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Esquistossomose

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PARASITOLOGIA – ESQUISTOSSOMOSE
Doença crônica causada por parasitas do gênero Schistosoma. Também é conhecida, principalmente, por doença do caramujo ou “barriga d’água”.
FAMÍLIA: Schistosomatidae
ESPÉCIES: Schistosoma mansoni
 Schistosoma americanum
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: homem
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: caramujo do gênero Biomphalaria
HABITAT: sistema porta e veias mesentéricas superiores (verme adulto)
MORFOLOGIA
O ovo tem formato oval e na parte mais larga apresenta um espículo voltado para trás. O ovo maduro é caracterizado pela presença de um miracídio formado, e é encontrado nas fezes.
O miracídio tem forma cilíndrica e apresentam cílios que o permite movimento no meio aquático. Esta forma é atraída por miraxones, substâncias químicas liberadas pelo caramujo que conferem afinidade com o miracídio e o faz deslocar até o molusco. 
A cercária contem uma cauda bifurcada e uma ventosa oral ou acetábulo que confere fixação à pele do hospedeiro durante o processo de penetração. A cauda só serve para movimentação da larva. Esta forma é dividida em corpo e cauda e é a forma infectante.
O verme adulto tem cor esbranquiçada e é recoberto por pequenas projeções chamadas tubérculos. O corpo é dividido em anterior, e posterior. A fêmea tem cor mais escura que o macho e é maior. O macho não apresenta órgão copulador: a fêmea se abriga no canal ginecóforo dele e recebe um “banho” de gametas.
TRANSMISSÃO
Penetração das cercarias na pele ou mucosa, geralmente pelos pés ou pernas, que ficam em contato com água contaminada.
CICLO
É heteroxênico. As fêmeas realizam ovipostura na submucosa, os ovos levam 1 semana para amadurecer (formar o miracídio) e então seguem para a luz intestinal (apenas 50% deles conseguem, o resto morre);
Da luz intestinal eles vão para o exterior por meio das fezes e, ao alcançarem a água, os ovos liberam os miracídios;
Os miracídios são atraídos pela miraxone liberada pelo caramujo e penetram nele;
Após a penetração, a forma perde algumas estruturas e se transforma num saco com paredes cuticulares, conhecido como ESPOROCISTO. O esporocisto dará origem a cercária;
As cercarias vão para o meio aquático e quando alcançam a pele humana, por meio das glândulas de penetração e movimentos vibratórios, penetram na pele. Apenas o corpo penetra, a cauda é perdida durante o processo. Caso sejam ingeridas, elas penetram apenas pela mucosa oral, pois no estômago são destruídas pelo suco gástrico;
O ESQUISTOSSÔMULO (cercária - cauda, larva resultante da penetração) penetram num vaso sanguíneo e transitam até os pulmões. Dos pulmões, vão para o sistema porta;
No sistema porta eles se alimentam e se desenvolvem em vermes adultos. Daí migram acasalados até a veia mesentérica superior, onde a fêmea realizará ovipostura.
SINTOMAS
Caso haja morte do parasito durante a penetração ocorre prurido, vermelhidão e formação de pápulas na região. A presença do esquistossômulo nos pulmões pode causar tosse, e caso os ovos sejam arrastados para o fígado pode haver a formação de GRANULOMAS (ovo + células imunológicas), que podem levar à fibrose no órgão. As consequências desse processo são a hepatomegalia, esplenomegalia e uma circulação colateral, que aumentará o calibre de veias do sistema portal e pode gerar uma hemorragia grave (HIPERTENSÃO PORTAL). Este quadro extravasa líquidos que se acumulam na cavidade peritoneal, que é denominado ASCITE.
FASE AGUDA – febre, sudorese, calafrios, emagrecimento, diarreia, cólicas, tenesmo, formação de granulomas e hepatoesplenomegalia.
FASE CRÔNICA – gera complicações em várias formas, dependendo dos órgãos atingidos (intestinal, hepática, esplênica, vasculopulmonar, neural, renal).
DIAGNÓSTICO
Avaliação clínica, exame parasitológico de fezes, biópsia retal e hepática.
TRATAMENTO
Drogas: Oxamniquina e praziquantel.
PROFILAXIA
Saneamento básico
Tratamento da população
Evitar contato com água contaminada

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