Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal de Vic¸osa Centro de Cieˆncias Exatas e Tecnolo´gicas - CCE Departamento de Matema´tica MAT 147 - CA´LCULO II 2013/I Professor: Luiz Henrique Couto. Revisa˜o para a 1a prova 1 Regra de L’Hospital Teorema 1 Sejam f e g func¸o˜es definidas em I = (a, b) que conte´m c e que sa˜o deriva´veis em I, exceto possivelmente em c. Se f(x) g(x) tem a forma indeterminada 0 0 ou ∞ ∞ em x = c e se g ′(x) 6= 0 para x 6= c, enta˜o lim x−→c f(x) g(x) = lim x−→c f ′(x) g′(x) desde que lim x−→c f ′(x) g′(x) exista. 2 Integrais Impro´prias 2.1 Definic¸o˜es 1. Seja f seja cont´ınua em [a,+∞), onde a ∈ R. Definimos∫ ∞ a f(x)dx = lim t−→+∞ ∫ t a f(x)dx. 2. Seja f cont´ınua em um intervalo (−∞, a]. Definimos∫ a −∞ f(x)dx = lim t−→−∞ ∫ a t f(x)dx. 3. Se f e´ cont´ınua em [a, b) e lim x−→b− f(x) = +∞, isto e´, f > 0; definimos∫ b a f(x)dx = lim t−→b− ∫ t a f(x)dx. 4. Se f e´ cont´ınua em (a, b] e f tem descontinuidade infinita em a, por exemplo, lim x−→a+ f(x) = +∞, definimos ∫ b a f(x)dx = lim t−→a+ ∫ b t f(x)dx. 5. Se f possui uma descontinuidade infinita no interior do intervalo [a, b], digamos, em x = c, enta˜o definimos∫ b a f(x)dx = ∫ c a f(x)dx+ ∫ b c f(x)dx = lim t−→c− (∫ t a f(x)dx ) + lim t−→c+ (∫ b t f(x)dx ) . 1 2.2 Testes de convergeˆncia para Integrais Impro´prias: Teorema 2 (Teste da Comparac¸a˜o) Sejam f , e g duas func¸o˜es integra´veis em [a, t], para todo t > a, e tais que, para todo x ≥ a, 0 ≤ f(x) ≤ g(x). Enta˜o (a) Se ∫ ∞ 0 g(x)dx e´ convergente, enta˜o ∫ ∞ 0 f(x)dx tambe´m e´ convergente. (b) Se ∫ ∞ 0 f(x)dx e´ divergente, enta˜o ∫ ∞ 0 g(x)dx tambe´m e´ divergente. Teorema 3 Seja f : [a,∞)→ R uma func¸a˜o cont´ınua. Se ∫ ∞ a |f(x)|dx converge, enta˜o ∫ ∞ a f(x)dx tambe´m converge. Teorema 4 (Teste da Comparac¸a˜o no limite) Sejam f e g duas func¸o˜es cont´ınuas em [a,∞), tais que f(x) ≥ 0 e g(x) > 0, com lim x→∞ f(x) g(x) = L > 0. Enta˜o as integrais impro´prias ∫ ∞ a f(x)dx e ∫ ∞ a g(x)dx comportam-se da mesma maneira. Isto e´, ambas convergem ou ambas divergem. 3 Sequeˆncias 3.1 Definic¸o˜es Uma sequeˆncia de nu´meros e´ uma correspondeˆncia que associa cada nu´mero natural n a um u´nico nu´mero an, chamado de elemento da sequeˆncia a : N → R n 7→ an 1 7→ a1 2 7→ a2 ... ... Dizemos que um sequeˆncia (an) e´ (a) crescente se an ≤ an+1, para todo n ∈ N, (b) decrescente se an ≤ an+1, para todo n ∈ N. Uma sequeˆncia (an) e´ dita: (a) limitada superiormente se existe uma constante real M tal que an ≤M , para todo n ∈ N, (b) limitada inferiormente se existe uma constante real N tal que an ≥ N , para todo n ∈ N, (c) limitada quando ela for limitada superiormente e inferiormente. Seja (an) uma sequeˆncia. Dizemos que (bn) e´ uma subsequeˆncia de (an) se existirem nu´meros naturais t1, t2, · · · , tn, · · · tais que t1 < t2 < · · · < tn < · · · e bn = atn . 2 3.2 Teoremas sobre sequeˆncias Teorema 5 Seja f uma func¸a˜o definida para todo inteiro positivo. Se lim x→∞ f(x) = L, enta˜o lim n→∞ f(n) = L. Teorema 6 Sejam (an) e (bn) duas sequeˆncias. Se lim n→∞ an = L e lim n→∞ bn = M , enta˜o (i) lim n→∞ c · an = c · L; (ii) lim n→∞ (an + bn) = L+M ; (iii) lim n→∞ (an · bn) = L ·M ; (iv) lim n→∞ an bn = L M , desde que lim n→∞ bn 6= 0 e todo bn 6= 0. Teorema 7 (Teorema do Confronto para Sequeˆncias) Sejam as sequeˆncias (an), (bn) e (cn). Se lim n→∞ an = lim n→∞ bn = L e an ≤ cn ≤ bn, para todo n ∈ N, enta˜o lim n→∞ cn = L. Teorema 8 (Teorema da Convergeˆncia Mono´tona) Toda sequeˆncia mono´tona limitada e´ con- vergente. Teorema 9 Toda sequeˆncia mono´tona convergente e´ limitada. Teorema 10 Se lim n→∞ xn = 0 e (yn) e´ uma sequeˆncia limitada, enta˜o lim n→∞ (xn · yn) = 0 (mesmo que na˜o exista lim n→∞ yn). Teorema 11 Sejam (an)n∈N uma sequeˆncia e (bn)n∈N uma subsequeˆncia de (an). Se limn→∞ an = L, enta˜o lim n→∞ bn = L. 4 Se´ries 4.1 Definic¸o˜es Considere a sequeˆncia (an)n∈N. Vamos construir uma nova sequeˆncia formada por somas parciais da seguinte maneira: s1 = a1 s2 = a1 + a2 = s1 + a2 s3 = a1 + a2 + a3 = s2 + a3 ... sn = a1 + a2 + · · ·+ an−1 + an = sn−1 + an A sequeˆncia (sn)n∈N obtida de (an)n∈N e´ chamada de se´rie infinita associada a` sequeˆncia (an)n∈N e e´ representada por a1 + a2 + · · ·+ an + · · · 3 ou, simplesmente por +∞∑ k=1 ak. Se existe lim n→+∞ sn = s, dizemos que a se´rie infinita +∞∑ k=1 ak e´ convergente e tem soma s. Caso contra´rio, dizemos que a se´rie e´ divergente. 4.2 Se´rie Geome´trica A se´rie geome´trica e´ caracterizada por cada termo ser obtido multiplicando o termo precedente por alguma constante fixada. Assim, se o termo inicial da se´rie e´ a e cada termo e´ obtido multiplicando-se o termo precedente por r, que sera´ a raza˜o da se´rie, enta˜o a se´rie tem a forma +∞∑ k=0 ark = a+ ar + ar2 + ar3 + · · · (6= 0). Teorema 12 Uma se´rie geome´trica +∞∑ k=0 ark = a+ ar + ar2 + ar3 + · · · onde a 6= 0 converge se |r| < 1 e diverge se |r| ≥ 1. Se a se´rie convergir, enta˜o a soma da se´rie e´ +∞∑ k=0 ark = a 1− r . 4.3 Se´rie Telesco´pica Definimos uma soma telesco´pica de ordem n com uma soma da seguinte forma: (a2 − a1) + (a3 − a2) + (a4 − a3) + . . .+ (an − an−1). Reescrevendo a soma acima, temos: (a2 − a1) + (a3 − a2) + (a4 − a3) + . . .+ (an − an−1) = an − a1. Naturalmente qualquer sequ¨eˆncia de termos bn pode ser escrita como uma soma telesco´pica: bn = b1 + (b2 − b1) + (b3 − b2) + . . .+ (bn − bn−1). Uma se´rie cuja a sequeˆncia das somas parciais tem o comportamento de uma soma telesco´pica e´ chamada se´rie telesco´pica. 4 4.4 Teoremas sobre Se´ries Teorema 13 (Crite´rio do termo geral) Seja +∞∑ n=1 an uma se´rie infinita. Se lim n→+∞ an 6= 0 enta˜o +∞∑ n=1 an diverge. Teorema 14 Se +∞∑ n=1 an e +∞∑ n=1 bn sa˜o se´ries convergentes com +∞∑ n=1 an = S e +∞∑ n=1 bn = R, enta˜o (a) +∞∑ n=1 (an + bn) = S +R; (b) +∞∑ n=1 (an − bn) = S −R; (c) +∞∑ n=1 c · (an) = c · S, c ∈ R. Teorema 15 Se a se´rie +∞∑ n=1 an converge e +∞∑ n=1 bn diverge, enta˜o +∞∑ n=1 (an + bn) e +∞∑ n=1 c · (bn) sa˜o diver- gentes, caso c 6= 0. Teorema 16 (Teste da Comparac¸a˜o) Sejam +∞∑ n=0 an e +∞∑ n=0 bn duas sequeˆncias de termos positivos. (i) Se an ≤ bn, para todo n ∈ N e +∞∑ n=0 bn converge, enta˜o +∞∑ n=0 an tambe´m converge. (ii) Se an ≥ bn, para todo n ∈ N e +∞∑ n=0 bn diverge, enta˜o +∞∑ n=0 an tambe´m diverge. Teorema 17 (Teste da comparac¸a˜o por limite) Sejam +∞∑ n=0 an e +∞∑ n=0 bn se´ries de termos positivos. (i) Se lim n→+∞ an bn = c > 0, enta˜o ambas as se´ries convergem ou ambas divergem. (ii) Se lim n→+∞ an bn = 0 e +∞∑ n=0 bn converge, enta˜o +∞∑ n=0 an converge. (iii) Se lim n→+∞ an bn = +∞ e +∞∑ n=0 bn diverge, enta˜o +∞∑ n=0 an diverge. Teorema 18 (Teste da Integral) Sejam +∞∑ n=1 an uma se´rie de termos positivos e f uma func¸a˜o cont´ınua decrescente tal que f(n) = an. A se´rie +∞∑ n=1 an converge (diverge) se, e somente se, ∫ +∞ 1 f(x)dx for convergente (divergente). 5 5 Exerc´ıcios 1. Considerando a sequeˆncia (an)n∈N definida por an = 3 · 5 · 7 . . . (2n+ 1) 4 · 8 · 12 . . . (4n) , responda os seguintes itens: (a) Determine os treˆs primeiros termos desta sequeˆncia; (b) Escreva an+1 em func¸a˜o de an. (c) Mostre que a sequeˆncia (an) e´ mono´tona. (d) A sequeˆncia (an) e´ convergente? Justifique! 2. Fac¸a o que sepede: (a) Mostre que +∞∑ n=1 √ n+ 1−√n√ n2 + n = 1. (b) Verifique se a se´rie +∞∑ n=1 ( (−1)n4 n 7n + 4n 9n ) e´ convergente ou divergente. Caso seja conver- gente, calcule sua soma. (c) Mostre que ∫ 1 0 xln(x)dx = −1 4 . 3. Verifique se as se´ries abaixo convergem ou divergem: (a) +∞∑ n=1 n2e−n 3 . (b) +∞∑ n=1 n 3 √ n4 + 1 . (c) +∞∑ n=1 ( 1 n − 1 3n ) . 4. Julgue os seguintes itens como verdadeiros ou falsos, justificando cada item com um argumento lo´gico matema´tico ou com um contra-exemplo. (a) ( ) A d´ızima 0, 363636 . . . pode ser escrita como 4 11 . Justifique usando se´ries! (b) ( ) A sequeˆncia ( 3 + cos(npi) n ) n∈N converge para 0. 6
Compartilhar