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Obstetrícia veterinária

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Obstetrícia veterinária
1) Fecundação
- Durante o estro ocorre a ovulação do folículo e a liberação do oocito na trompa
- O oocito possui uma placa proteica chamada zona pelúcida e as camadas de células da granulosa que é uma proteção do oocito 
- O espermatozoide possui enzimas hidrolíticas em seu acrossomo que dissolvem a zona pelúcida e as células da granulosa permitindo que ele penetre essa camada para pode fecundar o oocito 
- O acrossomo do espermatozoide possui o material genético masculino(pronúcleo) que adentra o oocito, a sua cauda se degenera fora do oocito 
- A fecundação é a fusão do material genético masculino e feminino e o que se forma é o zigoto 
- A medida que esse zigoto vai se dividindo(clivagem) ele vai caminhando pela trompa até chegar no corno uterino, isso demora de 5 a 6 dias para ocorrer 
a.) Zigoto
- Após a fecundação a junção oocito + espermatozoide começa a se dividir e caminhar pela trompa 
- Divide-se em 2 células, depois 4 células, depois 8 células e finalmente em 16 células 
- Divisão em 16 células se chama mórula, neste estágio o embrião encontra-se no corno uterino 
- Ocorre outros fenômenos na mórula, algumas células migram para o polo e outras migram para a periferia, elas começam a se afastar e isso dá origem ao blastocisto 
- O blastocisto possui blastocele, embrioblastos e trofoblastos 
- No estágio de blastocisto o embrião não cabe mais na zona pelúcida do oocito então ela se rompe pelo decimo dia de vida desse embrião
- Após o rompimento da zona pelúcida este montante de células passa a se chamar blastocisto eclodido e está pronto para a implantação no útero 
→ Estruturas do blastocisto: 
• Blastocele: É uma cavidade de segmentação do blastocisto 
• Embrioblasto: São as células que darão origem ao embrião, elas são as chamadas células tronco embrionárias utilizadas em pesquisas 
• Trofoblasto: São as células que darão origem a placenta 
OBS: Antes da eclosão do blastocisto eles ficam passeando pelo corno uterino, nas porcas os blastocisto vão tomando distancia, ficaram equidistantes uns dos outros 
b.) Implantação
- É o mecanismo pelo qual o blastocisto estabiliza-se no útero, ele encostará do endométrio 
- Os trofodermas (parede do blastocisto) vão desenvolver uma intima relação com o endométrio 
- O embrião na implantação é bem agressivo, ele invade o endométrio e começa a se desenvolver e a formar as membranas placentárias 
- Nessa invasão ele destrói o epitélio uterino, rompe tecido conjuntivo, endotélio dos vasos e os trofoblastos vão se diferenciando nas 3 membranas placentárias
I. Membranas placentárias:
• Saco vitelínico 
- Possui função vestigial em mamíferos pois estes possuem o cordão umbilical 
- Em repteis e aves tem a função de nutrir o embrião até que ocorra a eclosão do ovo, reserva de nutrientes 
- Começa a se formar no início do desenvolvimento placentário, algumas células penetram na crista genital e darão origem aos gonócitos que depois darão origem as espermatogônias e oogônias 
• Âmnio
- É a membrana mais próxima do embrião, 1° envoltório fetal 
- É repleto de líquido amniótico 
- Proteção contra choques mecânicos 
• Alantóide
- É a ligação entre os vasos fetais e placentários 
- Possui o liquido do alantóide que são as excretas acumuladas do feto
- Dará origem ao úraco e a bexiga 
- O alantóide funde-se com o córion
- Ligado ao âmnio: âmnio-alantóide 
- Ligado ao córion: córion-alantóide 
• Córion
- Envolve o embrião é a membrana mais externa 
- Muito irrigada 
- Este em contato com o endométrio 
- Fará as trocas sanguíneas entre feto e mãe durante a gestação
- Produção de hormônios, eCG, hCG, progesterona, estrógeno 
• Cordão umbilical 
- Ponto de contato básico entre feto e mãe 
- Veia umbilical: Sangue arterial da placenta para o feto
- Artérias umbilical: Sangue venoso do feto para a placenta 
II. Líquidos/fluidos fetais:
• Líquido amniótico 
- Em contato com o feto 
- Função de hidratação do feto, manutenção da temperatura fetal, proteção contra choques mecânicos, evitar a aderência do feto com a membrana 
- Auxilia na dilatação da cérvix e lubrificação do canal do parto 
- Próximo ao dia do parto não terá mais quase líquido amniótico pois o feto está enorme
- É originado da secreção do trato respiratório 
- Possui células que auxiliam da determinação sexual do feto 
• Liquido alantoide 
- É a urina fetal 
- Realiza a manutenção osmótica do plasma fetal 
c.) Placenta 
- Substitui o trato gastrointestinal, pulmão, fígado, rins e glândulas endócrinas do feto 
- Separa o organismo fetal e materno 
- Assegura o desenvolvimento, respiração, alimentação, eliminação de substancias metabolizadas pelo feto, filtração, secreção de hormônios 
- Suas função endócrina é muito importante, faz a transmissão de imunidade parcial nos carnívoros e ruminantes 
- Produção do HLP(Hormônio lactogênico placentário), que auxiliará no desenvolvimento da glândula mamária e lactação 
• Barreia placentária: O córion capta o sangue materno e leva para o cordão umbilical, quanto mais camadas entre eles, maior a barreira, maior a proteção. 
I. Tipos de placentas 
→ Quanto maior o número de camadas da placenta, maior é a filtragem de sangue, isso é, menos coisas como patógenos, microrganismos e imunidades passam da mãe para o feto 
• Ruminantes: 
× Tipo de placenta: 
- Cotiledonária 
- Carúncula esta aderida ao endométrio, é materna 
- Cotilédone esta aderida na placenta, é fetal 
- O conjunto carúncula + cotilédone chama-se Placentoma 
- O cotilédone e a carúncula agem como um velcro um no outro 
- Esse velcro entre eles é onde o sangue passa, em cada cotilédone existe um pequeno vaso sanguíneo que passará por um vaso maior e terminará no cordão umbilical e do cordão umbilical passará para o feto 
- Quando ocorre o parto, o placentoma se desfaz, a carúncula permanece pois esta aderida ao endométrio, já o cotilédone sai junto com a placenta 
× Tipo de placentação por camadas: 
- Placenta sinepiteliocorial
- Possui 5 camadas
- Não possui o epitélio materno 
- Em alguns pontos ocorre migração de células trofoblásticas para o epitélio uterino 
× Placenta semi deciduada:
- É aquela placenta que não é expelida totalmente no momento do parto 
OBS: Palpação da vaca gestante, a partir do sexto mês já dá para sentir o placentoma 
• Equinos e Suínos: 
× Tipo de placenta: 
- Difusa 
- Os cotilédones são minúsculos e distribuídos por toda a extensão da placenta, chama-se microcotilédones 
× Tipo de placentação por camadas:
- Epiteliocorial
- 6 camadas
- Ocorre justaposição de membranas sem invasão tecidual
- Cório-passivo 
× Placenta não deciduada: 
- Não é expelida no momento do parto 
• Cães e gatos:
× Tipo de placenta:
- Zonária circular 
- Somente em uma região especifica ocorre o contato entre mãe e feto e a troca de sangue 
× Tipo de placentação por camadas: 
- Endotélio corial 
- 4 camadas, não tem o epitélio e o tecido conjuntivo 
- Intimo contato do trofoblasto com o endotélio materno 
× Placenta deciduada: 
- A placenta é completamente expulsa no momento do parto
• Primatas e roedores:
× Tipo de placenta:
- Discóide
- Um semi círculo, um disco que fica aderido ao endométrio 
× Tipo de placentação por camadas:
- Hemocorial
- 2 camadas, não possui epitélio, tecido conjuntivo e endotélio 
- O sangue materno banha o córion 
× Placenta deciduada:
- É totalmente expelida no momento do parto 
II. Duração da fase de expulsão das membranas fetais 
• Bovinos: 
- Até 12h 
• Equinos: 
- De 30min a 3h 
• Suínos: 
- Até 4h 
• Pequenos ruminantes: 
- De 30min a 8h 
• Cadelas e gatas:
- Imediata 
- Somente os carnívoros ingerem a placenta após a sua expulsão, as outras espécies somente lambem as crias para limpa-las 
2) Fisiologia da gestação 
→ Gestação é o período compreendido entre a fecundação do oocito e a expulsão do feto
→ Período marcado por adaptações progressivas do organismo materno como aumento de volume, alterações circulatórias,endócrinas, excretoras e do trato gastrointestinal. Essas alterações são mediadas por hormônios maternos e placentários que permitem ao organismo materno reconhecer a presença do feto
Eventos da gestação – Cronologia 
1- Ocorre a fecundação do embrião 
2- Endométrio já está previamente sensibilizado pelo estrógeno que foi liberado durante o ciclo estral 
3- Corpo lúteo sofre alterações e se torna corpo lúteo gravídico e continua a secreção de progesterona 
4- Após um tempo o copo lúteo regride e quem começa a secretar a progesterona é a placenta para manter a gestação 
5- Ao final da gestação os níveis de progesterona decaem e o estrógeno entra em ação preparando o útero para a expulsão do concepto 
a.) Caminho do embrião 
- Ocorre a fertilização do oocito na ampola do oviduto 
- Após a fertilização ele vai caminhando pela trompa e sofrendo clivagens até se transformar em blastocisto eclodido no útero e sofrer a implantação neste 
b.) Reconhecimento materno da gestação 
- Os blastocistos antes de se implantarem no útero secretam substancias que prolongam a vida do corpo lúteo
- Abaixo estão descritos os hormônios e as funções para reconhecimento materno da gestação 
I. Hormônios da gestação 
• Estrógeno:
∆ É necessário que o endométrio seja sensibilizado primariamente pelo estrógeno para que a progesterona e outros hormônios possam efetuar suas respectivas ações 
- Após o estro o estrógeno diminui, mas continua a ser secretado em quantidades menores 
- Durante a gestação essa secreção aumenta atingindo um pico 
∆ O excesso de estrógeno durante a fase de implantação impede a nidação do embrião, impede o seu caminho pela trompa. Ele modifica o transito do embrião e modifica o ambiente uterino 
× Ação do estrógeno:
- Multiplicação das células epiteliais uterinas 
- Estimula a produção de uma proteína contrátil e junções intimas para haver o aumento da comunicação entre as células do musculo liso 
- Hipertrofia das células da musculatura lisa uterina 
- Síntese de proteínas relacionadas com a contração, actina e miosina
- Síntese de DNA e RNA, relacionados com a síntese proteica 
- Deposição de glicogênio nas células da musculatura lisa uterina, permite a contração da musculatura junto com o cálcio 
- Síntese de colágeno 
- Produção de receptores para outros hormônios 
- Preparo do endométrio para a ação da progesterona 
- Preparo da glândula mamária para a ação da progesterona e prolactina 
- Preparo da sínfise púbica para a ação da relaxina 
• Progesterona:
- é indispensável para a manutenção do embrião no útero e a manutenção da gestação em todos os mamíferos 
- Ela alcança picos em períodos diferentes nas espécies domésticas 
- Ela só possui ação pois o útero foi previamente sensibilizado pelo estrógeno 
× Ações da progesterona: 
- Ela faz a transformação de corpo lúteo cíclico, para corpo lúteo gravídico 
- Alterações das glândulas endometriais favorecendo secreções que irão nutrir o embrião, produção do leite uterino
- Economia do metabolismo corporal
- Uso eficiente dos nutrientes 
- Aumento do apetite e ganho de peso
- Diminuição da atividade física 
- Faz o bloqueio progestacional: Mantém o cérvix e miométrio em queiscência, em repouso, bloqueando os canais de cálcio e impedindo assim as contrações uterinas 
- Tem ação em glândula mamária, aumentando os ácinos e ductos para a produção de leite 
∆ Bovinos: 
- Corpo lúteo é a principal fonte de progesterona durante toda a gestação 
- Luteólise no pré-parto 
- Fonte secundária é a placenta 
∆ Ovinos:
- Corpo lúteo fica funcional secretando progesterona por 60 dias 
- 60 dias após a placenta começa a produzir progesterona 
∆ Caprinos: 
- Corpo lúteo é a principal fonte de progesterona 
∆ Suínos: 
- Corpo lúteo é a principal fonte de progesterona 
- Queda da produção dias antes do parto
∆ Equinos: 
- Possui o corpo lúteo primário secretando progesterona 
- Depois ocorre a formação dos corpo lúteos acessórios 
- Depois ocorre luteólise total e a placenta que mantem a gestação até o final 
• Relaxina: 
- Sintetizada pelo corpo lúteo e placenta na maioria das espécies 
Apresenta picos na metade do final da gestação 
× Ações da relaxina: 
- Tornar maleável o ligamento da sínfise púbica, ampliando o canal do parto 
- Atua na cérvix, facilitando sua abertura 
- Atua no útero, inibindo a contração, ela inibe a ocitocina 
- Atua na glândula mamária, inibindo a lactação 
- Ação luteotrófica
• Proteína B da gestação:
- Produzida pela placenta 
- É uma substancia de reconhecimento da gestação 
• Lactogênio placentário: 
- Hormônio proteico 
- Presente em ruminantes em geral 
- Produzido pela placenta 
× Ações do Lactogênio placentário: 
- Lactação 
- Estimula o desenvolvimento mamário e fetal 
• Corpo lúteo:
- Se não houver fecundação e consequente gestação o corpo lúteo se chama, corpo lúteo cíclico e terá vida curta
- Se houver fecundação e gestação o corpo lúteo de chama corpo lúteo gravídico ou gestacional e se manterá até um tempo da gestação 
- Corpo lúteo libera progesterona para manter a gestação 
∆ Equinos: 
- Em éguas existe o desenvolvimento folicular mesmo na gestação com a formação de corpo lúteos acessórios com produção de eCG.
- Esses folículos vão se luteinizar pela ação de uma pequena quantidade de LH, eles não irão ovular pois não haverá pico de LH para isso.
- Esses folículos luteinizados ficaram produzindo progesterona durante a gestação. 
- Após um tempo ocorrerá e luteólise geral e a placenta que assumirá a produção de progesterona para dar andamento na gestação 
∆ Cadelas: 
- Em cadelas o corpo lúteo se mantem durante toda a gestação 
∆ Vacas: 
- O corpo lúteo produz progesterona até o final da gestação. 
- Ao final da gestação a prostaglandina f2α faz luteólise no corpo lúteo, caem os níveis de progesterona, e aumentam os níveis de estrógeno e prolactina 
∆ Suínos: 
- Os suínos possuem o corpo lúteo funcional durante toda a gestação
- Somente alguns dias antes do parto que o corpo lúteo sofre luteólise e o estrógeno entra em ação. 
∆ Cabras: 
- Possuem o corpo lúteo funcional durante toda a gestação e este sofre luteólise ao final da gestação
∆ Ovelhas: 
- O corpo lúteo permanece funcional por 2 meses, depois sofre luteólise 
• Hipófise anterior – Adenohipófise 
- Produz diversos hormônios durante a gestação 
× Ações dos hormônios: 
• LH: 
- Constante secreção para manter a vida o corpo lúteo. 
- Em equinos o eCG, tem ação luteinizante 
• Prolactina: 
- Hormônio proteico 
- Atua no comportamento materno
- Atua na manutenção do corpo lúteo em algumas espécies 
- Atua na lactação, maior importância na metade para o final da gestação. 
- A falta da prolactina causa rejeição da cria por parte da mãe 
- Efeito luteotrófico, impede a degradação da progesterona 
• Ocitocina: 
- Produzida pelo hipotálamo e armazenada pela hipófise 
- Atua na contração de uterina e alvéolos mamários 
- Depende de receptores desenvolvidos pelo estrógeno 
• Concepto – Feto:
- Produz substancias que previnem a secreção de prostaglandinas 
∆ Ruminantes em geral:
- O feto previne a secreção de prostaglandina f2α para que não ocorra luteólise 
→ Os trofoblastos do feto secretam Interferon-T ou Trofoblastina
- É uma ocitocina com ação parácrina 
- Ela atua diretamente nas células endometriais estimulando a produção de proteínas(leite uterino) e inibindo a produção de prostaglandina f2α 
∆ Suínos:
- O blastocisto produz estrógeno para reconhecimento materno da gestação 
- Mais tardiamente ocorre a produção de Interferon-T pelos trofoblastos 
II. Duração/Fases da gestação
→ A duração da gestação é o período compreendido entre o intervalo de serviço fértil e a data do parto 
→ Fêmeas mais velhas tendem a ter gestações mais longas, enquanto que as fêmeas multíparas, onde a gestação possui vários filhotes tendem a ter gestações mais curtas 
- Fêmeas multíparas: Terão uma gestação com vários filhotes 
- Fêmea unípara: Terão umagestação com somente um filhote 
- Fêmeas nulíparas: Fêmea que nunca pariu 
- Fêmeas pluríparas: Fêmeas que já tiveram várias gestações 
• Fase de ovo: 
- É o período mais curto 
- Vai desde a fecundação até a formação do blastocisto 
• Fase de embrião: 
- Desde a formação da placenta até a mineralização do embrião 
• Fase de feto:
- Período mais longo 
- Ocorre o crescimento de tecidos pré-diferenciados 
- Vai desde o crescimento do feto até o parto 
III. Modificações físicas da gestante 
• Balanço hidro-eletrolítico:
- Expansão do volume sanguíneo materno 
- Aumento do volume plasmático em 10-40%
- Aumento do volume total de hemácias 
- Diurese no período pós-parto, redução do volume plasmático 
• Modificações hemodinâmicas:
- Aporte sanguíneo uterino adequado 
- Trocas de calor do feto 
- Preparo da glândula mamária para lactação 
- No parto o debito cardíaco aumenta nas contrações uterinas 
- Ocorre aumento do retorno venoso no parto 
- Taquicardia relativa 
- Aumento do volume cardíaco discreto 
• Modificações metabólicas: 
- Aumenta a necessidade de energia e nutrientes na gestação e lactação 
- Ofertar alimentos de alta digestibilidade e energeticamente densos 
- Elevada demanda energética 
- Diminuição da capacidade estomacal 
- Diminuição do bolo fecal 
- Não suplementar com cálcio pois isso pode inibir a paratireoide. Se isso ocorrer a fêmeas no pós parto não terá reservas de cálcio e isso pode levar a eclampsia 
OBS: Resistencia insulínica 
- Durante a gestação ocorre uma pseudo diabetes nas fêmeas, pois os níveis de glicose aumentam ocorrendo a resistência insulínica 
- A fêmeas produz insulina, mas a mesma não age 
- Ocorre quando há redução na sensibilidade dos tecidos em responder as concentrações normais de insulina 
- Em vacas a resistência insulínica no final da gestação e início da lactação é algo normal. Pois são adaptações necessárias para garantir o fornecimento de glicose para o útero gestante, o feto e glândula mamária. 
• Modificações anatômicas: 
→ Vulva e vagina:
- Inicio da gestação, mucosa pálida e seca 
- Final da gestação pela ação do estrógeno: Edema e aumento da vascularização 
→ Cérvix:
- Inicio da gestação: Compactamente fechada, presença de tampão cervical, muco viscoso 
- Final da gestação: Descargas de muco antes do parto 
→ Útero: 
- Quando o embrião chega no útero o endométrio está em proliferação celular
- Durante a gestação o útero entra em hipertrofia pois precisa acompanhar o crescimento fetal, e logo depois ele dilata 
- Secreção do leite uterino 
→ Ovários: 
- Mudança de corpo lúteo cíclico para corpo lúteo gravídico 
3) Fisiologia do parto 
→ Processo fisiológico através do qual o feto e envoltórios fetais são expulsos do útero havendo dilatação da via de expulsão fetal e contrações uterinas e abdominais 
a.) Desencadeamento do parto 
- O feto que sinaliza o momento do parto 
- Durante a gestação ocorre sensibilização da adrenal do feto ao ACTH, o hipotálamo passa a responder aos hormônios placentários 
I – Sinalização do feto
- O feto sinaliza que é o momento do parto pois o ambiente em que ele está não é mais favorável para ele, se ele continuar nesse ambiente poderá ocorrer hipóxia fetal, com mudanças da pressão sanguínea e disponibilidade de glicose 
- Ocorre aumento dos níveis de cortisol fetal que é o indicio de que está na hora do parto, é uma sinalização de desconforto fetal, ele não cabe mais no útero da mãe 
• Cortisol: 
- O cortisol fetal estimula a placenta a converter a secreção de progesterona em estrógeno pela ação da enzima 17α-Hidroxilase 
• Estrógeno: 
- O estrógeno disponibilizam fosfolipases A que fazem hidrolise dos fosfolipídios com liberação de ácido araquidônico que é importante para a síntese da prostaglandina f2α 
- O estrógeno faz o miométrio responder ao aumento dos níveis de ocitocina para haver relaxamento da cérvix e início das contrações 
- O estrógeno induz a liberação de ocitocina pelo Reflexo de Fergunson
∆ Reflexo de Fergunson: 
- Com a passagem do feto pelo canal do parto ocorre a estimulação dos nervos sensoriais do hipotálamo e hipófise
- O estimulo nervoso sensorial caminha até a hipófise e sinaliza para ocorrer a liberação de ocitocina 
• Ocitocina:
- Estimula as contrações uterinas 
• Prostaciclinas:
- O útero produzirá prostaciclina (PGI2) que é um potente vasodilatador para aumentar a perfusão vascular da placenta 
• Prostaglandina: 
- A prostaglandina f2α fara a lise do corpo lúteo e aumentara a contratilidade do endométrio 
- A prostaglandina f2α libera os íons de cálcio que se ligam as fibras de actina e miosina para ocorrer a contração do útero e o relaxamento da cérvix 
• Relaxina: 
- Faz a separação da sínfise púbica 
- Relaxamento da cérvix 
• ACTH:
- Promove relaxamento da cérvix no momento do parto 
Fatores hormonais: CRH, ACTH, cortisol, baixa de P4, alta de E2, PGF2α, ocitocina 
Fatores mecânicos: Contrações miométricas e abdominais, compressão do feto sobre a cérvix 
Fatores nervosos: Estímulos originados na cérvix que atingem o hipotálamo 
II – Sinais da aproximação do parto 
- Busca solidão 
- Porcas, cadelas e gatas constroem ninhos 
- Inapetência, ansiedade, agitação 
- Deita, levantar, rolar 
- Aumento de ácido hialurônico que leva a liquefação do tampão mucoso e dilatação da cérvix 
- Gatas: Irrequietas, se escondem, inapetência, descarga de fluido clara, miam com frequência 
• 3 a 6 semanas antes: 
→ Éguas e vacas: 
- Desenvolvimento das mamas(mojo), as mamas começam a se encher de leite 
• 1 a 3 semanas antes:
→ Éguas e vacas:
- Possuem o afrouxamento das articulações e ligamentos da pelve, relaxamento da musculatura da garupa
- Andar inseguro 
- Ossos pélvicos mais proeminentes 
- Edema de vulva e hiperemia de mucosa vaginal 
• 2 a 3 dias antes: 
→ Éguas e vacas:
- Produção de colostro, colostro com aspecto mais pegajoso, tipo chiclete 
- Serosidade na extremidade do teto
• 1 dia antes:
- Muco em forma de cordões 
- Mudanças na secreção da glândula mamária, de aquosa para viscosa 
• Momentos antes: 
→ Éguas e vacas:
- Aumento de temperatura 
- Aumento de cálcio no leite 
- Inversão das concentrações de sódio e potássio, potássio fica mais alto 
→ Cadelas e gatas: 
- Temperatura corporal cai 1°C
- Pode ocorrer hipotermia pela ação da prostaglandina f2α 
- A descida do leite pode ocorrer de 2 semanas até algumas horas antes do parto 
III – Fases do parto 
1° Estágio – Fase de insinuação 
- Dilatação da via fetal
- Contrações uterinas (não visíveis)
- Apresentação do feto na cérvix pelo aumento da atividade do miométrio pela ação da PGF2α 
2° Estágio – Fase de insinuação 
- Rompimento das membranas fetais 
- Alantocório empurrado pelo útero para a cérvix 
- O rompimento do alantocório libera um fluido importante para a lubrificação do canal do parto 
- Ocorre as contrações visíveis 
- Cérvix se abre e o feto passa pelo canal pélvico acionando o Reflexo de Fergunson
- Ocorre a liberação de ocitocina 
- Ocorre o nascimento do feto
3° Estágio – Fase de expulsão 
- É a expulsão das membranas fetais 
- Pode demorar para sair totalmente a placenta e as membranas fetais em algumas espécies 
- Se necessário fazer a aplicação de ocitocina exógena para auxiliar na expulsão 
4) Neonatologia veterinária 
→ Há algumas diferenças entre os neonatos herbívoros e carnívoros em termos de adaptações evolutivas 
- As adaptações evolutivas são dadas pois alguns são presas, outros são predadores 
• Herbívoros: 
- Nascem mais bem desenvolvidos que os carnívoros pois são presas 
- Nascem de pé, olfato, visão, audição, aparelho locomotor bem desenvolvidos 
- Gestação mais prolongada 
- Melhor adaptação neonatal ao nascimento
- Possuem neurônios mielinizados, com sinapses mais adequadas 
- Possuem o reflexo do tremor 
- Nascem homeotérmicos, conseguem controlar sua temperatura 
• Carnívoros: 
- Nascem totalmente dependentes da mãe 
- Visão, audição, aparelholocomotor pouco desenvolvidos
- Não possuem o reflexo do tremor 
- Nascem como se fossem pecilotérmicos, não conseguem manter sua temperatura corpórea 
→ Período Neonatal: É variável de espécies para espécies 
- É um período crítico pois o animal precisa terminar de se desenvolver no ambiente extra uterino 
- Precisará fazer o amadurecimento fisiológico dos sistemas: Hematológico, renal, hepático, gastrointestinal, imune, musculo-esquelético 
a.) Período de transição do neonato
• Termorregulação: 
- Os neonatos perdem calor com facilidade pois sua massa corpórea é muito menor que a superfície 
- Os neonatos nascem com uma pequena quantidade de tecido adiposo marrom, este é repleto de mitocôndrias com alta taxa de metabolização e energia, mas esse tecido sofre oxidação não dando conta de aquecer o neonato após o nascimento 
- Quando os carnívoros nascem podem ser considerados pecilotérmicos, já que não conseguem controlar sua temperatura corpórea, está varia com o ambiente. Por isso é necessário todo cuidado com os neonatos com relação ao aquecimento e umidade do ar pós nascimento 
∆ Reflexo do tremor: 
- É o reflexo de tremer quando sentem frio, reflexo de contrações musculares
- Os herbívoros já possuem no momento do nascimento, já os carnívoros não possuem
• Aparelho cardiovascular: 
- Frequência cardíaca nos neonatos são maiores para manter a perfusão vascular periférica 
- Tem menor resistência periférica e por isso menor pressão sanguínea e portanto não consegue direcionar o sangue da periferia para os órgãos vitais 
- Isso faz com que tenham maior frequência cardíaca, com maiores débitos cardíacos e maiores volumes plasmáticos 
- Sistema de baixa resistência e alto fluxo 
• Aparelho respiratório: 
- Possuem baixa capacidade residual nos pulmões 
- Seus receptores carotídeos são imaturos e demoram para perceber as altas concentrações de gás carbônico, isso pode levar a acidose e hipóxia dos neonatos 
- Precisa ocorrer a expansão dos pulmões após o parto 
- No momento imediato da expulsão do feto este está em hipóxia pois já perdeu a conexão com o cordão umbilical e este está envolvido na placenta com líquido amniótico dentro dos pulmões 
- O neonato precisará expulsar esse liquido retido para que ocorra a expansão dos pulmões 
- Não se deve chacoalhar o neonato para auxiliar na expulsão do líquido dos pulmões, pode-se fazer uma massagem torácica leve para ajudar 
• Aparelho urinário:
- Não tem maturidade renal 
- Então apresentam diminuição da concentração urinária, diminuição da taxa de filtração glomerular, diminuição do fluxo plasmático renal 
- Podem ficar facilmente desidratados pois, retém poucos sais e ocorre pouca filtração, então a urina se torna abundante 
- Como não possuem boa filtração glomerular, podem ter nefrotoxicidade
• Aparelho hepatobiliar: 
- Possuem imaturidade hepática 
- Possui baixa atividade da enzima citocromo P450, isso impede a devida metabolização dos fármacos e pode causar nefrotoxicidade 
- Colestase funcional, os ductos biliares não são funcionantes ainda, não consegue liberar a bile 
- Os neonatos apresentam reservas limitadas de glicogênio, o que pode acarretar em situações de hipoglicemia 
• Aparelho hematopoiético
- Possuem uma anemia fisiológica no primeiro mês de vida 
- Possuem menor taxa de hemoglobina 
b.) Assistência ao neonato 
→ Fazer a avaliação dos neonatos por meio de parâmetros previamente estabelecidos
- Neonatos hígidos: São aqueles que apresentam bons parâmetros, não precisam de assistência
- Neonato deprimido: São aqueles que possuem parâmetros ruins e necessitam de assistência 
 
I – Assistência ao neonato deprimido - Pequenos animais 
- Remoção da membrana amniótica 
- Limpeza das secreções oro-nasais
- Massagem/Fricção torácica 
- Clampeamento do cordão umbilical 
- Avaliação clinicas dos parâmetros previamente estabelecidos
II – Assistência ao neonato deprimido – Grandes animais 
- Plano inclinado 
- Limpeza das secreções oro-nasais, utilizar a bomba de sucção 
- Massagem/fricção torácica/fontes de calor externa 
- Clampeamento do cordão umbilical 
- Avaliação clínica dos parâmetros previamente estabelecidos
a.) Cuidados gerais: 
• Úraco persistente: 
- Persistencia da conexão tubular entre umbigo e bexiga 
- Ocorre o rompimento precoce, má ligadura do cordão, inflamação/infecção
- Ocorre gotejamento da urina, pelos umedecidos 
- Tratamento cirúrgico, cauterização 
• Onfalite/Onfaloflebite:
- Inflamação das estruturas umbilicais, veias, artérias, úraco e adjacências 
- Ocorre dilatação umbilical, drenagem purulenta, assintomático, dor a palpação, disúria, polaciúria, septicemia 
- Tratamento de suporte para a infecção, cirúrgico
c.) Estática fetal
I – Parto eutócico 
- Parto sem complicações, normal e sem intervenções 
- Estática fetal normal 
 
II – Parto distócicos
- Parto com complicações e com a necessidade de intervenções 
a.) Distocias de origem fetal:
∆ Podem ter várias apresentações:
- Elas relacionam os eixos longitudinais do feto e da mãe 
→ Apresentação longitudinal 
A – Longitudinal anterior 			B – Longitudinal posterior
 
→ Apresentação transversal 
A – Transversal dorsal: A coluna vertebral do feto que se insinua para fora
B – Transversal ventral: A porção ventral e membros do feto se insinuam para fora
→ Apresentação vertical 
- O eixo longitudinal do feto e da mãe fazem 90°
A – Vertical dorsal 
B – Vertical ventral 
∆ Podem ter várias posições:
A – Posição superior: Dorso do feto se relaciona com as porções dorsais da mãe 
B – Posição inferior: Ventre do feto se relaciona com as porções dorsais da mãe 
C – Posição lateral esquerda: Dorso do feto se relaciona com a parede abdominal lateral esquerda da mãe 
D – Posição lateral direita: Dorso do feto se relaciona com a parede abdominal lateral direita da mãe 
∆ Podem ter várias atitudes: 
- Tem relação com a posição dos membros do feto 
A – Atitude estendida: Membros estendidos 
B – Atitude flexionada: Membros flexionados 
b.) Manobras para correção de posição anômala dos fetos
• Retropulsão: é o ato de empurrar o feto para dentro do útero a fim de tentar se criar um espaço para conseguir retifica-lo 
• Extensão: é o ato de entender as partes que estão flexionadas 
• Tração: é o ato de tracionar o feto pelas suas partes insinuadas
• Rotação: é o ato de girar o feto sobre seu eixo longitudinal 
• Versão: é o ato de alterar a posição transversal dorsal ou ventral

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