969 reformulou o curso de Pedagogia e buscou especializar o educador, diferenciando suas funções e denominando-as habilitações. Foram previstas quatro habilitações na área técnica. São elas:
- administração;
- inspeção;
- supervisão;
- orientação.
O anseio da pedagogia tecnicista que se instalou na década de 60 era garantir a eficiência e a produtividade do processo educativo (aplicação da taylorização ao trabalho pedagógico). (SAVIANI, 1991, p. 82). A nova estrutura do curso de Pedagogia abria a perspectiva de profissionalização da Supervisão Pedagógica.Existem, segundo Saviani (2008), dois requisitos fundamentais para se caracterizar uma atividade como profissão:
- necessidade social;
- identidade própria.
A LDB de 1971 oficializou a profissão do Supervisor pedagógico, porém, foram surgindo questionamentos no sentido de desmascarar a pretensa neutralidade com que se buscava justificar o caráter técnico da educação, centrado na diversidade de habilitações pedagógicas, em detrimento de sua dimensão política. Para Saviani (1999, p. 106) “(...) a função do supervisor é uma função precipuamente política e não principalmente técnica.” Para o autor, quanto mais ela se apresenta com caráter técnico, tanto mais ela é eficaz na defesa dos interesses socialmente dominantes. A questão da identidade do supervisor pedagógico continua em discussão.
É importante observarmos a movimentação das funções postas à Supervisão Pedagógica:
- Nas sociedades primitivas – os adultos faziam supervisão indireta
- Na Antiguidade – o pedagogo na Grécia
- Na Idade Média – o mestre exercia uma supervisão com punição
No Brasil:
- Com os jesuítas – através do Prefeito de Estudos
- No Império – o professor, que propunha o Método de Ensino Mútuo
- Na República Velha – Inspetor de Estudos
- Nas décadas de 1920 à 1950 - Técnicos de educação
- Nas décadas de 1960 à 1980 - Supervisor educacional (uma das habilitações do curso de Pedagogia)
- Na atualidade – Supervisor Pedagógico, Orientador Pedagógico, Coordenador Pedagógico, etc.
AULA 03
Aula 3: Diferentes Papéis e Concepções que Envolvem a Prática do Supervisor e Orientador Pedagógico
O Supervisor pedagógico é um criador de cultura e de aprendizagens, não apenas intelectual ou técnica, mas também afetiva, ética, social e política, que se questiona e questiona o circunstancial, definindo e redefinindo prioridades em educação.
Então, podemos deduzir que a Supervisão pedagógica, nesse cenário sócio-político-econômico, tem exercido a função de controle.
Se não fizermos uma reflexão profunda, para uma tomada de consciência, a função supervisora acaba se reduzindo a atualização do homem, de acordo com os valores sociais, assumindo o compromisso de reprodução e não de educação.
AULA 04
Aula 4: Diferentes Saberes do Supervisor Pedagógico e suas Áreas de Atuação
AULA 05
Aula 5: As atribuições do Supervisor Pedagógico e sua atuação para a transformação da escola
Supervisão do currículo – O Supervisor pedagógico deve ter conhecimento dos parâmetros legais do segmento em que atua (Diretrizes curriculares, PCNs), trabalhando os princípios que estão descritos nas propostas curriculares, seja os de contextualização, seja os de interdisciplinaridades e outros. Será o Supervisor pedagógico quem vai coordenar as atividades de estudo e de integração do currículo. É ele quem vai oferecer subsídios à analise dos valores que estão propostos, tanto na legislação quanto no projeto político pedagógico da escola. Dentre os temas que podem ajudar a compor esses valores que devem estar presentes na construção da vida cidadã temos:
- saúde
- sexualidade
- vida familiar e social
- meio ambiente
- trabalho
- ciência e tecnologia
- cultura
- linguagens
Em linhas gerais, esses são os temas que estão sugeridos na proposta curricular do ensino básico.
Supervisão dos programas – Os programas das disciplinas devem fazer parte da construção do coletivo de professores, dessa forma o Supervisor pedagógico deve criar oportunidades de incentivo para reuniões de professores, seja de uma mesma disciplina, ou do mesmo ano de escolaridade, buscando o tratamento interdisciplinar e contextualizado.
Supervisão da escolha do livro didático – Esse trabalho requer estudo por parte do professor e essa escolha deve acontecer de forma coletiva. Então, planejar e organizar esse momento é tarefa do Supervisor pedagógico.
Supervisão do planejamento de ensino – Nesse caso, o Supervisor pedagógico deve orientar para a busca de conceitos e critérios, tentando garantir, mais uma vez, a construção coletiva dos planejamentos, onde o plano de trabalho deverá ser compreendido como roteiro, refletido coletivamente.
Supervisão dos métodos de ensino – No bojo do conhecimento metodológico, encontramos princípios e estes devem estar em consonância com a proposta da escola e, também, devem estar de acordo com os conteúdos, os sujeitos, as circunstâncias e o contexto de sua aplicação.
Supervisão da avaliação – É necessário que o Supervisor pedagógico encaminhe o professor para que avalie a avaliação. Os Conselhos de classe são momentos propícios ao fomento dessa avaliação. Nesse espaço é possível reavaliar os conceitos, os procedimentos e os instrumentos de avaliação com que são verificados os produtos da aprendizagem.
Supervisão da recuperação – O Supervisor pedagógico orienta e coordena as atividades de recuperação, devendo considerar os critérios da prática com respaldo do conhecimento teórico, levantando as necessidades e incentivando a variação dos procedimentos.
Supervisão do projeto pedagógico – O PPP da escola define a finalidade da educação e faz projeções futuras. Nesse caso, toda a equipe de gestão da escola deve estar comprometida com essa construção, alinhavando e completando esse trabalho coletivo.
Supervisão e pesquisa – O princípio da relação ensino e pesquisa também é princípio da ação supervisora, pois o professor não é apenas sujeito, mas também, participante de investigações e produção de conhecimentos. Desse modo amplia-se a compreensão do processo, tornando-se objetivo comum, motivando, individualizando e aproximando professores e setores da escola.
AULA 06
Aula 6: Supervisão e Orientação Pedagógica na organização do currículo, planejamento e avaliação  e o acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem
AULA 07
Aula 7: Supervisão e Orientação Pedagógica e o desenvolvimento profissional dos professores
Tomando como base a ideia de que a educação hoje é vista como um processo que leva à realização individual e social do educando, seu objetivo se centra no desenvolvimento da pessoa humana e sua integridade, ampliando sua capacidade de mudar o meio em que vive para a satisfação de suas necessidades. Assim, o Supervisor Pedagógico se tornou o responsável pelo acompanhamento da prática do professor, devendo oferecer orientação e assistência nas dificuldades enfrentadas no cotidiano escolar, mantendo sempre um relacionamento próximo, um ambiente de colaboração e respeito mútuo. Essa orientação e assistência só produzirão o efeito desejado quando voltada para o desenvolvimento profissional do professor, assim como a construção da sua autonomia.
Como organizar a escola para que ela contribua para transmitir a todos os alunos a totalidade de competências-chave?
- Renovação da educação;
- avanço para um paradigma cognitivo-social;
- ensinar a pensar para aprender a aprender;
- necessidade de formação continuada;
- diversidade de recursos;
- continuidade e cristalização dos processos de aprendizagem;
- aplicação das aprendizagens na vida;
- escola com maior autonomia organizativa e de recursos;
- dedicação plena dos professores;
- investigação sobre a própria prática educativa.
- Despertar o desejo de saber;
- desenvolver atitudes e clima positivo;
- conhecimento de métodos e estratégias para o desenvolvimento de habilidades mentais;
- autonomia a partir da assimilação de métodos e técnicas de estudo e de aprendizagem;
- formação de habilidades básicas e competências de alto nível de abstração e complexidade;
- trabalho com tecnologia de informação e comunicação.
- Valorização do envolvimento da família;
- educação preventiva que elimine o fracasso escolar;
- plano de desenvolvimento dos talentos de cada um;
- escola como lugar de pesquisa;
- antecipação dos problemas;
- abertura às influências positivas.
- Busca de outros profissionais contribuindo com novas soluções;
- combate ao fracasso e abandono;
- flexibilidade da organização;
- administrações e supervisões competentes;
- famílias acompanhandona formação de hábitos e atitudes;
- incentivo à participação permanente dos pais.
- Formação permanente;
- dedicação e estabilidade docente;
- escolas com projeto educativo compartilhado;
- centros universitários influenciando nas escolas.
AULA 08
Aula 8: O Supervisor Pedagógico e a Constituição dos Grupos de Professores na Escola
Agora já sabemos que a principal função do Supervisor Pedagógico é formar os professores dentro da instituição em que atuam e a formação continuada é a condição para o exercício de uma educação consciente, que trabalhe as necessidades atuais dos alunos. A intencionalidade do professor precisa ser engendrada junto à intencionalidade dos outros educadores, tornando possível a efetividade do projeto pedagógico da escola. Segundo Freire (1970), a dialogicidade é a essência para a transformação da educação rumo à sua autonomia.
AULA 09
Aula 9: Aprender a Estudar em Grupo
O projeto da escola precisa ser um espelho que reflete cada um de seus participantes, suas características específicas e também a forma com que contribuem para o trabalho pedagógico, nesse caso, a escola também se reflete nessas ações e é nessa relação entre o individual e o coletivo que o trabalho do Supervisor Pedagógico acontece, porém, devendo sempre atuar mais preventivamente.
Placco e Souza (2008) sugerem algumas dimensões a serem trabalhadas pelo Supervisor Pedagógico nas reuniões de formação contínua:
• Competências pessoais – autoconhecimento, valores, capacidade de tomar decisões e de resolver problemas, definição de metas, etc.
 
• Competências sociais – crença em seus valores e metas, firmeza, resistência à pressão dos grupos de pares.
• Conhecimentos – conteúdo da matéria a ser ensinada, aspectos do desenvolvimento da aprendizagem, das questões que envolvem valores, ética, cidadania.
A grande ousadia do trabalho do Supervisor Pedagógico na formação continuada é a transformação da consciência do professor, cujo fruto seja a construção de uma prática pedagógica mais consistente, enriquecida, criativa e verdadeira, sendo o Supervisor Pedagógico alguém que não dita o que deve ser feito e sim alguém que transforma essas reuniões em espaço de dúvidas, cuidando das contradições, provocando estranhamentos, espelhando fazeres e falas e, assim, provocando a reflexão.
Encontros dos grupos:
A) Organizando o tempo e o espaço:
• Periodicidade dos encontros – quinzenal ou mensal.
• Calendários – discutidos em grupos – semestral.
• Duração – pode ser de duas ou quatro horas.
• A sala do encontro – lugar especialmente organizado para a chegada e vivência do grupo.
Sugestão de organização de espaços:
 
• Dinâmica do tapete (alimento estético) - um tapete com recortes, poesias, crônicas, reproduções de obras de arte, romances, fotos (inclusive do grupo), trechos de filmes - a responsabilidade de complementação dos elementos do tapete é do grupo.
• Partilha de alimentos (sabores e afetos) – encontro marcado por sabores, os momentos de lanche também são importantes, podendo ser feito um rodízio da responsabilidade de organizar o lanche.
C) Funções do Supervisor Pedagógico
• Liderança mediadora e articuladora.
• Atenção às necessidades, intenções e interesses do grupo, intervindo, fazendo devolutivas e contribuindo para a flexibilidade dos encaminhamentos.
• Trazer os questionamentos e organizar o estudo dos temas acordados, acolhendo sugestões.
• Elaborar devolutivas em forma de texto (relembrados).
• Instiga à utilização de diversas linguagens.
Sugestões de encaminhamentos:
• Estruturação da pauta – a partir de referenciais da prática, fazer a previsão das questões que serão abordadas. Por ser flexível, permite inclusões e redimensionamentos.
• Colheita da contribuições – através de exercício de criação, leituras compartilhadas, materiais utilizados no tapete.
• Construção de registro – todos fazem anotações no decorrer da reunião e um elemento do grupo fica responsável pela síntese.
• Estudo – discussão, problematização a partir de referenciais de leituras, comentários localizadores e identificação de outros pontos a serem contemplados nos próximos encontros.
  
• Tarefa – definição e descrição da tarefa do encontro onde todos devem trazer contribuições. Pode-se fazer rodízio da responsabilidade de trazer contribuições.
• Fechamento – avaliação e autoavaliação, após o momento de avaliação, pode-se fazer cartografia das palavras e expressões mais usadas durante o trabalho, assim como conceitos e temas que apareceram com maior incidência.
• Relembrando - entre um encontro e outro o Supervisor Pedagógico pode elaborar texto de reflexão aprofundando os aspectos destacados na última reunião. Também pode indicar outras referências bibliográficas - isso pode ser enviado por e-mail.
• Replanejamento – observação dos movimentos do grupo, discussões para as próximas leituras, sendo retomada ou com novos encaminhamentos.
 
• Síntese das sínteses - ao final de um período fazer uma síntese para observação e reflexão do grupo - reescrita. Pode ser feita individualmente, em dupla ou em grupo. A partir dessa ação pode-se definir os eixos centrais a serem contemplados no próximo período.
AULA 10
Aula 10: O planejamento da ação supervisora
Como já vimos, nas aulas de Planejamento Escolar, todo trabalho é uma ação humana dirigida a um fim e uma de suas características é a antecipação mental da finalidade da ação. Por isso, planejar não é algo estranho ao trabalho, é o exercício de antever uma intervenção com intencionalidade e selecionar caminhos e procedimentos coerentes com o fim estabelecido.
O objetivo específico da atuação do Supervisor Pedagógico na escola é o processo de ensino-aprendizagem, tendo como compromisso a garantia da qualidade da formação humana que se processa nessa instituição, não se esgotando, portanto, no saber fazer bem ou no saber o que ensinar.
Assim, o trabalho pedagógico do supervisor tem compromisso explícito com a formação humana, e suas ações só vão ter sentido a partir das relações que estabelecem com o contexto social, político, econômico e educacional. Dessa forma, concluímos que a ação supervisora é uma ação política.
Podemos dizer que um dos momentos de concretização do compromisso político do Supervisor Pedagógico diz respeito ao seu fazer técnico-pedagógico, sendo entendido como o domínio do saber escolar, dos métodos de ensino, da organização curricular, das regras que regem a instituição etc.
O plano de ação do Supervisor é um plano setorial e deve concatenar-se com o plano da escola onde já foi definido o marco operativo que é a explicitação dos princípios filosóficos da prática educativa almejada, tendo em vista aquilo que a escola quer ou deve ser. Então, lá no PPP da escola, no marco operativo, já está definida a visão do futuro daquela comunidade escolar. Com essa visão de futuro, também já foi possível a realização do diagnóstico que é o confronto da realidade existente com a realidade almejada.
Sugestão de elementos do plano de ação:
marco operativo
diagnóstico
programação
objetivos gerais
objetivos específicos 
estratégias
normas
atividades permanentes
avaliação
O marco operativo da ação supervisora pode ser definido como a indicação do rumo que se pretende seguir, o horizonte que se busca, o projeto de contribuição do supervisor às propostas da escola.
O supervisor pode organizar seu plano de ação da seguinte forma:
I - Identificação:
- Instituição:
- Segmento:
- Período letivo:
- Outros dados:
II – Marco Operativo:
- são os pressupostos didático-pedagógicos que servem de referencia para operacionalização do projeto de trabalho (construção realizada após observação do Marco Operativo da escola).
III- Diagnóstico:
- envolve um juízo sobre a realidade, aponta dificuldades, desafios e oportunidades que são oferecidas em relação aos princípios/ideias apresentados no marco operativo (distância entre o real e o ideal).
IV – Programação:
- Objetivos gerais;
O Supervisore Orientador Pedagógico precisa conhecer o marco operativo da escola para determinar o marco operativo da Supervisão e Orientação Pedagógica;
FIM

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