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Economia Tema 07

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© 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, 
 resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 
1 
Como citar este material: 
ZAMBELLI, Renata Silva. Economia: O Lado Monetário da Economia: Moeda, Preços e 
Inflação. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. 
Este tema se dedica a discutir os fundamentos do lado monetário da economia, refletindo 
sobre o papel da moeda em nossa atividade econômica e seus desdobramentos. 
Para iniciar esta análise, é preciso reconstruir a evolução da moeda, desde as trocas 
diretas até a implementação do regime de moeda fiduciária. Além de ser uma mercadoria 
desejada por todos – com demandantes e ofertantes –, a moeda exerce em nossa 
atividade econômica importantes funções, sendo fundamental para o funcionamento de 
todo o sistema econômico. 
O controle monetário e de preços, no entanto, é imprescindível para o equilíbrio 
macroeconômico. Assim, discutiremos a questão da inflação, suas interpretações e seus 
efeitos sobre a atividade econômica. 
Conceito de Moeda 
A moeda tem papel central na vida dos indivíduos e na economia, possibilitando as trocas, 
a atividade produtiva e a geração de renda. Podemos definir moeda como o instrumento 
aceito pela coletividade para a intermediação de nossas transações econômicas, isto é, 
para a realização dos pagamentos dos bens e serviços que adquirimos. 
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 resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 2 
Antes da existência da moeda, as trocas de mercadorias por mercadorias aconteciam de 
maneira direta, em um processo conhecido como escambo. Neste processo, as 
transações dependiam de uma dupla coincidência de desejos: era necessário encontrar 
alguém que tivesse exatamente aquilo que eu desejava e que, ao mesmo tempo, quisesse 
comprar aquilo que eu oferecia. 
Com a evolução das economias e sociedades, e com o processo de intensificação das 
trocas, o escambo deixou de ser viável e perdeu espaço, pois se tornou imperativo 
encontrar uma técnica mais eficiente para as trocas. A partir deste momento, determinadas 
mercadorias passaram a ser amplamente aceitas como intermediário para as trocas, por 
exemplo, o sal na Roma Antiga e os cereais no Continente Europeu. 
Todos os bens utilizados como mercadoria tinham uma característica comum – a 
escassez. Por serem raras e valiosas, essas mercadorias passaram a mediar as trocas e 
constituíram a forma mais primitiva de moeda da economia: a moeda mercadoria. 
Certo tempo depois, os metais preciosos passaram a assumir a função de moeda, uma vez 
que também eram escassos, duráveis, resistentes e facilmente divisíveis. Para que 
houvesse controle sobre os metais em circulação, os governos estabeleceram a 
cunhagem das moedas, dando origem à moeda metálica. 
O papel-moeda, tal como o conhecemos hoje, teve origem na moeda-papel, cuja 
circulação foi difundida na Europa, no século XVI. Os indivíduos portadores de moedas 
metálicas – ouro e prata, por exemplo – depositavam seus valores em casas 
especializadas amplamente conhecidas e ganhavam, em troca, um certificado de depósito 
de metais. Para adquirir novos bens, as pessoas passaram a usar esses certificados como 
forma de pagamento, uma vez que eles possuíam lastro, isto é, esses papéis podiam ser 
convertidos em moedas metálicas a qualquer momento. 
A partir do século XVII, foram os bancos comerciais privados que passaram a emitir as 
notas e os recibos que circulavam como moeda, dando origem ao papel-moeda. Mais 
tarde, os Estados passaram a monopolizar a emissão de papel-moeda, inicialmente 
lastreada e, posteriormente, sem lastro. Este regime, em que a quantidade de moeda 
emitida depende do critério das autoridades monetárias, é chamado de regime de moeda 
fiduciária, vigente na maior parte dos países na atualidade. 
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Em nosso sistema econômico, a moeda desempenha, basicamente, as seguintes funções: 
 Meio ou instrumento de troca: a moeda é um instrumento aceito por todos,
assumindo o papel de intermediário das trocas de mercadorias e serviços.
 Unidade de conta: a moeda possibilita que sejam expressos em unidades
monetárias os valores de todos os bens e serviços produzidos no sistema
econômico.
 Reserva de valor: a posse da moeda representa liquidez imediata, isto é, valor
imediato.
Podemos definir liquidez como a capacidade de um ativo de se converter rapidamente em 
poder de compra, ou seja, de transformar-se em outra mercadoria. Note que outros ativos, 
como imóveis, joias e automóveis, funcionam como reserva de valor; porém, somente a 
moeda representa liquidez absoluta. A moeda não apresenta capacidade, sozinha, de se 
valorizar, mas, em contrapartida, ela não apresenta custos de conversão nem de 
negociação. 
Os tipos de moeda em circulação são: 
 Moedas metálicas: as moedas em metais correspondem a uma pequena parcela
das emissões do Banco Central e são destinadas, essencialmente, a operações de
pequeno valor.
 Papel-moeda: corresponde à parcela significativa da quantidade de moeda em
poder do público.
 Moeda bancária: consideramos como parte da moeda em circulação os depósitos à
vista, isto é, o dinheiro dos indivíduos disponível em conta-corrente, que está nos
bancos comerciais.
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Saiba Mais! 
A história das finanças 
Dividido em seis episódios, o documentário é baseado no livro homônimo do professor de Harvard, 
Niall Ferguson. O filme não apresenta uma sequência cronológica, e sim temática, ilustrando a 
história das finanças até a crise financeira recente. 
A ASCENSÃO DO DINHEIRO. (The Ascent of Money). Direção: Adrian Pennick. Reino Unido, 
2008. Série Documental. Duração: 300 min. (Dublado) Episódios disponíveis mediante cadastro 
em: http://goo.gl/RkRjWu. Acesso em: 19 dez. 2016. 
Oferta de Moeda 
Como qualquer mercadoria, a moeda tem seu preço definido pela sua oferta e demanda. A 
oferta de moeda – quantidade de moeda destinada ao atendimento das necessidades de 
uma sociedade – é garantida pelas autoridades monetárias e pelos bancos comerciais. 
O estoque de moeda disponível ao setor privado não bancário – isto é, ao conjunto das 
pessoas, excetuando-se os bancos – é chamado de meios de pagamento. Os meios de 
pagamento são dados pela soma da moeda em poder do público mais os depósitos à vista 
nos bancos comerciais. Esse montante representa o quanto a coletividade dispõe de 
moeda “física” (metálica e papel) em mãos, nos cofres das empresas, somado ao dinheiro 
disponível na conta-corrente dos bancos. 
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Note que este montante agrega o total de moeda com liquidez imediata em nossa 
economia, e não está inserida aqui a quantidade de moeda concentrada em aplicações 
financeiras ou ativos, dinheiro este que está “parado”, rendendo juros. 
O Banco Central do Brasil (Bacen) é a instituição que detém o monopólio da emissão de 
moeda, além de ser o responsável pela regulação do crédito, da taxa de juros e da política 
cambial. Tambémestão sob responsabilidade do Bacen a execução da nossa política 
monetária, o controle inflacionário e a manutenção do equilíbrio do nosso balanço de 
pagamentos. Criado em 31 de dezembro de 1964, o Bacen é uma autarquia integrante 
do Sistema Financeiro Nacional, vinculado ao Ministério da Fazenda. 
Além das funções clássicas de controle da oferta de moeda, vale ressaltar o protagonismo 
do Banco Central em fixar a taxa básica de juros da nossa economia, a taxa Selic 
(Sistema Especial de Liquidação e Custódia). A taxa Selic é determinante para a condução 
de nossa política monetária e é, periodicamente, estipulada pelo Comitê de Política 
Monetária (Copom). Além de ser uma variável-chave para a manutenção de nossos 
objetivos macroeconômicos, a Selic tem como função ser referência para as demais taxas 
de juros vigentes no mercado. 
Para exercer suas funções, o Banco Central utiliza instrumentos de política monetária que 
são organizados e definidos de acordo com as prioridades econômicas do país em 
determinado momento. São instrumentos de política monetária: 
 Controle das emissões: o Banco Central, por força da lei, determina o volume de
moeda na economia, controlando novas emissões e seus respectivos volumes.
 Depósitos compulsórios ou reservas obrigatórias: os bancos comerciais são
obrigados a depositar no Banco Central um percentual sobre os depósitos à vista.
Basta o Banco Central aumentar ou diminuir o percentual de depósito compulsório
para influir no volume ofertado de empréstimos bancários.
 Operações com mercado aberto: são os processos de compra e venda de títulos
públicos, utilizados também para regular a oferta de moeda. Quando o Banco
Central coloca títulos à disposição do público, a intenção é reduzir a quantidade de
moeda em circulação, pois os agentes deverão comprar esses títulos; ao contrário,
quando o governo compra títulos, há o pagamento em moeda aos portadores, o que
aumenta a oferta de moeda.
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 Operações de redesconto: consistem na liberação de recursos pelo Banco Central
aos bancos comerciais, que podem ser empréstimos ou redesconto de títulos.
 Taxa de juros: esta variável tem papel estratégico nas decisões de diversos
agentes econômicos. A taxa de juros é determinante nas decisões dos empresários
– por meio dela é que são definidos os investimentos produtivos e as expectativas
para o futuro. A variável também tem um impacto direto nas decisões de consumo 
das famílias, que terão um maior poder de compra à medida que os juros 
diminuírem. Por outro lado, juros altos aumentam o custo do financiamento dos 
bens duráveis, além de aumentar a atratividade da poupança e outras aplicações 
financeiras. 
No processo de oferta de moeda, vale ressaltar que os bancos comerciais têm importante 
papel, uma vez que eles também têm capacidade de aumentar a quantidade de moeda em 
circulação. 
Um depósito em conta-corrente, em um banco, representa um fundo disponível que pode 
ser movimentado a qualquer instante pelo titular da conta. Contudo, os bancos contam 
com um fluxo contínuo de depósitos e saques, e não precisam manter todo o dinheiro 
depositado. Desta forma, eles reservam em seus cofres parte dos depósitos, podendo 
ofertar crédito a seus clientes com o restante dos recursos. E é exatamente esse processo 
de disponibilização de crédito a novos agentes que dá origem ao efeito multiplicador 
monetário: ao emprestarem parte do dinheiro arrecadado nos depósitos, os bancos 
comerciais têm capacidade de aumentar a quantidade de moeda em circulação na 
economia. 
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Saiba Mais! 
Fonte: www.themoneyfix.org (site oficial do filme). Acesso em: 25 nov. 2014. 
O lado perverso do dinheiro 
O documentário se dedica a explorar a relação das sociedades modernas com o 
dinheiro, mostrando, de maneira didática, os processos de emissão monetária e 
criação de moeda pelos bancos. O filme também abre espaço para visões críticas 
sobre a gestão da moeda pelas sociedades, apontando algumas soluções simples 
para driblar o individualismo, como sistemas de cooperação e trocas. 
A SOLUÇÃO para o dinheiro. (The money fix). Direção: Alan Rosenblith. Estados 
Unidos: Shades of Grey Media, 2009. Documentário. Duração: 79 min. Trailer 
disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9HFYYMMiYog. (legendado). 
Acesso em: 19 dez. 2016. 
Demanda de Moeda 
Vamos pensar na outra ponta da questão monetária: quem são os demandantes de moeda 
e quais são os determinantes de seu comportamento? 
A demanda de moeda é realizada por toda a sociedade – indivíduos e empresas – e é 
definida por três principais razões: 
 Motivo transacional: os indivíduos e as empresas demandam moeda para realizar
aquisições de bens e serviços. A demanda transacional depende do padrão de
gastos e do nível de renda dos indivíduos desta sociedade – quanto maior a renda,
maiores o consumo e a demanda de moeda para transações.
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 Motivo precaução: a existência de incertezas em relação ao futuro aumenta a 
procura por moeda, que é utilizada como reserva de valor. Podemos afirmar que, 
quanto maior a renda dos indivíduos, maior será a demanda monetária de 
precaução. 
 Motivo especulação: os indivíduos e as empresas também demandam moeda, 
aguardando o melhor momento para adquirir títulos (aplicações) que gerem 
rendimentos. Neste caso, quanto maior a taxa de juros, maiores serão a atratividade 
e a demanda das aplicações financeiras, e menor será a demanda de moeda pelo 
motivo especulação (quando os juros aumentam, aumenta a procura de aplicações 
financeiras, e são reduzidos os estoques de moeda). 
A gestão da moeda e a política monetária são importantes instrumentos de política 
macroeconômica nacional, tendo como principal função manter um nível de crescimento 
econômico elevado e sustentável, isto é, havendo sempre estabilidade dos preços. A 
manutenção de preços estáveis é muito importante para o incentivo do consumo e dos 
investimentos, para a manutenção de boas expectativas sobre o futuro, em suma, para 
nossa trajetória de crescimento econômico. 
Para que o objetivo macroeconômico do crescimento seja atingido, o Banco Central terá de 
atuar diretamente na oferta de moeda, aumentando a quantidade de moeda em circulação. 
A maior disponibilidade de meios de pagamento será responsável pelo aumento dos níveis 
de consumo e investimentos, gerando um ciclo virtuoso de acréscimos na Demanda 
Agregada, na produção, na geração de empregos e renda. 
Neste caso, será praticada uma política monetária expansionista, que pode ser realizada 
utilizando-se vários instrumentos: 
 Redução da taxa de juros básica (Selic). 
 Aumento das emissões de moeda. 
 Diminuição da taxa do compulsório. 
 Compra (resgate) de títulos públicos – troca dos papéis por moeda, o que 
aumentará a quantidade de moeda em circulação. 
 Relaxamento das condições de crédito. 
Este aquecimento econômico, contudo, apesar de seus encadeamentos positivos, pode 
gerar uma contrapartida: um aumento nos preços dos produtos e serviços. Quando a 
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demanda por bens e serviços está bastante aquecida, e a oferta desta economia está 
próxima de sua capacidade total, temos uma típica inflação de demanda. 
O ideal seria, para que os preços retornassem a patamares mais baixos, que a oferta 
aumentasse. Porém, no curto prazo, a expansão da capacidade produtiva depende de um 
maior volume de recursos e tempo para que os investimentos atinjam sua maturidade. 
Neste caso, para obter resultados mais rápidos, a política inflacionária adequada é 
centrada no controle da demanda agregada, e os instrumentos são organizados no sentido 
oposto, ou seja, de “enxugar” os meios de pagamento: 
 Aumento da taxa de juros básica (Selic). 
 Controle das emissões pelo Banco Central. 
 Venda de títulos públicos. 
 Elevação da taxa dos depósitos compulsórios. 
 Restrição das condições de crédito. 
 
O Sistema Financeiro 
O sistema financeiro é um importante indicador do grau de desenvolvimento econômico de 
um país – um sistema bem-estruturado e diversificado é fundamental para a gestão da 
moeda e finanças locais. 
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado por um conjunto de órgãos e instituições 
financeiras, e tem como principais funções a regulamentação, fiscalização e execução das 
atividades e operações relacionadas ao crédito e à circulação de moeda. 
A precondição para o funcionamento do Sistema Financeiro Nacional é a intermediação 
financeira: existem, de um lado, agentes superavitários (poupadores), dispostos a 
transformar seus recursos em ativos financeiros para a obtenção de retornos positivos; de 
outro lado estão os agentes deficitários (investidores), que procuram o financiamento para 
suas dívidas no mercado. 
Um sistema financeiro eficiente, que realize estas intermediações, é imprescindível para o 
crescimento econômico e a melhora das condições de vida da população, uma vez que 
dele depende a evolução da poupança e dos investimentos. 
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O sistema brasileiro é composto por dois subsistemas. O primeiro é normativo, formado 
por instituições que estabelecem regras e diretrizes para o funcionamento das instituições 
financeiras, fiscalizando suas operações. O subsistema normativo é composto pelo 
Conselho Monetário Nacional (CMN), Banco Central do Brasil (Bacen) e Comissão de 
Valores Mobiliários (CVM). 
O Conselho Monetário Nacional é o órgão máximo do sistema e toma as decisões 
relacionadas à política monetária, de crédito e cambial. Também fazem parte das suas 
competências a fixação de metas para a inflação, a autorização para a emissão de papel-
moeda, a regulamentação do câmbio, taxa de juros e operações de mercado aberto 
(operações de compra e venda de títulos públicos), além da concessão de autorização 
para o funcionamento de novas instituições financeiras. 
O principal órgão de execução das diretrizes estabelecidas pelo CMN, atuando também na 
fiscalização, é o Banco Central. Fica sob sua responsabilidade a implementação das 
políticas monetária, creditícia e cambial, além da manutenção da disciplina no mercado 
financeiro. 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) atua controlando os mercados onde é 
negociada uma grande variedade de títulos, como os commercial papers, debêntures e 
ações. Fica a cargo da CVM estimular o funcionamento da Bolsa de Valores e das 
instituições que atuam no mercado acionário; assegurar a transparência dos contratos e 
das operações de compra e venda das ações; e, por último, incentivar o crescimento dos 
negócios no mercado acionário. 
Também compõe o subsistema normativo o Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES), que atua como um dos principais executores da política de 
financiamento de médio e longo prazo do governo. Entre seus principais objetivos está o 
fomento a setores estratégicos do desenvolvimento econômico nacional. Para a concessão 
de crédito, o BNDES utiliza recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), verbas 
do orçamento e emissão de títulos. 
O subsistema operativo é composto por instituições financeiras bancárias (públicas ou 
privadas), não bancárias e auxiliares, que realizam intermediação financeira. As 
instituições financeiras bancárias são aquelas que recebem depósitos à vista, como os 
bancos comerciais, bancos múltiplos e cooperativas de crédito. As instituições financeiras 
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não bancárias não recebem depósitos à vista e operam com ativos não monetários, como 
ações e títulos, por exemplo, os bancos de investimento e corretoras. 
Os bancos comerciais são sociedades anônimas – com foco tanto no varejo quanto nos 
negócios – que atuam na captação de depósitos à vista, realizando, principalmente, 
operações de concessão de crédito e cheques especiais. 
Já os chamados bancos múltiplos são instituições que, além das operações de banco 
comercial, realizam investimentos e operações voltados ao desenvolvimento público. Na 
realidade, são grandes conglomerados financeiros que ampliam a oferta de serviços para 
obter a redução de custos. 
As cooperativas de crédito são, fundamentalmente, sociedades de pessoas, sem fins 
lucrativos, que captam depósitos à vista, concedem crédito e prestam serviços financeiros 
aos associados. 
 
Inflação 
A inflação pode ser definida como aumento contínuo, generalizado e persistente dos 
preços, isto é, há altas nos valores na maioria dos produtos e serviços comercializados 
nessa economia. A incidência da inflação depende do tipo de estrutura de mercado 
predominante no país, pois mercados mais concentrados tendem a elevar mais os preços 
dos produtos. O grau de abertura da economia ao setor externo também é importante, uma 
vez que as economias mais expostas à concorrência com os produtos importados tendem 
a praticar menores preços internamente para elevar sua competitividade. 
Na visão da teoria econômica, os preços de uma economia aumentam a partir de 
perturbações na demanda ou na oferta; além dessas visões, há, ainda, as abordagens da 
inflação inercial e a perspectiva estruturalista. 
 
Tipos de Inflação 
Pode-se afirmar que ocorre inflação de demanda quando há um excesso da procura por 
bens e serviços, em relação à produção disponível, e o aumento no consumo não foi 
acompanhado de um expressivo aumento na oferta, pressionando os preços dos produtos. 
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Este tipo de inflação está relacionado à relativa rigidez da oferta no curto prazo e ocorre 
quando a atividade econômica está aquecida. 
Por outro lado, podemos afirmar que há inflação de custos, ou de oferta, quando há 
acréscimos nos custos de produção das empresas, que são sistematicamente repassados 
aos preços dos produtos finais. A maior pressão sobre os preços pode ser resultante de 
aumentos nos custos com insumos básicos ou matérias-primas; aumentos salariais não 
acompanhados de melhoras na produtividade do trabalho; ou, ainda, de elevação da taxa 
de juros, que encarecem a atividade empresarial. 
Já a inflação inercial ocorre por meio de um processo de realimentação dos preços, isto 
é, em função dos mecanismos de indexação. Como indexação,podemos compreender 
os métodos formais e informais de reajuste dos preços de produtos e serviços à taxa 
vigente de inflação. Assim, os mecanismos de indexação (reajuste) fazem com que os 
preços do presente estejam sempre atrelados à inflação passada, em um movimento de 
inércia. 
O componente inercial da inflação, isto é, a ideia de que ela avança ao longo do tempo, 
nos faz refletir sobre os mecanismos de propagação da inflação. A inflação avança no 
tempo, ou seja, se perpetua por meio de mecanismos formais ou informais. Podemos 
classificar como formais a inflação que se perpetua por meio de contratos de aluguel ou 
mensalidades; o elemento informal está presente quando os empresários reajustam seus 
preços quando percebem que esta prática foi adotada pelos seus concorrentes. Quando 
esses dois mecanismos de indexação são difundidos na economia, podemos esperar um 
cenário de avanço da inflação. 
Muito difundida na América Latina, a partir da década de 1950, encontramos a visão 
estruturalista ou cepalina da inflação. A Comissão Econômica para América Latina e 
Caribe (CEPAL), organismo vinculado à ONU e sediado no Chile, agrega contribuições 
teóricas de economistas e cientistas sociais de diversos países, com a preocupação 
comum de compreender os dilemas e os desafios econômicos dos países latino-
americanos. 
De acordo com esta abordagem, a inflação é resultado de uma série de problemas 
estruturais, como a estrutura agrária, os mercados oligopolizados (e de oferta concentrada) 
e a precária forma de inserção no comércio internacional. Na visão cepalina, o setor 
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agrícola não acompanhou o desenvolvimento do setor industrial, de forma que a demanda 
local é insuficientemente atendida, pressionando os preços de vários bens em nossa 
cadeia produtiva. 
Somada a essa questão, as economias latinas também contam com uma série de pontos 
de estrangulamento. A demanda em vários setores é atendida de maneira insuficiente, e, a 
partir da existência destes gargalos, ocorrem limitações nas produções de outros setores e 
aumento generalizado nos preços das mercadorias. 
A abordagem mais comum sobre o aumento dos preços é a visão da inflação de demanda: 
assume-se, na maioria dos casos, que uma maior quantidade de moeda em circulação e a 
atividade econômica aquecida provocam, inevitavelmente, maior pressão sobre os preços. 
Assim, o principal desafio das autoridades monetárias dos países é traçar uma trajetória de 
expansão da demanda e da produção, associada à estabilidade dos preços. Em linhas 
gerais, podemos afirmar que este é um grande dilema para as políticas macroeconômicas. 
É possível notar, por meio da leitura de grandes veículos de informação, que a inflação e 
as estratégias para seu controle são sempre assuntos muito debatidos. Sabemos que o 
equilíbrio macroeconômico é atingido quando o país cresce com preços estáveis. Assim, o 
aumento dos preços traz diversos efeitos negativos ao cotidiano das pessoas e à atividade 
econômica. 
Um dos efeitos mais sérios decorrentes da presença da inflação na economia é a perda de 
poder aquisitivo das classes que mais dependem de salários e que também estão 
sujeitas a reajustes: os trabalhadores. Neste cenário, os assalariados têm seus 
orçamentos cada vez mais reduzidos e não conseguem poupar o suficiente para guardar 
dinheiro em aplicações financeiras sem incidência da inflação. Em resumo, a inflação tem 
efeitos muito negativos sobre a distribuição de renda nacional, pois reduz o poder de 
compra, os salários e a qualidade de vida da maior parte da população. 
Uma elevada taxa de inflação também provoca distorções na alocação de recursos 
produtivos na economia, uma vez que se perde a ideia de preço relativo. Em um 
cenário de alta inflação, a comparação dos preços – utilizada para a tomada de decisão 
dos agentes econômicos – se perde, prejudicando as decisões de consumidores e firmas. 
Na ausência do referencial de comparação de preços (deixamos de saber se um produto é 
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caro ou barato), não é possível mensurar se há produção ou consumo excessivos – e 
passa a haver uma piora dos mecanismos de alocação de recursos no mercado. 
A aceleração da inflação gera uma sensível redução no interesse de investimentos dos 
empresários, uma vez que os cálculos sobre os retornos esperados dos investimentos 
são comprometidos, dada a instabilidade dos preços. 
Quando o aumento dos preços nacionais supera a elevação que ocorre nos preços 
dos produtos estrangeiros, isto é, quando a produção nacional fica mais cara em relação 
à estrangeira, temos um estímulo às importações e desestímulo às exportações. Elevadas 
taxas de inflação pioram o saldo da balança comercial dos países (exportações 
menos importações), reduzindo a competitividade das indústrias nacionais. Ligada a esse 
cenário, a alta inflacionária tende também a provocar desvalorizações cambiais: a moeda 
nacional é desvalorizada como meio de baratear as exportações e desencorajar as 
importações. 
Porém, há uma série de produtos cuja importação é essencial, como máquinas e 
equipamentos sem similar nacional, petróleo e fertilizantes. Ao realizar essas importações 
mais caras e fundamentais para o funcionamento da nossa economia, os custos de alguns 
setores se tornam, necessariamente, mais altos e são repassados internamente. Pode-se 
concluir que o círculo vicioso é fechado com uma nova elevação de preços interna – 
alimentando ainda mais a inflação. 
Para medir a variação dos preços na economia brasileira foram construídos os índices de 
preços, que medem as distintas variações dos preços de diferentes bens. Os principais 
órgãos responsáveis pelo cálculo da inflação no Brasil são: 
 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 
 Fundação Getúlio Vargas – FGV. 
 Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE. 
 Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – DIEESE. 
O cálculo da maioria dos índices de inflação é fundamentado na ponderação da variação 
dos preços de uma cesta de produtos (bens mais consumidos pela população), durante um 
período de tempo, e a periodicidade de cada índice é distinta. 
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A medida mais ampla de inflação no Brasil é o índice de preços ao consumidor ampliado 
(IPCA), elaborado pelo IBGE e que mede a variação de preços de produtos e serviços 
consumidos pelas famílias com renda entre um e 40 salários mínimos. As coletas das 
informações ocorrem em mais de 28 mil estabelecimentos comerciais, visitados entre o 
primeiro e último dia do mês corrente. A taxa é calculada nas regiões metropolitanas do 
Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, 
Salvador, Curitiba, Distrito Federal e Goiânia. 
O IBGE utiliza aproximadamente 260 pesquisadores para o levantamento de preços de 
22,5 mil produtos para elaborar a taxa de cada mês. 
 
Saiba Mais! 
 
A inflação no Brasil 
 
O documentário traça o cenário de hiperinflação vivido pela economia brasileira nas 
décadas de 1980 e 1990. O filme mostra as duras condições enfrentadas pelos 
brasileiros no período, além de entrevistas com asinterpretações de importantes 
economistas. 
 
LABORATÓRIO BRASIL. Direção: Roberto Stefanelli. Produção: TV Câmara. Brasil, 
2007. Documentário. Duração: 58 min. Disponível em: http://goo.gl/YHti5J. Acesso em: 
25 nov. 2014. 
 
 
Autarquia: define a condição de uma instituição que é autossuficiente e que define suas 
próprias regras de funcionamento. 
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Balanço de pagamentos: registro de todas as transações de caráter econômico-
financeiro realizadas por residentes de um país com residentes dos demais países. 
Commercial papers: títulos de curto prazo, emitidos por empresas de capital aberto, que 
rendem juros e têm a finalidade de captar recursos no mercado financeiro para o 
financiamento do capital de giro. 
Comitê de Política Monetária (Copom): Comitê do Banco Central, constituído pelo 
presidente, diretores e chefes de departamento de áreas econômicas do Banco Central, 
que se reúne mensalmente. Fixa a taxa de juros Selic e a tendência da taxa de juros até a 
próxima reunião do Comitê. 
Cunhagem: processo de fabricação de moedas que garante a mesma composição e peso 
para cada peça. 
Debêntures: títulos de dívida de médio e longo prazo que conferem a seu detentor um 
direito de crédito para com a companhia emissora. 
Escambo: processo de trocas diretas de uma mercadoria por outra. 
Inflação de custos: ocorre quando o nível de demanda agregada permanece o mesmo, 
mas os custos de produção aumentam, diminuindo a oferta agregada. É também chamada 
de inflação de oferta. 
Inflação de demanda: diz respeito ao excesso de demanda agregada em relação à 
produção disponível (oferta agregada) de bens e serviços. 
Inflação inercial: inflação decorrente dos reajustes de preços e salários provocados pelo 
mecanismo de indexação ou de correção monetária. 
Lastro: quantidade de metal precioso mantida em reserva, em geral, ouro, para garantir a 
conversibilidade do papel-moeda em circulação. 
Meios de pagamento: estoque de moeda disponível para uso do setor privado não 
bancário, a qualquer momento (ou seja, de liquidez imediata). É composto pela moeda em 
poder do público (chamada de moeda manual) e pelos depósitos à vista nos bancos 
comerciais (chamada de moeda escritural). 
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Preços relativos: é o preço de um bem comparado aos preços de outros bens. A este 
conceito opõe-se o de preço abstrato, que é o preço específico de determinado bem ou 
serviço. 
Multiplicador monetário: também chamado de multiplicador da base monetária, é a 
variação dos meios de pagamento, dada uma mudança no saldo da base monetária. A 
variação dos meios de pagamento é um múltiplo da variação da base monetária. 
 
 
Instruções 
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas 
questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-
se para o que está sendo pedido. 
 
Questão 1 
Sobre as razões pelas quais as pessoas demandam moeda, assinale Verdadeiro ou 
Falso: 
1. ( ) A demanda de moeda pelo motivo transacional tem relação direta com o nível 
de renda e padrão de gastos dos indivíduos. 
2. ( ) A demanda de moeda pelo motivo precaucional independe do volume de renda 
das famílias, uma vez que as incertezas estão sempre presentes. 
3. ( ) A demanda de moeda por especulação está, primeiramente, relacionada à taxa 
de câmbio que faz variar o valor das aplicações financeiras. 
4. ( ) A demanda de moeda pelo motivo precaução depende, diretamente, das 
expectativas e renda dos indivíduos. 
5. ( ) À medida que os juros aumentam, mais atraídas são as famílias para a 
demanda de moeda especulação. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
 
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a) F, V, V, F e V. 
b) V, F, F, V e V. 
c) F, F, F, F e F. 
d) V, V, V, V e V 
e) Nenhuma das demais alternativas está correta. 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
Questão 2 
“O Banco Central do Brasil anunciou um pacote de medidas monetárias que incluem: 
queda na taxa de juros, redução do compulsório dos bancos e relaxamento das condições 
de crédito.” 
Sobre a afirmação, assinale Verdadeira ou Falsa para as sentenças a seguir: 
( ) Trata-se da execução de uma política monetária claramente restritiva, com o objetivo 
de conter a aceleração dos preços decorrente do excesso de demanda. 
( ) A queda citada da taxa de juros não vai interferir no nível de atividade econômica, pois 
não altera as necessidades financeiras dos agentes, que vão continuar poupando moeda. 
( ) Trata-se de uma política monetária claramente expansionista, uma vez que o controle 
da inflação permite o aquecimento da economia e a geração de empregos. 
( ) O fato retratado no texto vai estimular um aumento na quantidade de moeda em 
circulação, pois os juros baixos são um impulso ao consumo e aos investimentos das 
empresas. 
( ) Trata-se de uma política monetária expansionista, com o objetivo de estimular a 
demanda e, assim, aquecer a atividade econômica. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
a) V, F, V, F e V. 
b) F, V, F, V, e F. 
c) F, F, F, V e V. 
 
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d) V, V, V, F e F. 
e) Nenhuma das demais alternativas está correta. 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
Questão 3 
“A explosão desmedida do crédito, o grande aumento no número de empréstimos, e o 
boom de consumo da classe C geram tendências de alta nos preços.” O trecho sugere a 
existência de que tipo de inflação? 
a) Inflação de custos. 
b) Inflação gerada pela persistência de pontos de estrangulamento na economia. 
c) Inflação inercial. 
d) Inflação de demanda. 
e) Inflação atrelada aos mecanismos de indexação. 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
Questão 4 
Coloque-se no lugar da autoridade monetária e apresente dois instrumentos de política 
monetária para expandir o nível de atividade econômica. 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
Questão 5 
Cite e explique um dos efeitos negativos provocado pela alta da inflação na atividade 
econômica. 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
 
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Vimos, neste tema, a importância da moeda para o funcionamento da economia – ela é a 
mercadoria que permite a realização das trocas e, antes da existência de aplicações 
financeiras, é o instrumento capaz de permitir a reserva de valor. 
A gestão da moeda – realizada pelo Banco Central – é fundamental para determinar o 
montante de moeda em circulação e como os agregados monetários podem contribuir para 
que as metas de crescimento econômico e a estabilidadedos preços sejam atingidas. 
Exatamente para conduzir a oferta de moeda, o Banco Central lança mão dos instrumentos 
de política monetária – ferramentas que permitem a injeção, ou retirada, de moeda em 
circulação, de acordo com cada meta macroeconômica. 
Vimos também que, sempre que ocorre elevação dos preços, isto é, inflação, muitos 
efeitos negativos são observados em toda a atividade econômica. Assim, está posto o 
grande desafio da política monetária – conduzir os agregados monetários para gerar 
maiores taxas de crescimento econômico com o máximo de estabilidade. 
 
 
A ASCENSÃO do dinheiro (The Ascent of Money). Direção: Adrian Pennick. Reino Unido, 
2008. Série Documental. Duração: 300 min. Episódios disponíveis, mediante cadastro, em: 
http://goo.gl/8D8Nly. (dublado) Acesso em: 15 nov. 2014. 
A SOLUÇÃO para o dinheiro (The money fix). Direção: Alan Rosenblith. Estados Unidos: 
Shades of Grey Media, 2009. Documentário. Duração: 79 min. Trailer disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=9HFYYMMiYog. (legendado). Acesso em: 25 nov. 2014. 
BLANCHARD, Olivier. Macroeconomia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
COSTA, Fernando Nogueira da. Economia em 10 lições. São Paulo: Makron Books, 2000. 
DILLARD, Dudley D. A teoria econômica de John Maynard Keynes: teoria de uma 
economia monetária. São Paulo: Ed. Pioneira, 1993. 
GREMAUD, Amaury P. et al. Manual de Economia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. 
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 resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 21 
KEYNES, John Maynard. Teoria geral do emprego, do juro e da moeda. São Paulo: Editora 
Nova Cultural, 1996. 
LABORATÓRIO BRASIL. Direção: Roberto Stefanelli. Produção: TV Câmara. Brasil, 2007. 
Documentário. Duração: 58 min. Disponível em: http://goo.gl/4Yosu1. Acesso em: 25 nov. 
2014. 
MANKIW, Gregory, N. Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macroeconomia. Rio 
de Janeiro: Campus, 2001. 
PAULANI, Leda; BRAGA, Marcio Bobik. A nova contabilidade social. 4. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2013. 
ROSSETI, José Paschoal. Introdução à economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
SANDRONI, Paulo. Dicionário de Economia do Século XXI. Rio de Janeiro: Editora 
Record, 2005. 
_______. Novíssimo dicionário de economia. 5. ed. São Paulo: Best-Seller, 2000. 
SILVA, Antônio Carlos Macedo. Macroeconomia sem equilíbrio. Rio de Janeiro: Vozes, 
1999. 
VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval de; GARCIA, Manuel E. Fundamentos de 
Economia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval. Economia: micro e macro. 5. ed. São Paulo: 
Atlas, 2011. 
WESSELS, Walter J. Economia. Tradução Fernando Cardoso Cotelo e Daniel Puglia. 3. 
ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
 
 
Questão 1 
Resposta: Alternativa B. 
V, F, F, V e V. 
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1. Verdadeiro: De fato, as pessoas e empresas precisam de dinheiro para suas 
transações do dia a dia, para alimentação, transporte, aluguel etc. 
2. Falso: Na verdade, a demanda de moeda por precaução depende diretamente do 
volume de renda das famílias, que precisam ter certa precaução para fazer face a 
pagamentos imprevistos ou atrasos em recebimentos esperados, conforme seu 
volume de renda. 
3. Falso: Na verdade, há uma relação inversa entre a demanda de moeda por 
especulação e a taxa de juros. Quanto maior for o rendimento dos títulos (a taxa de 
juros), menor será a quantidade de moeda que o aplicador reterá em sua carteira. 
4. Verdadeiro: De fato, a demanda de moeda por precaução depende diretamente do 
nível de renda das famílias, como é o caso da afirmação. É provável que, quanto 
maior for a renda, maior será a necessidade de moeda por precaução. 
5. Verdadeiro: De fato, a moeda, mesmo que não apresente rendimentos, é vantajosa 
por ter liquidez imediata e por viabilizar novas aplicações das famílias. 
 
Questão 2 
Resposta: Alternativa C. 
F, F, F, V e V. 
1. Falso: Na verdade, todas as ações descritas visam realizar o objetivo contrário, que 
é liberar a aceleração dos preços decorrente do excesso de demanda. 
2. Falso: A queda na taxa de juros interfere, sim, no nível da atividade econômica, pois 
altera o comportamento dos agentes, que são estimulados a consumir bens e 
serviços, a investir. Logo, isso reduz uma postura de poupança. 
3. Falso: Na verdade, uma política monetária expansionista que combata a inflação 
pode conduzir ao aumento do nível de renda real, mas também ao aumento de 
preços, sem o aumento esperado da produção e da oferta de emprego. Isso porque 
os setores da economia podem já estar trabalhando em plena capacidade, sem 
requisitar expansão da produção e de consequentes contratações para tanto. 
4. Verdadeiro: O incentivo ao consumo (ou seja, à demanda) e aos investimentos das 
empresas para atender a esse consumo (isto é, à oferta), conjuntamente, 
proporciona um cenário para se reduzir a inflação. 
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5. Verdadeiro: Como dito anteriormente, uma política monetária expansionista 
combate um hiato inflacionário por meio do estímulo ao consumo, o que requisita 
das empresas investimentos para atender a uma demanda crescente. 
 
Questão 3 
Resposta: Alternativa D. 
No curto prazo, quando há aumento da demanda das famílias e a ampliação da oferta é 
relativamente rígida, há a tendência à existência de inflação de demanda. 
 
Questão 4 
Resposta: Podemos citar como instrumentos de uma política monetária expansionista a 
redução da taxa de depósito compulsório, além da redução da taxa de juros. 
 
Questão 5 
Resposta: Um dos efeitos negativos da alta da inflação é a redução do poder de compra 
das famílias, uma vez que os preços de itens básicos aumentam mais rapidamente que os 
salários.

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