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ROTULAGEM NUTRICIONAL Profª: Roberta L. Taglietti Disciplina: Estudo dos Alimentos II O QUE É ROTULAGEM? É o processo através do qual se estabelece uma linha de comunicação entre as empresas produtoras de alimentos e os consumidores que desejam maiores informações sobre os produtos que estão comprando. O QUE É RÓTULO? É toda inscrição, legenda, imagem ou toda matéria descritiva ou gráfica que esteja escrita, impressa, estampada, gravada, gravada em relevo ou colocada sobre a embalagem do alimento (BRASIL, RIISPOA,1997, art. 795). Rótulos OS RÓTULOS DEVEM INFORMAR • Como consumir o produto; • Quais nutrientes e o valor calórico do alimento; • A quantidade de produto; • Os ingredientes; • As datas de fabricação e validade; • O lote do produto; • O número do SAC; • O nome e os dados do fabricante. O QUE É ROTULAGEM NUTRICIONAL? É toda descrição destinada a informar ao consumidor sobre as propriedades nutricionais de um alimento. ROTULAGEM NUTRICIONAL É composta de informações como: • Valor energético e nutrientes; • Propriedades nutricionais: informações nutricionais complementares. INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS • Porção gramas ou mililitros + medida caseira • Valor energético kcal e Kj • Carboidratos gramas (g) • Proteínas gramas (g) • Gorduras totais gramas (g) • Gorduras saturadas gramas (g) • Gorduras trans gramas (g) • Fibra alimentar gramas (g) • Sódio miligramas (mg) • Valores diários porcentagem (%) Porção INFORMAÇÕES OPTATIVAS Quando a quantidade for igual ou superior a 5% da Ingestão Diária Recomendada (IDR) por porção: • Colesterol miligrama (mg); • Ferro miligrama (mg); • Cálcio miligrama (mg); • Outros nutrientes miligramas (mg) ou microgramas (g). INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS COMPLEMENTARES (propriedades nutricionais “especiais”) • Incluem afirmações de propriedades nutricionais particulares, especialmente em relação ao valor energético e ao conteúdo de macro e/ou micronutrientes do alimento. ATRIBUTOS COMPLEMENTARES Os termos a serem utilizados para declarações nutricionais relacionadas ao conteúdo de nutrientes e ou valor energético são: • Baixo: “pobre”, “leve” ou “baixo”; • Muito baixo: “muito baixo”; • Alto teor: “rico”, “alto teor” ou “alto conteúdo”; • Fonte: “fonte”; • Não contém: “sem”, “zero” ou “não contém”; • Sem adição: “sem adição”; • Reduzido: “light”, “leve” ou “reduzido”; • Aumentado: “aumentado”. INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS COMPLEMENTARES • É permitida em caráter opcional, nos alimentos em geral; • Deve referir-se ao alimento pronto para o consumo, preparado, quando for o caso, de acordo com as instruções de rotulagem; • Deve ser expressa por 100g ou por 100 ml do alimento pronto para consumo. INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS COMPLEMENTARES A informação nutricional complementar pode ser comparativa compara-se os níveis de nutrientes e/ou o valor energético de dois ou mais alimentos. Os alimentos a serem comparados devem ser versões diferentes do mesmo alimento ou alimento similar INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS COMPLEMENTARES A comparação deve atender uma diferença relativa mínima de 25%, para mais ou para menos, no valor energético ou conteúdo de nutrientes dos alimentos comparados Apresentar palavras ou qualquer representação gráfica que possa tornar a informação falsa ou que possa induzir o consumidor ao erro Ilustrações que demonstrem que o consumo de determinada quantidade de chocolate equivale ao consumo de um copo de leite OBS: mesmo que o consumo de determinada quantidade de chocolate possa equivaler em determinado nutriente ao consumo de leite (ex.: cálcio) Comparar alimentos que não são comparáveis NÃO É PERMITIDO NA ROTULAGEM Referir propriedades que o alimento não possua ou que não possam ser demonstradas cientificamente “O consumo reduz o risco de doenças cardíacas” NÃO É PERMITIDO NA ROTULAGEM Destacar a presença ou ausência de componentes que sejam próprios de alimentos de igual natureza “Óleo sem colesterol” – todo óleo vegetal não apresenta colesterol na sua composição Correto: “Não contém colesterol, como todo óleo vegetal” NÃO É PERMITIDO NA ROTULAGEM Indicar que o alimento possui propriedades medicinais ou terapêuticas ou aconselhar o consumo como estimulante, para melhorar a saúde, para prevenir doenças ou com ação curativa “... previne a osteoporose” “... emagrece” NÃO É PERMITIDO NA ROTULAGEM DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA • A Declaração Simplificada de Nutrientes pode ser utilizada quando o alimento apresentar quantidades não significativas; • A declaração de valor energético e/ou conteúdo de nutrientes de quantidade não significativa será substituída pela seguinte frase: “Não contém quantidade(s) significativa(s) de... (valor energético e/ou ou nome(s) do(s) nutrientes(s))”. INGREDIENTES Em todos os rótulos deve constar uma lista de ingredientes (com exceção de alimentos com um único ingrediente - ex.: açúcar, farinha, erva-mate, vinho...); Essa lista deve ser precedida da expressão “ingredientes:” ou “ingr.:”; A lista de ingredientes deve estar em ordem decrescente o primeiro ingrediente é aquele que está em maior quantidade e o último é o que está em menor quantidade no produto. INGREDIENTES Água: não é necessário citar nos ingredientes (exceção para os alimentos em molho / salmoura). ADITIVOS ALIMENTARES • Quaisquer ingredientes adicionados intencionalmente aos alimentos, sem o propósito de nutrir; • Objetivo: modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento; • Compõem a lista de ingredientes da rotulagem nutricional devem ser citados depois dos ingredientes alimentares. ADITIVO ALIMENTAR • Devem ser citados da seguinte maneira: o Função principal: nome do aditivo (número da INS*) *INS = Sistema Internacional de Numeração; • Quando houver mais de um aditivo alimentar com a mesma função, eles podem ser mencionados de forma agrupada; Exemplo: Torrada o Ingredientes: farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico, gordura vegetal, açúcar, sal, extrato de malte, amido, estabilizante: lecitina de soja (INS 322) e melhorador de farinha: alfa amilase (INS 1100). GLÚTEN • A lei 10.674 de 16/05/2003 obriga que os produtos alimentícios comercializados informem sobre a presença de glúten, como medida preventiva e de controle da doença celíaca; • Portanto, todos os alimentos industrializados deverão conter em seu rótulo, obrigatoriamente, as inscrições “contém glúten” ou “não contém glúten”; • Inscrição, comumente localizada após a descrição dos ingredientes. PORÇÃO • É a quantidade média do alimento que deveria ser consumida por pessoas sadias; • Medida caseira: é uma unidade de medida comumente utilizada para que o consumidor possa saber “caseiramente” o tamanho da porção. A porção e a medida caseira são itens obrigatórios • Considera-se como base uma alimentação diária 2000 kcal; • Assim, o número de porções recomendadas é o valor energético médio correspondente a cada porção dos grupos alimentares. COMO CONHECER O TAMANHO DA PORÇÃO E A MEDIDA CASEIRA CORRESPONDENTE? Outras medidas podem ser encontradas na RDC 359, de 23/12/2003 MEDIDAS CASEIRAS A porção pode ser indicada em valores inteiros ou suas frações: MEDIDAS CASEIRAS Exemplo 1 bolode 1500Kg possui 2500Kcal Qual é a porção? 1500Kg---------2500 Kcal x --------- 150Kcal X= 90 g é a porção deste bolo CÁLCULO NUTRICIONAL • Levantar os ingredientes e o rendimento da receita; • Consultar valores nutricionais (composição química); • Definir o tamanho da porção; • Calcular o valor nutricional da porção; • Calcular os percentuais de valor diário; • Arredondar os resultados. VD (%) Valores de ingestão diária recomendada de nutrientes (IDR) Vitaminas e minerais ARREDONDAMENTO DE NUTRIENTES ARREDONDAMENTO DE NUTRIENTES Valor energético: inteiro CHO: inteiro PTN: 1 casa decimal Gorduras totais: 1 casa decimal Gorduras saturadas: 1 casa decimal Gordura trans: 1 casa decimal Fibra: 1 casa decimal Sódio: inteiro ARREDONDAMENTO VD% Números inteiros MODELOS ALIMENTOS EXCLUÍDOS DA OBRIGATORIEDADE DA ROTULAGEM NUTRICIONAL • Bebidas alcoólicas; • Aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia; • Especiarias; • Águas minerais e as demais águas de consumo humano; • Vinagres; • Sal (cloreto de sódio); • Café , erva mate, chá e outras ervas sem adição de outros ingredientes; ALIMENTOS EXCLUÍDOS DA OBRIGATORIEDADE DA ROTULAGEM NUTRICIONAL • Alimentos preparados e embalados em restaurantes e estabelecimentos comerciais, prontos para o consumo (ex.: sanduíches e sobremesas) também estão excluídos da rotulagem nutricional, exceto no caso de serem comercializados para outros estabelecimentos; • Produtos fracionados nos pontos de venda a varejo, comercializados como pré-medidos (ex.: produtos fatiados queijos, embutidos); • Frutas, vegetais e carnes in natura, refrigerados e congelados; • Alimentos com embalagem cuja superfície visível para rotulagem seja menor ou igual a 100 cm2. COMO LER O RÓTULO? LEGISLAÇÕES • Portaria nº 371, de 04 de setembro de 1997 (Regulamento Técnico para Rotulagem de Alimentos Embalados); • Resolução nº 2, de 22 de maio de 2000 (Modelo de Formulário Simplificado para Análise de Rotulagem / Modelo do Rótulo do Produto, com Indicação de Cores); • Resolução nº 02, de 19 de junho de 2001 (Regulamento Técnico de Procedimentos para Comprovação de Segurança de uso e Registro de Produtos de Origem Animal com Alegação Cientificamente Comprovada de Propriedades Funcionais na Rotulagem); • Resolução nº 2, de 19 de novembro de 2002 (Estabelece Critérios para o uso da Indicação “LONGA VIDA” na Rotulagem de Produtos Lácteos submetidos a Tratamento Térmico pelo Processo UHT); • Resolução nº 31, de 12 de outubro de 1992 (Aprovar a Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes, a ser Observada em todo o Território Nacional); LEGISLAÇÕES • Resolução RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003 (Aprova o Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados, tornando Obrigatória a Rotulagem Nutricional); • Resolução RDC nº 39, de 21 de março de 2001 (Aprova a Tabela de Valores de Referência para Porções de Alimentos e Bebidas Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional). Revogada pela Resolução RDC nº360, de 23 de dezembro de 2003; • Resolução RDC nº 40, de 21 de março de 2001 (Aprova o Regulamento Técnico para Rotulagem Nutricional Obrigatória de Alimentos e Bebidas Embalados). Revogada pela Resolução RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003; • Portaria nº 41, de 14 de janeiro de 1998 (Aprova o Regulamento Técnico para Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados). Revogada pela Resolução RDC nº 40, de 21 de março de 2001; • Resolução RDC nº 222, de 05 de agosto de 2002 (Regulamento Técnico para Promoção Comercial dos Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância); LEGISLAÇÕES • Resolução RE n°198, de 11 de setembro de 2001 (Determina Normas a Serem Observadas para o Cumprimento das Resoluções de Diretoria Colegiada nºs 39 e 40 de 2001). Revogada pela Resolução RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003; • Resolução RDC nº 207, de 01 de agosto de 2003 (Determina Prorrogação até 31 de dezembro de 2003 do prazo previsto no item 4 do Anexo da Resolução RE nº 198, de 11 de setembro de 2001). Revogada pela Resolução RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003; • Resolução RDC nº 259, de 20 de setembro de 2002 (Aprova o Regulamento Técnico sobre Rotulagem de Alimentos Embalados); • Portaria nº 42, de 14 de janeiro de 1998 (Aprova o Regulamento Técnico para Rotulagem de Alimentos Embalados). Revogada pela Resolução RDC nº259, de 20 de setembro de 2002; • Portaria nº 27, de 13 de janeiro de 1998 (Aprova o Regulamento Técnico Referente à Informação Nutricional Complementar – Declarações Relacionadas ao Conteúdo de Nutrientes); LEGISLAÇÕES • Resolução RDC nº 359, de 23 de dezembro de 2003 (Aprova o Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional); • Resolução RDC n°40, de 08 de fevereiro de 2002 (Regulamento Técnico para Rotulagem de Alimentos e Bebidas Embalados que Contenham Glúten); • Resolução RDC nº 13, de 02 de janeiro de 2001 (Aprova o Regulamento Técnico para Instruções de Uso, Preparo e Conservação na Rotulagem de Carne de Aves e Seus Miúdos Crus, Resfriados ou Congelados); • Resolução RDC nº 39, de 08 de fevereiro de 2002 (Estabelece a data de 2 de julho de 2002 para o integral cumprimento da Resolução - RDC nº 13, de 2 de janeiro de 2001); • Resolução RDC nº 340, de 13 de dezembro de 2002 (Determina que as Empresas Fabricantes de Alimentos que Contenham na sua Composição o Corante Tartrazina (INS 102) devem Obrigatoriamente Declarar na Rotulagem, na Lista de Ingredientes, o Nome do Corante Tartrazina por Extenso); LEGISLAÇÕES • Portaria nº 28, de 13 de janeiro de 1998 (Aprova o uso de Aditivos para Alimentos com Informação Nutricional Complementar e Alimentos para Fins Especiais); • Portaria nº 29, de 13 de janeiro de 1998 (Aprova o Regulamento Técnico referente a Alimentos para Fins Especiais); • Portaria nº 30, de 13 de janeiro de 1998 (Aprova o Regulamento Técnico Referente a Alimentos para Controle de Peso); • Portaria nº 31, de 13 de janeiro de 1998 (Aprova o Regulamento Técnico Referente a Alimentos Adicionados de Nutrientes Essenciais); • Portaria nº 33, de 13 de janeiro de 1998 (Adota Valores como Níveis da IDR para as Vitaminas, Minerais e Proteínas); • Resolução RE nº 30, de 20 de março de 2002 (Concede Registro de Alimento, Modificação de Fórmula do Produto, Alteração de Rotulagem, Registro de Aditivo, Alteração de Validade, Registro de Produto Importado, Revalidação de Registro, Registro único de Produto Nacional);
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