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dOENÇAS PARASITÁRIAS dermatite alérgica à picada de pulga – DAPP Agentes: Pulgas – Ctenocephalides felis; C. canis; Pulex irritans Patogenia Consiste num quadro de hipersensibilidade produzido em resposta imunológica à inoculação de material antigênico presente na saliva das pulgas durante sua alimentação no hospedeiro. Tipo 1 – Reação imediata; Alergia propriamente dita, mediada por IgE. Os mastócitos degranulam, favorecendo a resposta inflamatória (calor, rubor, vermelhidão e prurido). Favorece a ativação de mastócitos e basófilos. Tipo 4 - Reação tardia, mediada por TCD4, onde os LT ativam as células de memória, que irão produzir citocinas e ativar os macrófagos. Forma mais crônica. Sinais clínicos Prurido intenso Hiperpigmentação Alopecia (por ação mecânica ao se coçar) Crostas e pápulas na pele Diagnóstico Baseado na anmnese, observando se há presença de pulgas no animal, ou proglótides de Dipulidium caninum em suas fezes; Raspado de pele; Teste alérgico intradérmico; ELISA baseado na medição da quantidade de IgE produzido contra saliva da pulga. Tratamento Shampoo queratolítico por causa das crostas causadas pela coceira; Amitraz Fopronil Lufenuron Corticoide para a reação alérgica Profilaxia Limpeza do ambiente Medicar o animal infectado e aqueles que convivem om ele Dedetização Vassoura de fogo miiáseS Agentes Cochliomyia hominivorax Chrysomya sp. Dermatobia hominis Oestrus ovis Gasterophilus intestinales e G. nasalis Tipos de miiase Miiáse cutânea – É necessário que haja uma lesão pré-formada, recém formada (Cochliomyia hominivorax) ou mais antiga (Chrysomya sp), onde as larvas passarão a se alimentar até que caiam, empulpem, e evoluam para a fase adulta. Miiáse cutânea (furuncular) – Aqui não é necessária lesão pré-formada. A Dermatobia hominis deposita seus ovos em outro inseto hematófago, que os levará até seu hospedeiro. As larvas eclodem do ovo ainda na pele dos seus hospedeiros e após isso penetram ativamente em sua pele através dos poros ou da lesão que o inseto que o levou até ali formou a se alimentar. Miiáse cavitária – As larvas desse tipo de miiáse se desenvolvem nas cavidades naturais do corpo de seus hospedeiros. Oestrus ovis na cavidade nasal de ovinos (moscas fazem ovoposição ao redor de suas narinas; Gasterophilus intestinales e G. nasalis (fêmeas fazem ovoposição nos membros torácicos e ao redor as narinas dos equinos, respectivamente. Os ovos são levados a boca pelo ato de se lamber, atingindo o estômago, onde se desenvolvem até a fase de pulpa, que é quando são eliminados através das fezes para o ambiente) Sinais clínicos Irritação pelo parasitismo das moscas Cutânea – processos inflamatórios, odor característico, abcesso causado pelo berne; Cavitária – Oestrus ovis: ovinos espirrando, inquietação, movimento de baixar e levantar a cabeça, esfregar o focinho no chão Gasterophilus sp: quadro de cólica, cistite, visualização das pulpas nas fezes. Diagnóstico Clínico Visual Boa anamnese (histórico do rebanho) Tratamento Uso tópico – spray com inseticida; Miiáse cutânea – retirar as larvas Piretróide + organofosforado Profilaxia Controle das moscas Limpeza do ambiente Evitar acúmulo de lixo Uso de repelentes carrapatos Exercem parasitismo direto e secundário sob seus hospedeiros, pois também transmitem doenças (febre maculosa, babesiose, erliquiose, anaplasmose), causando prejuízos na produção. Sobrevivem em climas como o da zona da mata, onde nem é quente, nem é frio (25º a 30º graus); alta umidade relativa do ar também favorece a manutenção do seu ciclo de vida. Espécies Rhipicephalus (boophilus) microplus Rhipicephalus sanguineus Amblyomma cajennense Etc. Sinais clínicos Anemia Dermatite Alopecia nas regiões ignal, axilar, interdigital e pavilhão auricular Pode causar quebra da cartilagem da orelha nos cavalos Predispões miiáses por causa do sangramento causado pela picada Infecções secundárias bacterianas dignóstico Visual e clínico para doenças sistêmicas Tratamento Uso de carrapaticidas Tópico – piretróides sintéticos (deltametrina) diluídos em água para banho; Preventivo – uso de brincos impregnados com piretróides em bovinos; coleiras com piretróides em pequenos animais Lactonas macrocíticas no dorso dos animais Controle Limpeza do ambiente Rotação de pastagem no caso de bovinos, pois onde as larvas de Rhipicephalus (boophilus) microplus eclodem elas ficam; Biológico (criação de galinhas e outras aves que comam os carrapatos) Dedetização Vassoura de fogo Obs: Equinos – banho, talco e limpeza do ambiente Obs 2: Cão – dedetizar o ambiente e tratar o animal Obs 3: Banho com piretróide sintético em bovinos deve ser feito com intervalo de 21 dias entre cada, respeitando o tempo do ciclo de vida dos carrapatos, evitando desperdício de dinheiro; sarnas Não vemos o agente, é necessário recorrer ao diagnóstico clínico. Dependendo do agente pode ser zoonose. Dermatite causada por ácaro que tem como principal sinal clínico o prurido. Alta transmissibilidade, geralmente por contato. Agentes Ordem: Astigmata; Família: Sarcoptidae (mamíferos), Psoroptidae (ruminantes), knemidocoptidae (aves); Ordem: Prostigmata; Família: Demodicidae (sarna demodécica), Chegletiellidae (semelhante a Sarcoptidae, comum em cães) Ordem: Mesostigmata; Família: Desmanyssidae e Macronyssidade (não causam sarna, mas são altamente irritantes e têm importância zoonótica, causando coceira intensa. São hematófagos e seu hospedeiro são as aves). – “Pixilinga”. Sarcoptidae scabiei Escabiose é o nome da doença causada. São bem arredondados, com patas curtas e espinhos. Penetram na pele para fazer ovopostura. Transmissão por contato direto (cão e cão), e indireto (fômites). É altamente contagiosa. Zoonose. As lesões no cão aparecem primeiro ao redor dos olhos, focinho e orelha – face – e se espalha para o resto do corpo. sinais clínicos Prurido MUITO intenso Alopecia Formação de crostas Odor fétido por causa da reação inflamatória na pele Animal cheio de dobras Hiperqueratose e hiperpigmentação da pele Facilidade para infecções secundárias Diagnóstico Baseado no aspecto clínico e visual de crostas e prurido Raspado cutâneo profundo com escarificação para confirmar diagnóstico diferencial Dermatites causadas por fungos Dermatite alérgica Leishmaniose Tratamento Acaricidas Piretróides puros ou associados com organofosforados (cipermetrina - banho) Amitraz para banho – É necessário limpar a pele do animal e retirar as crostas para que o medicamento penetre na pele. Lactonas macrocíticas (avermectinas, ivermectina) – altamente indicadas e muito eficientes. Aplicação única. Secundário – antibióticos por causa da extensão das lesões e banho com queratolíticos. Se o animal estiver com a pele muito lesionada o melhor é dar banho com queratolíticos para melhorá-la e fazer uma medicação sistêmica como a ivermectina. Intervalo de 7 dias se o tratamento escolhido for o banho controle Cuidado com a introdução de animais infestados, é necessário quarentena e tratamento acaricida; Separar os animais infestados e tratar todos os seus contactantes Cuidado com animais que vão à pet-shops e feiras, pois é altamente contagiosa. notroedes cati Semelhante ao S. scabiei, porém menor e sem espinhos. Diagnóstico e tratamento iguais ao anterior. psoroptidae - herbívoros Difere do S. scabiei pelo comprimento de suas patas, que são bem cumpridas, enquanto seu corpo é estreito. Menos escavador, sendo encontrada na parte mais superficial da pele. Espécies: P. equi (em equinos) e P. nattalensis (bovinos) Diagnóstico e tratamento iguais ao anterior. chorioptes bovis Semelhante ao Psoroptes sp, porém mais ovalado e com pernas longas. Não é escavador. Diagnóstico e tratamento iguais ao anterior. Otodectes cynotis Sarna da orelha do cão e do gato - otodécica. Pode causar otite. Diagnostico feito através da visualizaçãodo parasita com otoscópio, ou no laboratório através da visualização de coleta de crostas da orelha do animal suspeito.
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