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Abordagem Sistêmica Escola da Ponte

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- Abordagem Sistêmica 
A teoria dos sistemas foi apresentado em 1937 por Ludwing seu criador, este cientista gostaria de contrapor o modelo mecanicista-vitalismo, na área da biologia. Ele era biólogo.
Este modelo mecanicista-vitalismo analisava o organismo em partes, ignorando os problemas de organização das partes.
A visão sistêmica do mundo não se divide, fundindo-se todas as partes do universo.
A família, o meio social e a educação seriam a visão sistêmica
Um sistema deve ser entendido com componentes interdependentes que possuem dinâmica própria.
Os pontos de alavancagem que ao serem mobilizados gerariam efeitos em outras ou em todo o sistema. E em análise a intervenção sobre o sistema escolar pode ser encontrado nas relações interpessoais que caracterizam o processo de ensino-aprendizagem.
Existem diferentes modelos teóricos que buscam entender as relações interpessoais. O desafio é manter a coerência epistemológica.
Alguns problemas da escola tradicional, e a abordagem do mesmo versus a Escola da Ponte e a sua abordagem sistêmica:
Na escola tradicional o aluno senta um atrás do outro, na sistêmica não, e com isso nem tão pouco na Escola da Ponte, eles se sentam de frente um para o outro.
A professora na escola tradicional faz uma pergunta e um de cada vez responde a pergunta, parece familiar isso com todos nós que não estudamos numa escola como a Escola da Ponte, este modelo tem o problema de colocar os alunos uns contra os outros, os alunos competem pela oportunidade de brilhar, e em uma sala de aula competitiva não é o melhor ambiente neste sentido, na escola da Ponte não é assim, os alunos fazem perguntas para o professor de maneira individual, e não coloca os alunos em situação de competitividade.
Na escola tradicional o professor fala muito e quando os alunos se integram com a aula, existe uma longa fila de espera, cada um por vez a sanar suas dúvidas. Na escola da Ponte, os alunos são atendidos um por vez, não necessariamente que o grupo fique esperando a sua vez para perguntar. Muitos alunos que ficam esperando se dispersam ou não querem participar.
Escola da Ponte:
É uma escola reconhecida mundialmente pelo seu projeto inovador, pois desde 1977 que seu lema é "tentar fazer crianças felizes" e baseia-se na autonomia dos alunos e professores, assim como, rompe o sistema padrão de seriação adaptando instituições de ensino em Portugal e grande parte do mundo.
É uma escola com práticas educativas alternativas, desde 1976, que se afastam do modelo tradicional. embora se insiram num método de ensino designado por indireto.
Tem como máxima o ensinar a liberdade, responsabilidade e solidariedade.
Assim como os alunos são educados para serem cidadãos, exercitando a cidadania. São chamados a praticar a democracia dentro da própria escola, como cidadãos autónomos. Na prática, tal como numa democracia organizam assembleias gerais e debates para resolverem problemas de disciplina e outros entre eles. O aluno e mesmo o professor que desrespeitar as regras, predeterminadas por eles mesmos, é convidado, perante todos, a refletir e pronunciar-se sobre seu comportamento dentro da escola.
Todos têm sua vez de brilhar.
O espaço é estruturado do modo que todos possam trabalhar com todos. Nenhum aluno é aluno de um professor só, nem um professor é professor só de alguns alunos.
A escola não tem paredes internas para separar os alunos de acordo com a idade ou série. Esses, por sua vez, se agrupam de acordo com a área de interesse a ser pesquisada, independente da faixa etária.
É uma escola sem turmas. Não existem salas de aula, no sentido tradicional, mas sim espaços de trabalho e de aprendizagem, onde são disponibilizados diversos recursos, como: livros, dicionários, gramáticas, internet, vídeos ou seja, várias fontes de conhecimento.
A abordagem sistêmica envolve todos os alunos. Então essa máxima é muito usada na Escola da Ponte.
Não há filas de carteiras, há mesas redondas. Não há aulas, há tempos. Não há disciplinas, há matérias. Não há professores, há orientadores educativos. Não há diretor, há gestor.
Cada aluno programa o seu trabalho. Às quartas-feiras, os alunos reúnem-se em redor do seu tutor e preenchem um plano de 15 dias. O tutor é quem acompanha de forma individual e permanente o percurso curricular de cada aluno.
A aprendizagem desenvolve-se em pequenos grupos de alunos com interesse comum por um assunto que se reúne com um professor ou orientador e, todos juntos, estabelecem um programa de trabalho de 15 dias. O professor dá orientação sobre o que as crianças devem pesquisar e onde e, ao fim de 15 dias, elas fazem uma avaliação do que aprenderam. Se os resultados forem positivos e conclusivos, o grupo dissolve-se e é formado outro para estudar uma nova matéria.
O trabalho segundo uma lógica de projeto e de uma equipe, estruturando-se a partir das interações entre os seus membros e a comunidade. Onde inclusivamente as crianças que sabem são incentivadas, por meios criados pela escola, para ensinar as crianças que não sabem.
A Educação sistêmica é bem abordado na Escola da Ponte de Rubem Alves sim, porque nesta Escola existe um olhar sistêmico, os professores têm ferramentas que buscam um melhor relacionamento, com os alunos, com a família e com o ambiente escolar.
O ensino tradicional envolve alguns alunos, mas não todos. A abordagem sistêmica é revolucionária neste aspecto, pois visa o envolvimento de todos, como o mesmo objetivo.
Vários estudos mostram o ganho em se aplicar a aprendizagem sistêmica, nos ganhos acadêmicos, como exemplo: a Escola da Ponte.

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