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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ___, ESTADO DE __.
 
 
 
(espaço de 10 linhas)
 
 
CLEBER, nacionalidade (...), estado civil (...), profissão(...), inscrito no CPF sob o nº (...), RG nº (...), residente e domiciliado na (...),cidade (...) , por seu procurador (a) que a esta subscreve, conforme (procuração em anexo), vem à presença de Vossa Excelência, requerer o RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE com fundamento no artigo 5º, LXV da Constituição Federal, e art. 310, I, do Código de Processo Penal, pelos motivos de fato e direito a seguir expostos:
 
 
DOS FATOS
 O requerente foi preso ilegalmente , em razão da suposta prática do crime de roubo configurado no artigo 157 do Código Penal, após ter sido instigado por Cesar Maluco agente policial militar, se passando por seu amigo e elaborando um plano para que fosse cometido o delito em um mercadinho próximo ao bairro do requerente. 
Na pratica do ato, seguindo o roteiro do agente
policial que se passaria como vítima do delito e ajudaria a render as pessoas presentes no estabelecimento, anunciou o assalto e foi surpreendido ao constatar que o Cleber Maluco se passando por seu amigo e participante do delito e os demais clientes do estabelecimento eram policiais disfarçados.  
 
DO DIREITO
 Excelência, não há motivos para a manutenção da prisão do Requerente.
II- DA ILEGALIGADADE DA PRISÃO.
Com efeito, a prisão em flagrante imposta não atendeu às exigências legais. Sabe-se que referida modalidade de prisão só pode ser imposta diante das hipóteses previstas no art. 302 do Código de Processo Penal:
“Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I – está cometendo a infração penal;
II – acaba de cometê-la;
III – é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV – é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.”.
 
 Conforme verificado no caso em apreço, não ocorreu estado de flagrância, tendo em vista que Requerente foi induzido a cometer o delito, sem que houvesse qualquer perseguição.
 Sendo assim, não caracterizada qualquer das hipóteses previstas no artigo 302, do Código de Processo Penal, não pode subsistir a prisão efetuada pela autoridade policial como sendo em flagrante delito.
 De acordo com a súmula 145 do STF, “não há crime quando o fato é preparado mediante provocação ou induzimento, ou direto ou por concurso, de autoridade, que se faz para fim de aprontar ou arranjar o flagrante”. Portanto, é nulo e o crime é considerado impossível (Artigo 17, código penal), em razão da impossibilidade concreta de consumação do decorrente da provocação.
 Por fim, em caráter subsidiário e apenas por cautela, vale ressaltar que no caso em comento não existe a possibilidade de ser decretada a prisão preventiva do requerente, inexistindo quaisquer das hipóteses que autorizariam a prisão preventiva, configurando-se evidente a impossibilidade de manutenção do requerente, no cárcere, a qualquer título.
II- DA AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE AO JUIZ COMPETENTE NO PRAZO LEGAL.
 A autoridade policial não comunicou o fato à família do preso, em violação ao art. 306, caput, do Código de Processo Penal. O juiz competente e o Ministério Público também não foram comunicados, com prevê o mesmo dispositivo, e não houve encaminhamento de cópia do auto de prisão em flagrante à Defensoria Pública, como determina o art. 306, § 1º, do Código de Processo Penal.
 Por fim, o delegado de polícia também agiu em oposição ao art. 306, § 1º, do Código de Processo Penal ao não encaminhar o auto de prisão em flagrante ao juiz competente no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. 
 
DO PEDIDO
 Diante de todo o exposto, postula-se o relaxamento da prisão em flagrante imposta ao requerente, diante da flagrante ilegalidade de sua prisão, ouvido o ilustre representante do Ministério Público, determinando-se a expedição do competente alvará de soltura em seu favor, como medida da mais lídima justiça.
 
Termos em que, pede e espera deferimento.
Local e data.
ADVOGADO_____________
OAB/Nº