Portfolio cultura imaterial

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
 Cláudia Ferreira Silva Santos – RU 1245523
 					 POTIFÓLIO
 
 UTA – EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA
 FASE II
SÃO PAULO – SP
2016
 CENTRO UNIVERSITÁRIO
 INTERNACIONAL UNINTER
 Cláudia Ferreira Silva Santos – RU 1245523
 Portfolio 
 
 UTA EDUCAÇÃO CIÊNCIAS E TECNOLOGIA 
 FASE II
 
 
Trabalho de portfólio apresentado a UTA Educação, Ciência e Tecnologia Fase II, no Curso de Pedagogia a Distância do Centro Universitário Internacional - UNINTER.
Tutor Local: Maria Cristina Fogaça
Centro Associado: Brooklin – SP
SÃO PAULO – SP
Cultura Material e Imaterial no contexto das brincadeiras infantis
Resumo
		O objetivo desse estudo é fazer uma reflexão sobre as culturas material e imaterial dentro do contexto escolar. Conhecer exemplos dessas culturas e como as mesmas influenciam ou influenciaram na história. A partir de uma entrevista com uma senhora de 70 anos, fez se um paralelo em relação ao imaginário e a criatividade de suas brincadeiras até os dias de hoje o qual existem uma séries de produtos que não desenvolvem a criatividade e a ludicidade da criança.
Palavras-chaves: Cultura Material. Cultura Imaterial. Patrimônio
Introdução 
 		Este trabalho aborda uma reflexão sobre como as brincadeiras da infância influenciam no desenvolvimento cognitivo, afetivo e intelectual da criança. A partir de uma entrevista com uma pessoa da terceira idade ao qual foi abordado o tema de brincadeiras na infância, percebemos o quanto essas brincadeiras mudaram durante os anos, tendo em vista a infância da entrevistada notou se o quanto sua criatividade e senso lúdico eram desafiados, pois com a falta de condições financeiras ela usava de materiais que estavam próximos a ela para brincar.
 		Pensando nos dias de hoje com tantas novidades, tecnologias e facilidades de informações, essas mesmas crianças são capazes de desenvolver esse imaginário tão comum no passado?
Desenvolvimento
 		Falando sobre cultura material e imaterial, é importante definir os conceitos, Patrimônio Cultural e Patrimônio Imaterial. Segundo definição da UNESCO, entende se Patrimônio Imaterial como O Patrimônio Cultural Imaterial ou Intangível compreende as expressões de vida e tradições que comunidades, grupos e indivíduos em todas as partes do mundo recebem de seus ancestrais e passam seus conhecimentos a seus descendentes.
 		Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas). A Constituição Federal de 1988, em seus artigos 215 e 216, ampliou a noção de patrimônio cultural ao reconhecer a existência de bens culturais de natureza material e imaterial. 
 		Nesses artigos da Constituição, reconhece-se a inclusão, no patrimônio a ser preservado pelo Estado em parceria com a sociedade, dos bens culturais que sejam referências dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. O patrimônio imaterial é transmitido de geração a geração, constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. 
		A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) define como patrimônio imaterial "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural." Esta definição está de acordo com a Convenção da UNESCO para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, ratificada pelo Brasil em março de 2006.
Patrimônio Material
 		A Cultura Material pode ser entendida como o conjunto de elementos criados pelo homem, combinado matérias-primas e tecnologia, o qual se distingue das estruturas fixas pelo seu caráter móvel. É também através da cultura material que se ajuda a criar uma identidade comum. A noção de cultura material, que, em principio, se aplicaria apenas a objetivos isolados, poderá ser expandida a toda produção humana, estudos de folclore e antropologia de todos os seus ângulos culturais, sejam eles histórico politico e social.
		Os patrimônios materiais são exemplificados por suas características físicas; edificações, monumentos e qualquer tipo de artefatos que exprima em seu conteúdo apreciação e valores de identificação, memoria e aprendizados de um determinado contexto politico. 
		Segundo definição da autarquia federal que responde ao Ministério da Cultura, IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional) - O patrimônio material protegido pelo Iphan é composto por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza, conforme os quatro Livros do Tombo: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. A Constituição Federal de 1988. Os bens tombados de natureza material podem ser imóveis como as cidades históricas, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais; ou móveis, como coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.
		Em entrevista com a Sra Eline Bonke, 73 anos, nascida em Jaboatão dos Guararapes, Recife, identificamos o quanto a cultura do brincar mudou com o passar dos anos. Em sua entrevista verificamos que necessidade financeira se refletia diretamente nas brincadeiras de sua infância, seus brinquedos eram confeccionados por ela mesma ao qual sua única ferramenta era sua imaginação, ou seja, os materiais comuns da interiorana, pedaços de madeiras, barro, fruta-pão eram responsáveis por suas brincadeiras e alegrias.
		Pelo fato de ter passado sua infância no interior, pode desfrutar de uma grande liberdade, brincando em arvores, rios e campos. Passado à vida adulta a entrevistada analisa as brincadeiras e os brinquedos atuais aos quais faz criticas dizendo que: - “As crianças de hoje não sabem brincar”. Uma ideia clara da critica da qual as crianças estão passando mais tempo dentro de suas casas com seus vídeo- games, tablets e celulares e não saem mais para brincar interferindo na ludicidade e no relacionamento com outras crianças de proximidade etária.
		Importante ressaltar que a tecnologia e acesso á informação, é sempre importante para o desenvolvimento de qualquer individuo, desde que usado com discernimento, seja ele de tempo ou conteúdo evitando a alienação e a reclusão, no sentido que não impeça assim o contato com outras pessoas no processo de interação e relacionamento.
Considerações finais
 		De acordo com o que foi mencionado anteriormente fica claro que, a criatividade e ludicidade da criança estão diretamente ligadas a cultura material e imaterial da qual ela está inserida. Neste trabalho comparou se distintas épocas das brincadeiras infantis, analisando suas mudanças e como essa cultura material com diversidade de produtos e informações, influencia a formação da cultura imaterial – pensando em imaginação, relacionamentos intrapessoais e desenvolvimento cognitivo em construção.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Patrimônio cultural imaterial definição UNESCO. Disponível em http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/intangible-heritage/Acessado em 16 de junho de 2016
Conceito de Patrimônio Material segundo IPHAN. Disponível em http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/276 Acessado em 16 de junho de 2016
Noção de patrimônio em federal brasileiro – art. 215. Disponível em http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10648364/artigo-215-da-constituicao-federal-de-1988 Acessado em 16 de junho de 2016