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Artrotomia versus artroscopia avaliação pósoperatória da reconstrução do ligamento cruzado anterior

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See	discussions,	stats,	and	author	profiles	for	this	publication	at:	https://www.researchgate.net/publication/308811385
Artrotomia	versus	artroscopia:	avaliação	pós-
operatória	da	reconstrução	do	ligamento
cruzado	anterior.
Article		in		Revista	Brasileira	de	Ortopedia	·	January	2002
CITATIONS
4
READS
743
1	author:
Carlos	Roberto	Schwartsmann
Universidade	Federal	de	Ciências	da	Saúde	de	Porto	Alegre
57	PUBLICATIONS			78	CITATIONS			
SEE	PROFILE
All	content	following	this	page	was	uploaded	by	Carlos	Roberto	Schwartsmann	on	04	October	2016.
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Rev Bras Ortop _ Vol. 37, Nos 1/2 – Jan/Fev, 2002 23
ARTROTOMIA “VERSUS” ARTROSCOPIA: AVALIAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA DA RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIORARTIGO ORIGINAL
Artrotomia “versus” artroscopia: avaliação
pós-operatória da reconstrução do
ligamento cruzado anterior*
LEONARDO CARBONERA BOSCHIN1, GERALDO DE FREITAS SCHUCK2,
GUSTAVO KAEMPF DE OLIVEIRA2, IVO SCHMIEDT3, CARLOS ROBERTO SCHWARTSMANN4
* Trabalho realizado no Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Comple-
xo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre/RS (SOT – CHSCPA/RS).
1. Membro Titular da SBOT.
2. Assistente do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Complexo Hos-
pitalar Santa Casa de Porto Alegre, RS (SOT – CHSCPA/RS).
3. Chefe do Grupo do Joelho do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do
Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, RS (SOT – CHSCPA/
RS).
4. Professor Titular de Ortopedia da Fundação Faculdade Federal de Ciên-
cias Médicas de Porto Alegre, RS; Chefe do Serviço de Ortopedia e Trau-
matologia do Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, RS (SOT
– CHSCPA/RS).
Endereço para correspondência: SOT – CHSCPA/RS, Rua Annes Dias, s/no
– Porto Alegre, RS.
Recebido em 9/4/01. Aprovado para publicação em 4/12/01.
Copyright RBO2002
muscular. A avaliação funcional de Lysholm foi realiza-
da 180 dias após a cirurgia. Os resultados obtidos per-
mitem afirmar que a reconstrução artroscópica é ca-
paz de reproduzir os resultados da reconstrução por
artrotomia, oferecendo reabilitação pós-operatória com
menos dor e melhora da amplitude de movimento e do
trofismo muscular mais acelerada. Contudo, isso ocor-
re inicialmente, uma vez que a partir do terceiro mês as
diferenças entre a maioria dos dados analisados não
foram significantes.
Unitermos – Ligamento cruzado anterior; reconstrução artroscó-
pica
ABSTRACT
Arthrotomy versus arthroscopy: post-operative assessment
of the anterior cruciate ligament reconstruction
The purpose of this study was to determine in a prospec-
tive, randomized, and double-blind study whether arthro-
scopically-assisted anterior cruciate ligament reconstruc-
tion using bone-patellar and tendon-bone autograft offered
any significant short-term advantages over traditional open
reconstruction through arthrotomy. Twenty patients with
clinical diagnosis of anterior cruciate ligament deficiency
were randomly assigned to one of two treatment groups:
open reconstruction and reconstruction by arthroscopy,
each group with 10 patients. After surgery, all patients were
treated identically. Pre- and intra-operative observations
included age, sex, side, length of surgery, length of ischemia,
blood loss, and time elapsed between lesion and surgery.
Postoperative evaluation was performed at one, 15, 30, 60,
90, 120, and 180 days after the surgery, with the purpose
of recording pain, muscular power, thigh atrophy, and range
of motion. Lysholm score was obtained in the 180th-day
RESUMO
O propósito deste trabalho foi determinar de forma
prospectiva, randomizada e duplo-cega se a reconstru-
ção do ligamento cruzado anterior (LCA) com osso-ten-
dão patelar-osso por via artroscópica oferece vantagem
significativa a curto prazo sobre a reconstrução aberta
tradicional através de artrotomia. Foram randomica-
mente designados 20 pacientes com diagnóstico clínico
de ruptura de LCA para um dos dois grupos de trata-
mento: reconstrução aberta e reconstrução artroscó-
pica, sendo cada grupo formado por 10 pacientes. No
pós-operatório, todos os pacientes foram orientados,
conduzidos e tratados seguindo o mesmo protocolo, tan-
to no que tange à parte cirúrgica quanto à parte fisiote-
rápica. Observações pré e intra-operatórias incluíram
idade, sexo, tempo decorrido do trauma à cirurgia, lado
operado, tempo de isquemia e de cirurgia e perda san-
guínea. Avaliação pós-operatória foi realizada em um,
15, 30, 60, 90, 120 e 180 dias para avaliar dor, atrofia
muscular, amplitude de movimento e grau de força
L.C. BOSCHIN, G.F. SCHUCK, G.K. OLIVEIRA, I. SCHMIEDT & C.R. SCHWARTSMANN
24 Rev Bras Ortop _ Vol. 37, Nos 1/2 – Jan/Fev, 2002
follow-up. Results show that the arthroscopic reconstruc-
tion can reproduce the results of the open reconstruction,
with less pain and faster rehabilitation, but only initially;
after a three-month follow-up, few differences were noted.
Key words – Anterior cruciate ligament; arthroscopic reconstruc-
tion
INTRODUÇÃO
O joelho é uma das articulações mais comumente lesio-
nadas em decorrência de sua estrutura anatômica, de sua
exposição a forças externas e das demandas funcionais a
que está sujeito(1). O ligamento cruzado anterior (LCA) é o
ligamento do joelho que apresenta ruptura completa com
maior freqüência. É responsável por 50% de todas as le-
sões ligamentares do joelho(2).
A ocorrência das lesões do LCA vem-se tornando mais
freqüente devido tanto a acidentes automobilísticos como
à prática desportiva competitiva ou recreacional, esta res-
ponsável pela maioria das lesões, principalmente quando
envolve movimentos de desaceleração, estresse em valgo
e rotação(3). A meta do tratamento das lesões traumáticas
dos ligamentos é a restauração da anatomia e estabilidade
até uma condição o mais próximo possível da anterior à
lesão(1).
Diversos tipos de enxerto já foram utilizados para re-
construção do LCA, desde trato iliotibial, semitendinoso,
gracilis, tendão quadricipital até tendão patelar(4). O en-
xerto autólogo osso-tendão patelar-osso tem sido, na últi-
ma década, o substituto mais comumente empregado na
reconstrução do LCA(5,6). Dessa forma, o tratamento da le-
são crônica do LCA, com uso de tendão patelar, tem-se im-
posto como técnica que oferece bons resultados. Entretan-
to, a restauração da correta cinemática da articulação do
joelho não é atingida pela complexidade do próprio liga-
mento, bem como pela síndrome da instabilidade anterior
com seus afrouxamentos periféricos, lesões meniscais e
outros comemorativos(7,8). Em vista disso, várias modifica-
ções e associações têm sido propostas para melhorar os
resultados da ligamentoplastia com tendão patelar(9) e, com
o intento de diminuir a agressão cirúrgica, desenvolveu-se
a reconstrução do LCA sob visualização artroscópica, utili-
zada em alguns serviços, desde 1982(10).
Nos últimos 30 anos, aproximadamente 2.500 trabalhos
envolvendo a reconstrução do LCA foram realizados e, a
despeito de na última década a sua reconstrução cirúrgica
ter sido o procedimento ortopédico que recebeu maior aten-
ção(11), somente 11 trabalhos comparando a técnica artros-
cópica com a aberta foram realizados(9,12,13,14,15,16,17,18,19,20,21).
O presente estudo tem como objetivo comparar os resul-
tados do pós-operatório imediato da reconstrução do LCA
por artrotomia e o realizado por artroscopia do ponto de
vista subjetivo, analisando a dor, amplitude de movimento
e grau de força e atrofia musculares e objetivo-funcional
através da escala de Lysholm(22).
CASUÍSTICA E MÉTODOS
De um total inicial de 22 pacientes, atendidos e opera-
dos pelo grupo do Joelho do SOT-CHSCPA/RS,foram avalia-
dos, neste estudo, 20 pacientes portadores de lesão do LCA.
Foram excluídos dois pacientes: um por complicação in-
tra-operatória e outro por perda de seguimento.
Os critérios de inclusão foram: 1) pacientes com ruptura
completa do LCA, confirmada pelo exame clínico através
dos testes de Lachman, pivot-shift e da gaveta anterior; 2)
idade entre 18 e 45 anos; 3) autorização por consentimen-
to informado; 4) seguimento pós-operatório mínimo de seis
meses.
Foram excluídos do trabalho os pacientes que apresen-
tavam: 1) lesão associada do ligamento cruzado posterior;
2) cirurgia prévia no joelho lesionado; 3) patologia asso-
ciada no quadril, tornozelo ou pé; 4) qualquer lesão do joe-
lho contralateral; 5) doença osteometabólica concomitan-
te; 6) perda de seguimento ou seguimento incompleto; 7)
complicações intra-operatórias que alterassem a evolução
pós-operatória;
Os 20 pacientes foram randomicamente alocados em dois
grupos: grupo I – reconstrução aberta (10 pacientes), gru-
po II – reconstrução artroscópica (10 pacientes). A fim de
minimizar o viés do estudo, as técnicas operatórias foram
realizadas alternadamente. As cirurgias foram efetuadas
entre 15 de janeiro e 10 de março de 2000. O estudo foi
conduzido de maneira que tanto o paciente quanto o exa-
minador (fisioterapeuta) desconheciam o tipo de cirurgia
que havia sido realizado. Os pacientes foram avaliados em
um, 15, 30, 60, 90, 120 e 180 dias de pós-operatório, sen-
do analisados dor, amplitude de movimento e grau de for-
ça e atrofia musculares. A avaliação funcional subjetiva
foi realizada com 180 dias de pós-operatório, utilizando-
se a escala de Lysholm(21). A medida do sangramento pós-
operatório foi obtida pela quantificação do volume elimi-
nado através do dreno de aspiração, que permaneceu nos
pacientes por 48 horas. Para fazer a análise da dor referida
Rev Bras Ortop _ Vol. 37, Nos 1/2 – Jan/Fev, 2002 25
ARTROTOMIA “VERSUS” ARTROSCOPIA: AVALIAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA DA RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR
pelo paciente, utilizou-se uma escala subjetiva visual de
dor, marcada com escalas de zero a 10, sendo zero ausên-
cia de dor e 10 a pior dor imaginada pelo paciente. Assim,
foi solicitado ao paciente que referisse a dor sentida, em
cada uma das etapas da avaliação.
A medida para determinação dos perímetros da coxa foi
realizada em dois níveis: 10 e 20cm acima do pólo supe-
rior da patela, com joelho e quadril em extensão e quadrí-
ceps relaxado; utilizou-se para tal uma fita métrica flexível
com escala de 1cm. Os dados resultantes dessa medida re-
ferem-se à atrofia muscular, ou seja, foram obtidos através
da medida do perímetro da coxa em 10 e 20cm no membro
não operado subtraída do perímetro em 10 e 20cm da coxa
operada. As medidas normais do perímetro da coxa encon-
tradas variaram de 37,5cm a 53cm a 10cm e de 46cm a
64,5cm a 20cm.
A amplitude de movimento foi obtida através da mensu-
ração do arco de movimento, realizado com goniômetro,
nas posições de extensão e flexão máximas ativas obtidas
pelo paciente. Por conseguinte, os dados referentes à am-
plitude de movimento foram divididos em déficit de ex-
tensão e déficit de flexão. Os valores encontrados foram
sempre referentes ao membro contralateral do mesmo pa-
ciente, ou seja, utilizou-se a subtração do valor normal en-
contrado no membro não operado daquele paciente do va-
lor obtido através da extensão e flexão máxima ativa do
membro operado conseguidos pelo paciente nas diversas
fases da avaliação. Os valores normais de extensão varia-
ram de 0º a –2º (hiperextensão) e os de flexão, de 135º a
140º.
A graduação da força muscular do paciente foi realizada
baseada na tabela de eficiência muscular(1): 0 – ausência
de ação muscular palpável; 1 – contração muscular palpá-
vel, mas sem produção de movimento do membro; 2 – move
o membro, mas com amplitude de movimento incompleta
contra a gravidade; 3 – move o membro com amplitude
completa de movimentação contra a gravidade; 4 – ampli-
tude completa e força muscular contra alguma resistência;
5 – amplitude completa e força muscular contra resistên-
cia total.
A escala funcional de Lysholm gradua seus achados com
base nos seguintes critérios: excelente (91-100); bom (77-
90); regular (68-76) e ruim (< 68).
Técnica cirúrgica
Realizou-se a plastia do LCA através da técnica de Ken-
neth Jones modificada, consistindo na retirada do terço
central do tendão patelar com osso da patela e da tuberosi-
dade tibial como enxerto livre. Uma incisão central, para-
lela ao tendão patelar, estendendo-se do pólo inferior da
patela à tuberosidade tibial, foi igualmente realizada nos
dois grupos. Os portais para acesso do material artroscópi-
co foram realizados através da incisão cutânea utilizada
para retirada de enxerto. Dessa forma, não havia, externa-
mente, diferença entre as duas técnicas.
No grupo de reconstrução aberta, uma artrotomia limi-
tada foi realizada, medialmente ao tendão patelar, sem rom-
pimento do mecanismo extensor. A técnica cirúrgica foi
idêntica nos grupos, exceto pela utilização do artroscópio.
O enxerto foi retirado do terço central do tendão patelar
ipsilateral, com aproximadamente 10mm de diâmetro e os
fragmentos ósseos da patela e tíbia com aproximadamente
25mm de comprimento cada. O túnel femoral foi realizado
na parede póstero-lateral do intercôndilo adjacente à corti-
cal posterior do fêmur, através de guia apropriado. O túnel
tibial foi realizado de maneira que fique excentricamente
localizado na iminência tibial, a cerca de 0,8cm anterior
ao ligamento cruzado posterior. Os fragmentos ósseos fo-
ram fixados, tanto no túnel femoral quanto no tibial, com
parafusos de interferência. Os pacientes foram conduzidos
de maneira idêntica no pós-operatório e desenvolveram o
mesmo protocolo de reabilitação fisioterápica.
Análise estatística
Utilizou-se o programa SPSS 6.0 para Windows para
análise estatística dos dados. Para análise de variância fez-
se uso do teste de Levene e para análise de variáveis inde-
pendentes utilizou-se o teste t de Student. Utilizou-se sig-
nificância de 95% (p < 0,05). Também foi considerada a
análise do percentil cumulativo.
RESULTADOS
Dos 20 pacientes estudados, todos eram homens (100%),
sendo a média de idade de 28,95 anos [30,0 no grupo I (DP
= 8,45) e 27,9 no grupo II (DP = 6,77)]. O tempo médio
transcorrido entre o trauma e a data da cirurgia foi de 16,1
meses [17,1 no grupo I (DP = 13,76) e 15,1 no grupo II (DP
= 13,99)]. Em 11 pacientes (cinco no grupo I e seis no
grupo II), o lado acometido foi o direito e em nove, o es-
querdo (cinco no grupo I e quatro no grupo II). Lesões
meniscais foram encontradas em 11 pacientes (55%), sen-
do seis no grupo I (quatro no menisco medial e dois no
menisco lateral) e cinco no grupo II (três no menisco me-
L.C. BOSCHIN, G.F. SCHUCK, G.K. OLIVEIRA, I. SCHMIEDT & C.R. SCHWARTSMANN
26 Rev Bras Ortop _ Vol. 37, Nos 1/2 – Jan/Fev, 2002
dial e dois no menisco lateral). As lesões meniscais foram
tratadas através de meniscectomia parcial ou total, depen-
dendo do tipo de lesão encontrada. Em nove (81,8%)
pacientes foi realizada meniscectomia parcial e em dois
(18,2%), meniscectomia total. Quanto ao tempo de dura-
ção da cirurgia, foi encontrada média de 107 minutos (DP
= 9,19) no grupo aberto e de 138,5 minutos (DP = 15,10)
no grupo artroscópico. Quanto ao tempo de isquemia, foi
encontrada média de 85,5 minutos (DP = 8,96) no grupo
aberto e de 116,5 minutos (DP = 13,55) no grupo artroscó-
pico. O sangramento pós-operatório variou de 240 a 330ml
no grupo aberto (média de 274ml) e de 210 a 300ml (mé-
dia de 247,5ml) no grupo artroscópico (tabela 1).
Nas tabelas 2, 3, 4 (4A e 4B), 5 e 6 foram reunidos os
dados referentes à análise pós-operatória da dor, força,
amplitude de movimento (déficit de extensão e déficit de
flexão), atrofia muscular e análisesubjetivo-funcional pela
escala de Lysholm.
DISCUSSÃO
A reconstrução do LCA por via artroscópica tem sido
proposta como um método que reduz a dor, promove rea-
bilitação mais precoce e permite acurácia maior no posi-
cionamento do enxerto(12,13,23,24). A meta deste estudo foi
determinar se existe vantagem significativa a curto prazo
da reconstrução artroscópica do LCA sobre a reconstrução
aberta tradicional. Este estudo examina especificamente o
tempo de isquemia e de cirurgia, sangramento pós-opera-
tório, redução da dor e o progresso da reabilitação, que
considera a melhora da amplitude de movimento, do grau
de força e atrofia musculares.
Os dois métodos obtiveram resultados reprodutíveis e
satisfatórios; entretanto, em algumas das variáveis anali-
sadas foram encontradas diferenças estatisticamente sig-
nificativas. A reconstrução artroscópica é tecnicamente mais
exigente e sofisticada e é o procedimento de eleição para
TABELA 1
Dados descritivos
Descriptive data
Nome Idade Lado Técnica Lesões Tempo do Tempo de Tempo de Sangramento
(anos) trauma à cirurgia isquemia pós-op.
cirurgia (minutos) (minutos) (mililitros)
(meses)
JH 18 D Aberto SL 18 110 090 330
EB 29 D Artroscópico MM 06 135 115 210
MMC 39 E Aberto SL 02 110 090 250
AMM 27 E Artroscópico SL 07 155 130 300
NS 28 D Aberto ML 48 110 090 275
JFC 20 E Artroscópico SL 06 120 100 230
CSM 29 D Aberto MM 06 115 090 265
ACM 28 E Artroscópico SL 12 130 110 245
GMS 22 E Aberto SL 09 090 070 240
LCS 20 D Artroscópico MM 04 160 140 250
MSL 44 E Aberto MM 30 120 090 295
MWT 30 E Artroscópico SL 14 120 100 240
NGC 24 D Aberto SL 24 100 075 300
FAT 35 D Artroscópico MM 30 135 115 265
NDQ 38 E Aberto ML 12 100 080 255
ODP 23 D Artroscópico ML 06 180 160 265
MARL 34 E Aberto SL 14 115 100 260
AAS 25 D Artroscópico MM 18 140 120 225
WS 24 D Aberto MM 08 100 080 270
JGOC 42 D Artroscópico ML 48 130 105 245
D: direito; E: esquerdo; SL: sem lesão; MM: menisco medial; ML: menisco lateral
Fonte: SOT – CHSCPA/RS
Rev Bras Ortop _ Vol. 37, Nos 1/2 – Jan/Fev, 2002 27
ARTROTOMIA “VERSUS” ARTROSCOPIA: AVALIAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA DA RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR
TABELA 2
Dor
Pain
Grupo Média Desvio Significância
padrão (p)
Dor – 1º dia Aberto 4,1 1,37 0,010
Artroscópico 1,9 1,97
Dor – 15º dia Aberto 3,7 1,34 0,104
Artroscópico 2,3 2,21
Dor – 30º dia Aberto 1,9 1,37 0,520
Artroscópico 1,5 1,35
Dor – 60º dia Aberto 2,1 1,29 0,008
Artroscópico 0,4 1,26
Dor – 90º dia Aberto 1,8 1,55 0,003
Artroscópico 0,1 0,32
Dor – 120º dia Aberto 0,7 0,95 0,074
Artroscópico 0,1 0,32
Dor – 180º dia Aberto 0,2 0,42 0,151
Artroscópico 0,0 0,00
Fonte: SOT – CHSCPA/RS
TABELA 4B
Déficit de flexão
Lack of flexion
Grupo Média Desvio Significância
padrão (p)
Déficit de flexão Aberto 50,1 19,45 0,0900
– 1º dia Artroscópico 36,7 13,46
Déficit de flexão Aberto 42,5 08,58 0,0001
– 15º dia Artroscópico 20,7 10,77
Déficit de flexão Aberto 30,5 10,17 0,0001
– 30º dia Artroscópico 10,6 05,48
Déficit de flexão Aberto 19,5 09,13 0,0001
– 60º dia Artroscópico 04,7 03,77
Déficit de flexão Aberto 09,7 07,33 0,0040
– 90º dia Artroscópico 01,6 02,17
Déficit de flexão Aberto 03,4 03,53 0,0230
– 120º dia Artroscópico 00,5 01,08
Déficit de flexão Aberto 01,2 01,93 0,3310
– 180º dia Artroscópico 00,5 01,08
Fonte: SOT – CHSCPA/RS
TABELA 3
Força
Strength
Grupo Média Desvio Significância
padrão (p)
Força – 1º dia Aberto 3,8 0,42 0,1510
Artroscópico 4 0
Força – 15º dia Aberto 4 0 nc
Artroscópico 4 0
Força – 30º dia Aberto 4 0 nc
Artroscópico 4 0
Força – 60º dia Aberto 4 0 0,0001
Artroscópico 4,8 0,42
Força – 90º dia Aberto 4,8 0,42 0,1510
Artroscópico 5 0
Força – 120º dia Aberto 5 0 nc
Artroscópico 5 0
Força – 180º dia Aberto 5 0 nc
Artroscópico 5 0
nc: não calculado (o teste t não foi calculado porque os desvios padrões para ambos
os grupos foram zero)
Fonte: SOT – CHSCPA/RS
TABELA 4A
Déficit de extensão
Lack of extension
Grupo Média Desvio Significância
padrão (p)
Déficit de extensão Aberto 06,3 04,24 0,050
– 1º dia Artroscópico 02,8 03,22
Déficit de extensão Aberto 10,7 10,41 0,029
– 15º dia Artroscópico 02,6 02,84
Déficit de extensão Aberto 05,8 04,89 0,005
– 30º dia Artroscópico 00,7 00,95
Déficit de extensão Aberto 02,5 01,65 0,003
– 60º dia Artroscópico 00,5 00,85
Déficit de extensão Aberto 01,4 01,51 0,117
– 90º dia Artroscópico 00,5 00,85
Déficit de extensão Aberto 01,3 01,42 0,143
– 120º dia Artroscópico 00,5 00,85
Déficit de extensão Aberto 01,1 01,29 0,234
– 180º dia Artroscópico 00,5 00,85
Fonte: SOT – CHSCPA/RS
L.C. BOSCHIN, G.F. SCHUCK, G.K. OLIVEIRA, I. SCHMIEDT & C.R. SCHWARTSMANN
28 Rev Bras Ortop _ Vol. 37, Nos 1/2 – Jan/Fev, 2002
TABELA 5
Atrofia muscular
Muscle atrophy
Grupo Média Desvio Significância
padrão (p)
Atrofia – 10cm Aberto 2,45 1,423 0,736
– 1º dia Artroscópico 2,65 1,197
Atrofia – 20cm Aberto 2,80 1,619 0,706
– 1º dia Artroscópico 2,55 1,279
Atrofia – 10cm Aberto 2,36 0,946 0,452
–15º dia Artroscópico 2,75 1,296
Atrofia – 20cm Aberto 3,90 1,286 0,054
– 15º dia Artroscópico 2,75 1,207
Atrofia – 10cm Aberto 2,80 1,059 0,697
– 30º dia Artroscópico 2,60 1,197
Atrofia – 20cm Aberto 3,60 1,125 0,125
– 30º dia Artroscópico 2,60 1,612
Atrofia – 10cm Aberto 2,70 1,273 0,640
– 60º dia Artroscópico 2,45 1,065
Atrofia – 20cm Aberto 3,55 0,984 0,029
– 60º dia Artroscópico 2,40 1,173
Atrofia – 10cm Aberto 2,70 1,813 0,438
– 90º dia Artroscópico 2,20 0,823
Atrofia – 20cm Aberto 3,30 1,159 0,056
– 90º dia Artroscópico 2,20 1,251
Atrofia – 10cm Aberto 2,30 1,251 0,680
– 120º dia Artroscópico 2,10 0,843
Atrofia – 20cm Aberto 30,0 1,354 0,025
– 120º dia Artroscópico 1,65 1,106
Atrofia – 10cm Aberto 1,80 1,085 0,407
– 180º dia Artroscópico 1,45 0,724
Atrofia – 20cm Aberto 2,55 1,300 0,029
– 180º dia Artroscópico 1,40 0,809
Fonte: SOT – CHSCPA/RS
TABELA 6
Escala de Lysholm
Lysholm’s score
Aberto Artroscópico
Excelente 3 4
Bom 5 4
Regular 2 2
Ruim 0 0
Fonte: SOT – CHSCPA/RS
intervenções meniscais, o que normalmente demanda maior
tempo cirúrgico. O tempo médio de duração da cirurgia e
de utilização de isquemia apresentou diferença estatistica-
mente significante (p = 0,0001), entre o grupo aberto e o
artroscópico, fato comprovado por outros estudos(15,19). O
sangramento pós-operatório não apresentou diferença es-
tatisticamente significante entre os dois grupos. Witonski
e Kozlowski(19), entretanto, em seu estudo, encontraram san-
gramento significativamente menor no grupo artroscópi-
co. A reconstrução artroscópica é referida como procedi-
mento que resulta em menos dor no pós-operatório(12,13,14,
15,18,23,24)
, fato que ajudaria a proporcionar reabilitação mais
acelerada. De maneira geral, os dados analisados demons-
traram dor menos intensa no grupo artroscópico em todas
as fases da avaliação, havendo, entretanto, diferenças esta-
tisticamente significativas apenas no primeiro (p = 0,01),
60o (p = 0,008) e 90o (p = 0,03) dias de pós-operatório
(gráfico 1). Quanto à amplitude de movimento, considera-
dos como déficit de extensão e de flexão, também houve
melhor evolução no grupo artroscópico. Em relação ao
déficit de extensão, valores estatisticamente significativos
foram encontrados no 1o (p = 0,052), 15o (p = 0,029), 30o
(p = 0,005) e 60o (p = 0,003) dias. Quanto ao déficit de
flexão, as diferenças foram significativas no 15o (p =
0,0001), 30o (p = 0,0001), 60o (p = 0,0001), 90o (p = 0,004)
e 120o (p = 0,023) dias. Esses resultados indicam que a
reconstrução artroscópica permite reabilitação mais pre-
coce após o procedimento cirúrgico (gráficos 2A e 2B).
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
1º dia 15º dia 30º dia 60º dia 90º dia 120º dia 180º dia
Aberto
Artroscópico
Gráfico 1 – Evoluçãoda dor
Graph 1 – Pain course
Fonte: SOT – CHSCPA/RS
Rev Bras Ortop _ Vol. 37, Nos 1/2 – Jan/Fev, 2002 29
ARTROTOMIA “VERSUS” ARTROSCOPIA: AVALIAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA DA RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR
Esses dados, corroborados por outros estudos(14,19,20), de-
monstram que a reabilitação é mais acelerada nos pacien-
tes operados por via artroscópica; no entanto, a partir do
terceiro mês, a evolução e a recuperação da amplitude de
movimento do paciente ocorre de maneira equivalente nos
dois grupos. No que se refere à avaliação do grau de força
muscular, o desempenho dos dois grupos foi muito seme-
lhante, embora tenhamos encontrado diferença significati-
va no 60o dia (p = 0,0001), indicando que o grupo artros-
cópico readquire força muscular muito próxima do normal
mais precocemente do que o grupo aberto (gráfico 3). A
atrofia muscular foi avaliada em 10cm e 20cm. Com rela-
ção à medida realizada a 10cm, os dois grupos se compor-
taram de maneira semelhante, não havendo diferença sig-
nificativa em nenhum dos momentos. Contudo, na medida
realizada a 20cm, encontraram-se diferenças estatisticamen-
te significativas em praticamente todas as fases, exceto no
primeiro e no 30o dias. Esses dados tanto podem demons-
trar reabilitação mais acelerada no grupo artroscópico como
que a medida realizada a 20cm pode ser mais fidedigna na
avaliação do trofismo muscular. As vantagens da artrosco-
pia na recuperação da musculatura raramente são admiti-
das na literatura médica. Apesar de não ter encontrado di-
ferença significante em relação à performance muscular
entre o grupo artroscópico e o aberto, Franceschi et al(21)
têm opinião favorável em relação à rápida recuperação da
musculatura nos pacientes operados artroscopicamente,
mesmo esta sendo baseada em critérios subjetivos. Por outro
lado, Laffargue et al(20) encontraram diferença estatistica-
mente significante no trofismo muscular até três meses de
pós-operatório. Em relação à avaliação subjetiva funcional
pela escala de Lysholm, nos dois grupos houve desempe-
nho análogo, uma vez que resultados bons ou excelentes
foram encontrados em 80% dos pacientes em ambos. Raab
et al(15) apontaram dados semelhantes ao avaliar seus pa-
cientes com 24 semanas de pós-operatório (86% no grupo
aberto e 89% no grupo artroscópico de resultados bons ou
excelentes), apesar de referir que encontraram pacientes
mais satisfeitos do que seus exames objetivos indicavam.
CONCLUSÃO
Os resultados do pós-operatório imediato aqui relatados
permitem afirmar que a reconstrução artroscópica, apesar
de ser tecnicamente exigente e mais demorada, é capaz de
reproduzir os resultados da reconstrução ligamentar atra-
vés de artrotomia oferecendo reabilitação pós-operatória
acelerada, com menos dor e melhora da amplitude de mo-
vimento e do trofismo e força musculares mais acentuada.
0
2
4
6
8
10
12
1º dia 15º dia 30º dia 60º dia 90º dia 120º dia 180º dia
Aberto
Artroscópico
0
10
20
30
40
50
60
1º dia 15º dia 30º dia 60º dia 90º dia 120º dia 180º dia
Aberto
Artroscópico
Gráfico 2A – Evolução do déficit de extensão
Graph 2A – Extension recovery
Fonte: SOT – CHSCPA/RS Fonte: SOT – CHSCPA/RS
Gráfico 2B – Evolução do déficit de flexão
Graph 2B – Flexion recovery
0
1
2
3
4
5
6
1º dia 15º dia 30º dia 60º dia 90º dia 120º dia 180º dia
Aberto
Artroscópico
Gráfico 3 – Evolução da força
Graph 3 – Strength improvement
Fonte: SOT – CHSCPA/RS
L.C. BOSCHIN, G.F. SCHUCK, G.K. OLIVEIRA, I. SCHMIEDT & C.R. SCHWARTSMANN
30 Rev Bras Ortop _ Vol. 37, Nos 1/2 – Jan/Fev, 2002
Contudo, isso ocorre inicialmente, uma vez que a partir do
terceiro mês de pós-operatório as diferenças entre a maio-
ria dos dados analisados não foram significantes e os re-
sultados tendem a tornar-se semelhantes dos pontos de
vista subjetivo e objetivo-funcionais.
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