Buscar

ATIVIDADE ESTRUTURADA civil 6

Prévia do material em texto

ATIVIDADE ESTRUTURADA
Nome : Ramon Montervinos
Matricula : 201202253024
Direito civil VI
Professor : Luiz Cláudio Moura de Almeida
ATIVIDADE ESTRUTURADA SEMANA 06
TÍTULO: SUCESSÃO E UNIÃO ESTÁVEL (AULA 6)
Guilherme, 40 anos e Lorena, 35 anos, vivem em união estável desde outubro de 2000. Da união nasceram dois filhos Gustavo, 8 anos e Luciana, 6 anos. A união não foi constituída por meio de escritura pública e, tão-pouco, escrito particular. Antes do estabelecimento da convivência Lorena possuía uma casa na Cidade de Florianópolis, imóvel que vendeu em 2005 e com o produto da venda adquiriu casa em Curitiba, na qual residia com a família. Guilherme, após o estabelecimento da convivência, em dezembro de 2001, adquiriu um carro com economias que vez decorrentes de salários recebidos durante aquele ano. Em janeiro de 2011, Lorena falece em virtude de grave acidente. Guilherme lhe procura para que providencie a partilha dos bens da companheira, mas lhe faz uma série de perguntas. Elabore um parecer explicativo a Guilherme, respondendo às suas perguntas:
O que é união estável e qual sua diferença com o casamento?
 
União estável pode ser conceituada como uma relação de convivência entre dois cidadões ( homem e mulher) que e duradoura e tem com objetivo de constituir uma família, necessariamente não e preciso que estejam morando na mesma casa, isto e, podem morar em casa diversas, mais só será considerada união estável , desde que existam elementos que comprovem essa união estável, na união estável prevalece o regime de comunhão de bens, mais poderá haver um contrato entre eles.
Segundo a doutrina de Maria Helena Diniz, a união estável caracteriza-se pela “convivência pública, contínua e duradoura de um homem com uma mulher, vivendo ou não sob o mesmo teto, sem vínculo matrimonial, estabelecida com o objetivo de constituir família, desde que tenha condições de ser convertida em casamento, por não haver impedimento legal para sua convolação”
Hoje em dia e permitido a união estável entre pessoas do mesmo sexo. A união estável e regida a parti do artigo 1723 e seguintes do código civil de 2002.
Apesar da união estável e o casamento terem a mesma finalidade de constituir família, essas duas instituições são bastante diferentes, em quanto que no casamento, a celebração se dar por um juiz de paz , onde após a celebração pode-se ser obtido o registro deste ainda  adquirir a certidão de casamento, na união estável se dar por duas pessoas livres que não possuem nenhum impedimento legal para se casarem e que se unem com objetivo de constituir família, não necessário que haja uma celebração ou registro como ocorre no casamente, mas poderá ocorre uma formalização da união estável. 
Outra diferença esta na relação ao regime bens, onde no casamente tem a possibilidade de se escolher o regime pretendido dentre as opções comunhão universal de bens, separação total ou comunhão parcial de bens (artigo 1639 do CC 2002), já na união estável e admitido o contrato por escrito  na falta desse contrato aplica-se o regime da comunhão parcial de bens.
 
 
Uma vez que a união nunca foi constituída em documento público ou particular, pode - se afirmar que há regime de bens aplicável ao casal? Explique sua resposta e aponte seus efeitos.
        
       Sim, conforme o art 1.725 do código civil de 2002 , há regimes aplicável ao casal, qual seja a comunhão parcial de bens ou regime legal,pois segundo ao artigo mencionado anterior, aplicar-se-à nas relações patrimoniais, no que couber, o regime de comunhão parcial de bens nos casos em que as partes não tiverem convencionados por instrumento público ou particular.
Então podemos dizer que como efeito, todos os bens adquiridos após a data da união são comum ao casal,devendo assim haver partilha igualitária dos mesmos com o fim efetivo da relação seja por separação ou por morte de uma das partes, mais são excluidos desse rol os bens adquiridos( por somente uma das partes) por doação ou herança. também terá o direito a alimentos após a separação segundo a regra do art. 1.694 do código civil de 2002
         
 
Com a morte de Lorena, Guilherme terá algum direito sucessório sobre os bens por ela deixados? Explique sua resposta.
 Sim, Guilherme tem conforme o art. 1790 do cc. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:
I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho;
II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles;
III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;
  no seu inciso primeiro quando se trata de união estável o companheiro participará da sucessão em concorrência com os filhos recebendo uma quota parte equivalente a que os filhos irão receber a onde  o que for referente a meação, ele receberá a sua meação e a outra parte será dividida entre ele os filhos e quanto aos bens particulares do de cujus só será dividido entre os filhos.
Mas com o novo entendimento do STF( Recurso Extraordinário - n. 878.694 )  a sucessão na união estável se dará da mesma forma que a do casamento ,com isso Guilherme receberá da seguinte maneira ,a sucessão feita pelo art. 1829 e 1832 do código civil, onde ele terá direito a meação dos bens comuns e outra parte da meação será divida entre os filhos no bens particulares será reservado 50% dos bens particulares e os outros 50% serão divido entre os filhos.  
 
 
O sistema de sucessão estabelecido pelo Código Civil de 2002 para a união estável é adequado? Explique sua resposta apontando vantagens e desvantagens. Lembre-se, você está elaborando um parecer, peça técnica, portanto, preocupe-se com a forma e com a objetividade das explicações a serem dadas.
O sistema de sucessões estabelecido pelo CC/02 para a união estável não é o mais adequado.
Isso porque traz ao companheiro direitos diferentes ao do cônjuge, ou seja, estabelece diferenças entre a união estável e o casamento. 
A CRFB/1998, em seu art. 226, parágrafo 3º, protege a união estável e lhe reconhece como entidade familiar, ou seja, equipara-a ao casamento. Porém, o CC/02, em seu art. 1.790, não confere qualquer direito ao companheiro sobrevivente quanto aos bens particulares do falecido, mas tão somente aos bens adquiridos na constância da união estável, o que a diferencia do casamento.
Mas no entendo considerando que na atual jurisprudência do STF se da de uma maneira diferente da do Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:
I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho;
II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles;
III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;
Pois considerou inconstitucional o regime diferenciado entre a sucessão do conjugue e a do companheiro , será aplicada conforme os art. 1829 e 1832 do CC tanto para união estável como para o casamento.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
O STF na sua atual jurisprudência entendeu da seguinte termos: ‘’ “É inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros prevista no art. 1.790 do CC/2002, devendo ser aplicado, tanto nas hipóteses de casamento quantonas de união estável, o regime do art. 1.829 do CC/2002” (RECURSO EXTRAORDINÁRIO 878.694 )
Decisão do STF:
Decisão : O Tribunal, apreciando o tema 809 da repercussão geral, por maioria e nos termos do voto do Ministro Relator, deu provimento ao recurso, para reconhecer de forma incidental a inconstitucionalidade do art. 1.790 do CC/2002 e declarar o direito da recorrente a participar da herança de seu companheiro em conformidade com o regime jurídico estabelecido no art. 1.829 do Código Civil de 2002, vencidos os Ministros Dias Toffoli, Marco Aurélio e Ricardo Lewandowski, que votaram negando provimento ao recurso. Em seguida, o Tribunal, vencido o Ministro Marco Aurélio, fixou tese nos
seguintes termos: “É inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros prevista no art. 1.790 do CC/2002, devendo ser aplicado, tanto nas hipóteses de casamento quanto nas de união estável, o regime do art. 1.829 do CC/2002”. Ausentes, justificadamente, os Ministros Dias Toffoli e Celso de Mello, que votaram em assentada anterior, e, neste julgamento, o Ministro Luiz Fux, que votou em assentada anterior, e o Ministro Gilmar Mendes. Não votou o Ministro Alexandre de Moraes, sucessor do Ministro Teori Zavascki, que votara em assentada anterior. Presidiu o julgamento a Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 10.5.2017.

Continue navegando