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Em que momento surgiram as políticas de saúde no Brasil

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1 - Em que momento surgiram as políticas de saúde no Brasil? Como foi marcada a história das políticas de saúde até a implantação do SUS?
No período colonial (1500 a 1889) não existia ainda uma política de saúde no Brasil. Verificava se a presença de medidas que diminuíam os problemas de saúde pública e que pudessem afetar o comércio internacional (Bertoli, 2004).
 Essas medidas incluíam basicamente saneamento dos portos por onde escoavam as mercadorias. Essas intervenções eram pontuais e logo abandonadas , assim que conseguiam controlar os surtos presentes na época. A primeira campanha foi realizada em Recife e Olinda , entre 1685 e 1694, para debelar uma epidemia de febre amarela que afetava a produção de exportação da cana de açúcar. (Aguiar, 2015).
O período da primeira república ou republica velha (1889-1930) foi marcado pelo predomínio dos grupos vinculados á exportação do café e pecuária (política café com leite). O quadro epidemiológico da população apresentava o mesmo predomínio do período anterior, com predomínio de doenças como cólera, febre amarela, malária, tuberculose, tifo, peste ,varíola , gripe espanhola e outras. As condições de saneamento básico eram bem precárias e várias epidemias matavam a população e dificultavam o recrutamento de trabalhadores da Europa (Bertoli, 2004).
Em 1902, o presidente Rodrigues Alves lançou o programa de saneamento do Rio de Janeiro e de combate á febre amarela em São Paulo. Com essa finalidade o governo de Rodrigues Alves nomeou Osvaldo Cruz , médico e pesquisador do Instituto Pasteur para a diretoria geral da saúde pública , o qual elegeu as” campanhas sanitárias” como modelo de intervenção de combate ás epidemias rurais e urbanas de conotação militar (Paim , 2003).
Em 1904, houve a imposição legal da vacinação contra a varíola , desencadeando se uma revolta popular (revolta da vacina) liderada por opositores políticos do governo e médicos contrários á vacinação , sendo reprimida após alguns dias depois da morte de alguns líderes populares. (Bertoli, 2004).
Em 1920 Carlos Chagas assumiu o comando do departamento nacional de saúde , criando alguns programas que introduziram a propaganda e a educação sanitária da população como forma de prevenção de doenças. Foram criados alguns órgãos para controle da tuberculose , da lepra e das doenças sexualmente transmissíveis. Observa se neste período o nascimento da saúde pública (Paim , 2003).
Segundo Bertoli 2004, é neste contexto que também surge a previdência social que vai incorporar a assistência médica aos trabalhadores como uma de suas atribuições a partir de contribuição com as caixas de aposentadorias e pensões (CAPs) 
Á partir de 1930,o Brasil esteve sob comando político do presidente Getúlio Vargas . Nesse período (1929) ocorre a queda da bolsa de Nova York fazendo o café desvalorizar no mercado internacional. Isso faz com que a maioria da população, até então residente no campo, migre para as cidades. Esse êxodo rural contribui para o processo de urbanização, a forma acelerada e desequilibrada com que esse processo ocorreu fez surgir as favelas (Paim , 2003).
De acordo com Aguiar 2015, a crescente massa urbana passa a constituir mão de obra para a crescente indústria, que por sua vez, passa a exigir cada vez mais investimento em infra estrutura, o estado como regulador dessa relação, estabelece um conjunto de medidas reguladoras, juntamente com a criação do salário mínimo. Para a expansão desse sistema econômico , foi criada uma legislação paralela, além da criação do Ministério do Trabalho, da Indústria e Comércio .
As medidas adotadas caminhavam no sentido de manter a força de trabalho em condição de produção e é nesse contexto que as CAPS (caixa de aposentadoria e pensões )se transforma em IAPs (Instituto de Aposentadoria e Pensões ). A gestão dos IAPs passou gradativamente para o controle dos Estados . (Paim , 2003).
De 1951 a 1954 Getúlio Vargas retoma o poder por meio de eleições diretas . Em julho de 1953 o Ministério da Saúde se torna independente, uma vez que fora criado em conjunto com o Ministério da educação. Após essa separação do Ministério da Educação, o Ministério da saúde passa a contar com apenas um terço do orçamento de antigamente. Esse limitado orçamento passa a limitar grandemente a atuação do Ministério da saúde (Bertoli, 2004).
No final do governo de Juscelino Kubitschek (1960), o país contava com uma estrutura industrial complexa e consequente fortalecimento da burguesia industrial. Era evidente a crise econômica . Na área da saúde, aqueles que possuíam recursos e cuja categoria profissional exercia maior poder de pressão construíam hospitais próprios para o atendimento dos seus segurados. Algumas empresas insatisfeitas com atuação dos Institutos começaram a contratação de serviços médicos particulares, o que mais tarde viria a se constituir as empresas médicas ou medicina de grupo , que terá espaço garantido na assistência previdenciária nos anos seguintes. Amplia se assim ,o modelo médico- assistencial dos anos 60 aos 80 (Paim , 2003).
O período da ditadura militar perdurou por 20 anos foi cortado por conjunturas específicas: a primeira fase de 1964 a 1968 – a institucionalização da ditadura; a segunda fase de 1968 a 1974- de expansão da industrialização com capital internacional ou período do milagre brasileiro; a terceira fase de 1974 a 1984 - de crise econômica e do regime militar e abertura política (Bertoli, 2004).
 Segundo , Paim 2003, a primeira fase da ditadura militar (1964) a crise política ocasionou o golpe militar. Os governos militares estabeleceram eleições indiretas para presidente, cassaram os mandatos de diversos parlamentares federais e estaduais , intervieram nos sindicatos, entre outras medidas autoritárias e antidemocráticas.
A terceira fase da ditadura militar , no campo da saúde , implantou se um sistema de saúde caracterizado pelo predomínio financeiro das instituições previdenciárias que priorizava a mercantilização da saúde. Nessa perspectiva , em 1966, promoveu se a unificação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs), com a criação do Instituto Nacional de Previdência e Assistência Social ( INAMPS), subordinado ao Ministério do Trabalho e Previdência Social, com responsabilidade pelos benefícios previdenciários (Aguiar, 2015).
Destaca se que até 1964 a assistência médica previdenciária era prestada , principalmente ,pelos hospitais, ambulatórios e consultórios médicos da rede de serviços próprios dos Institutos passando se á partir de então á contratação prioritária dos serviços privados de saúde. Assim, o INPS passou a ser o grande comprador dos serviços privados , estimulando se um padrão de organização da prática médica pela lógica do lucro (Aguiar, 2015).
De acordo com Paim 2003, o sistema previdenciário foi desvinculado do Ministério do Trabalho , passando se á subordinação do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), criado em 1974, o que não traz mudanças nas características em curso dos serviços de saúde. Com a criação do MPAS, também foi criado o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social (FAZ), cujos recursos eram destinados ao financiamento da construção de hospitais.
 Esse Ministério elaborou o Plano de Pronta Ação (PPA) que ampliava a contratação de hospitais e clínicas particulares para atendimento de urgência de qualquer indivíduo , segurado ou não. Essas medidas contribuíram para elevar os gastos previdenciários e fortalecer a dicotomia entre atenção previdenciária e atenção curativa (Bertoli, 2004).
Ao final dos anos 70 ,aprofunda se a crise do modelo de saúde previdenciária . Crise essa , favorecida pelo alto custo da assistência que é complexa ,pouco resolutiva e insuficiente para a demanda , pela menor arrecadação financeira em tempos de crise econômica e pelos desvios dos recursos , alimentados pela ânsia de lucro do setor privado (Aguiar, 2015).
Em 1975, a crise do setor de saúde foi discutida na V Conferência Nacional de Saúde. Nessa ocasião, o Governo Federal apresentou aproposta de criação de um Sistema Nacional de Saúde, através das lei 6.229 que definia as atribuições dos diversos Ministérios envolvidos com a questão da saúde , além das atribuições das instâncias federal ,municipal e estadual (Aguiar, 2015).
Segundo Paim 2003, em 1976, tendo como referência as recomendações internacionais e a necessidade de cobertura dos serviços de saúde , foi criado o Programa de Interiorização das ações de Saúde e Saneamento (PIASS). Esse programa promoveu uma grande expansão da rede ambulatorial pública e favoreceu a entrada de técnicos provenientes do movimento sanitário nos órgãos de saúde do estado e o surgimento de novas experiências no campo da saúde pública.
Segundo Aguiar 2015, em 1977, efetivou se uma nova reordenação burocrático-administrativo do sistema de saúde com a criação do Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SIMPAS). Esse sistema era composto pelos órgãos Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) – direcionado para o pagamento de benefícios aos segurados; Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS)- encarregado da prestação de assistência médica individual e curativa por meio dos serviços privados contratados e conveniado aos trabalhadores urbanos e rurais ; a Fundação Legião Brasileira de Assistência (LBA) – com a finalidade de prestar assistência á população carente ; o Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social ( IAPAS); a Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (DATAPREV); a Fundação Nacional de Bem Estar do Menor (FUNABEM)e a central de Medicamentos (CEME).
Em 1978 acontece a Conferência de Alma Ara (Cazaquistão), com o apoio da OMS (organização mundial da saúde) e da OPAS (Organização Pan Americana de Saúde), onde o conceito de Atenção Primária á saúde e da medicina comunitária passam a ser difundidos. O princípio da medicina comunitária preconizava a desmedicalização , o autocuidado de saúde, a atenção primária realizada por não profissionais de saúde e a participação da comunidade (Paim, 2003).
 Em 1980, o crescente descontentamento com o sistema de saúde, favoreceu o surgimento de propostas para a reformulação do setor. Dentre as várias propostas destaca se o PREV-SAÚDE que foi discutido na VII Conferência Nacional de Saúde no Governo de João Figueredo (Bertoli, 2004).
O PREV SAÚDE – programa Nacional de Serviços Básicos de saúde, visava uma reorientação do sistema vigente , através de uma integração entre os dois Ministérios ( Saúde e Previdência Social) e as secretarias estaduais e municípios de saúde. Propunha se á extensão da cobertura dos serviços a toda a população com ênfase na atenção primária á saúde e na participação comunitária. No entanto, esse projeto não foi implementado devido á objeções aos dirigentes do INAMPS e pressão dos empresários da saúde (Aguiar, 2015).
Em 1981, foi criado o CONASP ( Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária , ligado ao INAMPS que propõe a mudança do modelo assistencial , tendo em vista a melhoria da qualidade de atenção ; ampliação dos serviços para a população urbana e rural; descentralização e hierarquização dos serviços de saúde por nível de complexidade (Paim, 2003).
Á partir da criação do CONASP, foi possível em 1983 , a criação AIS ( Ações de Saúde Integradas) , que tinha como objetivo articular todos os serviços que prestavam assistência á saúde população de uma região e integrar as ações preventivas e curativas com vistas á integralidade da atenção. Através da AIS , o INAMPS repassava 10% da sua arrecadação para as secretarias estaduais de saúde , propiciando a expansão dos serviços de saúde de atenção básica (Bertoli, 2004).
Segundo Paim 2003, com o fim da ditadura militar, os sindicatos e a oposição política se fortalecem , culminando com o Movimento de Diretas Já que resultou na Emenda Dante de Oliveira, com garantia de eleições diretas para presidente naquele ano.
Com a morte de Tancredo Neves , o seu vice Sarney assume o poder , iniciando se o período da nova república .Em 1986, ocorre em Brasília, a VIII Conferência Nacional de Saúde, onde foram debatidos os princípios e diretrizes da reforma sanitária, destacando se: o conceito ampliado de saúde, o reconhecimento da saúde como direito de todos e dever do estado. Nesse momento é criado o SUS (Sistema Único de Saúde) (Aguiar,2015).
A criação do SUS se deu através da unificação dos serviços do INAMPS e do Ministério da Saúde. Essa criação se deu também através da descentralização e hierarquização dos serviços e também á participação popular. Á partir dessa conferência foi instituída uma Comissão Nacional de Reforma Sanitária para encaminhamento das propostas á Assembléia Nacional Constituinte e sua inscrição na nova Carta Magna (Bertoli,2004).
Porém, o SUS somente viera a ser aprovado como Sistema Único de Saúde, em 1988, com a promulgação da Constituição Federal, que incorporou a maioria das propostas do Movimento de Reforma Sanitária apresentadas por emenda popular acompanhada da participação dos segmentos interessados (Bertoli,2004).
 2 – Quais e o que as conferências Internacionais de Saúde contribuíram para o surgimento de um novo modelo de atenção à saúde no País?
 Á partir da Conferência de Alma Ata, em 1978, ocorrida no Cazaquistão, começa a ser difundida no Brasil, o conceito de atenção primária á saúde e os princípios da medicina comunitária. A atenção básica ou atenção primária em saúde é conhecida como a "porta de entrada" dos usuários nos sistemas de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial (Mendes, 2004).
Seu objetivo é orientar sobre a prevenção de doenças, solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para níveis de atendimento superiores em complexidade. A atenção básica funciona, portanto, como um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços nas redes de saúde, dos mais simples aos mais complexos. È uma das estratégias organizacionais utilizada pelo SUS (Mendes, 2004).
Segundo Schulter ,et.al,2012 em 1986, ocorreu a Conferência Mundial de promoção á saúde na cidade de Ottawa (Canadá). Á partir desta Conferência foi redigida uma Carta de Intenções, que seguramente contribuiria para se atingir Saúde para todos no Ano 2000 e anos subseqüentes. Segundo a Carta de Ottawa a saúde não era apenas ausência de doença, mas também a atenção ás necessidades básicas dos seres humanos. 
De acordo com a Carta de Ottawa as condições e requisitos para a saúde são : a paz , a moradia , a educação, a renda , a alimentação, um ecossistema estável, justiça social e equidade. Foi á partir da Conferência de Ottawa que várias mudanças e progressos foram alcançados na perspectiva do SUS, como : a descentralização das decisões de saúde, que favoreceram o desenvolvimento de um Movimento Municipalista de saúde, aumentando assim, os conceitos e práticas de saúde. Portanto, os princípios que norteiam o SUS , tais como, descentralização ,equidade ,integralidade foram debatidos e definidos na conferência de Ottawa. (Schulter, et. al ,2012).
Em 1988, ocorreu a ll Conferência Internacional de Saúde na cidade de Adelaide Austrália, esta conferência reafirmou e deu continuidade ás orientações estabelecidas em Alma-Ata e em Ottawa (Medeiros,2011).
 Segundo, Medeiros 2001 posteriormente ,em 1991, ocorreu a III Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde em Sundsvall (Suécia), que chamou a atenção para a necessidade de ações urgentes para se atingir uma maior justiça social em saúde. Ressalta ainda, que os temas de saúde, ambiente e desenvolvimento humano não podem estar separados. Desenvolvimento implica na melhoria da qualidade de vida e saúde, ao mesmo tempo que na preservação da sustentabilidade do meio ambiente.
 Em 1992,ocorre a Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde de Bogotá, onde foi discutido o significado da promoção da saúde na América Latina, também foi debatido nessa ocasião, estratégias e compromissos para melhoria da saúde das populações nessasregiões (BRASIL,2002) .
Em 1993, ocorre a primeira Conferência de Promoção da saúde no Caribe, realizada em Porto of Spain. Seguida pela IV conferência Internacional de Promoção de saúde em Jacarta ( Indonésia), que ocorre em 1997. Esta conferência as prioridades para a promoção da saúde no século XXI: 1. Promover a responsabilidade social para com a saúde; 2. Aumentar os investimentos para fomentar a saúde; 3. Consolidar e expandir parcerias em prol da saúde; 4. Aumentar a capacidade comunitária e dar direito de voz ao indivíduo; 5. Conseguir uma infra-estrutura para a promoção da saúde (BRASIL, 2002).
Em 1998 , na Suiça : formação da rede de Mega países para a promoção da saúde . A Rede de Megapaíses para a Promoção da Saúde, da Organização Mundial da Saúde, nasceu do reconhecimento da necessidade e do potencial para possibilitar um maior impacto na saúde mundial, por meio da formação de uma aliança entre os países mais populosos. A missão da Rede consiste em fortalecer a capacidade de promoção da saúde, nos âmbitos mundial e nacional, no sentido de ampliar a oferta de saúde às populações dos megapaíses, e também à população mundial (Franco, 2009).
No ano de 2000, aconteceu a V Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde na Cidade do México , seguida pela III Conferência Latino Americana de Promoção da Saúde e Educação para a Saúde, em São Paulo (2002), que preconizou o desenvolvimento da promoção da saúde nos países Latino Americanos através do diálogo com outros setores do estado, da sociedade civil e das comunidades , pautando a saúde e a qualidade de vida como eixos norteadores de politicas sociais integrais, voltadas para o desenvolvimento dos povos e das nações. (Franco, 2009).
Em 2005, aconteceu VI Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde em Bangkok, seguida pela Conferência Internacional de Saúde para o Desenvolvimento, em Buenos Aires (2007). (BRASIL, 2002).
Como podemos observar em todos esses eventos de promoção da saúde , em suas propostas e discussões eles apenas reafirmam , dando continuidade aos preceitos que ficaram estabelecidos na conferência de Alma- ata e na conferência de Ottawa.
4 – Descreva e explique os princípios norteadores do SUS.
Os princípios doutrinários do SUS são três : Universalidade, Equidade, e Integralidade da Atenção.
Os princípios organizacionais são : Descentralização, Regionalização, Hierarquização do Sistema , Participação e Controle Social.
Universalidade : é a garantia constitucional de acesso de toda a população aos serviços de saúde. De acordo com a lei 8.080/90 , a saúde é um direito fundamental do ser humano que deve ser garantido pelo Estado. O direito á saúde vai além do acesso á assistência médica e aos serviços de saúde e engloba o conjunto de políticas públicas que visam a melhoria das condições de vida da população . Isso porque “o perfil de saúde de uma coletividade depende de condições vinculadas á própria estrutura da sociedade e manutenção do estado da saúde requer ação articulada de um conjunto de políticas sociais mais amplas , relativas ao emprego, salário, previdência , educação , alimentação e lazer. (Aguiar,2015).
Equidade : de acordo com o Ministério de saúde ,a equidade significa “assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que o caso requeira, more o cidadão , onde morar , sem privilégios e sem barreiras.” É definida como igualdade no acesso aos serviços e ações de saúde no artigo 196 da constituição federal. O princípio da equidade assegura que a disponibilidade de serviços de saúde considere as diferenças entre os grupos populacionais e indivíduos de modo a priorizar aqueles que apresentam maior necessidade em função de situação de risco e das condições de vida e saúde. Nesse sentido, significa um princípio de justiça social buscando corrigir iniquidades sociais e em saúde (Bertoli,2004).
Integralidade : este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o principio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos. Esse princípio atende de forma integral a atenção primária, secundária e terciária (Paim,2003).
Descentralização : a descentralização da gestão do sistema implica na transferência de poder de decisão sobre a política de saúde do nível federal para os estados e municípios . Esta transferência ocorre a partir da redefinição das funções e responsabilidades de cada nível de governo com relação à condução político administrativa do sistema de saúde em seu respectivo território (nacional, estadual, municipal), com a transferência, concomitante, de recursos financeiros, humanos e materiais para o controle das instâncias governamentais correspondentes. O processo de descentralização implicou numa profunda redefinição das antigas atribuições dos vários níveis de governo com grande ênfase do poder municipal sobre a saúde , cabendo lhe a maior responsabilidade na promoção das ações de saúde diretamente voltadas para atender as necessidades dos usuários do SUS (Paim,2003).
Regionalização e Hierarquização : a regionalização refere se á forma de organização do sistema de saúde com base territorial e populacional proposta pela Constituição Federal e pela Lei Orgânica de Saúde-8.080 e visa uma adequada distribuição de serviços para a promoção da equidade de acesso, otimização dos recursos e racionalidade dos gastos (Aguiar,2015).
O princípio da hierarquização diz que o sistema de saúde deve organizar se por níveis de atenção de complexidade crescente com fluxos assistenciais estabelecidos entre os serviços, de modo a garantir assistência integral e resolutiva á população. De acordo com o Ministério da Saúde, o acesso da população á rede deve iniciar se pelo serviço de atenção básica que deve estar qualificado para atender e resolver os principais problemas de saúde que chegam nesse nível. Os casos não resolvidos nesse nível devem ser referenciados para outros serviços que comportam maior complexidade tecnológica. A rede regionalizada e hierarquizada “permite um conhecimento maior dos problemas de saúde da população da área delimitada , favorecendo ações de vigilância epidemiológica , sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade .” (Bertoli,2004).
Participação e Controle Social : garante a participação da população , por meio de suas entidades representativas , no processo de formulação das políticas públicas de saúde , do controle e de sua execução. De acordo com a lei 8.142/90 a participação no SUS se dá por meio das Conferências de saúde e dos conselhos de saúde . Os Conselhos de saúde representam instâncias de participação popular de caráter permanente e deliberativo sobre os rumos das políticas públicas de saúde nas três esferas de governo (municipal , estadual e federal) e são constituídos por representantes dos usuários , dos trabalhadores e prestadores de serviços . As conferências Nacionais de Saúde, também são instâncias de participação e controle social do SUS e devem acontecer a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos ( usuários , trabalhadores e prestadores de serviços) para avaliar a situação de saúde e discutir as diretrizes e rumos da política de saúde no país . Também participam do controle social do SUS o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CANASEMS) (Aguiar,2015).
5 – O que a lei 8080 e 8140 de 1990? O que elas dispõem sobre o SUS?
A Lei 8080/90 dispõe sobre as condições para promoção , proteção e recuperação da saúde e ainda , regula as ações a organização e o funcionamento dos serviços de saúde emtodo país. O artigo 4 desta lei explicita que o novo sistema de saúde compreende : “ o conjunto de todas as ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais , estaduais e municipais de administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo poder público”, além da participação da iniciativa privada de maneira complementar. (Bertoli,2004).
Com base nesta lei, a saúde é entendida como um direito fundamental do ser humano . Cabe ao estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício , por meio de políticas econômicas e sociais que visam a redução de riscos de doenças e de outros agravos , além do estabelecimento de condições que assegurem o acesso universal e igualitário ás ações e aos serviços para sua promoção , proteção e recuperação (Paim,2003).
Estão incluídas no conjunto de ações e serviços do SUS referidos pela lei 8.080/90:
Atividades dirigidas ás pessoas , individual ou coletivamente, voltadas para a promoção da saúde e prevenção , diagnóstico, tratamento e reabilitação de agravos e doenças.
Serviços prestados no âmbito ambulatorial, hospitalar e nas unidades de apoio diagnóstico e terapêutico geridos pelos governos (quer seja pelo governo federal, quer seja pelos governos estaduais ou municipais), bem como em outros espaços , especialmente no domiciliar. Ações de distintas complexidades e custos, que variam desde a aplicação de vacinas e consultas médicas nas clínicas básicas , até cirurgias cardiovasculares e transplantes (Aguiar,2015).
Segundo Paim 2003, intervenções ambientais no seu sentido mais amplo, incluindo as condições sanitárias nos ambientes onde se vive e trabalha, na produção e circulação de bens e serviços, o controle de vetores e hospedeiros e a operação de sistemas de saneamento ambiental.
 A Lei 8.142 dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. Consolidou se assim, um importante espaço público de controle social, mediante a participação da população por meio das conferências e dos conselhos de saúde em todas as esferas do governo (Bertoli, 2004).
Em relação aos recursos financeiros do SUS , explicita em seu artigo 33, que tais recursos serão depositados em conta especial (os fundos de saúde) em cada esfera de atuação e deverão ser movimentados sob controle e fiscalização dos conselhos de saúde (BRASIL,2002).
6 – Quais as funções da vigilância sanitária e epidemiológica?
O conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei 8.080: “ é o conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.”(BRASIL,2008).
A vigilância epidemiológica tem, como propósito, fornecer orientação técnica permanente para os responsáveis pela decisão e execução de ações de controle de doenças e agravos. Para subsidiar esta atividade, deve tornar disponíveis informações atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças ou agravos, bem como dos seus fatores condicionantes, em uma área geográfica ou população determinada. A vigilância epidemiológica constitui-se, ainda, em importante instrumento para o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços de saúde, como também para a normatização de atividades técnicas correlatas.
As ações de Vigilância Sanitária (VISA) devem promover e proteger a saúde da população e serem capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção, da circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.
7 – Quais as competências Nacional, Estadual e Municipal perante o SUS?
Os gestores do SUS são o Ministro da Saúde, em nível nacional, o Secretário de Estado da Saúde, em nível regional, e o Secretário Municipal de Saúde. Eles podem dividir funções, mas todos devem ser parceiros para garantir a saúde da população.
Á União cabe a responsabilidade de coordenar os sistemas de saúde de alta complexidade e de laboratórios públicos. Por meio do Ministério da Saúde, a União planeja e fiscaliza o SUS em todo o País. O MS responde pela metade dos recursos da área; a verba é prevista anualmente no Orçamento Geral da União.
É papel dos governos estaduais criar suas próprias políticas de saúde e ajudar na execução das políticas nacionais aplicando recursos  próprios (mínimo de 12% de sua receita) além dos repassados pela União. Os Estados também repassam verbas aos municípios. Além disso, os estados coordenam sua rede de laboratórios e hemocentros, definem os hospitais de referência e gerenciam os locais de atendimentos complexos da região.
É dever do município garantir os serviços de atenção básica à saúde e prestar serviços em sua localidade, com a parceria dos governos estadual e federal. As prefeituras também criam políticas de saúde e colaboram com a aplicação das políticas nacionais e estaduais, aplicando recursos próprios (mínimo de 15% de sua receita) e os repassados pela União e pelo estado. Igualmente os municípios devem organizar e controlar os laboratórios e hemocentros. Os serviços de saúde da cidade também são administrados pelos municípios, mesmo aqueles mais complexos.
Em relação ao Distrito Federal, acumulam-se as competências estaduais e municipais, aplicando o mínimo de 12% de sua receita, além dos repasses feitos pela União.
8 – Explique as NOBs, NOAS e Pactos de saúde.
O processo de descentralização do SUS vem ocorrendo de modo gradativo desde a década de 90, coordenado pelo Ministério da Saúde , que criou a base de regulação federal, por meio das Normas Operacionais Básicas (NOBs),da Norma Operacional de Assistência á Saúde (NOAS) e do Pacto pela Saúde (Bertoli,2004) .
Após a inscrição do SUS na constituição Federal em 1988, diversos entraves e desafios tornaram se presentes para a operacionalização dos preceitos constitucionais, especialmente no que se refere aos recursos necessários para o custeio das ações e serviços de saúde . A diretriz da descentralização das ações e serviços para o nível municipal é uma prerrogativas do SUS que exige , além de recursos financeiros próprios , o repasse da esfera federal e /ou estadual – o que deparou com barreiras políticas históricas e não se deu de imediato (Aguiar,2015).
Segundo Paim 2003, o longo dos anos 90, foram editadas quatro NOBs que aos poucos promoveram algum aprimoramento nos mecanismo de repasse de recursos da esfera federal para os estados , os municípios e o distrito federal. Finalmente em 2001, a Norma Operacional de Assistência á Saúde (NOAS) que criou os Planos Diretores de Regionalização e de Investimentos e introduziu a idéia de redes assistenciais.
 Mais recentemente em 2006,foi estabelecido o Pacto pela Saúde , que embora não seja uma norma operacional, constitui um acordo interfederativo com elementos regulatórios do processo de descentralização do SUS e com um sentido de gestão pública por responsabilização sanitária compartilhada (Bertoli,2004).
NOB-SUS 01/91 : foi aprovada pela resolução 258, editada pelo Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdenciária (INAMPS) em julho de 1991, após um conjunto de portarias (15, 16, 17,18, 19 e 20) do Ministério da Saúde. Á partir das portarias, foi criado um Sistema de Informação Hospitalar (SIH) , e o Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS),como formas de pagamentos dos prestadores de serviços hospitalares e ambulatoriais respectivamente (Aguiar,2004).
 Em relação as atividades hospitalares foram definidas as quantidades de AIH (autorização de internação hospitalar).Com relação ás atividades ambulatoriais criou se a UCA (unidade de cobertura ambulatorial. Para cada estado foi estabelecido um per capita em função de alguns critérios, tais como : populacional, capacidade e desempenho da rede de serviços e série histórica de custeio. Esta NOB definiu aindaque o repasse de recursos dar-se-ia por meio de convênio firmado entre os gestores (Paim,2003).
NOB-SUS 01/92 : Em relação a NOB 01/91 a novidade foi a alocação dos recursos do INAMPS para constituir o fundo nacional de saúde e quanto as formas de pagamento mantiveram se pelo SIH/SUS (internações hospitalares ) e SIA/SUS ( Atividades Ambulatoriais). Neste momento criou se o CONASS ( Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o CONASEMS (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde). Neste momento, também normalizou se o Fundo Nacional de Saúde (aguiar,2015)
NOB-SUS 01/93 : esta NOB traz algumas novidades em relação ás duas anteriores . Ela é resultado do grupo especial de descentralização e foi aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde, após amplo processo de discussão e negociação envolvendo diversos atores da área da saúde. Esta foi editada pelo Ministério da Saúde , e não pelo INAMPS ,e busca regulamentar não somente o financiamento , amas também o processo de descentralização da gestão dos serviços e ações de saúde.Os principais pontos desta NOB são : (Aguiar,2015). 
Habilitar municípios como gestores; 
Criar transferência regular e automática (fundo a fundo) do teto global da assistência para municípios em gestão semiplena; 
São constituídas as Comissões Intergestores Bipartite (de âmbito estadual) e Tripartite (nacional) como importantes espaços de negociação, pactuação, articulação e integração entre gestores;
Definir o papel dos Estados de forma frágil, mas esses, ainda assim, passam a assumir o papel de gestor do sistema estadual de saúde.
NOB-SUS /01-96 : também intitulada “Gestão Plena com Responsabilidade Pela Saúde do Cidadão”. A NOB/SUS 01/96 promoveu um avanço no processo de descentralização, criando novas condições de gestão para os Municípios e Estados, caracterizando as responsabilidades sanitárias do município pela saúde de seus cidadãos e redefinindo competências de Estados e Municípios. Os principais pontos da Norma Operacional Básica 01/96 foram:(Bertoli,2004)
 Segundo Paim 2003,transferir aos municípios habilitados como Plena da Atenção Básica, os recursos financeiros com base per capita relativos a esta responsabilidade, criando o PAB (Piso Assistencial Básico), repassando fundo a fundo de forma regular e automática, e com base no valor nacional per capita para a população coberta;
• Reorganiza a gestão dos procedimentos de média complexidade ambulatorial (Fração Ambulatorial Especializada - FAE);
• Reorganiza a gestão dos procedimentos de alta complexidade ambulatorial com a criação da Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade/Custo (APAC); 
• Incorpora as ações de Vigilância Sanitária, criando o Incentivo para as ações básicas de Vigilância Sanitária;
• Incorpora as ações de Epidemiologia e Controle de Doenças;
• Promove a reorganização do modelo de atenção, adotando-se como estratégia principal a ampliação de cobertura do Programa de Saúde da Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde, com a criação de Incentivo financeiro (PAB variável);
• Aprimora o planejamento e define a elaboração da Programação Pactuada e Integrada (PPI); (Paim, 2003).
 NOAS SUS 01/2002 : normas operacionais de assistência a saúde, foi editada em 26 de janeiro de 2001, com o objetivo de promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população ás ações e serviços de saúde em todos os níveis de atenção .( Aguiar,2015).
Segundo Paim 2003, Esta buscou compatibilizar três princípios organizativos: regionalização e organização da assistência ;fortalecimento da capacidade de gestão do SUS e atualização dos critérios de habilitação de estados e municípios. No que se refere á regionalização e organização da assistência, a NOAS-SUS/2001 estabeleceu para as Secretarias Estaduais de Saúde e o Distrito Federal as competências de :
Elaborar o plano diretor de regionalização (PDR),de modo a garantir a todos os cidadãos o acesso aos serviços de saúde , de qualquer nível de atenção;
Ampliar o acesso e a qualidade da atenção básica;
Qualificar as microrregiões na assistência á saúde;
Organizar os serviços de média complexidade;
Programar a política de atenção de alta complexidade /custo no SUS;
NOAS-SUS 01/2002: foi instituída em 27 de fevereiro de 2002 e contempla as propostas do Conselho Nacional de Secretários de Saúde quanto ao comando único sobre os prestadores de serviços de média e alta complexidade , e o fortalecimento da gestão estadual sobre as referências intermunicipais. Esta mantém as mesmas diretrizes organizativas do NOAS-SUS 01/2001 porém, introduz algumas modificações na anterior, dentre as quais , podemos citar: (Aguiar,2015).
Que o município-sede do módulo assistencial pode habilitar se em Gestão Plena de Sistema (quando em situação de comando único municipal)ou Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada ( quando em situação de comando único estadual).
Que cabe aos Estados a gerência de unidades públicas de hemocentros/núcleos de hemoterapia e de laboratórios de referência para controle da qualidade ,vigilância sanitária e vigilância epidemiológica.
Como prerrogativa dos Estados , a transferência de recursos referentes ao financiamento per capita do conjunto mínimo de serviços de média complexidade (Aguiar,2015).
O Pacto pela Saúde é um compromisso firmado entre os três gestores do SUS (municípios, estados e união), no campo da gestão do sistema e da atenção á saúde . Esse Pacto, surge em 22 de fevereiro de 2006 como ferramenta de responsabilização pública de cada esfera governamental da consolidação do SUS. O Pacto pela Saúde se divide em 3 partes: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS.(Bertoli,2004).
Prioridades do Pacto pela Vida:
Saúde do idoso;
Controle do câncer de colo do útero e de mama;
Redução da mortalidade infantil e materna;
Fortalecimento da capacidade de resposta ás doenças emergentes e endemias;
Promoção da saúde;
Fortalecimento da atenção básica;
 As ações propostas pelo Pacto em Defesa do SUS são:
Articulação e apoio á mobilização social pela promoção e desenvolvimento da cidadania;
Estabelecimento de diálogo com a sociedade;
Ampliação e fortalecimento de relações com os movimentos sociais;
Elaboração e publicação da carta dos direitos dos usuários do SUS;
Regulamentação da Emenda Constitucional n°29 pelo Congresso Nacional, com aprovação do projeto de lei n°01/03;
Aprovação do orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão; (Bertoli,2004).
O Pacto de Gestão do SUS estabelece as responsabilidades de cada ente federado , de forma a diminuir as competências concorrentes e a tornar mais claro sobre as atribuições de cada um. Os principais pontos do Pacto de Gestão do SUS são :
Descentralização, regionalização, financiamento do SUS, planejamento do SUS, programação pactuadas integrada (PPI),regulação da atenção á saúde, participação do controle social, gestão do trabalho ,educação na saúde. (Bertoli,2004).
O Pacto pela Saúde  2006 tem a regionalização como um dos seus eixos estruturantes da dimensão do Pacto de Gestão do SUS. Neste pacto é apresentando um novo quadro de responsabilidades sanitárias distribuídas entre municípios, estados, Distrito Federal e União que busca promover a gestão compartilhada entre as três esferas de governo de forma coordenada e cooperativa. O propósito é a integração dos diferentes níveis de gestão do sistema para a diminuição das desigualdades regionais, constituindo uma rede de serviços de saúde integrada e resolutiva, visando o estabelecimento da integralidade da atenção à saúde e que se traduz na implementação qualificada do SUS (Aguiar,2015).
O Pacto pela saúde 2008 além das prioridades em comum com o Pacto pela saúde 2006, ele ressalta outros pontos :
Implementar política nacional de atenção á saúde do homem, saúde mental (aumentar o acesso da população á saúde mental), fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde ás pessoas com deficiência (ampliação da rede de reabilitação),atenção integral ás pessoas em situação de risco de violência doméstica e sexual, saúde do trabalhador (aumentar a identificação e a notificação dos agravos á saúde do trabalhador) (Ferreira,2009).
 9 - O que a Programação Pactuada Integrada (PPI), Plano Diretor de Regionalização (PDR) e as Comissões Intergestores têm incomum?
Tanto a Programação Pactuada Integrada (PPI) quanto o Plano Diretor de Regionalização (PDR) são instrumentos operacionais propostos para facilitar a articulação entre os gestores e também para melhorar o desempenho do Sistema. O PDR deve ser elaborado com a participação e aprovação da Comissão Intergestores. (Aguiar, 2015).
O teto financeiro global de cada município, é definido mediante a PPI aprovada pelo conselho municipal e submetida á Secretaria Estadual de Saúde negociada no âmbito da Comissão Intergestores Bipartite. (Aguiar, 2015).
 10 – Quais os blocos de financiamento do SUS? Como é realizado o repasse financeiro?
Segundo Aguiar 2015, portaria do Pacto pela Saúde enumera como princípios gerais do financiamento do SUS as três esferas de gestão : União, Estados e Municípios .E ainda propõe os cinco blocos para envio de recursos federais:
Atenção Básica: seu financiamento é de responsabilidade das três esferas do governo. Os recursos federais deverão ser alocados sob a forma de dois componentes, o Piso da Atenção Básica (PAB) fixo e variável, a serem transferidos fundo a fundo, sendo os valores do PAB Fixo transferidos mensalmente e os valores alocados no PAB variável que se destinam ao custeio de estratégias específicas transferidos segundo a implantação deles (Estratégia Saúde da Família, agentes comunitários de saúde, saúde bucal ,fator de incentivo da atenção básica aos povos indígenas, incentivo á saúde no sistema penitenciário) (Aguiar,2015).
Atenção de média e alta complexidade: Neste departamento, os componentes também são dois: o Limite Financeiro da Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar – MAC e o Fundo de Ações Estratégicas e Compensação –FAEC, destinados ao custeio de procedimentos como, por exemplo, transplantes.(Paim,2003).
Os recursos federais neste bloco, são transferidos do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde dos estados, Distrito Federal  e municípios, de acordo com a Programação Pactuada e Integrada, publicada em ato normativo específico.(Paim,2003).
Assistência Farmacêutica : Os componentes que  compõem este setor são três. O Componente Básico da Assistência Farmacêutica é destinado à aquisição de medicamentos do elenco de Referência Nacional dos Medicamentos e Insumos Complementares para a Assistência Farmacêutica na Atenção Básica.(Bertoli,2004).
Por sua vez, o Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica é voltado para o financiamento de ações de assistência na área e também programas estratégicos de saúde.O terceiro componente, enfim, é o Especializado da Assistência Farmacêutica. Ele constitui-se como uma estratégia de acesso a medicamentos no âmbito do SUS, que é caracterizada pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso em nível ambulatorial. As linhas de cuidado deste tratamento são estabelecidas pelos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, que são publicados pelo Ministério da Saúde. (Aguiar,2015)
Vigilância em Saúde : os recursos de seu financiamento compõe o Limite Finaceiro de Vigilância em saúde dos Estados, Municípios e do Distrito Federal, e representam o agrupamento das ações de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Sanitária, a serem repassados mensalmente, em valores definidos em portaria específica. O limite é dividido em duas partes , o da Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde e o da Vigilância Sanitária em Saúde , e deve custear primordialmente ações coletivas visando garantir o controle dos riscos sanitários, a regulação, controle e avaliação de produtos e serviços associados ao conjunto da atividades. Comporão, ainda, o bloco do financiamento da Vigilância em Saúde – Sub-bloco Vigilância Epidemiológica, os recursos que se destinam ás seguintes finalidades , com repasses específicos: a) fortalecimento da Gestão da Vigilância em Saúde em Estados e Municípios (VIGISUS II); b) campanhas de vacinação; c) incentivo ao Programa DST/AIDS (Aguiar,2015)
Gestão do SUS : Neste departamento, os componentes são: componente para a qualificação da gestão do SUS e componente para a implantação de ações e serviços de saúde. No que tange ao primeiro deles, a transferência do recurso ocorre mediante a adesão ao Pacto pela Saúde, através da assinatura do Termo de Compromisso de Gestão, respeitando os critérios definidos em ato normativo específico.
Já o repasse dos recursos do segundo componente, de implantação para serviços de saúde, é efetivado em parcela única, também respeitados os critérios estabelecidos em cada política específica (Mendes,2008).
11 – Quais os instrumentos de gestão e repasse financeiro?
Agenda de Saúde : instrumento de planejamento de caráter descendente, sendo as agendas estaduais e municipais elaboradas á partir da nacional. É um elenco de prioridades que deve estar em consonância com o PDR . (Aguiar,2015)
Fundo de Saúde : é um fundo especial de natureza orçamentária, financeira , contábil e patrimonial criado por lei com a finalidade de gerir a totalidade dos recursos das saúde em cada esfera governamental (Aguiar,2015).
Plano de Saúde: instrumento de planejamento de saúde que deve conter um diagnóstico da realidade local baseado em indicadores de saúde , o que definirá as prioridades , as metas e estratégias a serem utilizado as para alcance das metas . Tem caráter ascendente e deve ser submetido aos Conselhos de Saúde.(Aguiar,2015).
Programação Pactuada e Integrada (PPI) : instrumento que apresenta a quantificação e o aprofundamento das ações descritas , baseadas em parâmetros de necessidades de saúde da população. São duas :PPI da assistência e PPI da epidemiologia e controle de doenças.(Bertoli,2004).
Plano Diretor de Regionalização (PDR) : instrumento que detalha a organizaçãoda assistência dos Estados e Distrito Federa com suas referências explicitando quais os municípios com atenção básica ampliada e seu respectivo município-sede , os módulos de saúde, as microrregiões, e municípios-pólo (Bertoli,2004)
Relatório de Gestão (RG): relatório de aplicação do plano, apresentando se a correlação entre as metas , os resultados e aplicação dos recursos.
Conselho de Saúde: tem a finalidade de exercer o controle social sobre a gestão e implementação do SUS.(Bertoli,2004).
12 – Explique como ocorre o controle social e a participação social no SUS. Como é organizado (composição) e periodicidade e objetivos.
De acordo com o Ministério da Saúde, é garantia constitucional de que a população , por meio de entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde , do controle e de sua execução, em diversos níveis , desde o local , até o federal. De acordo com a lei 8.142, o SUS contará em cada esfera de governo, com as seguintes estâncias colegiadas : a conferência de saúde e os conselhos de saúde. (BRASIL,2002).
Conselhos de Saúde: representam estâncias de participação popular de caráter deliberativo sobre os rumos das políticas públicas de saúde nas três esferas de governo- municipal , estadual e federal. De acordo com a lei 8.142, os conselhos de saúde são órgãos colegiados de caráter permanente e deliberativo, com a função de formular estratégias, controlar e fiscalizar a execução política da saúde , inclusive nos aspecto e econômicos e financeiros , devendo suas decisões serem homologadas pelo poder executivo em cada esfera de governo.(Mendes,2002)
A composição partidária do conselho de saúde não foi definida pela lei 8.142. A sua composição partidária foi proposta pela resolução33/1992, do Conselho Nacional de Saúde e ratificada posteriormente pela resolução 333 de 2003 e nas recomendações da 10ª e 11ª Conferência Nacional de Saúde. A paridade estabelecida diz que 50% dos conselhosdevem ser representantes do segmento dos usuários e os outros 50% dos conselheiros devem ser constituídos por representantes do segmento dos trabalhadores da saúde (25%) e do segmento dos gestores e prestadores de serviços (25%). (Mendes,2002)
Conferências de Saúde : são fóruns muito importantes para o processo de democratização da política de saúde brasileira garantida pela lei 8.142/90 para regulamentar a participação social no SUS. A lei 8.142/90 estabelece que as conferências nacionais de saúde devem acontecer a cada 4 anos , com representação dos vários segmentos (usuários , trabalhadores, gestores e prestadores de serviços) para avaliar a situação de saúde e propor diretrizes para a formulação da política nos níveis correspondentes.(Ferreira, 2008)
A conferência nacional de saúde deve ter representação paritária entre usuários e demais segmentos ( trabalhadores, gestores e prestadores de serviços), podendo ser convocada pelo poder executivo ou pelo próprio conselho de saúde e deve ser precedida pelas conferências nos estados e municípios . As conferências estaduais devem ter periodicidade semelhante ás nacionais e as municipais devem ser bianuais, de acordo com a recomendação da 9ª Conferência Nacional de Saúde. .(Ferreira, 2008)
Os conselhos de saúde e as conferências de Saúde constituem espaços constitucionais importantes para o exercício do controle social , possibilitando á população participar das decisões , propor ações e programas para a resolução dos problemas de saúde , fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros e avaliar a qualidade de assistência oferecida pelos serviços do SUS. Também participam do controle social do SUS o Conselho Nacional da Secretaria de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS) (BRASIL,2008).
13 – Descreva e explique quais os serviços disponíveis no SUS.
Programa de Saúde da Família (PSF) : inicialmente é definido como um modelo de assistência á saúde que visa desenvolver ações de promoção e proteção á saúde do indivíduo , da família e da comunidade , utilizando o trabalho de equipes de saúde responsáveis pelo atendimento na unidade local de saúde e na comunidade no nível de atenção primária. Os principais pontos da proposta de 1994, época da sua implantação, do PSF foram : (Aguiar,2015)
Cada equipe básica do PSF seria responsável pela cobertura de uma área geográfica onde habitassem 800 a 1000 famílias;
Composição das equipes: um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e quatro a seis agentes comunitários de saúde;
Regime de trabalho de dedicação exclusiva e residência obrigatória na comunidade para os agentes comunitários de saúde;
Atendimento integral a cada pessoa da família;
Participação da comunidade no controle de qualidade dos serviços prestados pelo PSF;
O PSF como a porta de entrada do sistema de saúde; (Aguiar,2015)
A população alvo prioritariamente , seriam os residentes das áreas de risco social delimitada pelo Mapa da Fome elaborado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) em 1993.
Segundo Ferreira 2008,em síntese a história do PSF pode ser dividida em dois momentos: primeiro que se inicia com a sua criação e se estende até 1996, marcado pela extensão da sua cobertura a grupos sociais mais vulneráveis , inserido precariamente na estrutura ministerial e com financiamento firmado por meio de convênios ; e o segundo momento, á partir de 1996 que passa a ser considerado uma estratégia de mudança do modelo assistencial. 
Entendidos como elementos estratégicos permanentes para a consolidação do SUS , a implantação do PSF e o fortalecimento da Atenção Básica tornaram se fundamentais , sobretudo com discussão e aprovação da Política Nacional da Atenção Básica, traduzida no Pacto pela Saúde , conjugado pelas três esferas de governo, em fevereiro de 2006.(Bertoli,2004).
Essa representação composta pelo Ministério da Saúde, CANASS e CONASEMS assumiu o compromisso público de cumprir uma agenda articulada e integrada , em que a definição de prioridades está consubstanciada no Pacto Pela Vida , Pacto de Gestão e Pacto em Defesa do Sus. O Pacto pela Vida estabeleceu como compromisso prioritário : “consolidar e qualificar a estratégia de Saúde da Família (ESF) como modelo da atenção básica e centro ordenador das redes de atenção á saúde no SUS. (BRASIL,2014)
Atualmente, o país tem 94% dos seus municípios com equipes da saúde da família , totalizando uma cobertura populacional de 49%, o que corresponde a cerca de 88 milhões de pessoas assistidas pela Saúde da Família. Os municípios com mais de 500 mil habitantes registram cobertura média de 30% da população, enquanto os municípios com até 20 mil habitantes alcançam cobertura de 85%.(BRASIL,2014)
A implementação do PSF envolve necessariamente as três esferas de governo, cabendo a cada uma funções especificas e complementares . Assim aos três níveis compete contribuir para a organização da atenção básica de acordo com os preceitos do SUS. (Aguiar,2015).
No PSF, compete ao Ministério da Saúde :
A formulação geral do programa e sua coordenação;
Garantir fontes de recursos federais;
Prestar assessoria técnica aos estados e municípios;
Analisar dados do sistema de informação referentes á Saúde da famíliae divulgar os resultados obtidos;
Ás Secretarias Estaduais de Saúde, no PSF compete:
Estabelecer em conjunto com a Comissão Intergestores bipartite, as normas complementares do programa;
Prestar assessoria técnica aos municípios no processo de implantação do programa;
Acompanhar , monitorar e avaliar o desenvolvimento de Estratégia de Saúde da Família nos municípios;
Promover intercâmbio de experiências entre os diversos municípios;
As Secretarias Municipais de Saúde compete:
Implantação e operacionalização da ESF, inserindo a em sua rede de serviços;
Garantir infraestrutura necessária ao funcionamento da unidades de Saúde da Família, dotando as de recursos materiais equipamentos e insumos;
Selecionar, contratar e remunerar os profissionais que compõe as equipes multiprofissionais;
Provab : Por iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação, foi criado o Programa de Valorização do Profissional de Atenção Básica – PROVAB, com o objetivo fundamental de ampliar o acesso à Saúde à população carente, incentivando profissionais da saúde recém-formados a trabalhar em regiões marcadas pela escassez de médicos.
Assim, o PROVAB surgiu como uma forma de ampliar e melhorar a qualidade do atendimento médico, disponibilizando profissionais de saúde para localidades do pais marcadas pela pobreza, tais como periferias das grandes metrópoles, populações ribeirinhas, quilombolas, indígenas, além de áreas remotas da Amazônia legal e do semiárido nordestino.(BRASIL,2014).
Farmácia Popular : O Programa Farmácia Popular do Brasil é uma iniciativa do Governo Federal que cumpre uma das principais diretrizes da Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Foi implantado por meio da Lei nº 10.858, de 13 de abril de 2004, que autoriza a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) a disponibilizar medicamentos mediante ressarcimento, e pelo Decreto nº 5.090, de 20 de maio de 2004, que regulamenta a Lei 10.858 e institui o Programa Farmácia Popular do Brasil. No ato da compra o cidadão informa o cpf para o DATASUS, lembrando que o comprador deverá apresentar a receita emitida pelo posto de saúde, nesse caso , os medicamento são vendidos com preços 85% menores que os praticados normalmente. .(BRASIL,2014).
As prefeituras municipais recebem uma verba, do Ministério da Saúde, para montar a estrutura física da farmácia. E após a inauguração as prefeituras recebem outro auxilio para contratação de funcionários para o atendimento, além de farmacêuticos, e o Governo Federal subsidia o valor de alguns medicamentos.
Programa Mais Médicos : Criado em julho de 2013, o Programa Mais Médicos foi implantado com o objetivo de levar profissionais para atuar em periferias e cidades ou regiões em que faltam ou não existemnaturalmente a quantidade necessária de médicos, priorizando o atendimento básico no Sistema único de Saúde (SUS). (BRASIL,2014).
Assim, o programa busca resolver a questão emergencial do atendimento básico ao cidadão, mas também cria condições para continuar a garantir um atendimento qualificado no futuro para aqueles que acessam cotidianamente o SUS. Além de estender o acesso, o programa provoca melhorias na qualidade e humaniza o atendimento, com médicos que criam vínculos com seus pacientes e com a comunidade.
Academia da Saúde : este programa foi instituído em de 07 de abril de 2011 , cujo objetivo foi contribuir para a promoção da saúde da população a partir da implantação de pólos com infraestrutura, equipamentos e quadro de pessoal qualificado para a orientação de práticas corporais e atividade física e de lazer e modos de vida saudáveis. As atividades realizadas são : Práticas corporais/atividades físicas (ginástica, capoeira, jogos esportivos e populares, yoga, tai chi chuan, dança, entre outros); Práticas artísticas (teatro, música, pintura e artesanato); Promoção de atividades de segurança alimentar e nutricional e de educação alimentar; Orientação para a prática de atividade física. (BRASIL,2014)
A instância colegiada de gestão do polo deverá ser o grupo de apoio á gestão, constituído por profissionais de saúde, de secretarias que foram articuladas para fazer parte do programa e pessoas da comunidade. o Grupo de Apoio tem como objetivo garantir a dinamização do espaço do programa, a realização das atividades conforme seus objetivos e metas e a promoção do diálogo e decisões compartilhadas entre a gestão pública e a sociedade civil. (BRASIL,2014)
Melhor em Casa : este  programa foi instituído em 2011  e foi integrado ao Programa SOS Emergências na Rede de Atenção às Urgências no âmbito do SUS, através da Portaria ministerial nº 1.208 de 18 de junho de 2013. O objetivo do Melhor em Casa é levar atendimento médico às casas de pessoas com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em
 de urgência e emergência.(BRASIL,2012).
As equipes de cuidadores são formadas, prioritariamente, por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeuta. Outros profissionais como fonoaudiólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional, odontólogo, psicólogo, assistente social e farmacêutico podem também compor as equipes de apoio.
O programa funciona durante toda a semana (de segunda a sexta-feira), 12 horas por dia e, podendo ser em regime de plantão nos finais de semana e feriados. Cada equipe atende em média, 60 pacientes, simultaneamente. Cada paciente recebe, normalmente, uma visita semanal. Entretanto, a frequência  pode ser definida conforme o estado clínico e avaliação do paciente . .(BRASIL,2012).
Os profissionais cuidadores desenvolvem um conjunto de ações, incluindo o ensinamento de hábitos saudáveis de vida, como: alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas, convivência social estimulante, atividade ocupacional prazerosa e mecanismos para reduzir o estresse.
Pronto Atendimento : programa lançado em 2003 pelo Ministério da Saúde , este programa se inclui na Política Nacional de Urgência e Emergência .Os atendimentos são realizados na UPA ( unidade de pronto atendimento) que funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana e podem resolver grande parte das urgências e emergências, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame. .(BRASIL,2012).
Com isso, ajudam a diminuir as filas nos prontos-socorros dos hospitais. Nas localidades que contam com UPA, 97% dos casos são solucionados na própria unidade. Quando o usuário chega às unidades, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico. Eles analisam se é necessário encaminhar a um hospital ou mantê-lo em observação por 24 horas. .(BRASIL,2014).
São três portes de UPA:
Porte I: tem o mínimo de 7 leitos de observação. Capacidade de atendimento médio de 150 pacientes por dia. População na área de abrangência de 50 mil a 100 mil habitantes.
Porte II: tem o mínimo de 11 leitos de observação. Capacidade de atendimento médio de 250 pacientes por dia. População na área de abrangência de 100 mil a 200 mil habitantes.
Porte III: tem o mínimo de 15 leitos de observação. Capacidade de atendimento médio de 350 pacientes por dia. População na área de abrangência de 200 mil a 300 mil habitantes.
PNAM : lançado em 1999 ,o programa Política Nacional de Alimentação e Nutrição tem como objetivos : garantir a qualidade dos alimentos colocados para consumo no país; promover práticas alimentares saudáveis; prevenir e controlar os distúrbios nutricionais; estimular as ações intersetoriais que propiciem o acesso universal aos alimentos.
A segunda edição do PNAM se dá em em 2011 e surgiu á partir de modificações no quadro epidemiológico e socioeconômico da população brasileira. Esta edição visa : melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição. .(BRASIL,2012).
 No SUS o financiamento tripartite para implementação das diretrizes da PNAN, tem como prioridade: a aquisição e distribuição de insumos para prevenção e tratamento das carências nutricionais específicas; adequação de equipamentos e estrutura física dos serviços de saúde para realização das ações de vigilância alimentar e nutricional; garantia de processo de educação permanente em alimentação e nutrição para trabalhadores de saúde; garantia de processos adequados de trabalho para a organização da atenção nutricional no SUS. .(BRASIL,2012).
Humaniza SUS: Lançada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH) busca colocar em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar.
A PNH estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários para construir processos coletivos de enfrentamento de relações de poder, trabalho e afeto que muitas vezes produzem atitudes e práticas desumanizadoras que inibem a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de saúde em seu trabalho e dos usuários no cuidado de si.
Vinculada à Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde,  a PNH conta com um núcleo técnico sediado em Brasília – DF e equipes regionais de apoiadores que se articulam às secretarias estaduais e municipais de saúde. A partir desta articulação se constroem, de forma compartilhada, planos de ação para promover e disseminar inovações em  saúde. Com a análise dos problemas e dificuldades em cada serviço de saúde e tomando por referência experiências bem-sucedidas de humanização, a PNH tem sido experimentada em todo o país. Existe um SUS que dá certo, e dele partem as orientações da PNH, traduzidas em seu método, princípios, diretrizes e dispositivos. .(BRASIL,2012).
Referências :
Paim JS. Políticas de Saúde no Brasil . In : Rouquayrol MZ. Almeida Filho.N, organizadores. Epidemiologia & Saúde. 6° edição Rio de Janeiro; Medsi, 2003. P.589 – 563.
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