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LACTENTE MATERNO

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Disciplina: Nutrição Materno Infantil 
 Aula 11: Ações Básicas de Saúde da Criança 
 
 
 
 
Profas.: Ana Carolina M Cavalcante /Ayana Meneses/ 
Tatiana Uchôa 
Assistência Perinatal 
• Conceito: atenção adequada à gestante, ao feto e 
ao recém-nascido na sala de parto e nos 
primeiros dias de vida. 
• Mortalidade perinatal: problemas respiratórios, 
prematuridade, BPN, infecções específicas do 
período perinatal, hipoxia e asfixia. 
• Melhoria mortalidade perinatal: políticas de 
saúde e sociais, incluindo melhoria da atenção 
pré-natal, parto, puerpério e cuidados imediatos 
ao recém-nascido. 
 
Objetivos da Assistência na Sala de Parto 
 
• Conhecer possíveis fatores de risco associados 
à gestação; 
• Atendimento por equipe especializada 
(obstetra, enfermeiro e neonatologista); 
• Incentivo precoce ao aleitamento materno; 
• Avaliação da vitalidade fetal (boletim de 
apgar) 
 
Escala de Apgar 
SINAL 0 1 2 
Batimentos 
cardíacos 
Ausente < de 100 100 ou + 
Respiração Ausente Irregular Regular ou choro 
forte 
Resposta reflexa 
ao estímulo 
Sem resposta Gemido Choro 
Cor da pele Cianótico ou 
pálido 
Corpo rosado/ 
cianose das 
extremidades 
Rósea 
Atividade motora Ausente Flexão discreta 
das 
extremidades 
Movimentação 
ativa 
Fonte: Cohen et al., 1991 
Escala de Apgar 
Escores obtidos no 1o e 5o minutos de vida 
Classificação: 
• 8 a 10: RN normais/não deprimidos 
• 5 a 7: RN levemente deprimidos 
• 3 a 5: RN moderadamente deprimidos 
• 0 a 2: RN gravemente deprimidos (com asfixia) 
 
 
Padronização da Assistência Perinatal 
• Crianças normais = alojamento conjunto 
 
• Crianças de leve a moderadamente deprimidas, 
peso > 2000g, em fototerapia = Unidade de 
cuidados intermediários 
 
• Crianças gravemente enfermas, peso < 2000g, 
com patologias, prematuridade, com problemas 
respiratórios, problemas cirúrgicos, convulsões, 
infecções neonatais = Unidades de alto risco. 
 
Vantagens do Alojamento Conjunto 
• Aumenta o vinculo mãe-filho; 
• Reforça a unidade familiar (maior participação 
do pai); 
• Estimula e facilita o aleitamento materno; 
• Proporciona maior segurança e tranqüilidade à 
mãe; 
• Capacita a mãe a cuidar de seu filho; 
• Diminui as possibilidades de infecções. 
 
Atenção no Puerpério 
 
• Visita domiciliar na primeira semana após a alta 
do RN (equipe PSF, informada pelo ACS); 
 
• 3 dias: RN de risco 
 
• 7 a 10º dia: retorno do binômio mãe-filho a 
unidade de saúde; 
 
Objetivos da Atenção no Puerpério 
 
• Avaliar o estado de saúde da mulher e do RN; 
• Orientar e apoiar a família para amamentação; 
• Orientar os cuidados básicos com o RN; 
• Avaliar a interação da mãe com o RN; 
• Identificar situações de risco ou intercorrências 
e conduzi-las; 
• Orientar o planejamento familiar. 
 
Disciplina: Nutrição Materno Infantil 
Aula 12: Fisiologia do Lactente 
 
Profas.: Ana Carolina M Cavalcante /Ayana Meneses/ 
Tatiana Uchôa 
Sistemas Orgânicos 
• Feto a termo: 
– Aparelhos digestivo, circulatório e respiratório 
prontos para a vida extra-uterina 
 
– Tecido nervoso e ósseo ainda imaturos, 
completando sua maturação somente algum 
tempo após o nascimento 
 
Fisiologia Digestiva da Criança 
 
• Últimas semanas da gravidez: o feto deglute 
líquido amniótico sem valor nutricional, mas 
importante para o desenvolvimento 
anatômico e funcional do TGI 
 
• Ao nascimento: necessidade do aparelho 
gastrointestinal e renal para ter uma 
alimentação eficiente. 
 
 
 
Fisiologia Digestiva da Criança 
 
 
 
 
 
 
Reflexo Local do 
estímulo 
Resposta 
reflexa 
Fim do reflexo 
Busca ou 
Rotação 
Na face ou em 
volta da boca 
Move a cabeça 
na direção do 
estímulo 
3 - 4 meses 
Sucção e 
deglutição 
Centro dos 
lábios ou terço 
anterior da 
língua 
Suga e deglute 4 meses (mais 
tempo se 
amamentado) 
Protusão Porção média 
da língua 
Usa os lábios e 
a língua para 
expelir o 
alimento sólido 
4 meses 
 
Fisiologia Digestiva da Criança 
 
• Mastigação: entre o 5° e o 7° mês de vida 
– 5° mês: bebê já consegue fechar os lábios sobre a colher 
retendo seu conteúdo. 
 
• Erupção dos dentes: a partir dos 6 meses: promovendo 
movimento mastigatório, vai se tornando mais eficiente. 
– Aos 12 meses: 6 a 8 dentes. Aos 3 anos: 22 dentes. 
 
 
 
 
 
Fisiologia Digestiva da Criança 
 
 
• 7° ao 12° mês: lateralização do alimento na direção da 
superfície dos dentes e em ambos os lados da boca 
 
• 10° e o 12° mês: movimentos mais complexos da 
mastigação rotatória. 
 
 
 
 
 
Fisiologia do 
lactente, após 6 
meses... 
 Sistema Digestivo 
 ↑ secreção HCl 
 melhora da permeabilidade da mucosa intestinal 
 aumento da amilase pancreática 
 Sistema excretor 
 aumento da TFG e capacidade de concentração de urina 
 Sistema Neurológico e Muscular 
 reflexos fundamentais (5m: movimentos mandibulares 
longitudinais; 8m: movimentos laterais da língua; 12m: movimentos 
mastigatórios rotatórios) 
 erupção da dentição 
 destreza manual e sentar-se sozinho 
(LACERDA, ACCIOLY, 2009) 
Fisiologia Digestiva da Criança 
 
• Paladar já está presente na vida intra-uterina 
 
– Responde positivamente a substâncias doces 
 
– Rejeição natural pelos sabores amargo e azedo 
 
– Pode rejeitar ou ser indiferente a preparações salgadas 
• Imaturidade renal 
• A partir dos 4 – 6 meses melhora a aceitação: aumento da 
concentração de sódio no leite materno associada a 
maturação renal. 
 
Aparelho Gastrointestinal 
 
• Capacidade gástrica do recém-nascido: 7ml 
 
• Final da 2ª semana de vida: aumenta 10x = 70 ml 
 
• Final do 1º ano: 170 a 200 ml. 
 
• Média: Após os 6 meses: 25-40ml/Kg de peso 
 
 
 
 
Aparelho Gastrointestinal 
 
• Esvaziamento gástrico: varia entre 1 a 3 horas 
– Leite humano: 2 horas 
– Leite artificial: 3 horas ou + 
 
• Fatores que influenciam: 
– Composição, concentração e o volume da refeição 
– Quanto maior a concentração de proteína, amido 
e gordura, maior é o tempo de esvaziamento 
gástrico. 
 
 
 
Aparelho Gastrointestinal 
 
• Regurgitação / Refluxo Gastroesofágico Fisiológico (RGE) 
 
– Retorno súbito e não precedido de esforço de pequena 
quantidade de conteúdo gástrico à boca. 
– Relacionado ao RGE fisiológico e ocorre com frequência em 
lactentes nos primeiros 4 meses de vida, desaparecendo a 
partir do primeiro ano de vida 
– Pode piorar pelo aerofagia e fórmulas concentradas e 
hipervolumosas 
– Causas: relaxamento transitório do EEI e alteração da 
motilidade gástrica 
– Medidas: postura ereta da criança durante e imediatamente 
após a mamada + evitar pressão no abdômen + roupinhas 
apertadas 
 
Aparelho Gastrointestinal 
 
• Regurgitação / Refluxo gastroesofágico (DRGE) 
– Refluxo PATOLÓGICO: 
• IRRITABILIDADE 
• CHORO 
• RECUSA DO ALIMENTO 
• DISTÚRBIO DO SONO 
• Manifestações secundárias: 
– Faringite 
– Laringite 
– Otite 
– Sinusite 
– Traqueíte 
– Bronquite 
– Asma 
– Broncopneumonias 
– Perda de peso 
– Anemia 
 
Aparelho Gastrointestinal 
 
• Produção gástrica de HCl do recém-nascido até 6 meses é menor 
que a do adulto 
 
• Primeiras 24 horas de vida: pH de 5,5 a 7,0 
– Resposta imatura a gastrina 
– Neutralização exercida pelo líquido amniótico 
 
• pH mais elevado: possibilita que proteínas importantescomo imunoglobulinas, hormônios, enzimas atravessem a 
barreira gástrica intacta e não percam sua capacidade 
funcional 
 
 
Aparelho Gastrointestinal 
• Sistema de defesa gastrointestinal é imaturo no 
início da vida, apresentando os seguintes aspectos: 
– Reduzida acidez gástrica 
– Maior permeabilidade da membrana da mucosa 
 
• Mecônio: fezes de coloração escura, quase 
preta, bastante pegajosa e aderente. 
– Resíduos de secreção intestinal, bile, células em 
descamação, pêlos, substâncias ingeridas através do 
líquido amniótico. 
 
 
Digestão dos Nutrientes 
 
• Digestão de proteínas: > intestino delgado 
– Cerca de 80 a 90% do nitrogênio ingerido é 
absorvido. 
 
– 3 meses: o bebê tem a mesma capacidade de 
digerir caseína que o adulto. 
• Mesmo assim, deve-se evitar excesso de 
proteína na dieta do lactente devido ao risco de 
sobrecarga renal. 
 
 
Digestão dos Nutrientes 
Digestão dos Nutrientes 
 
• Carboidratos: > absorção no delgado proximal. 
– Amilase salivar está ativa no recém-nascido mas atuando pouco. 
– A amilase pancreática não é secretada antes dos três meses de 
vida e está presente em níveis baixos até o sexto mês de vida. 
• 1 ano = adulto. 
• A introdução de amido na dieta do lactente antes dos seis 
meses pode causar: cólicas, diarréia, má-absorção e 
comprometimento da função intestinal da criança. Alguns 
estudos: 10 a 25g de 1 a 5 meses. 
– Presença da glicoamilase: remove glicose do amido 
• A ação das dissacaridases está normal, não havendo problema 
na digestão de dissacarídeos. 
– Contra-indicado glúten antes dos 6 meses de vida 
 
 
Digestão dos Nutrientes 
 
• Vida intrauterina: glicose é a principal fonte de 
energia. 
 
• Após o nascimento: gorduras se tornam 
importante fonte energética. 
– Lipases lingual e gástrica. 
• O pH mais elevado e o maior tempo de esvaziamento 
gástrico favorecem a ação destas enzimas. 
 
 
 
Digestão dos Nutrientes 
DHA e ARA: ácidos graxos 
(ômega 3 e ômega 6) 
presentes no leite materno 
e precisam ser adicionados 
nas fórmulas infantis. 
Absorção dos Nutrientes 
 
• Vitaminas e Minerais 
– Maior absorção de folato e vitamina B12 devido a 
presença de proteínas ligadoras 
 
– Maior absorção de Vitamina A pela presença de 
lipases no leite 
 
– Melhor absorção de ferre não heme, devido ao 
menor teor de cálcio (mais absorvível) no LH e 
maior teor de lactose e lactoferrina 
 
 
Desenvolvimento da Flora 
Início da alimentação: o organismo do lactente é 
rapidamente colonizado por microorganismos. 
• Leite materno: 
– Flora intestinal consiste em + (90%) Lactobacilus 
bífidus e < bactérias: Escherichia coli, Staphilococus 
e Clostridium. 
• Leite artificial: 
– +: Anaeróbicos facultativos e os Gram negativos: 
Enterobactérias, Coliformes, Bacteróides, Klebisiela 
e -: bífidobactérias. 
 
 
Cólicas Intestinais 
 
• 10 a 30% dos lactentes 
 
• Sinais: Choro intenso, irritabilidade sem causa 
aparente (bebês saudáveis e bem alimentados) 
 
• Período: 
– Final da tarde e ou à noite 
– Primeiras duas a três semanas até o final do 3º mês 
 
 
Cólicas Intestinais 
 
• Explicações prováveis: 
– Hipersensibilidade a constituintes da dieta: 12 a 15% dos casos 
• Leite de vaca / trigo / centeio / cevada / soja / amendoim 
– Excesso de gases 
– Imaturidade do trato gastrointestinal 
– Hipermotilidade intestinal 
– Fatores psicossociais 
– Problemas na interação pai/criança 
• Maior Tendência: 
– Consequências de adaptações do recém-nascido ao seu novo 
meio ambiente sendo, portanto, a etiologia multifatorial, 
incluindo aspectos relacionados ao próprio lactente, aos pais e ao 
meio ambiente. 
 
 
Função Hepática 
 
• Fígado: relativamente imaturo: algumas funções 
não estão totalmente desenvolvidas: 
– Menor síntese de ácidos biliares e circulação entero-
hepática em desenvolvimento 
– Menor capacidade de conjugar a bilirrubina com o 
ácido glicurônico 
– Imaturidade na síntese dos fatores de coagulação 
(VII, X e provavelmente o V) 
 
 
 
Disciplina: Nutrição Materno Infantil 
Aula 13: Avaliação Nutricional da Criança 
Profas.: Ana Carolina M Cavalcante /Ayana Meneses/ 
Tatiana Uchôa 
Composição Corporal da Criança 
 
 
• Ao nascimento: 12 a 16% de gordura e 89% 
de massa magra (proteína, minerais e água) 
– Meninos = Meninas 
Massa muscular: recém-nascido < adulto 
 
• Aos 5 anos de idade: % de gordura nas 
meninas (17%) > meninos (15%) e tecido 
ósseo aumenta nos meninos 
 
Peso ao nascer 
 
 
 
 
Classificação do peso ao nascer 
Macrossomia > 4.000 gramas 
Peso normal 3.000 a 4.000 gramas 
Peso insuficiente 2.500 a 2.999 gramas 
Baixo peso ao nascer < 2.500 gramas 
Peso muito baixo < 1.500 gramas 
Peso extremamente baixo < 1.000 gramas 
Perda de peso na Primeira Semana 
• Média: 5 a 8% do peso ao nascer 
• Perda > 10%: investigar causas 
• Causas: 
– Perda de líquido extracelular 
– Certo grau de catabolismo dos tecidos, em 
conseqüência da mudança do ambiente intra-uterino 
para o pós-natal 
– Eliminação do mecônio 
– Interrupção temporária do fornecimento de 
nutrientes. 
 
 
Crescimento do Lactente 
3 alterações básicas: 
Tamanho Forma Função 
• Principais parâmetros de avaliação nos primeiros 2 anos de vida: 
• Peso 
• Comprimento 
• Perímetro cefálico 
 
 
 
Peso do Lactente 
• Parâmetro mais usado 
• Se modifica rapidamente: facilita 
diagnóstico de possível desnutrição 
• Condições ideais de pesagem: 
– Criança despida ou com o mínimo de roupa 
– Realizar aferições sempre no mesmo 
horário e antes de mamadas ou refeições 
• Importante aferir nas primeiras 6 horas 
de vida 
– Preferencialmente na 1ª hora 
• Balança com capacidade máxima de 16 
Kg e divisão de 10g 
 
Ganho de Peso do Lactente 
 
 
 
 
 
 
Período Ganho de peso 
diário (g) 
Ganho de peso mensal 
(g) 
3 meses 30 1000 
6 meses 25 700 
9 meses 15 500 
12 meses 10 400 
Fonte: EUCLYDES, M.P. Nutrição do lactente- bases fisiológicas para uma alimentação 
adequada, 2000 
Melhor indicador do estado nutricional da criança < 1 ano 
 
Generalizando: 
 1º semestre: 20 a 25g/dia (600g/mês) / 4 a 5 cm / mês 
 2º semestre: 15 a 20g/dia (400g/mês) / 2 a 3 cm / mês 
Ganho de Peso 
 
 
• Peso: 
–Com 6 meses: duplica o peso de nascimento 
–Com 12 meses: triplica o peso de nascimento 
–A partir de 3 a 4 anos: 
• + 2 a 3 Kg / ano 
 
 
 
 
 
 
Estatura ou Comprimento do Lactente 
• Condições ideais de aferição: 
– Criança deitada (até 2 anos) 
– Uso do antropômetro 
– Cabeça apoiada no plano vertical, encostada no 
aparelho 
– Ombros, costas, nádegas e pernas apoiados no plano 
– Joelhos estendidos 
– Ideal: 2 pessoas 
• Uma segurando as pernas 
• Outra deslocando o esquadro 
• Deve ser feita logo após o nascimento 
 
Acompanhamento do Crescimento 
 
• Velocidade decrescente e + regular que o peso. 
• 1ª ano: aumenta em torno de 25 cm 
• 12 a 24 meses: aumentar me torno de 12 cm 
• Até 4 anos: atinge em torno de 1 metro 
• Exemplo: Uma criança que nasce com 50 cm ... 
– 1 ano: 75 cm 
– 2 anos: 87 cm 
– 4 anos: 1 metro 
• Vulnerabilidade ao estresse ambiental 
– A partir de 4 anos: + 5 a 7 cm / ano 
 
 
Acompanhamento do Crescimento 
 
• Crescimento – compreende as alterações no 
tamanho, na forma e na função associadas à 
idade. 
 
– Até 2 anos: reflete condições denascimento 
(gestação) e ambientais (nutrição) 
 
– A partir de 2 anos: potencial genético começa a se 
manifestar. Num ambiente positivo ela passa a 
crescer dentro do seu canal de crescimento. 
 
 
Perímetro Cefálico 
• Medida complementar importante 
• Relação direta com tamanho do encéfalo 
• Permite avaliação do crescimento cerebral 
– Em crianças que tiveram RCIU 
– Menos sensível: sofre poucas variações 
• Condições ideais de aferição: 
– Fita inelástica 
– Medição na parte mais proeminente 
– Região frontal e occipital 
– Manter a fita no mesmo nível 
 
Perímetro Cefálico 
Idade (meses) 
Circunferência Cefálica (cm) 
Masculino Feminino 
P50 2DP P50 2DP 
Recém nascido 35,8 34,7 
1 37,0 (34,4 – 39,6) 36,2 (34,2 – 38,2) 
3 40,3 (37,9 – 42,3) 39,5 (37,3 – 41,3) 
6 43,3 (40,9 – 45,7) 42,2 (40,1 – 44,1) 
9 45,0 (42,8 – 47,6) 44,0 (42,0 – 46,0) 
12 46,5 (44,3 – 48,7) 45,3 (43,3 – 47,3) 
Perímetro Torácico 
 
– Pode ser utilizada isolada ou relacionada com o 
perímetro cefálico  indicativo de desnutrição 
– Indicador da reserva adiposa e massa muscular e 
tende a se associar com o peso. 
– Relação com a circunferência cefálica – PC/PT é a 
seguinte: 
• Até os seis meses de vida: PC = PT / relação PT/PC = 1 
• 6 meses aos 5 anos: PT / PC > 1 
• Se PT / PC < 1: desnutrição (atrofia do músculo torácico e 
redução do tecido adiposo) 
 
 
Perímetro Braquial 
• Geralmente usado para triagem do BP 
• Avaliação rápida do estado nutricional, quando não é possível 
pesar e medir 
• PB tem boa correlação com BP 
• PB ≤ 8,6cm  PN ≤ 2500g 
• PB ≤ 7,4cm  PN ≤ 2000g 
• Mede apenas um segmento corporal, sem permitir uma 
avaliação global. 
• Técnica: 
• Aferir no ponto médio do braço, entre o acrômio e olécrano com 
o braço flexionado em direção ao tórax, sem comprimi-lo 
 
Perímetro Braquial 
• Classificação 0 a 5 anos: 
– CB menor que 12,5 cm 
– Indicador de baixo peso (equivalente Peso/Estatura) 
 (WHO, 1995) 
• Classificação NHANES/WHO: 
 
Circunferência da Cintura 
 
• Alterações de perfil lipídico, níveis de pressão 
arterial e resistência a insulina em crianças e 
adolescentes 
• Inexistência de um ponto de corte 
reconhecido mundialmente 
• A partir de 3 anos: Ponto de corte: Percentil 
P90 (Freedman e Mccarthy) 
Dobras Cutâneas 
 
• Raramente aplicadas e pouco recomendadas 
– Difícil aferição e provável imprecisão 
– Tricipital (OMS, 2006) 
– Subescapular (OMS, 2006) 
• Excesso maior/igual P95 e baixo menor que P5 
• Úteis na determinação da gordura corporal e 
do estado nutricional 
– Grau de adiposidade ou desnutrição 
• Bebês macrossômicos ou com RCIU 
 
Índices Antropométricos 
 
Peso para Idade – P/I** 
Estatura para Idade – E/I 
Peso para Estatura – P/E* 
IMC para Idade – IMC/I 
 
*: 5 A 10 ANOS 
**: 10 A 19 ANOS 
ESTATURA POR IDADE 
 
• Expressa o crescimento linear 
 
• Reflete comprometimentos crônicos da infância 
• Stunting (nanismo): baixa estatura na infância 
• 1º ano de vida: fatores nutricionais e ambientais 
• A partir dos 2 anos: padrão genético 
 
 
PESO POR ESTATURA 
 
• Reflete a harmonia entre o peso e a estatura 
• Reflete comprometimentos agudo 
 
PESO POR IDADE 
• Reflete comprometimento agudo e crônico, mas não 
permite diferenciar 
• Diagnostica corretamenta a criança com estatura 
ideal 
IMC POR IDADE 
 
• Prático 
 
• Estimativa da gordura corporal 
 
• Quando elevado: excesso de adiposidade 
 
• Mais recomendado para indivíduo e coletividade 
 
 
 
Anamnese Alimentar 
 
• Até 7 anos: mãe fornece as informações 
• Para lactentes: recordatório de 24 horas ou dia alimentar 
habitual 
• Pré-escolares: recordatório de 24 horas + registro 
alimentar de 3 a 4 dias na semana (devido apetite mais 
instável) 
• Geralmente as mães relatam a porção oferecida e não a 
consumida pela criança 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
 
• Aquisição de funções: diferenciação celular e à 
maturação dos diferentes sistemas e órgãos. 
• Maturação progressiva do sistema nervoso 
central, em um organismo com adequadas 
condições de meio interno e com boas 
condições efetoras (cordas vocais, estrutura 
óssea, musculatura) + estímulos 
Link 
• http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_vigilancia_alimentar.php?conteud
o=curvas_de_crescimento 
 
• Curvas de crescimento 
 
• Caderneta Saúde da criança (versão digital) 
 
• WHO Anthro (0 a 5 anos), WHO Anthro Plus (maiores de 5 anos) 
 
Link 
Atividade 
• 1. Defina o estado nutricional das seguintes crianças utilizando os 
seguintes índices: peso/idade, comprimento ou estatura/idade, 
peso/comprimento ou estatura, IMC/idade, PT/PC e PB. 
 
a. Menina, 1 ano e 5 meses, 10,8 kg, 78,0 cm 
b. Menino, 2 anos e 5 meses, 13,4 kg, 93,0 cm. PT=50cm, PC= 45cm, PB= 
13,0cm 
c. Menino, 3 anos e 5 meses, 15,2 kg, 101,0 cm. PB=13,5cm 
d. Menino, 4 anos e 10 meses, 15,9 Kg, 104,0 cm. 
Referências da Aula 
 
• ACCIOLY, E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, E. M. A. Nutrição em 
obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2009. 
Capítulos 14, 15 e 17. 
• CARREIRO, D. M e CORREA, M. M. Mães saudáveis têm filhos 
saudáveis. São Paulo: Ed. Referência, 2010. 
• VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio 
de Janeiro: Ed. Rubio, 2008. 628p. 
– Capítulo 19, 20 e 21

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