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Orthomyxoviridae e Paramyxoviridae Microbiologia Aplicada à Medicina Veterinária Profa. Dra. Ana Carolina da Silva Ortho myxo viridae Verdadeiro Muco Sufixo para família • Penetram através do muco e infectam células do epitélio respiratório • Patógenos humanos e animais, associados essencialmente com infecções respiratórias • Gripe ou influenza • Influenza A: aves, mamíferos e humanos • Influenza B: humanos • Influenza C: humanos e suínos Classificação • Ampla distribuição • Grande importância sanitária - surtos alternados e epidemias anuais aquáticas e• Hospedeiros naturais: aves migratórias de várias espécies Influenza A Pato Cisne Ganso Marreco • De acordo com sua virulência - alta (HPAIV) ou baixa patogenicidade (LPAIV) - baseada na gravidade da doença em galinhas, sendo somente os subtipos H5 e H7 de alta patogenicidade • Subtipos - 18 HA e 11 NA Classificação – Influenza A H1N1, H2N2, H3N2 (humanos); H1N1 e H3N2 (suínos); H5N2 e H7N1 (aves domésticas) H5N1 - virulento, inclusive para algumas espécies de aves silvestres; transmitido para aves domésticas e para humanos, causando centenas de mortes, principalmente na Ásia Tipo de proteína nuclear Hemaglutinina Neuraminidase A/turkey/Ontario/6118/68 (H8N4) Tipo de vírus Spp e Origem geográfica Nº cepa Ano de isolamento Subtipo do vírus Nomenclatura: fita • Grandes, pleomórficos e envelopados • Genoma: 7 ou 8 segmentos de RNA simples de polaridade negativa Microscopia eletrônica Estrutura viral HEMAGLUTININA NEURAMINIDASE MATRIZ 1 MATRIZ 2 NUCLEOPROTEÍNA PB1 PB2 PA NS1 NS2 Tradução Encapsidação do RNA pela proteína NP Exportação para o citoplasma Transporte das glicoproteínas Brotamento Egresso Ligação aos receptores HA ácido siálico Endocitose Penetração e descapsidação Transcrição Síntese de RNA Replicação viral • Horizontal: excreções e secreções ou contato direto • Transmissão mecânica • capaz de sobreviver no meio ambiente, na água, matéria orgânica e materiais congelados Transmissão • Variam de acordo com: - idade e a espécie afetada - virulência ➢Problemas respiratórios: tosse, espirro, corrimento nasal e ocular ➢ Casos graves: diarréia, desordens nervosas ➢ Morte súbita • Decréscimo de consumo de alimento e água • Diminuição da produção e aves apáticas Sinais clínicos Depressão Diarréia Edemas e hemorragias pelo corpo Dificuldade para respirar • Não há tratamento para a infecção da doença em aves - abate • Humanos - drogas antivirais (Tamiflu) •Tratamentos de suporte para os problemas respiratórios •Antibióticos utilizados contras infecções bacterianas secundárias Tratamento • Histórico clínico • Isolamento viral – inoculação em ovos • Identificação do agente - Sorologia (ELISA, imunofluorescência, HI) - Técnicas moleculares: RT-PCR,PCR Real time Diagnóstico • Medidas rígidas de biossegurança: separação das aves saudáveis de secreções e excreções das aves contaminadas • Diminuir ou eliminar o contato com aves silvestres Prevenção e controle • Comunicação imediata • Isolamento, quarentena e abate sanitário (Plano de Contingência para Influenza Aviária e Doença de Newcastle) • Genoma segmentado - proporciona condições para a ocorrência de recombinações do tipo reassortment (rearranjo) • Redistribuição de segmentos genômicos entre duas cepas virais originando outro vírus, com genótipo e fenótipo mistos • Evolução rápida! • Surgimento de cepas altamente virulentas + Mutações pontuais!! Recombinações gênicas Especificidade - afinidade da HA aos resíduos de ácido siálico Aves Receptores no epitélio intestinal Porcos e frangos: receptores nos dois locais Co-infecções e recombinação genética Novas variantes – efeito na população desconhecido Humanos Receptores no trato respiratório • Glicoproteínas de superfície – HA e NA • Permite ao vírus persistir indefinidamente na população, através de mutações e seleção de variantes, que não são neutralizadas pelos anticorpos produzidos pelo hospedeiro vacinas• Obstáculo para a produção de permanentes e de uso universal Variabilidade antigênica Filoviridae Mononegavirales Rhabdoviridae Pneumovirinae Paramyxoviridae Paramyxovirinae Paramyxoviridae Importantes patógenos do trato respiratório de animais, incluindo os seres humanos • Envelopados, em sua maioria esféricos, com projeções glicoproteicas de superfície • Nucleocapsídeo helicoidal •Genoma: molécula de RNA linear de fita simples polaridade negativa Estrutura viral Ligação aos receptores Penetração por fusão Transcrição Tradução Síntese de RNA Processamento e transporte das proteínas Morfogênese Brotamento Egresso Replicação • Paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), também conhecido como Vírus da Doença de Newcastle (VDN), gênero Avulavirus • Enfermidade altamente contagiosa que acomete aves comerciais e silvestres • Faz parte da lista de enfermidades emergenciais da OIE de notificação obrigatória • Surto - pode resultar na interrupção da exportação regional ou nacional da carne de frango, causando grandes perdas econômicas para a região ou país afetado Doença de Newcastle • Sinais respiratórios frequentemente acompanhados de manifestações nervosas, diarréia e edema da cabeça • Tosse, Espirro, Dispnéia, Apatia, Conjuntivite, Torcicolo, Paralisia das pernas ou das asas, incordenação motora. • As manifestações clínicas e a mortalidade variam de acordo com a virulência da amostra viral envolvida Sinais clínicos http://partnersah.vet.cornell.edu/avian-atlas Edema na cabeça, conjuntivite Paralisia Torcicolo Diarreia esverdeada • Contato direto entre aves susceptíveis • Contato indireto - aerossóis • Fômites contaminados • Formas de difusão indireta: -Veículos -Pessoas -Equipamentos -Ingestão de ração e água contaminadas -Insetos Transmissão • Observação do histórico clínico Laboratório Nacional Agropecuário (LANAGRO) • Isolamento viral • Índice de Patogenicidade Intracerebral (IPIC) • Índice de Patogenicidade Intravenosa (IPIV) • Tempo Médio de morte Embrionária (TMME) • PCR em tempo real • Testes sorológicos HI e ELISA Diagnóstico • Vírus da cinomose (CDV), gênero Morbillivirus • Ocorre em canídeos domésticos e selvagens • Maior frequência em cães jovens não-vacinados • Falhas vacinais, associadas com esquemas de vacinação inadequados ou mesmo com vacinas comerciais de baixa qualidade, podem resultar na ocorrência de doença mesmo em cães vacinados Cinomose Fases e sinais clínicos • O contato direto com as secreções nasais, orais e urina de animais infectados • Disseminação a curtas distâncias por aerossóis • Fômites • Após a infecção, os animais excretam o vírus nos fluídos corporais por períodos prolongados Transmissão • A ocorrência de lesões cutâneas e doença respiratória em cães jovens, associadas ou não com sinais neurológicos, são sugestivos de cinomose • Laboratorial: detecção de antígenos do CDV em esfregaços de células • Detecção do genoma viral nessas amostras por RT-PCR Diagnóstico • Vacinação com cepas atenuadas • Medidas de proteção (luvas descartáveis, esterilização e descarte de fômites, higiene pessoal e do ambiente com desinfetantes) • Isolamento dos animais, prevenindo a disseminação da enfermidade Controle • Alguns vírus se adsorvem às hemácias através de estruturas que reconhecem receptores existentesna membrana destas Hemaglutinação Hemaglutinina: glicoproteína de superfície dos virions Hemaglutinina • Função: ligar o vírus ao receptor da célula hospedeira (eritrócito) • Localizada na camada mais externa do vírus (envelope) • Reconhece o ácido siálico se ligar e• Capacidade de reconhecer, aglutinar hemácias • A propriedade de aglutinar eritrócitos - restrita a algumas famílias de vírus • Para cada vírus a reação ocorre apenas com eritrócitos de determinadas espécies animais - VIA – mamíferos e suínos - VDN – galinha - VBI – galinha • Não possui aplicação universal • Utilidade: Precede a Reação de Inibição da Hemaglutinação Titulação do vírus hemaglutinante - Determinar qual a maior diluição do vírus que ainda é capaz de aglutinar hemácias Identificação preliminar de vírus isolados de pacientes Reação de Hemaglutinação • Vantagens: rápida, boa sensibilidade e especificidade e de fácil execução • Desvantagens: aplicável a um grupo restrito de vírus • Necessidade de espécies doadoras de hemácias (cobaias, coelhos ou galinha) Reação de Hemaglutinação Incubação de uma suspensão de eritrócitos com o material suspeito (puro ou em diluições) em microplacas com fundo em “V” ou “U” Reação de Hemaglutinação (HA) Na ausência do vírus: sedimentam na forma de botão compacto Na presença de vírus: sedimentam de forma difusa RESULTADO
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