Buscar

HISTOPATOLOGIA VETERINÁRIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Continue navegando


Prévia do material em texto

HISTOPATOLOGIA VETERINÁRIA (VET 160) – 18/08/2017
ALTERAÇÕES REGRESSIVAS: NECROSE
- Necrose: morte celular. Morte de todas as células? Não.
Processo irreversível!
Morte celular, ou morte de um grupo de células, morte de um tecido num organismo vivo. Morte celular localizada, restrita a uma parte do organismo.
- O que causa necrose (etiologia)?
Anoxia (falta de oxigênio).
Hipóxia acentuada também pode causar uma necrose.
Isquemia.
Causas químicas: toxicoanimal, toxicovegetal, venenos, determinados agentes químicos.
Causas físicas: temperaturas baixas ou elevadas, radiação, traumas.
Causas biológicas: bactérias, vírus, protozoários (Ricketsias, etc).
Causas imunitárias: doenças autoimunes.
- Aspectos morfológicos das necroses:
Aspectos microscópicos: um tecido necrótico tem características próprias. Quais são, vai basear em que? 
Alterações no núcleo: picnose nuclear (redução do volume do núcleo, condensação da cromatina... reduzido e mais fortemente corado), apresentar a cariorexis (fragmentação, ruptura do núcleo), verificar a cariólise (dissolvição do núcleo). Ocorre porque, a partir de uma célula entrar em necrose, ela não está metabolicamente ativa, a célula vai sofrer um processo de autólise (autodestruição). 
Alterações morfológicas no citoplasma: nas primeiras horas o citoplasma vai se tornar mais acidófilo (vai corar mais em vermelho, pela eosina) pela desintegração das células. Mais tarde, ele se torna mais hipocorado. 
Aspectos macroscópicos: diferentes formas de apresentação da necrose. 
Necrose de coagulação: o tecido necrótico geralmente é um pouco mais claro que o normal (hipóxia, isquemia), embora pode ter uma coloração mais escuras (hemorragia, extravasamento de sangue). Essa área de necrose é mais elevada do que o normal (pelo menos no início do processo), mas pode também ser deprimida. No início, a área da necrose tem uma consistência menos firme, mas na fase final se têm cicatrizes que são tecidos mais firmes. Microscopicamente, preserva a arquitetura celular e tecidual temporariamente, apesar da opacidade do tecido. Geralmente esse tipo de necrose ocorre por causa de hipóxia, ou por causas químicas por toxidez.
Necrose de caseificação: também chamada de necrose caseosa. Se assemelha ao aspecto de queijo, de uma coloração branco/amarelada, uma massa mais seca que às vezes é friável (quebradiça). Como se vê? Geralmente é uma área com aspecto nodular, branco/amarelado. Não se vê detalhe celular nem estrutura de órgão, observa-se uma massa amorfa constituída de restos, já houve desintegração celular. O que causa? A tuberculose tem como característica levar à necrose caseosa.
Necrosa de liquefação: tecido mais liquefeito, mais pastoso. Essa necrose pode ser vista no sistema nervoso (na medula, no cérebro ou no cerebelo), em tecidos em malácia (leuco: substância branca; polio: substância cinzenta). Pode acontecer em qualquer outro órgão (exemplo: um abcesso). 
- Formas de evolução das necroses: 
O tecido passa a ser um corpo estranho ao organismo, que vai tentar eliminar ou isolar essa necrose.
Absorção: ocorre através da fagocitose, quando a área é limitada que pode ser absorvida totalmente.
Regeneração: substituição das células necróticas por células primitivas daquela que morreu. Essa regeneração só pode acontecer em células com capacidade regenerativas (células epiteliais, hepatócitos).
Cicatrização: as células do tecido não tem o poder de reparação, então nesse caso a área de necrose é substituído por tecido fibroso cicatricial, rico em colágeno. 
Calcificação: deposição de sais de cálcio nos tecidos necróticos. Muito comum em casos de necrose caseosa
Drenagem: forma de eliminação do tecido necrótico, pode ser eliminado por vias naturais (exudato, expectoração, via respiratória) e por vias neoformadas (ocorreu formação de fístulas).
Encistamento: formação de um pseudocisto. O tecido necrótico é envolvido por uma capa conjuntiva, com objetivo de isolar do resto do tecido.
Gangrena: área de necrose em que há contaminação (geralmente bacteriana). Existem três tipos: seca (o tecido aparece mais seco, mais duro, desidratado, enegrecido. Geralmente em extremidades, causada por isquemia. A proliferação bacteriana é pequena, pode sofrer uma amputação espontânea), úmida (ocorre em órgãos internos, geralmente em intestino, pulmão... ocorre uma área de necrose e posteriormente essa área sofre uma contaminação bacteriana intensa, é extremamente grav pois pode levar a um processo de produção de catabólicos tóxicos. Exemplo: torção de alça intestinal) e gasosa (processos em que a área de necrose é colonizada por bactérias gasógenas, geralmente por bactérias do gênero Clostridium. Manifestações clínicas: percebe crepitação, grande presença de gás. Processo muito grave.).