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Contratos AV2 Aula 09 e 10 LOCAÇÃO: Lei Geral CC 565 a 578 / Lei Especial L.I 8.245/91 (residencial, não residencial e p/ temporada) Art. 1º: A L.I é aplicada apenas p/ locação de imóvel urbano §ú: Preceitua as exceções (todos imóveis não urbanos ou de propriedade do “governo”) LOCAÇÃO RESIDENCIAL (PRAZO IGUAL OU SUPERIOR A 30 MESES) Art. 46: Nas locações residenciais ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a 30 meses, a resolução ocorrerá findo o prazo estipulado, dispensando notificação ou aviso. §1º: Caso o locatário continue no imóvel por mais de 30 dias (sem a oposição do locador) após a o fim do prazo acordado, presumir-se-á prorrogação da locação por prazo indeterminado. §2º: Caso haja prorrogação o locador poderá denunciar o contrato a qualquer tempo, concedido o prazo de 30 dias p desocupação do imóvel. (PRAZO INFERIOR A 30 MESES) Art. 47: Quando o contrato for ajustado verbalmente ou por escrito e com prazo inferior a 30 meses, findo o prazo, a locação prorroga-se por tempo indeterminado, somente podendo ser retomado: I- Nos casos de: acordo mútuo/ocorrência de pratica de infração/falta de pagamento e demais encargos/p realização de reparos urgentes determinados pelo poder público. II- Em decorrência de extinção de contrato de trabalho, caso o a ocupação do imóvel tenha relação com o emprego do locatário. III- Se for pedido para uso próprio, de cônjuge ou companheiro, ascendente ou descendente que não disponha de imóvel residencial próprio, bem como seus cônjuges. IV- Se for pedido para demolição e edificação licenciada ou realização de obras aprovadas que aumentem a área construída em 20%, ou se for destinado a hotel ou pensão, 50%. V- Se a vigência ininterrupta da locação ultrapassar cinco anos. §1º: Na hipótese do inciso III, a necessidade deverá ser judicialmente demonstrada se: a) o retomante (locador) estiver ocupando com a mesma finalidade, outro imóvel de sua propriedade situado na mesma localidade ou utilizando imóvel alheio. b) ascendente ou descendente que se beneficiará da retomada, residir em imóvel próprio. §2º: Nas hipóteses dos incisos III e IV, o retomante deverá comprovar ser proprietário, promissário comprador ou promissário cessionário. LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL: Art. 51 ao 57 Art. 51: Requisitos para renovação (AÇÃO RENOVATÓRIA) Art. 52: Motivos p/ não renovação LOCAÇÃO PARA TEMPORADA: Art. 48 ao 50 Art. 48: Locação por temporada é aquela destinada a residência temporária do locatário, cujo prazo não pode ser superior a 90 dias. §ú: Caso o imóvel esteja mobiliado deverá constar no contrato a relação dos móveis e o estado em que se encontram. Art. 49: O locador pode receber os alugueis de uma vez só e antecipadamente, bem como exigir qualquer uma modalidade de garantia. Art. 50: Findo o prazo ajustado, se o locatário permanecer no imóvel sem oposição do locador por mais de 30 dias, presumir-se-á prorrogada a locação residencial por tempo indeterminado. §ú: Ocorrendo a prorrogação, o locador só poderá denunciar o contrato após trinta meses do início ou nas hipóteses do art. 47. RESILIÇÃO ANTES DO TEMPO LEI ESPECIAL: Durante o prazo estipulado, o locador não poderá reaver o imóvel. Com exceção ao que estipula o §2º do art. 54-A, o locatário poderá sair antes, caso pague a multa pactuada. CC: Nos contratos c/ base no CC, tanto o locador quando o locatário podem resilir o contrato unilateralmente antes do tempo, desde que paguem as perdas e danos resultantes ou multa prevista (Art. 571). VENDA INTERROMPE LOCAÇÃO Regra: O comprador poderá denunciar o contrato no prazo de noventa dias Exceção: Se o contrato seja por tempo determinado e nele houver clausula de vigência em caso de alienação e estiver averbado na matrícula do imóvel. PREFERÊNCIA: Se no curso do contrato o locador quiser vender o imóvel, ele deverá oferecer primeiro ao locatário com igualdade de condições. (L.I: art. 27 ao 33 / CC: art. 576) OBRIGAÇÕES DO LOCADOR: Art. 566 CC / Art. 22 L.I. OBRIGAÇÕES DO LOCATÁRIO: Art. 569 CC / Art. 23 L.I. AÇÃO DE DESPEJO Art. 5º: A ação do locador para reaver o imóvel é a despejo. Se o motivo da ação for o inadimplemento e o locatário pagar o que deve, a ação será extinta. (Art. 62, II, III) Caso o locatário não pague tudo de uma vez e emende a mora, ele só poderá fazer isso novamente em 24 meses (Art. 62, §ú) AÇÃO REVISIONAL Art. 19: Não havendo acordo, o locador ou locatário, após três anos de contrato, poderá pedir revisão judicial do aluguel. GARANTIAS (DEPÓSITO, FIANÇA, SEGURO FIANÇA) Fiança Benefício de ordem: O fiador poderá exigir que os bens do devedor sejam executados primeiro. Exceções desse benefício: Se o fiador renunciou tacitamente/ Se se obrigou como principal pagador ou devedor solidário/ Se o devedor for insolvente ou falido. Solidariedade entre fiadores: Caso não reservem o benefício a divisão, cada fiador é responsável pela divida inteira. IMPORTANTE!!!! SÓ SE USA LEI GERAL QUANDO A LEI ESPECIAL NÃO DISPUSER NADA SOBRE O ASSUNTO. Aula 11 CONTRATO DE EMPRÉSTIMO: Art. 579 a 592 CC Conceito: Contrato através do qual uma pessoa chamada comodante/ mutuante, entrega uma coisa à outra pessoa, chamada comodatário/mutuário e este se obriga a devolvê-la. Espécies: comodato e mútuo OBS: O contrato de empréstimo é sempre um contrato real. COMODATO Conceito: Empréstimo gratuito de coisa não fungível, que deve ser restituída no tempo convencionado pelas partes. Se o bem se perder ou deteriorar sem culpa do comodatário, resolver-se-á obrigação. Se ao revés tiver culpa, responderá este por perdas e danos mais o equivalente. Se estiverem em risco, um bem do próprio comodatário e o bem dado em comodato, se houver possibilidade de salvar, o comodatário deverá salvar o bem do comodante, sob pena de ser responsabilizado. Se duas ou mais pessoas forem comodatários, estas ficarão solidárias. MÚTUO Conceito: Empréstimo gratuito ou oneroso (se houver juros) de coisa fungível. O contrato de mútuo é contrato de consumo, logo, o mutuário assume todos os riscos. Nos contratos de mútuo oneroso entre particulares, a cobrança de juros deverá atender ao art. 406 CC, sob pena do mutuante responder por crime de usura (agiotagem). Prazo: Se não for estipulado prazo entre as partes, a lei diz que se o mútuo for de produtos agrícolas, o prazo é de até a próxima colheita; se for de dinheiro, o prazo será de 30 dias; se for de outra coisa fungível, do espaço de tempo que declarar o mutuante. Aula 12 DÉPOSITO: Art. 627 à 652 CC Conceito: Contrato através do qual o depositário recebe bem móvel p/ guardar, até que o depositante reclame a coisa depositada. Espécies: Voluntário e Necessário Características: Contrato REAL VOLUNTÁRIO Conceito: Resulta da vontade das partes e se faz espontaneamente. Características: Gratuito, salvo convenção em contrário ou quando o depositário realiza tal atividade ou profissão. Mesmo que o contrato tenho prazo determinado p/ devolução da coisa depositada, em regra, deverá entregar a coisa antes do prazo, salvo se tiver direito a redenção, se o bem for juridicamente embargado, se existir execução do bem, se existir motivo razoável p/ a suspeita que a coisa depositada foi dolosamente obtida. Se no contrato, a coisa é entregue fechada/lacrada, deverá ser mantida da mesma forma. DEPÓSITO VOLUNTÁRIO IRREGULAR: Bens depositados são bens fungíveis, ou seja, o depositário tem que devolver no mesmo gênero, quantidade e qualidade. Neste caso, a lei determina que não devem ser usadas as regras do contrato de depósito mas sim do contrato mútuo. NECESSÁRIO Conceito: Deposito determinado por lei. Ocorre o desempenho de obrigação legal ou nos casos de calamidade (deposito miserável). OBS: É um contrato oneroso. Segundo a lei, equipara-se ao deposito necessário as bagagens dos hospedes na respectiva hospedaria. IMPORTANTE!! NÃO CABE PRISÃO CIVIL P/ O DEPOSITÁRIO INFIEL. EMPREITADA: Art. 610 ao 626 Conceito: É o contrato através do qual, uma das partes denominada empreiteiro,mediante retribuição paga pelo outro contratante chamado dono da obra, obriga-se a realizar uma determinada obra de serviço. Características: Oneroso, comutativo e típico. EMPREITADA DE FAVOR É a modalidade de empreitada em que o empreiteiro se obriga apenas com a mão de obra e os materiais são fornecidos pelo dono da obra. O empreiteiro só responde pelo seu trabalho e não pelos materiais, no entanto, se ao recebe-los, verificar que a qualidade é inferior p/ o desejado, deverá comunicar ao dono da obra tais situações, sob pena de responsabilização. EMPRITADA MISTA É aquela em que o empreiteiro se obriga ao serviço e materiais. Em regra, o empreiteiro é responsável pelo serviço, bem como a qualidade e a quantidade dos materiais. Salvo se o dono da obra estiver em mora, em relação ao recebimento do objeto da empreitada. Responsabilidade: A garantia legal é que o empreiteiro fica responsável por falha ou omissão no trabalho desenvolvido pelo prazo de 5 anos, a contar da entrega da obra. EMPREITADA A PREÇO FIXO Modalidade em que as partes decidem antes do início da obra ou serviço um preço fixo a ser pago ao empreiteiro. Se no contrato não houver clausula de reajuste de preço, não poderá o empreiteiro solicitar aumento ao preço fixo estipulado, salvo se houver alguma alteração do objeto da empreitada. EXTINÇÃO DA EMPREITADA Pelo cumprimento da obrigação. Convenção das partes (distrato). Morte do empreiteiro, se for personalíssima. Resilição unilateral pelo dono da obra. Situação em que o contratante deverá, em regra, pagar ao empreiteiro pelo serviço parcialmente realizado, bem como por uma indenização razoável calculada em razão do que o empreiteiro teria recebido se tivesse terminado a obra. Resilição unilateral pelo empreiteiro. Situação em que poderá estar sujeito a pagar ao dono da obra perdas e danos. Perecimento da coisa ou caso fortuito. Falência ou insolvência do empreiteiro ou do dono da obra PRESTAÇÃO DE SERVIÇO: Art. 593 ao 609 Conceito: Abrange toda e qualquer prestação de atividade remunerada. Envolve obrigação de fazer atividades lícitas, não proibidas pela lei e pelos bons costumes. Em regra, a prestação de serviços é retribuída em troca de dinheiro, mas, por acordo das partes a retribuição pode ser com bens diferentes do bem pecuniário. OBS: Quando uma das partes não souber ler ou escrever, o contrato deverá ser provado por instrumento escrito, assinado à rogo e subscrito por duas testemunhas. Características: Se resume oneroso. Pagamento: Em regra, é feito após a conclusão do serviço, salvo estipulação em contrário. Tempo de duração: Segundo o CC, o prazo máximo p/ uma prestação de serviços é de 4 anos. EXTINÇÃO Pelo escoamento do prazo. Conclusão do serviço. Rescisão do contrato. Impossibilidade de continuação do contrato por motivo de força maior. Morte dos contraentes Resilição. Se unilateral, precisa-se de aviso prévio MANDATO É um contrato através do qual uma pessoa chamada mandatária recebe de uma outra chamada mandante, outorga de poderes p/ em seu nome praticar atos ou administrar poderes. Características: Não inclui implicitamente poderes especiais. O mandato poderá ser instrumento particular quando a lei não exigir procuração. Em regra, a procuração perde sua eficácia com a morte do mandante, contudo, se a obrigação do mandatário estiver na fase de conclusão negocial, caberá ao procurador finalizar o negócio jurídico, prestando contas aos herdeiros do falecido. O contrato de mandato pode ser personalíssimo ou não. PERSONALÍSSIMO Não cabe substabelecimento NÃO PERSONALÍSSIMO Cabe substabelecimento. O contrato pode ser substabelecido por instrumento particular, segundo o CC, mesmo que tenha sido feito por instrumento público. EXTINÇÃO DO MANDATO Conclusão do negócio. Término do prazo. Interdição de uma das partes. Morte de um dos contratantes. Revogação do mandato. Renúncia do mandato. Aula 13 e 14 COMISSÃO: Art. 693 ao 709 Contrato através do qual uma pessoa chamada comissário realiza aquisição ou venda de bens em seu próprio nome a conta de uma outra pessoa denominada comitente. Em regra, o comissário não responde pela insolvência das pessoas c/ quem tratar ou negociar, salvo nos casos de culpa ou dolo do comissário ou quando houver solidariedade entre o comissário e a pessoa com quem se tratar (Ex.: Pegar a bolsa de um amigo e vender como se fosse sua à terceiro). AGÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO: Art. 710 a 721 Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada. Contratos de agência e distribuição originalmente, antes do CC de 2002 eram classificados como atípicos e mercantis. Contudo, a frequência desses contratos na contemporaneidade fez com que o CC disciplinasse a matéria, razão pela qual passou a ser considerado típico, além de outras características. CORRETAGEM: Art 722 a 729 Negócio através do qual uma pessoa chamada corretor, não vinculada a outra em virtude de mandato ou de qualquer outro tipo de subordinação, se obriga a obter um ou mais negócios conforme instruções recebidas em favor de outra pessoa. TRANSAÇÃO: Art 840 a 850 Contrato através do qual as partes pactuam a extinção de uma obrigação por meio de arrecadação recíproca e será sempre onerosa e bilateral. ESTIMATÓRIA: Art. 535 a 537 Contrato em que uma pessoa denominada consignante, entrega bens móveis a outra pessoa chamada consignatário, e este fica autorizado a vende-los, entregando parte do dinheiro ao consignante ou a coisa consignada. JOGO E APOSTA: Art. 814 a 817 JOGO Contrato através do qual duas ou mais pessoas prometem pagar à aquela que conseguir um resultado favorável de acontecimento incerto. APOSTA É o contrato através do qual existe a convenção em que duas ou mais pessoas de opiniões diferentes sobre um assunto, prometem pagar ou entregar determinado bem à aquela cuja a opinião prevalecer, em virtude de evento incerto. SEGURO: Art. 757 a 802 Contrato através do qual uma pessoa chamada segurado, se obriga a pagar um determinado prêmio e uma outra chamada seguradora ou segurador, se obriga a indenizar à aquela na ocasião da ocorrência de um sinistro. OBS: No caso de seguro de vida, o CC determinou um prazo de carência de 2 anos. Principal elemento do contrato de seguro: É o risco que se transfere a uma outra pessoa. Inexiste seguro sem risco, por menor que seja, existe a possibilidade do resseguro, muitas vezes, quando o risco pode gerar uma indenização muito grande ou acima da capacidade da seguradora, é possível distribuir entre mais de um segurador, a responsabilidade pela contra prestação ao segurado. Características: É aleatório. APÓLICE DE SEGURO Constitui em regra, o instrumento do contrato de seguro, ou seja, através dos dados existentes da apólice, estarão especificados os riscos assumidos, o prêmio devido, o início e o fim, os limites avençados, a indenização a ser paga e quando for o caso, o nome do segurado e do beneficiário. ESPÉCIES Seguros pessoais e de coisas materiais, de responsabilidade e de obrigação. Também é possível seguro com prêmio fixo e indenização ou variável. É possível também seguro individual e coletivo. OBS: HÁ DIVERGÊNCIAS DOUTRINÁRIAS SOBRE A OBRIGAÇÃO DA SEGURADORA EM INDENIZAR O SEGURADO QUE ESTIVER EM MORA. OBS: A SEGURADORA NÃO PODE SEGURAR O BEM POR VALOR SUPERIRO AS CARACTERISTICAS DA COISA.
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