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A ESCOLA DA PONTE pronto (1)

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SUMÁRIO
Introdução.....................................................1
Desenvolvimento..........................................4
Resumo do Livro..........................................4
Análise do Livro............................................7
Considerações Finais...................................10
Referências Bibliográficas...........................11
1
INTRODUÇÃO
Este trabalho trata-se da análise do livro “A escola que sempre sonhei sem saber que pudesse existir” a partir da abordagem construtivista e da abordagem sistêmica.
Abordagem Construtivista:
Esta concepção foi desenvolvida por Jean Piaget, que estudava como a pessoa evoluía de raciocínio e conhecimento, juntamente com outros cientistas desenvolveu a Epistemologia Genética, a qual concebia que o nosso desenvolvimento e de nossas capacidades cognitivas evoluíam por etapas.
Piaget dizia que o conhecimento era consequente da interação entre o individuo e o objeto a ser conhecido, logo era visto como uma construção aberta e complexa. Esta interação ocorria por que a passagem de etapas começava do simples e conforme o individuo ia se intrigando, passaria por etapas mais complexas, isto ocasionado pelo objeto a ser conhecido, que causava perturbação e o individuo assim teria uma interação.
Segundo Piaget, todos os indivíduos eram “compostos” por estruturas cognitivas, ou seja, padrões de comportamento, padrões de pensamento, entre outros, pelos quais o individuo interage com o meio.
Um exemplo do que acontece com estas estruturas cognitivas pode ser dado pelo recém-nascido, que apresenta poucas destas estruturas e conforme vai interagindo com o meio, consegue aprimorar estas e também criar novas. Este aprimoramento das estruturas cognitivas e a criação de novas foram chamados de assimilação e de acomodação, por Piaget.
A assimilação ocorre quando o individuo introduz um novo objeto às suas estruturas cognitivas anteriores, ou seja, “vem” um elemento desconhecido de fora e você o explora e o absorve, “traz” para sua vida. Pegar, explorar e classificar são jeitos de assimilar.
Quando a pessoa assimila o novo estimulo e este não encaixa em nenhuma estrutura cognitiva anterior, ou cria uma nova estrutura para este novo estimulo, ou modifica uma estrutura que já existe que se equivale a este novo estimulo. Este processo é o chamado de acomodação, portanto não há assimilação sem acomodação.
Nesta abordagem, o conhecimento é uma construção resultante da interação entre o individuo e o objeto a ser conhecido. Nela, o professor precisa estar consciente do que faz e pensa sobre sua pratica pedagógica, conhecer os conteúdos escolares e as características dos seus alunos e deve priorizar uma postura de pesquisador e não apenas transmissor. Ele irá oferecer condições e orientar os alunos para promover desequilíbrio, más não oferecerá soluções prontas, portanto os alunos que devem buscar o reequilíbrio de seus sistemas cognitivos.
Por fim, no construtivismo o erro não deve ser considerado como oposto de acerto, pois o errado em um contexto pode estar certo em outro, o erro faz parte do processo de construção do conhecimento.
Abordagem Psicanalítica:
Sigmund Freud é considerado o pai da psicanalise, ele acreditava que experiências traumáticas ocorridas no passado, que estavam inconscientes, ocasionariam em distúrbios psicológicos. Esta abordagem considera a existência do consciente, experiências que estão à luz da razão, e do inconsciente, experiências e memorias que são dolorosas e muito angustiantes, na vida psicológica do individuo.
Segundo Freud, o inconsciente dirige pensamentos e comportamentos do individuo. Se os conteúdos comportados neste, viesse à tona no consciente, sendo pensamentos tão dolorosos, a pessoa surtaria, pois causaria muito sofrimento e angustia.
Através da abordagem psicanalítica, pretende-se trazer à consciência os conteúdos inconscientes e assim oferecer alivio ao individuo. Freud, pai da psicanalise, estava preocupado em relação ao tratamento e em como evitar a neurose, sintoma que a pessoa tem e que reflete alguma experiência traumática do passado, que ocorre por conta de um conflito entre duas estruturas da psique, o ego e o id.
De acordo com Freud, a psique é estruturada pelo id, ego e superego.
O id é a força que é regida pelo principio do prazer, um impulso instintivo. (É o seu “eu quero”.).
O superego são as limitações, é a estrutura que faz o individuo se sentir “culpado”, são as forças inibidoras, ou seja, proibições, limites, que são incorporadas inconscientemente. (É o seu “não posso”.).
O ego é a estrutura que media a situação entre as exigênciasdo id, as ordens do superego e as demandas da realidade, dá a saída mais sensata. (É o seu “eu sou”.).
Portanto, quando o ego não consegue conciliar de forma saudável as exigências do id com as demandas da realidade, ocasiona na neurose.
Freud, além de se interessar pelo tratamento e em como evitar a neurose, abordou sobre os motivos pelos quais os indivíduos tinham “um desejo pelo saber”, ou seja, os “por quês” de crianças, cientistas e todos os indivíduos que têm desejo pelo saber. Ele acreditava que o momento principal na vida de qualquer pessoa seria o da descoberta da diferença sexual anatômica (para ele, as primeiras investigações das crianças são sempre sexuais devido à sua necessidade de definir seu lugar no mundo.).
Meninos e meninas interpretavam que todos tinham ou deveriam ter pênis, porém descobrem que existem seres com pênis e seres sem pênis. A essa descoberta, deu-se uma interpretação: a falta de alguma coisa, que é um sentimento de perda.
O que eram antes interesses sexuais mudam para objetos não sexuais, as crianças deixam de lado esses interesses para explorar outras coisas da realidade, as quais irão nutrir a curiosidade ( isto fará com que surja o “desejo pelo saber”), esta mudança ocorre por meio da sublimação, um processo através do qual a libido se afasta do objeto sexual para outro tipo de satisfação. Então, o que promove originalmente o desenvolvimento intelectual é uma curiosidade sexual.
Nesta abordagem o ato de aprender exige uma relação com outra pessoa, portanto é necessariamente o aprender com alguém. A mesma mostra que o professor, pode propiciar ou não a aprendizagem, isso dependerá da transferência que o aluno realizará.
A transferência não é algo consciente. Se o aluno atribuiu ao professor um papel positivo, uma importância especial, haverá uma relação boa, portanto o aluno irá permitir ser influenciado pelo professor e irá ouvi-lo, tornando possível a aprendizagem. Caso o aluno atribua um papel negativo ao professor, o processo ensino-aprendizagem não acontecerá.
Ao mesmo tempo em que existe a transferência, também há a contratransferência, processo onde o professor tenta entender que tipo de relação o aluno transferiu para ele.
Por fim, percebe-se que nesta abordagem há ênfase na relação entre professor-aluno e nas condições para o aprender.
DESENVOLVIMENTO
Resumo do livro:
“A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir” é uma obra de Rubem Alves. Neste livro, há relatos dele e de outros autores sobre a Escola da Ponte.
Rubem Alves sempre sonhou com um sistema onde os alunos pudessem adquirir o conhecimento de forma prazerosa, sem ninguém impor este a eles, porém o que ele não tinha conhecimento sobre, era da existência de uma escola com este sistema sonhado por ele, a qual ele pôde visitar e nesta obra relatar sobre suas experiências vividas durante sua visita a essa escola, chamada Escola da Ponte.
O autor começa contando onde e como foi convidado a visitar essa escola. Em Portugal, Vila Nova de Famalicão, há um Centro de Formação Camilo Castelo Branco, dirigido pelo professor Ademar Santos. Este professor começou a ler alguns livros de Alves e começaram a trocar mensagens via e-mail, até que um dia este Centro de Formação o convidou a passar uma semana lá. Rubens Alves diz que já havia estado em Portugal, mas desta vez foi diferente,conheceu pessoas, conversou com elas, recebeu presentes e fez passeios, em meio a estes passeios estava a Escola da Ponte. 
A Escola da Ponte é dirigida por José Pacheco, quem Alves imaginou que fosse apresenta-lo a escola, porém quem o apresentou foi uma aluna de dez anos. E então começou a visita pela escola, enquanto aquela aluna ia explicando e mostrando a ele.
Nesta escola não há salas de aulas, como aqui, separadas em anos, também não há um professor que ensina a matéria. O aprendizado acontece a partir de grupos que são formados pelos próprios alunos, o critério para a formação era o interesse em comum. Após a formação, os alunos reúnem-se com uma professora, e a mesma estabelece um programa de trabalho de 15 dias, orienta os alunos sobre onde e o que devem pesquisar. Ao final, os alunos reúnem-se de novo e há uma avaliação do que aprenderam, se o que aprenderam foi adequado, desmontam o grupo e então outro é formado.
As salas daquela escola eram enormes, sem divisões e com varias mesinhas baixas, para as crianças. Em uma destas salas, Alves pôde ver as crianças trabalhando em seus projetos, cada uma de um jeito.
As crianças aprendem a ler lendo frases inteiras, e estas ficavam na parede e eram formuladas pelas crianças, que diziam o que elas estavam vivendo. “Aprendiam, assim, que a escrita serve para dizer a vida que cada um vive.”. Após Alves aprender sobre o modo como elas aprendiam a ler, perguntou a uma menina que estava sentada ao seu lado, escrevendo e consultando o dicionário, se ela estava consultando o dicionário porque não sabia a palavra, e ela explicou “Não, eu sei o sentido da palavra. Mas estou a escrever um texto para os miúdos e usei uma palavra que, penso, eles não conhecem.”. Na Escola da Ponte, as crianças que sabem ensinam as crianças que não sabem. “A aprendizagem e o ensino são um empreendimento comunitário.”.
Havia, em outra parede da sala, dois quadros de avisos. Em um estava escrito “Tenho necessidade de ajuda em...”. E no outro “Posso ajudar em...”. Qualquer criança com dificuldades em algum assunto coloca ali, outro colega que ver e puder ajudar, vai ajuda-la. E crianças que achem que podem ajudar os colegas, colocam ali o assunto que conseguem ajudar. Assim formando uma “rede de relações de ajuda”.
Na Escola da Ponte, as crianças que elaboravam os “Direitos e Deveres”. Havia também o computador do ‘Acho bom’ e do ‘Acho mau’, quando se sentiam felizes escreviam no ‘Acho bom’, caso contrario, escreviam no ‘acho mau’. Nesta escola, as crianças são convidadas a ver o bom, o gênero e a aborda-los em conversas.
Outra coisa que as crianças criaram nesta escola é o tribunal e a assembleia. O tribunal é onde a criança que desrespeitar as regras, que eles mesmos criaram, será “julgada” e receberá sua pena, que é pensar sobre o que fez durante três dias e depois diz o que pensou. A assembleia acontece toda semana para os problemas da escola serem tratados e assim estabelecer soluções.
Esses são alguns dos relatos feitos por Rubem Alves em relação a sua visita à Escola da Ponte. Além de mostrar tudo o que viu de fascinante, faz algumas breves comparações com as escolas e planos de ensino daqui, como a do escorredor de macarrão, que existe para deixar passar aquilo que não será usado, esta é a razão pelo qual os estudantes esquecem rapidamente o que são forçados a estudar: “Não sei para que serve; deixo passar...”. Estas comparações, criticas, são feitas por ele a fim de “contagiar” educadores para uma mudança.
O conhecimento, na Escola da Ponte, cresce a partir de experiências vividas pelas crianças. “A aprendizagem acontece a partir de pratos que vão ser preparados e comidos. Por isso as crianças aprendem e têm prazer em aprender.”. Quando Alves conheceu esta escola relatou “fiquei alegre e repeti, para ela... Quando te vi, amei-te já muito antes...”, ele se apaixonou, pois “ela é a escola com que sempre sonhei sem ter sido capaz de desenhar.”.
Analise do livro:
Através de trechos do livro, iremos analisá-lo de acordo com as abordagens construtivista e psicanalítica, respectivamente.
“O sentimento profundamente arraigado no individuo de pertença a uma comunidade e a consciência que dele decorre dos direitos e deveres que nos ligam aos outros não se aprendem nas cartilhas ou nos manuais de civismo, mas nas experiências cotidiana de relacionamento e colaboração com os que estão mais próximo de nós. O civismo não se ensina e não se aprende – simplesmente (como diria o publicitário Fernando Pessoas) “estranha-se”, isto é, organiza-se e pratica-se no dia-a-dia, de uma forma permanente, consistente e coerente. E é da pratica do civismo que resultam a aprendizagem e a consciência da cidadania.”
	Neste trecho esta evidente a abordagem construtivista, a qual concebe o conhecimento como algo que não é pronto. O mesmo é construído a partir de experiências do individuo, suas interações com os objetos, por etapas que vão do mais simples ao mais complexo.
“O conhecimento é uma arvore que cresce da vida. Sei que há escolas que tem boas intenções, e que se esforçam para que isso aconteça. Mas as suas boas intenções são abortadas porque são obrigadas a cumprir o programa. Programas são entidades abstratas, prontas, fixas, com uma ordem certa. Ignoram a experiência que a criança esta vivendo. Ai tenta-se, inutilmente, produzir vida a partir dos programas. Mas não é possível, a partir da mesa de anatomia, fazer viver o cadáver. O que vi na Escola da Ponte é o conhecimento crescendo a partir das experiências vividas pelas crianças”.
	A abordagem construtivista compreende que, diferente da abordagem tradicional, onde o aluno precisa decorar e ser um depósito de conhecimento, o aluno aprende e constrói seu próprio conhecimento através da interação com seu meio, o explorando.
“... Não temos classes separadas, 1º ano, 2º ano, 3º ano... Também não temos aulas, em que um professor ensina a matéria. Aprendemos assim: formamos pequenos grupos com interesse comum por um assunto, reunimo-nos com uma professora e ela, conosco, estabelece umprograma de trabalho de 15 dias... ao final de 15 dias nos reunimos de novo e avaliamos o que aprendemos. Se o que aprendemos foi adequado, aquele grupo se dissolve, forma- se outro para estudar outro assunto.”
	Como no construtivismo, na escola da ponte os alunos realizam uma auto avaliação e a avaliação é recíproca, e neste caso, o professor, que sabe os conteúdos, os orienta, provocando um desequilíbrio, a fim de os alunos buscarem o equilíbrio.
“Uma escola em que o saber vá nascendo as perguntas que o corpo faz. Uma escola em que o ponto de referencia não seja o programa oficial a ser cumprido ( inutilmente), mas o corpo da criança que vive, encanta-se, espanta-se, pergunta, enfia o dedo, prova com a boca, erra, machuca-se, brinca.”
	Segundo Piaget, a criança se desenvolve por fases/etapas:estágio sensório-motor, através dos sentidos e movimentos; pré-operatório, onde o pensamento é mais lógico e o raciocínio começa a evoluir; operatório – concreto, o raciocínio lógico já esta evoluído, precisa ver e manipular objetos para resolver problemas; e por fim o operatório, ela já consegue pensar e resolver sem ter que ver o problema. Neste trecho, esta aparente o estágio sensório-motor, onde a criança, através dos sentidos e movimentos concebe uma interação com o objeto.
“O que vi na escola da ponte é o conhecimento crescendo a partir das experiências vividas pelas crianças.”
	
	Segundo a abordagem construtivista, a partir de novas experiências, a criança obtém novos conhecimentos, neste processo, ocorre a assimilação, onde a criança procura saber e dar significado, e acomodação, onde a criança irá acomodar no seu sistema cognitivo o novo aprendizado.
“Aprendemos assim: formamos pequenos grupos com interesse comum por um assunto...”.
	A Escola da Ponte “oferece” um espaço onde as crianças podem construir seu conhecimento de modo espontâneo, sem ter uma distribuição de turma, eles mesmos formam grupos, onde o critério é o interesse emcomum.
“Li porque não tinha outra coisa para fazer e o livro estava lá, na estante do meu pai.”
De acordo com a abordagem psicanalítica, neste trecho, ocorre uma transferência do objeto de aprendizagem, o livro, para a criança estabelecendo um desenvolvimento mais saudável. Também é mostrada a curiosidade da criança.
“O Ademar sentiu logo que éramos conspiradores de ideias.”
Neste trecho, há uma transferência de significados, o que faz com que o individuo fique motivado para o aprendizado.
“Cada ocasião era uma aprendizagem que me assombrava.”
Neste trecho, houve uma transferência negativa, não havendo uma relação de ensino-aprendizagem, pois o aluno cria um bloqueio. Ao invés de lhe dar prazer, a aprendizagem está lhe assustando.
“Aqui, quando a gente vai a uma escola, sabe o que vai encontrar: salas de aula, em cada sala um professor, professor ensinando, explicando a matéria prevista nos programas oficiais, as crianças aprendendo.”
Neste trecho, o aluno atribuiu ao professor um papel significativo em sua vida, tendo uma relação positiva e assim gerando o ensino-aprendizagem.
“Aprendemos assim: formamos pequenos grupos com interesse comum por um assunto, reunimo-nos com a professora e ela, conosco, estabelece um programa de trabalho de 15 dias, dando-nos orientação sobre o que deveremos pesquisar e os locais onde pesquisar.“
Este trecho consegue mostrar a importância da transferência que o aluno faz ao professor, neste caso, os alunos transferem um papel positivo à professora, deixando-a ajudá-los, orientá-los, fazendo com que eles tenham capacidade de criar seus próprios projetos.
“Elas aprendem palavras inteiras, pois somente palavras inteiras fazem sentido.”
Aqui o aprendizado é estabelecido da maneira mais fácil para os alunos, dando-lhes prazer ao aprender.
“A aprendizagem acontece a partir de pratos que vão ser preparados e comidos. Por isso as crianças aprendem e têm prazer em aprender.”
Aqui é mostrado que os alunos têm prazer no aprendizado, tornando-os capazes de obter a passagem do mesmo.
“Notei, numa mesa ao lado, uma menina que escrevia e consultava um dicionário.Agachei- me para conversa com ela. “Você está procurando no dicionário uma palavra que você não sabe”? Perguntei.Não, eu sei o sentido da palavra. Mas estou a escrever um texto para os miúdos eusei uma palavra que, penso, eles não conhecem. “Como eles ainda não sabem a ordem alfabética e não podem consultar o dicionário, estou a escrever um pequeno dicionário ao pé da página do meu texto para eles o compreendam.”“.
“Estou a escrever um texto para miúdos ¨- foi o que ela disse. Na escola da Ponte é assim. As crianças que sabem ensinam as crianças que não sabem. Isso não éexceção. É a rotina do dia- a – dia. A aprendizagem e o ensino sãoempreendimento comunitário, uma expressão de solidariedade.”
Estes trechos mostram que sempre aprendemos com alguém, nesta abordagem, o aprender não ocorre por si só, este exige uma relação com outra pessoa, portanto é necessário aprender com alguém.
	
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a leitura e análise do livro “A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir” de Rubens Alves, pudemos conhecer uma escola que não segue o sistema tradicional como a maioria, nela não há programa de ensino/conteúdo estabelecido por uma coordenação, os próprios alunos têm o livre arbítrio para escolher o que quer e como ira desenvolver no decorrer do tempo, formam grupos de acordo com interesses em comum e a professora é mediadora, conhece os conteúdos e os alunos, os orienta. 
Na Escola da Ponte, o erro é visto como parte da construção do conhecimento. Nela, os alunos praticam a cidadania, cooperam uns com os outros, se ajudam, os que sabem ensinam os que não sabem. 
O construtivismo e a psicanálise são vistos com frequência ao decorrer do livro, ambas as abordagens estabelecem o conhecimento a partir de uma interação com o objeto e com o meio, abordam a curiosidade como forma de ir atrás do conhecimento, através do explorar.
Ao finalizar o livro, é possível entender o deslumbramento de Rubens Alves ao conhecer a Escola da Ponte, onde sua base são os alunos, sua forma estabelece respeito mutuo, todos se envolvem juntos em tudo. 
Enfim, a mensagem que foi entendida, vinda de Rubens Alves, é que nós educadores devemos ir atrás de mudanças para a melhoria na educação, a mesma deve ser focada nas crianças, passar um aprendizado que traga significado a elas. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALVES, RUBENS. A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir. 13ª edição.
https://novaescola.org.br/conteudo/335/jose-pacheco-e-a-escola-da-ponte
Slides passados em sala de aula na matéria de PDTA
Anotações feitas na sala de aula na matéria de PDTA

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