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2 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Rio de Janeiro, 20 de setembro de 2017. Rael Policarpo N° de matrícula: 201501389742im Professor: Harmerson Nascimento Pratica Simulada AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTENCENTE À V ARA CÍVEL Nº__ DA COMARC A DE NOVA FRIBURGO - RJ (10 LINHAS) JOAQUIM MARANHÃO, ANTÔNIO MARANHÃO E MART A MARANHÃO, irmãos, brasileiros, estados civis ignorados, residentes e domiciliados em Nova Friburgo-RJ, inscritos no registro geral sob os correspondentes números:______ e no cadastro nacional de pessoas físicas Nºs___________, vêm, muito respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração acostada aos autos, com registro na ordem dos advogados do Brasil sob o nº: XXX- XX-CE, PROPOR, EM LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO UNITÁRIO, PELO RITO COMUM, AÇÃO REAL ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO DE COMPRA E VENDA CUMULADO COM PEDIDO DE CANCELAMENTO DE REGISTRO DE ESCRITURA PÚBLICA DO IMÓVEL ATINGIDO, em face de MANUEL MARANHÃO e FLORINDA MARANHÃO, pais dos autores, brasileiros, casados, residentes e domiciliados em Nova Friburgo-RJ, identificados sob os respectivos números de registro geral de pessoas físicas ignorados, PELOS MOTIVOS QUE PASSA A EXPOR: I – DAS PRELIMINARES: I.II. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA Requer os Autores, nos termos da lei nº1.060 de 1950, e do artigo 98 e seguintes do CPC, que lhes sejam deferidos os benefícios da justiça gratuita, tendo em vista em que os mesmos não podem arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio e de suas famílias. Nesse sentido: Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, das despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. (CPC). I.III. DA COMPETÊNCI A DO JUÍZO É competente o presente foro para a propositura desta ação anulatória, haja vista o cerne do caso em tela tratar-se de discursão acerca da efetiva validade de negócio jurídico de compra e venda, e com isso, resta–se nítido tratar-se de direito pessoal, podendo, pois, a presente demanda ser postulada no domicílio dos réus, conforme dicção do artigo 46, caput, do CPC/15. Nesses termos: Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. (CPC). II – DOS FATOS Ocorre que os Réus Manuel Maranhão e Florinda Maranhão, pais dos Autores, com o objetivo de ajudar o neto, Ricardo Maranhão, filho de Marta, que não possuía casa própria, venderam-lhe um de seus imóveis, no caso em tela, um sitio situado na Rua Bromélia, nº138, Centro, Petrópolis/RJ., por preço certo e ajustado em R$200.000,00 (duzentos mil reais), venda consagrada através de Escritura de Compra e Venda lavrada no dia 20/09/2015, no Cartório do 4º Ofício de Nova Friburgo e devidamente transcrita no Registros de Imóveis competente. O negócio jurídico fora celebrado sem a expressa anuência dos demais filhos acerca do referido contrato de compra e venda. É o que se tem de mais imperioso a relatar. Passa-se agora à análise do mérito da questão. III – DO MÉRITO III. I. D A ANULABILIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO Excelência, o negócio jurídico do caso ora sob análise, não deixa dúvidas sobre a sua passividade de anulação, por inequívoco convencimento de que ocorrera a venda do imóvel sem o consentimento expresso dos demais descendentes, havendo, pois a possibilidade de anulação nos termos do artigo 496 do CC e jurisprudência pacificada no Superior Tribunal de Justiça. Veja-se. Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. (CC) RECURSO ESPECIAL Nº 953.461 - SC (2007/0114207-8) RELATOR: MINIST RO SI DNEI BENETI RECORRENTE: PATRICK SANTOS GOMES ADVOGADO : ALEX SANDRO SOMMARIVA RECORRIDO: ARLEY GOMES E OUTRO ADVOGADO: CRISTIAN ESMERALDINO FERREIRA EMENTA DIREIT O CIVIL. VENDA DE ASCENDENTE A DESCENDENTE SEM ANUÊNC IA DOS DEMAIS. ANULABILIDADE. REQUISITOS DA ANULAÇÃO PRESENTES. 1.- Segundo entendimento doutrinário e jurisprudência majoritário, a alienação feita por ascendente à descendente é, desde o regime originário do Código Civil de 1916 (art.1132), ato jurídico anulável. Tal orientação veio a se consolidar de modo expresso no novo Código Civil (CC /2002, art.496). 2.- Além da iniciativa da parte interessada, para invalidação desse ato de alienação é necessário: a) fato da venda; b) relação de ascendência e descendência entre vendedor e comprador; c) falta de consentimento de outros descendentes (CC/1916, art. 1132) , d) a configuração de simulação, consistente em doação disfarçada (R Es p 476 5 57 /PR, Rel. Min. NANCY ANDRIGHI , 3ª T., DJ 22.3.2004) ou, alternativamente, e) a demonstração de prejuízo (EREsp 661 858/ PR, 2ª Seção, Re l.Min. FERNANDO GONÇALVE S, Dj e 19.12.2008; REsp 752149/ AL, Rel. Min. R AUL ARAÚJO, 4ªT., 2.10.2010) . 3.- No caso concreto estão presentes todos os requisitos para a Anulação do ato. 6 4.- Desnecessidade do acionamento de todos os herdeiros ou citação destes e para o processo, ante a não anuência retorquível de dois deles para com a alienação realizada por avô a neto. 5.- Alegação de nulidade afastada, pretensamente decorrente de julgamento antecipado da lide, quando haveria alegação de não simulação de venda, mas, sim, de efetiva ocorrência de pagamento de valores a título de transferência de sociedade e de pagamentos decorrentes de obrigações morais e econômicas, à ausência de com provação e, mesmo, de alegação crível da existência desses débitos, salientando-se a não especificidade de fatos antagônicos aos da inicial na contestação (CPC, art .302), demo do que válido o julgamento antecipado da lide. 6.- Decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina subsistente, Recurso Especial improvido. (Grifos nossos) Deste modo, por todo exposto, requer os Autores, a declaração de anulação do contrato de compra e venda do imóvel aqui discutido. III. II . DO CANCEL AMENTO DO REGIS TRO D A ESCRITURA PÚBLICA DO IMÓVEL Conforme se demonstrou no tópico anterior, uma vez julgado pelo ínclito Magistrado a nulidade do contrato de compra e venda firmado no caso ora sob análise, deve-se ater-se, em ato contínuo, a cerca da carência de cancelamento do registro da escritura pública que se deu na data de 20 de setembro de 2015, em consonância ao dispõe o artigo 250, inciso I, da Lei de registros públicos (lei nº6015/73), devendo regressar a propriedade do bem imóvel em questão aos antigos donos. IV – DOS PEDIDOS Por todo o exposto, uma vez constatado a efetiva anulabilidade do negócio jurídico celebrado, requer, desde logo, os Autores: I.A declaração de anulação do contrato de compra e venda do imóvel aqui discutido, nos termos do artigo 496 do CC; II. O cancelamento do registro da escritura pública, tendo em vista a patente ilegalidade do ato originário, devendo, pois, ocorrer a expedição de ofício à autoridade competente para que haja a efetiva regressão do direito de propriedade a os antigos donos do imóvel; III. Protestar em provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, estando já em poder de certidões de nascimento, cópia da escritura pública do imóvel; V. Deixar expresso a NÃO POSSIBILIDADE para audiência de mediação e conciliação; VI. Honorários advocatícios em 20% sobre o valor da causa. VII. O deferimento do pedido de justiça gratuita, visto que os mesmos são pobres no sentido jurídico do termo. Dar-se-á o valor da causa em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). Nestes termos, pede e espera deferimento. Fortaleza-Ce, segunda-feira, 27 de março de 2017. MAXSUEL GOMES OAB/CE XX.XXX-X DE 7 PÁGerson, brasileiro, solteiro, médico, inscritono CPF xxxxxxxxxxxxxx, E-mail: xxxxxxxxxxx@xxxxx, residente e domiciliado: Vitória/ES. Representado pelo seu Advogado,xxxxx OAB/RJ xxxxxxxxxxxx, domiciliado xxxxx, E-mail: xxxxxxxx@xxxxxxx. para fins do artigo 319, I I e a rt. 77, V do CPC. Vem a presença de V.Exª. propor a presente demanda. Gerson, brasileiro, solteiro, médico, inscrito no CPF xxxxxxxxxxxxxx, E-mail: xxxxxxxxxxx@xxxxx, residente e domiciliado: Vitória/ES. Representado pelo seu Advogado,xxxxx OAB/RJ xxxxxxxxxxxx, domiciliado xxxxx, E-mail: xxxxxxxx@xxxxxxx. para fins do artigo 319, I I e a rt. 77, V do CPC. Vem a presença de V.Exª. propor a presente demanda.
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