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Gabarito AD1 Gestão 1 2010.2

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
 
Universidade Federal Do Estado Do Rio De Janeiro
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH
Licenciatura em Pedagogia - EAD
Unirio/Cederj
Primeira Avaliação a Distância- 2010.2
 Disciplina: Gestão 1
Coordenação: Tânia Mara Tavares da Silva
Postagem no Correio: até o dia 23 de agosto de 2010
Entrega no pólo: até o dia 28 de agosto de 2010
	Nome:
	Matrícula:
	Pólo:
Caro (a) aluno (a):
Essa é a sua primeira avaliação à distância. Leia os enunciados com atenção, leia os textos conforme indicado no cronograma e procure ser claro (a) e objetivo (a) na elaboração de suas respostas. 
Atenção: Critérios de correção
Clareza na escrita e adequação da resposta ao que foi solicitado.
Respeito aos parâmetros solicitados. Em caso de não respeito à questão será anulada.
Questões:
1.( Valor 0,0 a 2,0) Elabore uma questão com base no texto 2 de Heloisa Luck. 
Ver o nível da questão, ou seja, se está bem elaborada.
2. ( Valor 0,0 a 3,0) Explique, com base no texto de Luck ( texto 2) qual é o papel da sociedade hoje na sua relação com a escola e argumente se você concorda ou discorda que esta é uma realidade que é vivenciada no Brasil.
Parâmetros de confecção:
a)Se optar por entregar a resposta de forma manuscrita ela não deve ultrapassar 20 linhas.
b)Se optar por entregar a resposta digitada ela não deve ultrapassar 15 linhas
Educação, portanto, dada sua complexidade e crescente ampliação, já não é vista como responsabilidade exclusiva da escola. A própria sociedade, embora muitas vezes não tenha bem claro de que tipo de educação seus jovens necessitam, já não está mais indiferente ao que ocorre nos estabelecimentos de ensino. (p. 12)
Este parágrafo é a base para a resposta e o discente deveria explicar sinteticamente a ideia de complexidade que é exposta pela autora. E depois argumentar (e aí vale a clareza e não a discordância ou concordância) se é ou não uma realidade no Brasil.
3. (Valor 0,0 a 2,5) Tomando por base o texto de Silva (texto 1) enuncie as principais características do novo modelo de Gestão Educacional.
Parâmetros de confecção:
a) Se optar por entregar a resposta de forma manuscrita ela não deve ultrapassar 20 linhas.
b) Se optar por entregar a resposta digitada ela não deve ultrapassar 10 linhas.
Parágrafos base para a resposta.
CARACTERÍSTICAS
DEMOCRÁTICO E PARTICIPATIVO
AUTONOMIA DOS PARTICIPANTES
DESCENTRALIZAÇÃO E DESBUROCRATIZAÇÃO DAS AÇÕES DO GESTOR
CRIAÇÃO DE UMA NOVA CULTURA NA ESCOLA
RESISTÊNCIA DOS PARTICIPANTES AO NOVO PARADIGMA
Parágrafos de onde estas informações poderiam ser retiradas e serviriam de base para uma explicação resumida.
Embora existam denominações diversas o que parece ser consensual é que ultrapassamos o modelo de gestão centralizado e que agora vivemos a implantação do modelo democrático participativo. Portanto embora as denominações podem se diferenciar dependendo da ótica do autor esta é uma oposição central que organiza a forma da gestão educacional/escolar. O primeiro pertence ao que foi denominado como Administrador Escolar e, o segundo, a do Gestor Educacional/Escolar dado à incorporação na sociedade das instituições de educação não formal. 
 Sabemos que a pesquisa sobre a Administração Escolar remonta aos anos de 1930 quando a organização da educação no Brasil toma impulso com a presidência de Vargas. Ao ler essas obras (embora possamos encontrar algum eco no que hoje falamos sobre a gestão educacional/escolar) vemos que são, em sua maioria, marcadas por uma concepção burocrática, funcionalista e muito próxima do modelo de organização da empresa (como afirma Enguita dentre outros a empresa foi vista como modelo positivo de organização desde os anos de 1920). Este modelo tem suas bases alicerçadas nas idéias de Taylor que, sempre esteve preocupado com a seleção científica do operário principalmente através da inspeção, do controle de tarefas e do redimensionamento do tempo através da execução do mesmo trabalho em menos tempo. As palavras chaves são o controle e inspeção realizados por um especialista (no âmbito educacional o supervisor e o diretor cumprem este papel, além do coordenador pedagógico e/ou orientador pedagógico, pois as denominações e atribuições diferem). 
 Este modelo transposto para a escola {que Libâneo (2008) denomina de científico-racional} pressupõe uma concepção na qual prevalece uma visão mais burocrática e tecnicista da educação e da escola. A escola é vista como realidade neutra que deve funcionar racionalmente. Portanto suas tarefas podem ser planejadas, organizadas e controladas de forma a melhorar seus índices de eficiência ou produtividade. Os ambientes educacionais organizados a partir deste modelo colocam um peso excessivo na estrutura da organização, valorizam a hierarquia das funções (o diretor é autoridade máxima), as normas e regulamentos. E o que é primordial: a participação é negada ou dada nos limites admitidos pelas normas. De acordo com Libâneo este é o modelo que ainda prevalece na realidade educacional brasileira. Ou seja, parece haver uma resistência à mudança mesmo entre os professores que não só muitas vezes se recusam a participar, por exemplo, na construção do Projeto Político Pedagógico da Escola como tem sérias dúvidas sobre a participação da comunidade presente no entorno da escola. Assim, perpetua-se na prática escolar uma postura contra a qual se colocam a atual política educacional (aqui vale novamente a ressalva que para alguns autores, trata-se de uma nova roupagem e não de uma mudança efetiva), a legislação e a teoria proposta pelos educadores que é o modelo democrático baseado em uma concepção sócio crítica da educação.
Assim, a transformação exige uma mudança radical na cultura organizacional da escola e também na formação dos educadores que mesmo lendo uma literatura crítica não conseguem reter e levar estas idéias para sua prática profissional. E aqui o papel do gestor é fundamental. A gestão escolar está no campo da política e a escola reverbera e reproduz, pelo menos em parte, as formas pelas quais a política opera na sociedade. Assim, se o processo democrático é apenas formal ou muitas vezes imposto (o voto obrigatório é um exemplo) como a escola poderá intentar ser de outra forma? 
Acreditamos que um dos pontos fundamentais é a transformar a formação dos que atuam na educação e pensar que este será um processo longo, ou como afirmaria Gramsci trata-se de construir um movimento de contra-hegemonia, isto é, contra a hegemonia cultural que reitera a centralização do poder. A partir deste movimento poderíamos quem sabe construir e consolidar a autonomia e participação como um novo 
Paradigma que se instaura na escola como realidade e não apenas como retórica. Em síntese, as bases teóricas deste modelo de gestão são: a racionalidade técnica, a centralização do poder, e, contraditoriamente, políticas que elaboram um discurso descentralizador sem que se possa colocar em prática. Assim, o modelo de gestão A gestão educacional/escolar participativa tende (como afirma Libâneo e outros) a centrar suas bases teóricas na perspectiva sócio crítica da educação. Assim, em oposto a visão científico-racional a organização escolar não é vista como algo objetivo, um espaço neutro a ser observado, mas e creio ser esta uma palavra chave, um espaço a ser construído pela comunidade educativa, o que significa o envolvimento de professores, alunos e pais. No que se refere especificamente ao papel do gestor ele deve promover formas democráticas de gestão e tomadas de decisões. Ou seja, o processo de gestão dá-se de forma coletiva e possibilita o debate público de projetos, ações e o exercício de práticas colaborativas. Para que tal aconteça, faz-se necessário uma mudança da política educacional e daprópria visão (ou cultura) da ação docente. Por um lado, ainda há uma diferença substantiva entre o salário dos gestores e dos professores o que pode reforçar o status do diretor e por outro, muitos professores não acreditam que suas vozes farão diferença e, portanto, podemos inferir que sua autonomia começa e termina na sala de aula. Será que podemos pensar o mesmo da própria autonomia do gestor frente aos órgãos superiores? Ou seja, será que já temos suficiente tempo destas novas propostas para que o que se coloca na teoria possa se realizar na prática? Estas são questões que me parecer ser substantivas em um debate sobre gestão. Embora o educador tenha as palavras como arma para a transformação, é preciso também levar em conta uma comparação efetiva entre o falar e o agir. 
Acreditamos que, se o gestor educacional apenas afirmar que irá realizar uma gestão participativa e suas ações neguem esta proposta, dificilmente ele conseguirá implantar este novo paradigma de gestão. 
4. (Valor 0,0 a 2,5) Tendo por base as idéias de Luck (texto 2), responda Falso (F) ou Verdadeiro (V), para as afirmações abaixo.
( V ) A responsabilidade maior do dirigente é buscar a sinergia de forma a obter resultados na cultura organizacional. Estes resultados devem ser pensados de forma processual e não imediata.
Obs: é verdadeiro dado que os resultados devem ser buscados com base em um processo e não resultados imediatos.
( F ) Um bom gestor deve dirigir suas ações para a o objetivo principal da escola: assegurar o processo ensino-aprendizagem. Para tanto não deve respeitar a burocracia do Estado, pois tem que agir rapidamente diante de problemas emergenciais exercendo a liderança no interior do espaço escolar. 
Como já dito, mesmo em contextos emergenciais o gestor não deve agir solitariamente e o respeito à burocracia é parte da sinergia que ele deve construir na sua gestão.
( V ) O novo paradigma de gestão está fundamentado na idéia de que a realidade é global, dinâmica, e construída socialmente. Portanto, a coerência é algo que sempre deve estar presente nas ações do gestor.
Obs: é verdadeiro dado que as ações do gestor devem ser coerentes
( F ) Quaisquer experiências realizadas em contextos diferentes do qual o gestor vivencia são modelos importantes e devem ser levados em conta no momento em que ele propõe soluções para sua instituição. 
Obs: Se o contexto é fundamental, o modelo deve ser de cada escola. Tomar modelos construídos em contextos diferentes não seria viável para propor soluções para contextos específicos
( V ) Como a dinâmica social tornou-se complexa e global as questões locais devem ser levadas em conta, mas desde que se dimensione o todo.
A dimensão micro e macro devem ser levadas em conta constantemente isto é, contexto social no qual a escola se insere e a realidade social mais ampla.
_-1401792416.doc

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