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NEONATOLOGIA Prof.ª Msc. Daniela Junqueira de Queiroz INTRODUÇÃO TEMPO DE GESTAÇÃO • Vaca: 270-290 dias • Ovelha: 150 dias • Cabra: 150 dias • Égua: 320-360 dias • Porca: 112-118 INTRODUÇÃO Objetivos da criação: lucro – Taxa de mortalidade neonatal <5%; ideal <3% • Afecções do neonato + mortalidade neonatal = *perdas econômicas na pecuária Formação do mojo 6 a 4 semanas antes do parto Relaxamento dos músculos pélvicos Deitada ou em pé CUIDADOS COM O NEONATO • Colostro • Corte (esperar 5 min) e desinfecção do cordão umbilical Iodo 2%ou clorexidine 0,5% Iodo concentrado = abscesso umbilical ou persistência de úraco • INSPEÇÃO Reflexo de sucção e pupilar – nascimento (potros: 2-20 min) Reflexo ameaça – até 2sem Erguer‐se e mamar – bezerro: 30 minutos – potro: 60 e 120 minutos Eliminação do mecônio: minutos pós‐colostro (potro: 240 min); fezes 10h Iodo 2% ou clorexidine 0,5%, duas vezes ao dia INGESTÃO DE COLOSTRO IMPORTÂNCIA • Efeito imunológico (IgG), nutricional (proteínas, gordura, lactose, cálcio, fósforo, ferro) e laxativo • Absorção máxima entre 6 e 12 horas • Volume ingerido Potro: 2,5 a 3,5 litros/ 50 kg de PV Bezerro: 3,5 a 4,0 litros/ 45 kg de PV Cabritos e cordeiros: 10 a 20% do PV Enema: demora de mais de 4 horas em eliminar o mecônio BANCO DE COLOSTRO • Separar 150 a 200 ml de cada animal • Armazenar sob congelamento • Utilizar em até 18 meses • Não descongelar em micro-ondas ALEITAMENTO ARTIFICIAL SUBSTITUTIVOS DO LEITE DE ÉGUA • Leite de vaca ou cabra • Formulações: 700 ml de leite de vaca 260 ml de água 30 ml de mel 5 g de carbonato de cálcio 5 g de levedura de cerveja ALEITAMENTO ARTIFICIAL Posição da cabeça!!! DIARREIA DO CIO DO POTRO • Adaptação do intestino ao alimento sólido e ao desenvolvimento da flora microbiana • Junto com o primeiro cio da égua após o parto (5 a 9 dias) • Líquido amarelado, levemente fétido • Não produz alterações sistêmicas indesejáveis ORIGEM MATERNA • Baixa concentração de IgG no colostro • Lactação prematura • Rejeição • Morte da mãe no parto • Gêmeos (PO FALHA NA TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA (FTIP) ORIGEM PRODUTO • Prematuridade • Anomalias congênitas • Reflexo de sucção diminuído • Inabilidade para erguer-se • Má absorção intestinal de IgG FALHA NA TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA (FTIP) • Não mamou colostro • Colostro pobre • Intestino não absorveu FALHA NA TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA (FTIP) TRATAMENTO • Até 12 horas: administração oral de colostro – 5% do PV • + 12 horas: transfusão de plasma – 10% do PV • > 18 horas: associar antibioticoterapia PREVENÇÃO!!! FALHA NA TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA (FTIP) INTRODUÇÃO • Infecção bacteriana sistêmica - microrganismos oportunistas • Animal imunodeprimido (*FTIP) OU sobrecarga do sistema imunocompetente por infecção grave • Adentram pelo TGI, respiratório, lesões de pele (UMBIGO, castração, caudectomia) • Toxemia SEPTICEMIA E. coli, Streptococcus, Actinomyces, Salmonella, Klebsiella, Pasteurella, Listeria • Afecção mais branda Infecção crônica em um ou mais locais Umbigo, linfonodos, articulações, abscessos • Bacteremia e toxemia grave Falência múltipla de órgãos Geralmente fatal SEPTICEMIA TRATAMENTO • Antibioticoterapia – mínimo de 10‐15 dias Penicilina + gentamicina + metronidazol (gram -) • Flunixina meglumina: 1,1mg/kg BID; 0,25/kg TID • Fluidoterapia, alimentação enteral • Plasma/sangue (20-40 mL/kg) SEPTICEMIA INTRODUÇÃO • Potros com anormalidades grosseiras do comportamento • Inglaterra: “latidores”, “perambulantes” ou “convulsivos” • Diferencial com doenças infecciosas ou prematuridade • Mais frequente entre animais da raça Puro Sangue Inglês SÍNDROME DE MAL-AJUSTAMENTO NEO-NATAL ETIOLOGIA • Partos laboriosos e cesarianas • Alterações placentárias • Traumas cranianos • Aspiração de mecônio • Defeitos cardíacos • Doenças da égua (anemia, endotoxemia, infecções respiratórias) SÍNDROME DE MAL- AJUSTAMENTO NEO-NATAL SINAIS CLÍNICOS • Neurológicos Comportamento anormal, andar constante e a esmo Desinteresse pela égua Língua para fora, movimentos mastigatórios anormais, apreensão de alimentos por períodos prolongados Vocalização anormal (latidores) Convulsão • Respiratórios Dispnéia, taquipnéia, diminuição da PO2 e aumento da PCO2 TRATAMENTO • Objetivos Reduzir o edema cerebral (DMSO, manitol) Melhorar a perfusão e a oxigenação cerebral Prevenir traumas/ convulsões (benzodiazepínicos, fenobarbital) Prevenir/controlar/tratar sepse concorrente INTRODUÇÃO • Infecção crônica severa que acomete os potros nos primeiros meses de vida (1-6 meses de idade) • Grande número de mortes entre animais infectados não tratados (80% de mortalidade) • Causa de grandes prejuízos financeiros • Esporte??? PNEUMONIA ABSCEDANTE (RODOCOCOSE) AGENTE ETIOLÓGICO • Rhodococcus equi (antigo Corynebacterium equi) • Bactéria gram + • Coccobacilo pleomórfico • Forma enzoótica ou esporádica PATOGENIA • Imunidade neonatal Celular Ainda imatura nas primeiras semanas de vida > deficiência na produção de interferon-γ Humoral (depende da imunidade passiva/ até 3 ou 4 semanas de vida) Pulmão contendo piogranulomas multifocais SINAIS CLÍNICOS • Início: apenas aumento da FR • Corrimento nasal bilateral mucopurulento e tosse • Dificuldade respiratória • Diarreias (quando há envolvimento intestinal) • Febre alta - 41C • Depressão e letargia (geralmente continuam mamando) • Estertores e chiados à auscultação • Efusão articular Rodococose intestinal em potros: linfadenite dos linfonodos cecais e colônicos DIAGNÓSTICO • Sinais clínicos • Radiografias torácicas • Leucocitose • Elevação do fibrinogênio plasmático PNEUMONIA ABSCEDANTE TRATAMENTO • Antibióticos • Eritromicina - 25 mg/kg por via oral 3 a 4 vezes por dia • Rifampicina - 5 a 10 mg/kg por via oral 2 vezes por dia • Azitromicina – 10 mg/kg a cada 24 horas PO, durante cinco dias, seguidos de aplicações a cada 48 horas até normalização do fibrinogênio • Claritromicina – 7,5 mg/kg a cada 12 horas PO, durante cinco dias, seguidos de aplicações a cada 48 horas até normalização do fibrinogênio
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