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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE DOURADOS/MS 
(10 LINHAS)
BERNARDO SOUZA, brasileiro, solteiro, engenheiro, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., endereço eletrônico: bernardo.souza@yahoo.com.br, residente na Rua ... – Campo Grande/MT, por seu advogado, com endereço profissional derickslp@yahoo.com.br, vem a este juízo, propor a presente
AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C COM PERDAS E DANOS 
 pelo rito especial da lei 9.099/95 em face de
SAMUEL BUENO, brasileiro, solteiro, comerciante, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., residente na Rua dos... – Dourados/MS;
pelas razões de fato e de direito que passa a expor. 
I – DOS FATOS 
O presente caso concreto versa sobre o estabelecimento do contrato escrito pelo Autor em favor do Réu, sendo o objeto da avença o cavalo de espécie manga-larga, o qual tinha por nome “Tufão”, avaliado em R$ 10.000,00 (dez mil reais). O bem deveria ser restituído, conforme contrato, no dia 02 do mês de outubro de 2016. 
No entanto, até o mês de janeiro de 2017 não houvera a devolução por parte do Réu, ressaltando que fora constatado a desídia do mesmo para restituir o equino. A mora perdurou até a chegada de um forte temporal no local onde permanecia o animal, causando sua morte em decorrência da altura atingida pela água, bem como à sua força. 
Apesar de inúmeras tentativas amigáveis de desfazimento do negócio jurídico, o Réu não respondeu às mensagens e ligações do Autor, não restando alternativa senão buscar a solução da presente lide junto à Tutela Jurisdicional.
III - DOS FUNDAMENTOS 
1 - DA MORA – APLICAÇÃO DOS ARTIGOS. 394, 395 P.U. E 399 CC.
Inicialmente, observamos que o conceito de mora trazido pelo Código Civil é nitidamente aplicável ao caso concreto, considerando-se em mora o devedor que não efetuou o pagamento e o credor que não quis recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Neste caso, verificamos que o Réu, apesar da plena disponibilidade temporal e econômica, não realizou o cumprimento da obrigação de restituir o equino no prazo estipulado por pura desídia, trazendo para si a total responsabilidade por qualquer avaria ocorrida no bem.
Logo, como houve a deterioração absoluta do cavalo em razão da mora do Réu, este deve responder pelos prejuízos causados ao autor, mais juros e atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos.
2 – DO INADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO – INOBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO PACTA SUNT SERVANDA E ART. 389 CC.
Necessário trazer a baila o conceito por trás da expressão latina PACTA SUNT SERVANDA, plenamente aplicável ao caso:
Trata-se do Princípio da Força Obrigatória, segundo o qual o contrato obriga as partes nos limites da lei. É uma regra que trata da vinculação das partes ao contrato, como se fosse uma normal legal, tangenciando a imutabilidade. A expressão significa “os pactos devem ser cumpridos”.
Ora Exa., observando princípio acima, disposto implicitamente no artigo 389 do Código Civil, percebe-se que o Réu, ao não cumprir a obrigação, deverá responder civilmente por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, visto que deu causa ao inadimplemento da obrigação em razão da mora.
3 – DA AUSÊNCIA DE BOA-FÉ – AFRONTA AOS ARTIGOS 113 E 422 CC/2002
Necessário ressaltar ainda a clara ausência de boa-fé no cumprimento do contrato por parte do Réu.
A mora ocorreu por pura desídia e desleixo deste, trazendo a deterioração absoluta do bem e nítido prejuízo financeiro e sentimental ao Autor, que era proprietário do animal há 10 anos.
Ora Exa., o prazo de entrega do cavalo se encontrava extrapolado há mais de 30 dias, como já aduzido anteriormente, por pura negligência do Réu. Logo, não há como alegar ausência de responsabilidade, visto que possuía todos os meios para cumprir a sua obrigação contratual.
Ademais, o Autor tentou por diversas vezes reaver seu bem entrando em contato com o Réu, por meio de ligações e mensagens via celular e redes sociais, todas estas infrutíferas. 
III - DO PEDIDO 
Diante do exposto, requer: 
- Designação da audiência de conciliação;
 - A citação do Réu; 
 - Que seja enviada notificação ao Registro Geral de Imóveis acerca da presente ação, devendo a mesma costar na certidão do imóvel situado na Rua Rubi nº 350, Balneário Camboriú/SC;
 - A restituição ao Autor no valor de R$ 10.000,00, equivalente ao valor do equino, acrescidos de juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos;
IV – DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu.
V - DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 
Nestes termos,
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, 03 de setembro de 2017.
Derick V. Pires
OAB/RJ XXX.XXX

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