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caso 7 penal

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No di a 10 de agosto de 2012, po r vol ta das 02h 30mi n, na Uni dade de P ronto Atendi me nto de 
de te rmi nada Unidade d e Saúde , Ge rald o, com i nob se rvânci a de re gra té cni ca de p rofi ss ão, de u 
causa à morte da vítima A.M. , com 09 (n ove) me se s de i dade , e m conse quê nci a de i nsuf i ci ênci a 
res pi ratória aguda por p ne umoni te conse cuti va a aspi ração de conte údo gástrico, conf orme Auto de 
Exumação , fl . 231 do Inqué ri to Poli cial . Na oportuni d ade , Ge ral do, mé d i co ane s te si ol ogi s ta, apli cav a 
na vítima dose s de de te rminado se dati vo ministrado ante ri orme nte , momento em que a víti ma 
vomi tou um l íqui do acastanhado. Ato contínuo , o médi co ini ci ou o proce di me nto de e ntu bação 
traq ue al , por duas ve ze s, todavi a, por impe ríci a, não conse gui u re al i z á- lo. Di ante di s so, a víti ma 
aspi rou o conte údo gástri co, dand o causa à i nsufi ciê nci a respi ratória aguda por p ne umoni te , o q ue a 
l evou a óbi to. Cabe salien tar que o p acie n te d eve ri a te r sido subme tido à uma aval i ação anes tés i ca 
pré -ope ratóri a, o que não ocorreu, vez qu e Ge ral do, ape nas, conve rsou, vi a tele fone , na noi te 
ante ri or com a geni tora da vítima. ” ( fl s. 02/04
caso 7 penal
No dia 10 de agosto de 2012, por volta das 02h30min, na Unidade de Pronto Atendimento de determinada Unidade de Saúde, Geraldo, com inobservância de regra técnica de profissão, deu causa à morte da vítima A.M., com 09 (nove) meses de idade, em consequência de insuficiência respiratória aguda por pneumonite consecutiva a aspiração de conteúdo gástrico, conforme Auto de Exumação, fl. 231 do Inquérito Policial. Na oportunidade, Geraldo, médico anestesiologista, aplicava na vítima doses de determinado sedativo ministrado anteriormente, momento em que a vítima vomitou um líquido acastanhado. Ato contínuo, o médico iniciou o procedimento de entubação traqueal, por duas vezes, todavia, por imperícia, não conseguiu realizá-lo. Diante disso, a vítima aspirou o conteúdo gástrico, dando causa à insuficiência respiratória aguda por pneumonite, o que a levou a óbito. Cabe salientar que o paciente deveria ter sido submetido à uma avaliação anestésica pré-operatória, o que não ocorreu, vez que Geraldo, apenas, conversou, via telefone, na noite anterior com a genitora da vítima.” (fls. 02/04).
 Diante da situação hipotética apresentada, com base nas teorias sobre os tipos dolosos e culposos, responda às questões formuladas: 
A partir da teoria finalista da ação, diferencie as condutas dolosas e culposas e apresente seus elementos caracterizadores. Responda de forma objetiva e fundamentada.
Para a teoria finalista, crime é um fato típico e antijurídico, sedo sua culpabilidade mero pressuposto de aplicação da pena. Sendo assim, analisa-se a conduta do agente se foi dolosa ou culposa, e tal conduta é típica e, por final, como pressuposto de aplicação da pena, verifica-se a culpabilidade do agente.
A conduta culposa consiste numa conduta voluntária que realiza um fato ilícito não querido pelo agente, mas que foi por ele previsto( culpa consciente) ou lhe era previsível(culpa inconsciente) e que podia ser evitado se o agente atuasse com o devido cuidado.
Assim, são elementos do crime culposo:
Conduta humana voluntária( A voluntariedade está relacionada à ação, e não ao resultado)
Violação de um dever de cuidado objetivo ( São formas de violação do dever de cuidado, ou mais conhecidas como modalidades de culpa, a imprudência, a negligência e a imperica)
Resultado naturalístico
Nexo causal
Previsibilidade
Tipicidade
No caso concreto ora narrado, a conduta do médico foi dolosa ou culposa? Responda de forma objetiva e fundamentada.
O dolo apresenta duas espécies, o dolo direto ou imediato e o dolo indireto ou eventual.
No dolo direto a finalidade do agente é a produção do resultado proibido pelo tipo objetivo, ou seja, a vontade e a consciência do agente são voltadas à realização do fato típico. Nessa espécie de dolo o agente quer o resultado, quer os meios necessários para produzir o resultado e quer os efeitos gerados no plano concreto (realidade) com a prática da conduta.
No dolo eventual o agente não pretende realizar diretamente o tipo penal objetivo, porém, aceita a sua realização como possível e provável, assumindo o risco de produzir o resultado. O agente realiza a conduta apesar da previsão do resultando, assumindo o risco de sua realização.
Elemento subjetivo especial do tipo
O elemento subjetivo especial do tipo pode ser considerado como uma característica subjetiva que integra ou então fundamenta o dolo, contudo, o elemento subjetivo especial do tipo não integra o dolo. O elemento subjetivo especial do tipo integra determinados tipos objetivos, condicionando ou fundamentando a ilicitude do fato, e é considerado um elemento subjetivo do tipo objetivo, de forma autônoma e independente do dolo. A realização do elemento subjetivo especial do tipo não é exigida pelo Direito Penal, sendo suficiente que exista no psiquismo do autor.
Diz-se que o crime é doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, e que o crime é culposo, quando o agente deu causa a resultado previsível por imprudência, negligência ou imperícia. Sobre o tema, é correto afirmar que:
 a) o dolo direto de segundo grau também é conhecido como dolo de consequências necessárias;

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