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Direito Administrativo

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Direito Administrativa- Aline Doval
Direito Administrativo é o ramo da ciência jurídica que vai estudar entidades órgãos e agentes que estão exercendo funções ADM com uma finalidade de interesse público. O direito ADM tem como fonte principal as leis, por isso que o princípio da legalidade é o grande princípio norteador do direito administrativo, mas tem outras fontes como o costume a jurisprudência, porém pouco usual na prática diária de um servidor público. 
Segundo o art.37 da CF a administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Tem- se como esses os principais princípios do direito administrativo, mas segundo art. 70 também da CF, há que se destacar o princípio da economicidade.
 Todo poder emana do povo: O povo exerce seu poder através do voto, o cidadão exerce o poder escolhendo um representante que será o legislador. Podemos afirmar que toda manifestação legal é um reflexo do que o povo quer. Como estamos em um estado democrático quem decide os rumos que a administração vai tomar somos nós mesmos, através das leis. O administrador para evitar um agir arbitrário ele sempre vai estar sujeito à lei. Existem dois tipos de lei dentro do direito administrativo, a lei que determina o agir do agente e a lei que autoriza o agir do agente, os reflexos da aplicação são os atos vinculados e os atos discricionários. Portanto todo agir da administração se baseia no princípio da legalidade, porém não é um princípio absoluto e sim relativo.
Princípios Constitucionais estão expressos na CF
Princípio da legalidade: O exercício da função administrativa não pode ser pautado pela vontade da administração ou dos agentes públicos, mas deve obrigatoriamente respeitar a vontade da lei. O princípio da legalidade comporta exceções, em razão das medidas provisórias.
Impessoalidade: Pode também ser chamado de princípio da finalidade, porque apenas um agir impessoal do administrador vai levar uma determinada conduta para um resultado imparcial de interesse público. O princípio da impessoalidade possui dupla faceta, da mesma forma que a administração deve ver os seus administrados de forma igualitária o administrado também vê a administração de forma impessoal, se um indivíduo tem seu benefício negado a culpa não será do servidor e sim do órgão, pois o servidor será um agente e não uma pessoa física. O princípio da impessoalidade também é relativo, pois os cargos em comissão não são regidos pela impessoalidade. 
Moralidade: Princípio absoluto, soerguido sobre a boa-fé, improbidade. A lei 8429 nos diz que o enriquecimento ilícito, atos contra o erário e que até mesmo que atentem contra a ADM pública são imorais. Nesses casos o agente público será punido, pois segundo o ART. 37 CF parágrafo 4°, os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
Publicidade: Princípio relativo, todos os atos devem ser públicos, porém devemos resguardar a segurança nacional e até mesmo a intimidade dos indivíduos. Todo ato da ADM pública que atenta contra os direitos humanos deve sempre ser público. Temos que alguns atos administrativos devem ser publicados em meio oficial, a nomeação de um servidor será sempre publicada, porque nesses casos alguém passará a receber remuneração modificando o erário. Porém para haver publicidade o ato deve ser publicado em um veículo de publicação oficial.
Eficiência: Princípio Absoluto traz a preocupação de um estado menos burocrático que busca mais os fins e se detém menos aos meios. Art. 37 parágrafo 8°, Art.41 segundo o art. 41 lei complementar disporá sobre avaliação periódica de desempenho ou seja mesmo estável o servidor continuará em eterno estagio probatório. Art. 37 parágrafo 4° traz a realidade sobre o contrato de gestão do poder público, que impõe metas e gratificações de desempenho.
Economicidade: Art. 70, está intimamente ligado a forma de como a administração se utiliza de receitas públicas, a forma como é aplicada em convênios e contratos. 
 Princípios Infraconstitucionais (que não estão expressos na CF): Estão no Art. 3° da lei 8666/93, Art.2° 9784 e no art. 6° 8987/95. A lei 9784 nos traz o princípio da proporcionalidade que também pode ser visto como princípio da razoabilidade. Entre os atos administrativos existem os atos discricionários, que é aquele que exige uma análise de mérito, oportunidade e conveniência para prática dele, mas o ato discricionário tem lei autorizando o agir e deve-se agir dentro dos limites da autorização. Ex: um fiscal de trânsito pode multar ou guinchar um carro, mas em nenhum momento a lei autoriza que o carro seja destruído. Os atos discricionários nos dizem que deve haver uma adequação entre meios e fins e que o agir, do servidor público, deve atingir o interesse público. Os atos discricionários estão diretamente ligados com a proporcionalidade e com a razoabilidade, pois tudo tem limite não apenas na lei como deve estar dentro do bom senso.
 Outro princípio é o da lei 9784 é o princípio da segurança jurídica: O fato da administração passar a interpretar de forma diferente um determinado entendimento não pode afetar os direitos já adquiridos pelas pessoas na interpretação anterior. A segurança jurídica é o que assegura que o direito que já foi conquistado continuará valendo, pois não haverá interpretação retroativa.
 Art. 3° lei 8666/93: Nesse artigo encontramos 8 princípios, legalidade, igualdade, publicidade, moralidade, impessoalidade, probidade, obrigatória motivação. Igualdade está ligada ao princípio da isonomia, no sentido de que sempre haverá igualdade na disputa de licitações. Probidade é uma faceta da moralidade. O que há de diferente no art. 3° é a vinculação ao instrumento convocatório e o julgamento objetivo das propostas. Ex: se a ADM diz que quer cadeira não adianta apresentar propostas de mesas, pois só se avaliará as propostas de cadeiras, isso é vinculação ao instrumento convocatório. Se a licitação é de cadeiras e pelo menor preço vai se comprar a cadeira mais barata esse é o julgamento objetivo. 
 Art. 6° lei 8987/95: Princípios da continuidade, o serviço público não pode parar, tanto que o direito de greve será exercido nos termos e nos limites de lei específica. Pelo princípio da continuidade sabemos que não podemos interromper um determinado serviço, apenas pelo inadimplemento. Segundo o art. 6° o serviço público só poderá ser interrompido desde que tenha sido previamente avisado o inadimplemento. Um outro caso é a suspensão de um serviço temporariamente porque ocorreu situação de emergência ou por motivo de ordem técnica. Modicidade tarifária também é um dos princípios, as tarifas devem ser aumentadas modicamente. Nenhum princípio deve se sobre por ao outro, por isso o serviço público deve ter uma tarifa razoável, mas ao mesmo tempo moderno e que possa abranger a todos.
Princípio da obrigatória motivação: Art. 50 lei 9784, determinados atos administrativos devem ter obrigatoriamente uma motivação para ter validade. Qualquer tipo de ato, decisão que negue ou afete direitos devem ser motivados, devem ter fundamentação. Porém existem atos que não exigem fundamentação. Ex: Exoneração de um cargo em comição, pois de livre nomeação e livre exoneração. Porém se houver motivação ela estará ligada com a validade do ato, se for provada que a motivação é falsa e inexistente haverá uma nulidade do ato administrativo.
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
A forma de estado brasileira é o Presidencialismo, o sistema de governo é presidencialismo. A Forma de Governo é a República e a Forma de Estado é a Federação.
Macete: Sigo o Presidente, Fogo na República, Fode a federação
A forma de estado Brasileiro é uma federação, porque é dividido em estados e porqueaqui centros políticos existem harmonicamente, União, Estados, Municípios, Distrito Federal. A União não manda nos Estados e os Estados não mandam nos municípios, pois não existe hierarquia, cada um possui sua competência e nenhum irá invadir competência alheia. No âmbito do direito administrativo chamamos os entes federativos de entidades diretas. A administração direta brasileira é formada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios e vamos chama-las de entidades políticas ou estatais. As características dessas entidades é ser pessoa jurídica de direto público seus bens são públicos, pois seus bens são impenhoráveis e inalienáveis, imprescritíveis. Bens públicos também gozam da prerrogativa da não honorabilidade que é a hipoteca (bens da União nunca serão hipotecados, essa é a cláusula da não honorabilidade). Bens públicos também gozam de prerrogativas da fazenda pública que é prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar ações. A União, estados e municípios pagam suas dívidas através de precatórios e RPV, devido à impenhorabilidade dos bens. A união, Estado, municípios e DF sempre que necessitarem de obras ou compras sempre farão através de licitações. União, Estados, municípios e DF são entidades que no seu interior se encontram cargos públicos, quem ocupa cargo público são servidores públicos efetivos ou em comissão. Servidor público está submetido ao estatuto e amparado ao regime próprio. As atividades típicas da ADM direta é a prestação de serviço público, fomento que é a forma de intervenção na economia buscando que haja um incremento da economia dentro dos seus ambitos, atividade relacionada ao poder de polícia (é a possibilidade que a ADM possui de através de seus agentes limitarem direitos e impor obrigações a privados sob pena de sanções). Mas a principal características da ADM é o poder de inovar nas leis, tato que a União possui seu congresso nacional, os estados as assembleias legislativas, os municípios as câmeras de vereadores e eles inovam no direito e a lei baseado nas suas próprias competências, por isso um não intervém na ADM do outro.
 Segundo o art. 37 inciso 19 CF diz que lei específica pode criar uma autarquia ou autorizar a implantação de empresas públicas sociedades de economia mista e fundações públicas, cabendo à lei complementar definir as áreas de atuação destas fundações. Nesse caso estamos falando do fenômeno de descentralização administrativa, a capacidade que UNIÃO, estados e municípios têm de criar uma nova pessoa jurídica para desenvolver uma nova atividade. EX: Lei específica criou o INSS, o INSS é uma autarquia criada por uma lei específica que possui personalidade jurídica própria e tem característica de direito público. A diferença da ADM direta para uma autarquia é que a autarquia não possui capacidade política. 
AUTARQUIA:
Administração Indireta possui pretensão de serviço público
É uma entidade política ou estatal
Personalidade Jurídica de direito público
Possui bens públicos
Goza de prerrogativa de fazenda pública
Licitam sempre
Autarquia possui autonomia para fazer a atividade que lhe foi outorgada (outorgar é dar a execução de uma tarefa e não intervir em nada, Ex: INSS) 
Possui Pleno poder de polícia
ADM Direta: É formada pela União, Estados, Municípios, DF, não existindo hierarquia entre eles, a CF ART. 37 inciso 19 permite que a União, estados e municípios venham a se descentralizar. Mas essa descentralização ocorre por outorga, ou seja, transferência de competência de uma entidade dotada de personalidade jurídica própria para outra entidade de personalidade jurídica própria. O art. 37 inciso 19 diz que lei específica cria autarquia ou seja basta a publicação da lei para que a autarquia passe a ter personalidade jurídica própria e passe a ser um sujeito de direitos e deveres. Autarquias podem ser classificadas: 
Comuns ou Ordinárias: O fundamento das autarquias comuns ou ordinárias encontramos no decreto 200/67, esse decreto é como uma receita de bolo pois ele tem o passo a passo de como constituir uma autarquia comum ou ordinária. As características de uma autarquia é possuir patrimônio próprio, prestar serviços públicos, não ter fins lucrativos e ser comandado por um dirigente de livre escolha e livre exoneração do chefe do poder executivo que cria a autarquia. EX: INSS, foi a União que criou o INSS, quem terá direito de livremente nomear e livremente exonerar o presidente do INSS é a DILMA RUSSEF 
 
 Especial: O que faz uma autarquia ser especial é algo de diferente das demais, os dirigentes são escolhidos por meio de eleição e não por nomeação. As agências reguladoras são as principais autarquias, as agências reguladoras servem para controlar e fiscalizar a atuação de investidores privados que passaram a exercer as tarefas desempenhadas, antes da privatização, pelo próprio estado. São autarquias em regime especial, possuindo todas as características jurídicas das autarquias comuns, mas delas se diferenciam em razão de suas peculiaridades em seu regime jurídico: os dirigentes são estáveis e os mandatos são fixos. São autarquias especiais devido ao número de dirigentes ser de colegiado (na média de 5 dirigentes), que ainda exercem mandato fixo ao longo de 5 anos, só podendo ser retirado se cometer falta grave apurado por PAD ou processo judicial transitado em julgado ou se não quiser mais. O controle político sobre as agências reguladoras é muito reduzido. Toda agência reguladora é uma autarquia em regime especial, mas nem toda a autarquia em regime especial é uma agência reguladora.
Fundacionais: São pessoas jurídicas de direito público interno, instituídas por lei específica mediante a afetação de um acervo patrimonial do Estado a uma dada finalidade pública. Ex: FUNAI, FUNASA. As fundações públicas são espécies de autarquias. Podem exercer todas as atividades típicas da Administração Pública, como prestar serviços públicos e exercer poder de polícia. 
 Territoriais: São espécies de autarquias, porque quando a União cria um território não da a ele capacidade política própria. Para criação de um território é obrigatório que seja criado por uma lei complementar. 
 Multifederadas: É um consórcio público
 Coorporativas: Todas as entidades criadas para tirar dinheiro de profissionais é uma autarquia corporativa. Ex: Ordem dos músicos do Brasil, conselho regional de medicina, conselho regional de engenharia e arquitetura. 
Administração direta que é composta pela União, Estados, Municípios, Distrito Federal; são pessoas jurídicas de direito público com bens públicos, impenhoráveis, imprescritíveis, inalienáveis, prerrogativas de fazenda pública no seu âmbito encontram-se servidores públicos. A principal característica da administração direta é a presença de capacidade política de criar leis, poder de inovar no direito. Mas pode também exercer a atividade de polícia e o fomento para o desenvolvimento de uma determinada região. União, estados, Municípios e DF na forma do art. 37 inciso 19 podem se descentralizar (descentralização por outorga, que há transferência de competência ou por serviços). Lei específica tem o poder de criar autarquias, autarquias são pessoas jurídicas de direto público com bens públicos que via de regra vão prestar serviços públicos. As autarquias possuem as mesmas características da administração direta exceto a capacidade política. Autarquias são pessoas de direito público, a sua criação se funda no princípio da especialidade. A autarquia possui autonomia para que ela possua especialidade.
Casos em que lei específica autoriza a implantação de fundações públicas, sociedade de economia mista e também os casos de empresas públicas: Lei específica autoriza a implantação de uma pessoa jurídica a lei por si só não a cria, para que haja a criação de uma fundação pública ou de uma empresa pública é necessário o registro dos seus atos constitutivos em cartório porque registrando em cartório, essas entidades ganham uma dotação de pessoa jurídica de personalidade privada. Então fundaçõespúblicas, sociedades de economia mista e empresas públicas são personalidades jurídicas de direito privado, por isso via de regra encontra-se no âmbito dessas entidades os empregados públicos, que não são regidos por um estatuto e sim pela CLT, que não adquirem estabilidade após 3 anos de serviço na verdade são submetidos a um contrato de 90 dias e podem ser demitidos com ou sem justa causa. Fundação pública é um patrimônio personificado comum determinado fim, pode ser de preservação cultural, de preservação ambiental. Segundo o art. 37 inciso 19 lei específica autoriza a implantação de fundação pública, mas cabe a lei complementar definir as ares de atuação.
Semelhanças e diferença entre sociedade de economia mista e empresa públicas pode-se dizer que uma sociedade de economia mista e empresa pública são estatais o que há em comum é:
1-Ambas são pessoas jurídicas de direito privado.
2-No seu âmbito encontramos empregado público
3- Ambas as empresas estatais podem prestar serviços públicos ou explorar atividade econômica, ou seja, toda vez que o estado quiser ingressar no mercado terá que ingressar como sociedade de economia mista ou empresa pública.
Diferenças: 
1-Lei específica autoriza instituição de sociedade de economia mista, essa lei já deve prever a forma dessa sociedade, se é uma sociedade de economia mista será uma SA (sociedade anônima). Empresas públicas podem ser formadas em qualquer forma de direito admitido, a forma da estrutura da empresa basta que exista previsão legal, admite qualquer forma legal.
2- Uma sociedade de economia mista possui a maioria do capital público, parte do capital pode estar em ações nas mãos de privados. EX: Banco do Brasil. Porém empresas públicas possuem 100% do capital público e está na mão da administração e não se abre ao mercado de ações privado. Sempre que houver ações a venda será considerada uma sociedade de economia mista.
3-Empresa estatal não se sujeitam a lei de falências (sociedade de economia mista e empresa pública não se sujeitam a lei de falências). Lei de falências é uma forma de extinção de empresas, no direito ADM brasileiro prepondera o princípio da simetria das formas, a forma da qual uma coisa é feita ela deve ser desfeitas. Lei específica autoriza a implantação de uma sociedade de economia mista e de uma empresa pública, então seria necessário uma lei específica para determinar a extinção, não é a lei de falências q vai determinar a extinção de uma empresa pública e sim uma lei específica.
Diferenças e semelhanças das estatais (sociedade de economia mista e empresa pública) em relação às atividades que exercem. 
Empresas estatais podem prestar serviços públicos ou explorar atividade econômica isso fará diferença na forma de como o direito será imposto sobre essas pessoas jurídica. Quando uma empresa estatal está prestando serviço público está exercendo uma atividade típica de estado, então gozará de certas prerrogativas. Empresas estatais são pessoas jurídicas de direito privado e porque são pessoas jurídica de direito privado, seus bens são privados se um bem é privado ele é passível a uso capião, de penhora. Mas existe uma prestação de serviço público, existe uma afetação, uma afetação é quando um bem se destina a um interesse público, o princípio da continuidade dos serviços públicos traz uma proteção aos bens vão ser considerados no sentido lato um bem público, pois vão usufruir do poder da impenhorabilidade, imprescritibilidade e inalienabilidade.
Características das empresas estatais que prestam serviço público:
1-Bens com prerrogativas de direito público: Não podemos penhorar, não pode uso capir 
2-Sempre devem licitar, pois prestam atividade de interesse público. 
3-Existe uma preponderância de direito público 
4- Quando uma empresa estatal presta serviço público ela também possui imunidade a impostos (é uma prerrogativa de direito público que foi estendido as prestadoras de serviço público, mesmo com personalidade privada).
 Exemplo de exploradoras de atividade econômica: Caixa Econômica federal, Banrisul, Banco do Brasil, nesse momento o estado está deixando de ser estado e entrando no mercado, o Art. 170 da CF dispõe que no Brasil temos um mercado alicerçado na livre concorrência e na livre iniciativa, todo mundo deve ser tratado igual sob pena de estar favorecendo economicamente umas pessoas jurídicas em relação a outras. O estado quando entra no mercado será tratado como empresa de direito privado, é cobrado impostos, os bens são penhoráveis, mas ai não vão necessitar fazer licitações em relação as suas atividades fins, para as atividades meios como ADM, superintendência há a obrigatoriedade de licitar
Não existe hierarquia entre entidades da administração direta e administração indireta, não existe hierarquia entre entidades. Se fosse para União ficar mandando nas autarquias então as autarquias não deveriam ser criadas. A forma de controle da administração direta sobre a indireta não é hierárquico e sim finalistico, apenas se verifica se a entidade que a União criou (autarquia) está realizando suas atividades de forma a atingir o interesse público, não se emite ordens apenas se faz um controle finalistico que também pode ser uma supervisão ministerial ou tutela administrativa.
DESCONCENTRAÇÃO: É o fenômeno da desconcentração que traz o controle hierárquico, desconcentrar é dividir competências dentro de uma mesma estruturas jurídicas. O INSS é uma autarquia que possui personalidade jurídica própria, formado por estrutura de órgãos e cada um com suas competências. Toda entidade possui o poder de se desconcentrar, seja ela uma pessoa política ou administrativa.
OBS: A união é uma pessoa jurídica que possui 3 poderes distintos independentes e harmônicos entre si, poder legislativo, poder executivo, poder judiciário. A cúpula do poder executivo é a Dilma, a cúpula do poder judiciário é o ministro Levandovisque, cúpula do legislativo é o Renan Calheiros presidente do congresso Nacional. Dilma conta com os seus ministros, como o ministro da fazenda, ministro da previdência social. Eli Lopes Meireles nos trazia uma classificação de órgãos, que diz que nós temos órgãos independentes (como o poder judiciário), autônomos , órgãos superiores, órgãos subalternos. Ele dizia que existe o primeiro escalão, o primeiro poder esses órgãos são independentes, os que estão logo abaixo deles lhes dando apoio são os órgãos autônomos como o caso dos ninistérios que possuem independência para atuar na matéria que lhes foi delegada, depois temos os órgão superiores que são o terceiro escalão que ainda da suporte para os autônomos daí para baixo tudo subalterno. Ele fazia essa classificação para lembrar que são os órgãos independentes que possuem personalidade judiciária, ou seja, são os órgãos independentes que possuem o poder de ingressar com mandado de segurança na defesa uns contra os outros na defesa de suas prerrogativas constitucionais.
Administração direta: União, Estados, DF e Municípios possuem o poder de se descentralizar por outorga ou por serviços, criando novas entidades administrativas, novas personalidades jurídicas como as autarquias, as fundações públicas, as sociedades de economia mista e as empresas públicas. Como há uma relação de entidades o que encontramos é um controle finalistico ou tutela administrativa ou supervisão ministerial. No âmbito das entidades encontramos órgãos e lá encontramos o controle hierárquico ou controle interno, o controle hierárquico sempre será interno e jamais externo. A União criou o ministério da previdência social que exerce a supervisão sobre o INSS. A supervisão ministerial será feita por relatório, desempenho. Segundo o art. 37 da CF parágrafo oitavo traz um instituto chamado de contrato de gestão, tal artigo nos diz que a autonomia de determinados órgãos ou entidades pode ser ampliada a autonomia gerencial, financeira ou orçamentária se esse órgão ou entidade firmar com o poder público um contrato de gestão. O INSS, autarquia federal firmou juntoao ministro da previdência social esse contrato de gestão, ou seja, a forma de avaliação se o INSS está indo bem é através de metas e resultados. Se uma entidade firma contrato de gestão com o poder público o controle finalistico aumenta, pois vai haver critérios objetivo para avaliar uma determinada entidade. Autarquias e fundações públicas que firmão contrato de gestão com a administração passam a receber o nome de agência executiva.
Administração direta: União, DF, Estados e Município segundo o art. 37 inciso 19 da CF possuem o poder de se descentralizar através da administração indireta (autarquias fundações, sociedade de economia mista, empresas públicas). Segundo art. 37 inciso 20 existem também as subsidiárias que são empresas controladas pela administração indireta. Depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresas privada. Subsidiária é uma forma meramente em que uma empresa controlada é uma forma da administração indireta ingressar no mercado, buscando mais receitas. Por exemplo a PETROBRAS é uma sociedade de economia mista, é a entidade ADM que mais possui subsidiárias, ou seja ela controla diversas outras empresas. Para que uma entidade crie sua subsidiária é preciso autorização legislativa em cada caso. Se uma entidade quer criar sua subsidiária ela deve pedir autorização para o presidente do congresso nacional. Se essa entidade possui em sua lei de origem plena capacidade para criação subsidiárias ela não precisa de autorização legislativa em cada caso. Subsidiárias não são pessoas jurídicas pertencentes à administração pública, administração pública no seu sentido formal é formada pelas entidades da administração direta e indireta.
Art. 37 inciso 11 fala que ninguém pode ganhar mais que o ministro do supremo, pois diz que os servidores que estão vinculados à administração direta de qualquer poder no âmbito da União, estados e Municípios, DF, bem como aos servidores ligados e vinculados a autarquias ou fundações públicas tanto faz se eles recebem uma remuneração ou duas por exercerem dois cargos, tanto faz se estão acumulando proventos aposentadoria, ninguém ganha mais do que o ministro do supremo. Porém não fala das empresas públicas e das sociedades de economia mista, isso significa que alguém de uma sociedade de economia mista ou de empresa pode ganhar mais do que o ministro do supremo em algumas condições. 
Poderes Administrativos:
Poder Vinculado: O poder vinculado é quando a vinculação administrativa dependerá de lei que determine o agir, “é o poder do retardado, não sabe executar então manda executar”. EX: Aos 70 anos, detentor de cargo público será aposentado compulsoriamente, a lei determina a aposentadoria compulsória do servidor.
Poder discricionário: É aquele poder em que a lei autoriza a prática de um determinado ato. Haverá um analise de mérito se existe oportunidade e conveniência, em um ato discricionário a lei traz alternativa, não significa que poderá ser criado algo novo, o agir deve ser dentro da lei, é discricionário dentro do que a lei trouxe. EX: Licença para tratar de interesses particulares, o administrador pode conceder ou negar
Conceito Jurídico Indeterminado: São conceitos abertos, não tem como saber exatamente o que é ou não é, por isso se faz necessário usar da discricionariedade do administrador. No uso do poder discricionária a administração está sempre analisando os aspectos de razoabilidade e proporcionalidade, pois não é porque a lei traz 2 possibilidades que qualquer uma vale. Deve haver uma adequação entre meios e fins, uma razoabilidade.
Poder Hierárquico: Apenas haverá poder hierárquico quando houver desconcentração, o poder hierárquico deriva da desconcentração. Onde houver órgãos verticalmente escalonados haverá hierarquia, ou seja, o poder hierárquico é um poder interno, está no âmbito de entidades. Derivam do poder hierárquico coisas como, o dever de cumprir ordens superiores salvo se manifestamente ilegal, a avocação de uma competência e alguns casos de delegação de competência. A administração nunca estará hierarquicamente acima do povo, pois a hierarquia é sempre interna.
OBS: Nunca haverá hierarquia entre administração pública e privados mesmo que este privado esteja prestando serviço a administração pública. 
Poder Disciplina: É o poder que a administração tem de aplicar sanções em privados que com ela mantêm vínculo estreito, seja ele contratual ou estatutário. Trata-se de poder interno, não permanente e discricionário. Ex: É um poder interno da administração. A administração pode impor sanções ao servidor. No caso de contratos firmados e não cumpridos pode também haver sanções disciplinares como, por exemplo proibição de contratar com o serviço público por até 2 anos, mas nunca haverá hierarquia no poder disciplinar. A principal característica do poder disciplinar é que toda a sanção disciplinar é precedida de PAD, pois é assegurada a ampla defesa e contraditório.
Poder Regulamentar: Decorre do poder hierárquico e consiste na possibilidade de os chefes do poder executivo editar atos administrativos gerais e abstratos, ou gerais e concretos, expedidos para dar fiel execução à lei. É uma prerrogativa dos chefes do poder executivo em editar decretos regulamentares para facilitar a aplicação das leis no âmbito da administração pública, exemplo: Existe uma forma de indenização ao servidor público que é a ajuda de custo, que no interesse da administração tenha mudança de sede de forma definitiva. Tende a ser um poder discricionário. Poder regulamentar é o poder que o chefe do executivo possui para emitir os decretos regulamentares, ou seja, trazer normas que melhor elucidem a lei para que haja aplicação concreta no âmbito da administração pública. O poder regulamentar é uma das facetas do poder normativo da administração, é um poder infra-legal, pois é necessária uma lei que diga na forma do regulamento para emitir o regulamento.
Poder de Polícia: É a atividade da administração pública, baseada na lei e na supremacia geral, consistente no estabelecimento de limitações à liberdade e propriedade dos particulares, regulando a prática de ato ou abstenção de fato, manifestando-se por meio de atos normativos ou concretos, em benefício do interesse público. É o poder que a administração possui de restringir direitos individuais, criar obrigações para o bem do interesse coletivo. Existem dois tipos de poder de polícia, o poder de polícia administrativo, tem um caráter mais preventivo, que incide sobre bens e direitos e o poder de polícia judiciário, tem um caráter mais repressivo, que incide sobre pessoas. Evidencia-se que nos dois tipos de poderes haverá prevenção e repressão, só que em um aparece mais a prevenção e no outro aparece mais a repressão. 
A Taxa é a manifestação do poder de polícia, pois se paga a taxa para obter um direito de circular, de permanecer. Por isso se paga uma taxa de expedição da CNH, taxa de expedição do documento do veículo. 
 O poder de polícia se desenvolve através de um ciclo
1° fase através de Ordem de polícia (é uma ordem emitida pelo poder legislativo)
2° fase Consentimento (requerendo o consentimento de forma administrativa) Ex: Licença para dirigir, para se obter uma licença basta cumprir os requisitos da lei, a licença é vinculada, por isso basta cumprir os requisitos que a licença será concedida. Diferente do porte de arma que possui um caráter discricionário, pois não se trata de uma licença e sim de uma autorização, a administração vai avaliar a oportunidade e conveniência de deixar um indivíduo andar armado. A lei autoriza a administração a dar a permitir ou não o privado a andar armado, porém no caso da CNH a lei DETERMINA que se os requisitos forem cumpridos o sujeito terá a CNH. As duas formas de consentimento são licença (é um ato vinculado, se um particular cumprir os requisitos legais para obter a licença então terá o direito resguardado) e autorização(é uma liberdade da administração, será concedido após analisar a oportunidade e a conveniência). Após o consentimento haverá a fiscalização. 
3° fase fiscalização: Pode ser feita até por privados
4° fase Sanção: A fase da sanção é uma atividade típica do estado, então apenas servidores públicos e seus agentes podem trabalhar nessa fase. 
OBS: Abuso de poder/ É gênero que comporta duas espécies, o abuso de poder tende a tornar o ato nulo. Abuso de poder pode ser tanto em atos comissivos como em omissivos, tanto na ação como na omissão.
1° Desvio de poder: Desvio de finalidade ou três destinação (um ato que está fora do destino)
2° Excesso de poder: É um vício insanável de competência, é o caso em o agente exorbita ou extrapola suas próprias competências. 
OBS: Os dois princípios que a administração possui e não estão expressos em nenhum lugar são: 1° supremacia do interesse público sobre o privado que da a administração poderes de agir em prol de todos em detrimento de um interesse único. 2°Indisponibilidade do interesse público é uma forma de limitar os poderes da administração, da indisponibilidade decorre o princípio da legalidade, ou seja, é a lei que tem o poder de determinar quais são as atuações que o poder administrativo realizará e até em que limite.
Atos Administrativos: Ato administrativo é a manifestação unilateral da administração ou de quem lhe faça as vezes com o intuito de se produzir efeitos jurídicos imediatos. A administração é a União, estados, municípios, administração indireta como as autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista (podem emitir atos administrativos quando no exercício de funções administrativas). É possível também a emissão de atos administrativos por parte do poder judiciário e do poder legislativo quando no exercício de funções administrativas. Ato administrativo está intimamente ligado ao exercício de uma função administrativa. 
 As funções administrativas não são exercidas apenas pela administração, pois existem aqueles que fazem as vezes de administração. Quem faz as vezes de administração é as concessionárias e as permissionárias, pessoas jurídicas de direito privado que chama-se de delegatárias, essas pessoas prestam serviços públicos ou seja uma concessionária ou uma permissionária pode emitir atos administrativo quando está prestando um serviço público, com o intuito de se produzir efeitos jurídicos imediatos, como conceder um direito ou restringi-lo. 
Fato administrativo: Haverá apenas o efeito jurídico imediato, não haverá a manifestação da vontade. Ex: Falecimento do servidor, com o falecimento haverá o efeito imediato da vacância do cargo, não houve manifestação de vontade. 
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO:
Presunção de legitimidade: Será encontrado em qualquer ato administrativo, é quando se presume que os atos emanados pela administração estão em conformidade com as leis e com os princípios vigentes, mas essa presunção é relativa, pois se admite prova em contrário. 
Imperatividade/ coercibilidade: O atributo da coercibilidade ou impertividade traz o poder que a administração possui de restringir direitos e criar obrigações, esse também é o conceito do poder de polícia, então dessa forma todo ato que tem o poder de polícia é também um ato imperativo. A imperatividade como atributo é a manifestação do poder extroverso, é o poder que a administração possui de sair de si mesma para restringir os privados para criar um ambiente coletivo amigável. 
Exigibilidade: Atributo que permite à administração aplicar punições aos particulares por violação da ordem jurídica, sem necessidade de ordem judicial. É o poder de aplicar sanções administrativas, tais como multa e advertências. É atributo presente na maioria dos atos administrativos, mas ausente nos atos enunciativos.
Autoexecutoriedade: Atributo que permite à administração realizar a execução material dos atos administrativos ou de dispositivos legais, usando a força física, se preciso for, para desconstituir situação violadora da ordem jurídica, dispensando autorização judicial, tais como o guinchamento de carro parado em local proibido, apreensão de mercadorias contrabandeadas, interdição de estabelecimento comercial irregular, confisco de medicamentos necessários para a população, em situação de calamidade pública. 
Tipicidade: Será encontrado em qualquer ato administrativo. Dizer que um ato administrativo é típico é o mesmo que dizer que ele é infra-legal, significa dizer que o ato está em conformidade com a lei, ato atípico é o ato que não está em conformidade com a lei, por consequência nulo.
REQUISITOS OU ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
Se o atributo traz a qualidade de um ato administrativo o requisito traz a estrutura do ato administrativo. Um ato administrativo para ser formado terá uma estrutura composta pela competência, pelo objeto, pela forma, pelo motivo e pela finalidade. 
OBS: A competência, a forma e o objeto serão sempre vinculados, motivo e o objeto são dois elementos que podem ser discricionários, portanto formando a análise de mérito da administração pública (juízo de oportunidade e conveniência da administração pública).
Competência: Competência para a prática do ato administrativo, devemos pensar em quem pratica o ato administrativo? A competência está na lei, pois é de ordem pública, é imprescritível, intransferível e irrenunciável. A competência é irrenunciável pois, quando se é detentor de um cargo público que é criado por lei com competências definidas e uma vez que investido em cargo público e isso ocorre com a posso o servidor terá o dever a agir dentro das suas competências. A lei determina quem é o agente competente para prática de cada ato, como a lei determina a competência é um elemento vinculado do ato. 
Competência é sempre intransferível, mas competências podem ser delegadas ou avocadas, mas a avocação e a delegação de competências não se confundem com uma transferência. Delegação e avocação são um mero empréstimo. A delegação é uma regra no direito administrativo, é normal que competências sejam delegadas, é normal porque a delegação pode se dar por via hierárquica, mas de cima para baixo ou entre órgão que se quer sejam hierarquicamente dispostos. Na delegação pode haver poder hierárquico ou não no ato, pode ocorrer tanto na forma horizontal como na vertical. Delegação é regra, livre. Exceto em três casos: 1- competências exclusivas ou privativa do órgão ou do agente, 2- competência para edição de atos normativos, não pode ser delegada a 3-competência para decisão de recursos administrativos.
A avocação é uma exceção, pois ocorre apenas em situações excepcionais, pois a avocação se desloca de baixo para cima (pois não é normal o chefe fazer o serviço de subalterno) EX: Conselho nacional de Justiça que é um órgão administrativo do poder judiciário avoca para si processos administrativos disciplinares processos que correm contra magistrados nos tribunais inferiores, ou seja é puxado de baixo para cima. Embora a avocação seja uma exceção, toda e qualquer competência pode ser avocada até mesmo para decidir recursos administrativos ou editar atos normativos, porém as competências exclusivas são invocadas. Na avocação sempre haverá poder hierárquico porque é preciso retirar a competência de um subordinado para passar para o superior. Sempre ocorrerá em linha horizontal.
Finalidade: A finalidade de um ato administrativo vai nos traduzir qual é o resultado mediato do ato e se pensamos em finalidade a pergunta é para que se prática o ato? A finalidade de todo e qualquer ato administrativo é atingir o interesse público, a finalidade é um elemento vinculado do ato. Quando se pratica um ato visando fim diverso do interesse público, teremos uma espécie de abuso de poder (desvio de poder, tresdestinação, desvio de finalidade) todo ato praticado com desvio de finalidade é um ato nulo, porque houve abuso de poder. 
Forma do ato: É quando uma lei nos traz procedimento por procedimento está nos dando a formade um ato, quando há um procedimento a ser seguindo para ter a validade do ato é porque estamos perante a forma do ato. Nesse caso a pergunta a ser feita é: Como um ato se forma? Já que a lei vai trazer o procedimento temos que a forma é um elemento vinculado do ato administrativo, lei determina como será feito o procedimento.
Motivo: O motivo de um ato administrativo são os fatos que me induzem ao agir, deve-se questionar por que se recorreu a tal ato administrativo. A lei determina o motivo, pois não haverá margem de escolha. 
Objeto: É o que aconteceu no final do ato, o resultado imediato do agir imediato do agir da administração. A lei também determina o objeto, pois não haverá escolha.
OBS: Quando a lei determina o agir de agente todos os elementos de um ato serão vinculados e estabelecidos na própria lei.
O objeto e o motivo podem ser discricionários, pois é neles que está o mérito o juízo de oportunidade e de conveniência. Sobre o mesmo fato pode haver dois fundamentos que se ligue ao mesmo fato, depende da interpretação ai a ideia de conceito jurídico indeterminado e no resultado também. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS: Todo e qualquer ato pode ser classificado como vinculado ou discricionário, e o que define se um ato é discricionário ou vinculado é o mandamento legal, em um a lei determina e no outro a lei autoriza. Qualquer ato administrativo que apresentar vício insanável de legalidade deve ser anulado, quem pode anular um ato administrativo é a administração ou o poder judiciário.
A administração pode anular um ato a pedido ou a ex.ofício (quando o próprio servidor que cometeu o erro toma medida a fim de sanar o ato). A pedido quando ocorre um ato e um terceiro aponta ilegalidade do ato então a pedido deve mudar o ato. A pedido pode ser através de uma reclamação, um recurso, pedido de reconsideração, são formas de se devolver a matéria a administração para ela reanalisar e dar oportunidade de ela anular seu próprio ato, porque a administração deve anular seus próprios atos quando eivados por vícios de legalidade. A anulação gera efeitos retroativos, ou seja, se o segurado deu entrada no pedido e servidor negou indevidamente, o servidor pode rever o ato e os efeitos retroagiram desde a data do pedido.
É possível também que a matéria seja levada ao poder judiciário, pois lei não excluirá da apreciação do poder judiciário a apreciação de lesão ou ameaça a direito. Porém o poder judiciário só age quando provocado, apenas a pedido, o judiciário precisa ser provocado para que ele estabeleça uma situação de legalidade. Toda vez que o segurado se vê lesado ele poderá pedir o restabelecimento do direito junto ao poder judiciário, porém toda regra tem exceção. Existem três exceções que devem ser esgotadas as estâncias administrativas para poder ingressar junto ao poder judiciário. 1-Assuntos de direito desportivo, em se tratando de assunto de direito desportivo é obrigatório se esgotar a instância administrativa.
2-Habeas data, nunca haverá um habeas data sem uma negativa. No mínimo deve haver o requerimento junto à esfera administrativa para depois haver a contenda no judiciário.
3-Quando a decisão administrativa fere uma súmula vinculante, quando uma decisão administrativa fere uma súmula vinculante do STF é obrigatório esgotar as instâncias administrativas antes de entrar com a reclamação que vai para o supremo.
Anulação gera efeito retroativo, para trás, a anulação gera efeito ex. tunc. A anulação feita pelo poder executivo (pela própria administração) se chama autotutela, é o poder que a administração possui de rever seus próprios atos. Não se confunde o poder da administração direta sobre a indireta, o poder de tutela. A administração possui um prazo para anular seus atos, a regra é: a contar da data que o ato foi praticado são 5 anos, porém quando houver má fé poderá ser anulado a qualquer tempo. Decai em 5 anos o direto da administração anular seus atos, salvo comprovada má fé, o período de 5 anos é decadencial. O ato de anulação é um ato vinculado, pois a lei diz que a administração DEVE anular seus próprios atos quando eivados de vícios de legalidade.
A revogação é uma forma de anular um ato administrativo, só que a revogação só se faz possível se o ato for discricionário. A revogação tem efeito ex. nunc., a partir do momento que é revogado para adiante. Tanto um ato vinculado como discricionário podem ter vícios de legalidade, mas a reanálise de oportunidade e conveniência só poderá fazer quanto aos atos discricionários, e essa reanálise chamamos de revogação. Quem pode revogar um ato administrativo discricionário será apenas a autoridade que emanou o ato original, só pode revogar o ato administrativo o mesmo poder que o emitiu. Poder judiciário pode anular um ato discricionário, mas nunca poderá revogar a não ser que este ato tenha emanado do próprio poder judiciário. Um ato discricionário pode ser revogado a qualquer tempo, desde que ainda esteja emanando efeitos, pois se seus efeitos já se exauriram não há porque se revogar o ato. Poder judiciário poderá ingressar em ato alheio para fazer a análise de mérito desde que seja para anular o ato. O ato de revogar é discricionário, pois a revogação é feita por motivo de oportunidade e conveniência.
Convalidação: É uma forma de se sanar vício de competência ou de forma, sanar o vício significa que o vício é sanável, pois se não seria completamente nulo. Na “convalidação há o efeito é ex. tunc, pois vamos fazer de conta que nunca houve vício”. Convalidação é um ato discricionário, pois quando encontramos um vício pode ser sanado ou não. 
Existência, validade e eficácia dos atos administrativos:
Existência: Se o ato existe é porque ele é perfeito, ato perfeito é o que existe.
Eficaz: é o ato que gera efeitos, o ato só se tornará eficaz depois de publicado. 
Quantidade de vontade que é preciso para o ato se tornar eficaz:
Ato Simples: É aquele que passa a existir a partir da emanação de uma vontade apenas, com uma vontade se forma e gera efeitos. Ex: Para ter o auxilio doença concedido se faz necessário a emanação da conseção de um único perito.
Ato composto: Vai ser necessário uma vontade mais um instrumento (que é o visto e a homologação, é uma análise de legalidade e não de mérito), no instrumento será analisado se ato está em conformidade com a lei. Em caso de aposentadoria por invalidez o benefício só será concedido após passar por uma junta, deve haver a vontade de um perito de aposentar e o outro perito analisa se existem critérios de legalidade no ato que está sendo emanado então o ato surte efeitos.
Ato complexo: Vai ser preciso de duas vontades para existir, vai haver a analise de mérito, será a união de duas vontades para formar um ato. Um ato complexo pode até existir e ter eficiência após a emanação da primeira vontade, mas só será considerado válido após a emanação da segunda vontade. Muitas vezes entre uma vontade e outra o ato já existe e é eficaz, dessa forma gerando o efeito prodômico, pois a outra vontade pode transformar o ato nulo. Enquanto dura o efeito PRODOMICO não corre prazos de decadência, pois o ato só será válido depois da manifestação da segunda vontade.
Diferença entre atos internos e atos esternos:
Atos Internos são atos que vinculam a própria administração não precisa ser exteriorizado, isso significa que não é necessária uma publicação no diário oficial.
Atos Externos precisam ser publicados e vão atingir um número indeterminado de pessoas. Devem ser publicados no diário oficial da União ou veículos de imprensa local ou na ausência mural da administração, de alguma forma deve ser levado a público.Vão atender um número indeterminado de pessoas.
Diferença entre ato de império e ato de gestão
Ato de império envolve um agir da administração com supremacia. EX: decreto expropriatório é um ato de império, pois haverá supremacia do interesse público sobre o interesse privado.
Ato de gestão é aquele que a administração vai agir, mas no mesmo patamar do administradoEx: Administração e bancos, quando administração firma um contrato bancário ela está agindo no mesmo patamar do administrado, o ato não tem nenhum tipo de supremacia, nesse caso podemos pensar que administração está agindo tal qual um cidadão.
Espécies de atos:
Segundo Eli Lopes Meirelis 5 são as espécies de atos administrativos, NONEPE
Normativos: Ato normativo como todo e qualquer ato tem um caráter infra-legal.
Ordinatórios que derivam do poder hierárquico, todo ato necessita ter uma lei que ampare.
Negociais: Parece um contrato, mas não é, é um ato da administração em consonância a um requerimento de um particular. Ex: Requeri uma carteira nacional e habilitação, cumprindo todos os requisitos a administração vai expedir um ato negocial vinculado em consonância ao requerimento da pessoa.
Permissão de uso e Autorização de Uso: ambos são considerados atos negociais, ambos são atos discricionários, logo podem ser revogáveis a qualquer tempo. Na autorização não é necessário usar o bem de forma permanente, autorização de uso é aquela que é consedida para um restaurante, um bar, para colocar cadeiras na calçada. Na permissão de uso é diferente, na permissão é permanentemente utilizado o bem, para se ter uma banca de jornal devemos ter permissão de uso. 
Enunciativos: Possui caráter meramente declaratório e não possui efeitos jurídico imediato. Ex: atestado de matrícula vai atestar mais não vai gerar nenhum efeito imediato, certidão nacional de débito, vai atestar que não está devendo e não vai gerar nenhum efeito imediato.
Punitivo: É aquele ato que sempre será um ato de império, porque uma punição sempre provem da supremacia do interesse público sobre o interesse privado, existem punições diretas e indiretas (exigibilidade, autoexecutoriedade, imperatividade). Multa é uma forma de coação indireta, interdição de estabelecimento é uma forma de coação direta), apreensão de mercadorias e de contrabando.
Caducidade de atos: É quando uma lei surge e incide diretamente sobre um ato haverá a caducidade do ato, é uma forma de extinção de ato.
Lei de improbidade administrativa-Lei 8429/92
A base constitucional dessa lei é o art. 37 parágrafo 4° e 5° da CF
Art. 37- parágrafo 4° Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens ressarcimento ao erário, na forma e na gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
Parágrafo 5° A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
Art. 1° O sujeito passivo de um ato de improbidade é a União, Estados, municípios, distrito federal, autarquias, fundações, sociedades de economia mista, empresas públicas, pode ocorrer ato de improbidade em qualquer entidade da administração direta ou indireta. Onde há dinheiro público pode haver improbidade, a sociedade (que é o terceiro setor) também pode sofrer ato de improbidade através de Paraestatais, organizações sociais, organizações sociais da sociedade civil de interesse público. São entidades privadas pertencentes ao terceiro setor que desenvolvem funções de estado através do recebimento de subvenções, são entidades em que a administração participa com menos de 50% do capital, é repassada apenas uma verba.
OBS: Se uma entidade possui seu capital com menos de 50% fornecido pela UNIÃO a responsabilidade delas está vinculada exatamente a este limite, se o desvio de verba for do valor não correspondente ao repasse da União então não há improbidade, pois o valor destinado pela União está tendo os devidos fins sociais.
Art. 2° O sujeito ativo é aquele que pratica o ato de improbidade, via de regra o agente público, toda a pessoa física que esteja exercendo uma função pública, será considerado agente público, não importa se o sujeito está sendo remunerado ou não ou a forma de investidura tanto transitoriamente como definitivamente. Agente público é sinônimo de funcionário público.
Art. 3° O agente público pode cometer o ato de improbidade sozinho ou com terceiros que se quer está exercendo uma função pública que será responsabilizada na forma da lei. 
Atos que a lei 8429 traz como improbidade administrativa:
Enriquecimento ilícito (art.9°)
Lesão contra o erário (art10°)
Atos que atentam contra o erário (art.11)
Enriquecimento Ilícito: Segundo o artigo 12° o mais grave é o enriquecimento ilícito com suspensão de direitos políticos de 8 a 10 anos e haverá uma multa civil com o multiplicador 3 (deve ser pago o valor de 3 vezes do que foi roubado), no enriquecimento ilícito sempre haverá o dolo, pois ninguém enriquece sem querer.Lesão ao erário à suspensão aos direitos políticos será de 5 a 8 anos é o segundo mais grave e a multa civil com o multiplicador 2 (deve ser pago duas vezes o valor subtraído), a lesão ao erário pode ser proveniente de um ato doloso ou culposo. Atos que atentam contra princípios de 2 a 5 anos mais brando e multa civil é de 100 (deve ser pago 100 vezes o valor do salário), sempre será oriundo da vontade de atentar, sempre será doloso. Art. 9° Obter vantagem indevida e receber vantagem indevida, vantagem indevida é aquilo que não deve ser recebido, no caso quem está recebendo está recebendo ilicitamente. Nesse caso haverá uma multa civil do valor do patrimônio.
IV- Utilizar recursos materiais ou pessoais da administração.
VII- Adquirir para si ou para outrem algo que não condiz com a evolução material.(esse inciso combina com o art. 13) diz que no ato da posse o servidor público é obrigado a declarar seus bens, móveis e imóveis e semoventes e de vez em quando deverá fazer prestação de contas. 
Lesão ao Erário: Admite conduta culposa( é o caso de causar lesão sem querer) ou dolosa, segundo o art. 10 na lesão ao erário deve ser efetuado o ressarcimento. EX: Conceder benefício à empresa que estava em débito com a seguridade social, frustrar a licitude de procedimento licitatório. Dispensar ou tornar inexigível licitação quando não deveria, participar de contrato de rateio e não pagar sua parte no rateio (quando algumas cidades que não possuem recurso para fazer um hospital se reúnem para fazer um, e uma dessa não paga sua parte no rateio). Nesse caso será suspenso os direitos políticos de 5 a 8 anos, haverá perda da função pública, perda dos bens, dever de ressarcir o erário, a multa civil é no valor de até 2 vezes do valor do dano e a proibição de contratar com o poder público e obter benefícios ficais e creditícios por até 5 anos. 
OBS: Aquele que permite que terceiro se utilize der recursos materiais por terceiro (enriquecimento ilicitamente), está causando lesão. Em um único ato pode ser que dois agente respondam por ato de improbidade diferente.
Apuração do ato de improbidade administrativa: A denúncia é a principal forma de apuração de ato de improbidade administrativa e deve ser por escrito, assinada. Qualquer pessoa pode proceder uma denúncia em razão de alguma irregularidade que tenha ciência. Desde que essa denúncia seja por escrito e contenha assinatura. Se uma denúncia anônima e escrita for encaminhada ela pode ser encaminhada para o ministério público desde que esteja nos padrões da lei. As denúncias devem ser escritas e assinadas porque se durante a investigação o agente ficar com alguma dúvida ele vai recorrer ao denunciante para que seja passado algum elementos adicional ou porque deve-se denunciar aquilo que realmente é verdade, nada impede que seja recebida uma denúncia falsa. Se a denúncia for verdadeira a autoridade competente tem a possibilidade de abrir uma sindicância ou um PAD, segundo art.14 parágrafo terceiro, recebida a representação a autoridade irá abrir uma das duas formas de instrução sindicância ou PAD para apurar os quesitos da denúncia. Segundo o art. 15 a comissão processante dará conhecimento ao Ministério público e ou tribunal de contas da existência de procedimento administrativopara apurar a pratica de ato de improbidade. O MP e o tribunal de contas poderá a requerimento designar representante para acompanhar o procedimento administrativo. Isso é bom pois vai facilitar o ingresso da ação judicial.
ART.19 Constitui crime a representação contra um agente, quando se sabe que as alegações não são verdadeiras, é crime punível com detenção (de 6 a 10 meses) e também multa, e também pode haver uma ação na esfera civil, como forma de regresso.
Existem três tipos de atos de improbidade enriquecimento ilícito, lesão ao erário, atentado contra princípio. Após verificada que houve umas dessas improbidades o fato deve ser comunicado ao ministério público ou a procuradoria do órgão. Se há evidência de enriquecimento ilícito deve ser feito o sequestro e arresto dos bens do agente através de uma ação cautelar, logo após deve-se entrar com uma ação civil pública. O autor da ação civil pública será o MP ou a pessoa jurídica interessada (INSS), dentro do prazo de 30 dias após a cautelar, para não perder o efeito da liminar.
OBS: O MP sempre deve fazer parte dessa ação, seja como autor ou como interveniente. Nesse tipo de ação é vedado qualquer tipo de conciliação ou transação.
Pratica de atos que atentam contra princípios: A administração pública direta e indireta e todos os seus poderes está adstrita a observar os princípios Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência. Os atos praticados por servidor que serão considerados como atentórios contra princípios são as hipóteses do art.11. EX: Deixar de praticar ato de ofício, a falta do dever do agir por parte do agente público pode gerar uma ação de probidade administrativa. Revelar segredo do qual detinha em razão do cargo, divulgar algum tipo de medida econômica que vá gerar algum tipo de abalo na economia antes da divulgação oficial. Atos que atentam contra princípios podem causar ou não uma lesão ao erário. O sujeito será enquadrado no art. 11 e segundo o art. 12 inciso III, o sujeito perderá a função pública (o que ocorre em qualquer tipo de ato de improbidade) terá a suspensão de direitos políticos de 3 a 5 anos e dever de ressarcir o erário (se for o caso), a multa civil é no valor de até 100 vezes o valor da remuneração do servidor. Ficará proibido de contratar com o poder público e obter benefícios durante até 3 anos. Porém não ocorrerá a perda dos bens
Ação Civil Pública: O autor dessa ação será o MP ou pessoa jurídica interessada x agente ou agente+ terceiro. Se o MP entrou com a ação ele será o autor, porém se o MP não entrar com a ação ente ele será o fiscal da lei e o autor será a pessoa jurídica interessada (INSS). A ação vai iniciar com a petição inicial que terá a exposição de fatos e pedidos, no caso o pedido de condenação na forma do art. 12 da lei 8429. A petição inicial deve ser encaminhada para o juiz de direto e ele abrirá um procedimento que será chamado de juízo de admissibilidade, após o juízo de admissibilidade os réus serão notificados , os réus terão 15 dias para dar a resposta para a notificação.Após a resposta ai sim o juiz dirá se aceita a petição inicial ou a rejeita. Se aceitar ele vai mandar citar o indivíduo que antes apenas era indiciado, mas a partir da citação será o réu. Se o juiz julgar procedente a ação, serão aplicada as penas previstas no art.12, mas só com o transito em julgado da sentença condenatória é que terá o inicio dos efeitos da perda da função público e da suspensão dos diretos políticos. Os bens que forem apreendidos voltam para a pessoa jurídica lesada, se não houver nenhum bem em seu nome do réu ou se o mesmo não pagar de alguma forma será inscrito em dívida ativa.
Art. 23 I
Lei 8429 regulamenta o art.37 parágrafo 4° e 5° da CF. O parágrafo 4° diz que os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, perda da função pública, o dever de ressarcir o erário, a indisponibilidade dos bens. 
OBS: Enquanto o parágrafo 4° da CF fala em indisponibilidade dos bens, o art. 12 da lei 8429 fala em perda dos bens. Logo se for sanções na forma da lei é perda, porém se for dispositivo constitucional é indisponibilidade.
Parágrafo 5° diz que para tudo haverá prazo, para todas as coisas haverá um prazo, tudo tem um limite. Para entrar com uma ação de improbidade o limite é 5 anos, para fins de lei 8112 o prazo de prescrição comesa a contar a partir da ciência do fato e para lei 8429 ( que só o art. 23 inciso I cai na prova) a contar do término do mandato, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
O fundamento da responsabilidade civil do estado está no art. 37 parágrafo 6° da CF. O parágrafo 6°diz que:
 As pessoas jurídicas de direito público e as pessoas jurídicas de direito privado que prestam serviços públicos respondem diretamente pelos danos que seus agentes nessa qualidade causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Deve haver um agir, uma ação danosa por parte do estado, para poder fundamentar uma ação com base nesse art.. Nesse caso o Estado irá responder objetivamente, o nome da teoria da qual se alicerça esse parágrafo é teoria do risco administrativo. 
As pessoas jurídicas de direito público e privado que prestam serviços público são:
Direito Público:
União, Estados, Municípios, Distrito Federal (administração direta)
Autarquias (administração indireta, criada por lei específica)
Direito Privado:
Fundação pública, Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista, Delegatários 
OBS: Empresas públicas e sociedades de economia mista, elas ou fazem algo ou fazem outro, ou exploram atividade economia ou prestam serviço público. As exploradoras de atividade econômica devem ser excluídas do parágrafo 6° art. 37 como por exemplo, caixa econômica federal, banco do Brasil. Quem deve ser inserido é os correios. Então as pessoas de direito público todas se incluem no parágrafo 6° e as de direito privado apenas as que prestam serviço público.
Lei dos Serviços públicos- Lei 8987
Lei dos serviços públicos regulamenta o art. 175 da CF, segundo o art. 175 da CF compete ao poder público prestar serviços públicos, mas determinados serviços podem ser delegados a privados, mediante previa licitação e assinatura de contrato de concessão ou permissão (os delegatários) EX: Concessionária que exerça serviço de guincho ou de ambulância é um concessionário, pois está prestando serviço público. Também estão inclusos no art. 37 parágrafo 6°
OBS: O Estado responde objetivamente nos casos em que houver um dano para o usuário, nesse caso é ônus da prova para a administração provar que não é culpada, presume-se como verdadeiro tudo que o usuário afirmar como verdadeiro.
Segundo o STJ a pessoa que sofreu o dano terá 5 anos para promover a ação contra a pessoa jurídica a contar da data do fato danoso. O fundamento da ação do usuário x administração é de responsabilidade objetiva( pois não é analisado apenas a cão e o dano, se foi de propósito ou sem querer não se leva em conta), mas da administração x agente é de responsabilidade (subjetiva, pois se analisa o dolo e a culpa) 
Teoria da Culpa administrativa:No caso de haver uma omissão o estado também responde, porém o fundamento não é o art.6° do art. 37. No caso de omissão deve-se expressar o elemento subjetivo e mostrar que a administração agiu com culpa ou dolo, coisa que não é necessário fazer quando há uma ação da administração. Nesse caso haverá uma responsabilidade subjetiva do estado e o nome da teoria é teoria da culpa administrativa. Na omissão do estado deverá ser comprovado o nexo subjetivo para dizer que teve um dano e poder ser indenizado.
Teoria do Risco integral: Quando o estado não tem culpa indiretamente nem diretamente, mas assume os possíveis riscos do que pode ter ocorrido. Ex: Seguro DPVAT, o estado vai assumir a responsabilidade de indenizar quem sofreu o dano por acidente de trânsito.
Lei 9784/99
Nos traz as regras sobre os processos administrativosfederais, regras de formalização.É uma lei que se aplica subsidiariamente quando existe uma outra norma com um procedimento específico. EX: Lei 8112, se aplica ao PADE . OU seja a lei 8112 na matéria PADE é uma lei específica. No âmbito previdenciário não existe lei sobre processo administrativo previdenciário, nesse caso a lei 9784 vai ser a lei principal.
No art. 1° da lei 9784 temos que essa lei será aplicada a todos os órgãos da União incluído suas autarquias e fundações, em todo o âmbito federal. 
ART. 1° Esta lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração federal direta e indiretamente, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. Um processo administrativo é um conjunto de atos que formam um procedimento e esse procedimento sempre terá a finalidade de se atingir interesses e não passar por cima dos interesses dos administrados. Nesse caso estão claro os objetos de finalidade e a tutela do direto. Essa lei se aplica não só ao executivo como também ao legislativo e ao judiciário quando estão exercendo funções administrativas, quando estão exercendo funções atípicas que seria função administrativa eles também devem observar o preceito da lei 9784. 
Parágrafo segundo: Para os fins desta lei, consideram-se:
I-Órgão- A unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta; órgão é um centro de competência que encontramos dentro de entidades e uma entidade é aquela que possui personalidade jurídica própria
II-Entidade- A unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;
III-Autoridades- O servidor ou agente público dotado de poder de decisão. No âmbito da previdência todos os servidores são autoridade pois todos possuem poder de conceder ou negar benefícios, todos possuem o poder de decisão.
 Art. 2° A administração pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
Parágrafo único: Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
I-Atuação conforme a lei e o direito: Princípio da legalidade
II- Atendimento a fins de interesse geral (princípio da finalidade), vedada à renúncia total ou parcial de poderes ou competência, salvo autorização em lei. (princípio da indisponibilidade do interesse público)
III-Objetividade no atendimento do interesse público, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei (princípio da impessoalidade)
IV- Atuação segundo padrões éticos de probidade decoro e boa-fé. (Princípio da moralidade)
V-Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na constituição, (princípio da publicidade).
VI-Adequação entre meios e fins, sendo vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público. (Princípio da proporcionalidade ou razoabilidade, usamos desse princípio para evitar o poder discricionário)
VII-Indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão (princípio da obrigatória motivação)
VIII-Observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados 
IX-Adoção de formas simples, suficientes para proporcionar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos do administrado. 
OBS Os incisos 8 e 9 existem apenas para resguardar direitos das pessoas.
X-Garantia dos direitos a comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio. (princípio do contraditório e da ampla defesa, a possibilidade de instruir um processo e de também impugnar)
XI- Proibição de cobranças processuais, ressalvadas as previstas em lei ( por regra não se cobra nada para abrir um processo administrativo, entretanto existe uma súmula vinculante do STF que diz que é vedada a cobrança de despesas processuais no âmbito administrativo.
XII-Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;
XIII-Interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicabilidade retroativa de nova interpretação. (Princípio da segurança jurídica, não é porque mudou a interpretação de uma determinada norma que isso atingirá fatos pretéritos, nesse caso haverá efeito ex nunc. Os fatos pretéritos se consolidação no tempo, devido ao direito adquirido.
Capítulo II/ Dos Direitos dos Administrados
Art.3° O administrador tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados. 
I-Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e cumprimento de suas obrigações;
II-Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;
III-Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;
IV-Fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.
Capítulo III/ Dos deveres do Administrado
Art. 4° São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros em ato normativo:
I-Expor os fatos conforme a verdade;
II-Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé
III-Não agir de modo temerário;
IV-Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos
Capítulo IV/ Do Início do processo
Art. 5° O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.
Art. 6° O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados: 
I-Órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
II-Identificação do interessado ou de quem o represente;
III-Domicílio do requerente ou local para recebimento de documentação
IV-Formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;
V-Data e assinatura do requerente ou de seu representante.
Parágrafo Único: é vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas. 
Art.7° Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes.
Art.8° Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário.Se mais de uma pessoa tem o mesmo interesse pode-se fazer um lites consórcio. 
Art.9°São legitimados como interessados no processo administrativo:
I-Pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação;
II-Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada.
Art.10°São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio. A regra é que o atendimento no INSS é apenas para pessoas a partir dos 18 anos, porém existe ato normativo que diz que pode ser também a partir dos 16, pois a partir dos 16 se torna segurado.
Art.11° A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. 
Art. 12 Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte de sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estesnão lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Parágrafo único: O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes. Geralmente há presença de hierarquia dentro da delegação, mas ela não se faz abrigatória.
Art.13 Não podem ser objeto de delegação:
I-A edição de atos de caráter normativo;
II-A decisão de recursos administrativos;
III-As matérias de competência exclusiva de órgão ou autoridade.
Art.14 O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. (será publicado no diário oficial e nele estará claro até onde se pode ir com essa competência, quem vai se responsabilizar pelo atos expedidos pelo delegado é o próprio delegado, de quem fez. O ato de delegação é um poder discricionário)
Parágrafo primeiro: O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada. 
Parágrafo segundo: O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
Parágrafo terceiro: As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
Art.15 Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
Art.16 Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais das respectivas sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional competente em matéria de interesse especial. 
Art.17 Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.
Capítulo VII/Dos impedimentos e da Suspeição
No impedimento não deve-se agir, o servidor deve-se abster e comunicar imediatamente a autoridade a existência de um impedimento.
Art.18 É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:
I-tenha interesse direto ou indireto na matéria
II-Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;
III- Esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.
Art.19 autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar.
Parágrafo Único: A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeito disciplinares. O servidor pode vir a sofrer um processo de improbidade administrativa, pois o princípio da impessoalidade estará sendo violado e também um PAD.
Art.20 Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
Art. 21 O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo.
Capítulo VIII/ Da forma, Tempo e Lugar dos Atos do Processo
Art.22 Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir. 
Parágrafo Primeiro: Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.
Parágrafo Segundo: Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade.
Parágrafo Terceiro: A autenticidade de documento exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo.
Parágrafo Quarto: O processo deverá ter suas páginas numeradas sequencialmente e rubricadas.
Art.23 Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da repartição na qual tramita o processo.
Parágrafo Único: Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou à Administração. 
Art.24 Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior.
Parágrafo único: O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação. (prazo padrão, toda vez que a lei não instituir prazo para um determinado ato, usamos o prazo padrão)
Art. 25 Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o interessado de outro for o local de realização.
Capítulo IX- Da comunicação dos Atos
Art. 26 O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou efetivação de diligências
Parágrafo Primeiro: A intimação deverá conter:
I-Identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa;
II-Finalidade da intimação
III-data, hora e local em que deve comparecer
IV- se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar;
V-Informação da comunidade do processo independentemente do seu comparecimento
VI- Indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes
Parágrafo Segundo: A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado.
Parágrafo Terceiro: A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado.
Parágrafo Quarto: No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial.
Parágrafo Quinto: As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o comparecimento do administrado supre a sua falta ou irregularidade.
Art.27 O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado. Por isso que por mais que o segurado não entregue todos os documentos o servidor é obrigado a dar continuidade ao feito
Parágrafo único: No prosseguimento do processo, será garantido direito de ampla defesa ao interessado. Se o segurado não apresentar toda a documentação e seu benefício for negado, ele pode entrar com um recurso e apresentar os documentos.
Art. 28 Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em , imposição de deveres, ônus, sanções ou restrições ao exercício de diretos e atividade e os atos de outra natureza, de seu interesse. 
Parágrafo Primeiro: O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados necessários à decisão do processo.
Parágrafo Segundo: Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-se do modo menos oneroso para estes. O servidor deve sempre facilitar a instrução do processo.
Art. 30 São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meio ilícitos.
Art.31 Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada.
Parágrafo Primeiro: A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento de alegações escritas.
Parágrafo Segundo: O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de interessado do processo, mas confere o direito de obter da administração resposta fundamentada, que poderá ser comum a todas as alegações substancialmente iguais.
Art.32

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