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CASOS CONCRETO

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CASOS CONCRETO  01 
Questão discursiva: 
Semana 01
1) A data da sessão de julgamento da apelação interposta por Manoel Carlos foi devidamente publicada no Diário Oficial. Diante do alto número de recursos pautados para serem julgados, o julgamento da apelação de Manoel foi transferida para sessão do dia seguinte. Após o julgamento desfavorável do respectivo recurso, o advogado de Manoel requereu a nulidade do julgamento vez que não foi intimado e que o recurso não poderia ter sido julgado no dia posterior à data previamente designada. Assiste razão ao patrono de Manoel?
Resposta:   Sim! Conforme o texto do art. 935 do CPC, deve haver uma data temporal no período de publicação  da pauta e da sessão de julgamento de 5 dias.
 Questões objetivas:
2) Incumbe ao relator, exceto:
a) negar provimento a recurso que for contrário a súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal.
b) não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida.
c) dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes.
d) decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado em sede de primeiro grau de jurisdição.
3) Quando o resultado do julgamento do recurso de apelação não for unânime deverá o Presidente do respectivo órgão fracionário do respectivo Tribunal:
a) dar prosseguimento ao julgamento considerando a extinção do recurso de embargos de infringentes;
b) deverá sobrestar o julgamento do recurso até a resolução da divergência pelos Supremo Tribunal Federal;
c) deverá instaurar incidente para resolução da divergência instaurada no julgamento do recurso;
d) inadmitir o recurso de apelação que originou a divergência.
CASO CONCRETO 02
Título Teoria Geral dos Recursos:
Disposições Gerais, conceitos e princípios.
Classificação dos recursos. R Descrição 
Questão discursiva:
1) João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de Valdomiro visando obter a retomada de seu imóvel como também a indenização por perdas e danos. A pretensão foi acolhida em parte pelo juízo tão somente para determinar a reintegração do autor na posse do imóvel. O autor interpõe recurso de apelação para o respectivo Tribunal de Justiça visando obter a indenização por perdas e danos, o que foi negado pela Câmara que apreciou o recurso. O recorrente, diante da omissão do colegiado acerca de pontos relevantes abordados no recurso, apresenta pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, que foi rejeitado imediatamente pelo relator.
Diante do caso indaga-se:
a) O pedido de reconsideração possui natureza recursal?
Resposta  -  Não,  o  pedido  de  reconsideração  tem  natureza  de  sucedâneo  recursal,  ou  seja,  apesar  de  possuir   as mesmas  finalidades  não  está  indicado  na  lei  como  um  recurso,  e  o  tema  obedece  ao  princípio  da taxatividade.
b) Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso?
Resposta-  Não, pois  não se trata de um recurso, ademais inexiste dúvida objetiva.
Questões objetivas: 
2) São princípios fundamentos dos recursos previstos no Código de Processo Civil (Promotor de Justiça/SP-2006):
a) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a garantia do reformatio in peius.
b) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a proibição do reformatio in peius.
c) o duplo grau necessário de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a garantia do reformatio in peius.
d) o duplo grau necessário de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a garantia do reformatio in peius.
e) o duplo grau de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade,
a infungibilidade e a proibição do reformatio in peius.
3) Considerando o que dispõe o CPC a respeito de recursos, assinale a opção correta (OAB Nacional – 2009/1).
a) Havendo sucumbência recíproca e sendo proposta apelação por uma parte, será cabível a interposição de recurso adesivo pela outra parte.
b) A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, habilita o advogado a desistir do recurso.
c) O MP tem legitimidade para recorrer somente no processo em que é parte.
d) A desistência do recurso interposto pelo recorrente depende da concordância do recorrido.
Obs: A. – art. 997 p.1º CPC.  
Art.  997.    Cada  parte  interporá  o  recurso  independentemente,  no  prazo  e  com  observância  das exigências legais.
§ 1o Sendo vencido s autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.  
OBS: Dúvida  Objetiva: É o  que  caracteriza,  o que permite  a aplicação  do princípio  da  fungibilidade  recursal.
A  dúvida  objetiva  não  pode  ser  confundida  com  desconhecimento  da  lei,  não  é   pelo  fato  de  você  não conhecer  o  que  diz  a  lei  ou   não  conhecer  o  que  diz  o  enunciado, ou  ter  no  caso  concreto  caracterizado erro grosseiro, nessas hipóteses não se admite aplicação  do princípio da fungibilidade.  
Dúvida  objetiva  ocorreria  por  exemplo  se  vc  estivesse  diante  de  uma  decisão  que  possui  natureza jurídica  de  interlocutória,  mas  a  lei  determinas se  apelação...isso  ainda  ocorre?  Ocorre,  com  a  lei 1060/50  que  é  a  lei  de  gratuidade  de  justiça  -todo  mundo  agrava,  que   é  o  correto,  mas  a  lei  manda apelar – logo se alguém surgi com apelação p ode alega que é dúvida objetiva, pq tem a lei dizendo que é apelação.
Se  você  me  perguntar  hoje  um  exemplo,  e  matéria  de  recurso,  que  envolva  a  aplicação  do  princípio  da fungibilidade  recursal,  eu  vou  te  dizer  que  hoje  é  difícil  enumerar  u m  exemplo,  porque  senhores?  Porque  a  lei  é clara  sobre qual  recurso  cabível  para  cada  caso  concreto,  então  não  há  espaço  para  você levantar  a  dúvida objetiva,  você provavelmente  cai em  erro  grosseiro ou desconhecimento  da  lei que não  é escusável nessas situações.
CASO CONCRETO 03
Título Teoria Geral dos Recursos.
Requisitos de admissibilidade.
Efeitos dos recursos.
Descrição
Questão discursiva:
1) Marcos Antônio ingressou com uma ação declaratória em face do plano de saúde Vida Saudável, responsável por atender importante parcela da população brasileira, visando obter reconhecimento da abusividade de determinada cláusula que impede o tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas.
Diante da repercussão social do julgado, a associação de portadores de HIV solicitou seu ingresso como amicus curiae, o que foi prontamente autorizado pelo juiz da causa. Diante do caso indaga-se:
a) Poderá a associação atuar como se parte fosse?
Resposta  -O  amicus  curiae  poderá  ter  seu  ingresso  solicitado  de  ofício  pelo  juiz  ou  através  de  requerimento. Contribui  para  o esclarecimento  da  questão  em  razão  de  seus  conhecimentos  específicos, democratizando assim o debate judicial. Está previsto no art. 138 N CPC.  
§ 1o  A  intervenção  de  que  trata  o  caput não   implica  alteração  de  competência  nem  autoriza  a interposição  de  recursos,  ressalvadas  a   oposição   de  embargos  de  de claração  e   a  hipótese  do  § 3o.
§ 2o Caberá   ao  juiz  ou  ao  relator,  na  decisão  que  solicitar  o u  admitir  a  intervenção,  definir  os poderes do  amicus curiae.
§3o O amicus curiae  pode recorrer da  decisão  que julgar o  incidente d e resolução  de demandas
repetitivas.
Questões objetivas:
2) Indique, dentre as alternativas abaixo, o requisito extrínseco de admissibilidade dos recurso em geral (Promotor de Justiça/ MG – 2005):
a) cabimento.
b) legitimação para recorrer.
c) interesse para recorrer.
d) inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer.
e)  regularidade  formal,  tempestividadee  preparo.
(classificação de José Carlos Barbosa Moreira).
3) De acordo com o Código de Processo Civil, assinale a alternativa correta (Juiz de Direito – SC – 2009):
a) A insuficiência no valor do preparo implicará deserção independentemente de intimação;
b) Cabe agravo na forma retida da decisão que não admite apelação;
c) Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá agravo imediatamente, na forma retida ou por instrumento no prazo de dez dias, quando se tratar de decisão suscetível de causar lesão grave ou de difícil reparação;
d) O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem anuência do recorrido, desistir do recurso;
e) Decisão além ou fora do pedido é passível de interposição de embargos de declaração apenas quando resultar contradição.
CASO CONCRETO 04
Questão discursiva:
1) Carlos ingressou com uma ação indenizatória em face da Construtora JSP com o objetivo de obter indenização pela demora na entrega de seu imóvel. Após a citação, constatou-se que a construtora encerrou suas atividades irregularmente, o que motivou o autor a requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que foi indeferido de plano pelo juiz. Terminada a instrução, o juiz condenou a construtora a indenizar ao autor no valor de R$10.000,00, devidamente atualizado e com juros legais. Irresignado com a sentença o autor interpôs recurso de apelação visando reformar a decisão interlocutória que indeferiu a desconsideração da personalidade como também aumentar o valor fixado a título de indenização. Diante do caso indaga-se:
a) A apelação de Carlos foi formulada adequadamente?
Resposta: Não, pois da decisão que rejeita o incidente de desconsideração da personalidade jurídica caberá agravo por instrumento, Art.1015 do NCPC.
b) O juiz sentenciante poderá inadmitir o recurso de Carlos?
Resposta: No caso concreto, o sistema afasta a verificação dos requisitos pelo magistrado  juízo ad quo), sendo realizada diretamente pelo tribunal, juízo ad quem. Sobretudo por tratar-se do Recurso de Agravo por Instrumento.
Art.1010, parágrafo 3*. § 3o, NCPC: Após as formalidades previstas nos §§ 1o e 2o, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade. ⇒ o exame do agravo de instrumento é feito no juízo de admissibilidade ad quem.
2) O recurso de apelação será recebido somente no efeito devolutivo quando interposto conta sentença que julgar ação (Promotor de Justiça – RO – 2006):
a) de manutenção de posse ou interdito proibitório referentes a posse nova;
b) condenatória de prestação alimentícia; 
c) de reparação de danos causados em acidente de veículos processada pelo rito sumário; Art.1012, II , NCPC
d) de reparação de danos morais, sem repercussão patrimonial, fundamentada no Código de Defesa do Consumidor;
e) não confirmando os efeitos da tutela.
3) É correto afirmar que o recurso de apelação comporta juízo de retratação nas seguintes hipóteses (XLIV Concurso para ingresso da Magistratura do TJ/RJ) :
(A) excepcionalmente, nos casos em que há deferimento de tutela de urgência, seja antecipada ou cautelar.
(B) em regra, nas hipóteses do art. 520 do CPC, em que não há recebimento no efeito suspensivo.
(C) excepcionalmente, nos casos de julgamento liminar de improcedência e nos de indeferimento da inicial. Art.331 e Art.332, § 3°, NCPC
(D) em regra, em todas as ações de conhecimento, seja o procedimento ordinário ou sumário, cautelar ou execução
Caso concreto 05
Questão discursiva:
Rafael e José impetraram Mandado de Segurança em face do Município visando obter a reintegração na Guarda Municipal, considerando que foram exonerados arbitrariamente por abuso de poder da municipalidade. O juiz excluiu José sob o fundamento de que, na hipótese, não cabe litisconsórcio. José interpôs agravo de instrumento que, após a devida distribuição, foi encaminhado pelo relator para o julgamento eletrônico, dispensando-se a sessão de julgamento. Agiu adequadamente o relator?
Resposta: Em virtude da revogação do Art. 945, NCPC, o relator não agiu adequadamente (lei 13.256/16)
2) Da decisão que julgar a liquidação de sentença caberá ( MPE-SP – 2011 – MPE-SP – Promotor de Justiça):
a) embargos do devedor, seguro o juízo;
b) recurso de apelação;
c) exceção de pré-executividade;
d) objeção de pré-executividade;
e) recurso de agravo de instrumento; Art.1015, parágrafo único, NCPC.
3) Em um processo que observa o rito comum ordinário, o juiz profere decisão interlocutória contrária aos interesses do réu. É certo que, se a decisão em questão não for rapidamente apreciada e revertida, sofrerá a parte dano grave, de difícil ou impossível reparação. Assim sendo, o advogado do réu prepara o recurso de agravo de instrumento, cuja petição de interposição contém a exposição dos fundamentos de fato e de direito, as razões do pedido de reforma da decisão agravada, além do nome e endereço dos advogados que atuam no processo. A petição está, ainda, instruída com todas as peças obrigatórias que irão formar o instrumento do agravo. Contudo, o agravante deixou de requerer a juntada, no prazo legal, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso, fato que foi arguido e provado pelo agravado. Com base no relatado acima, assinale a alternativa correta a respeito da consequência processual decorrente ( FGV – 2011 – OAB – Exame de Ordem Unificado – III – Primeira Fase).
a) Haverá prosseguimento normal do recurso, pois tal juntada caracteriza mera faculdade do agravante;
b) Não será admitido o agravo de instrumento; Art.1016 e 1017 do NCPC.
c) O agravo de instrumento será julgado pelo tribunal, inviabilizando-se, apenas, o exercício do juízo de retratação pelo magistrado;
d) Estará caracterizada a litigância de má-fé, por força de prática de ato processual manifestamente protelatório, devendo a parte agravante ser sancionada, e o feito, extinto sem resolução do mérito.
Caso concreto 06
Questão discursiva:
Marcia ingressou com uma ação de revisão de cláusulas contratuais em face da Editora Encanto no I Juizado Especial da Comarca de Salvador. Após a realização da audiência de instrução e julgamento o juiz proferiu sentença julgando procedente o pedido da autora. A ré opôs embargos de declaração, sob o argumento de que houve erro material e omissão no julgado, no prazo legal, sendo este rejeitado pelo julgador. Após a publicação da decisão que julgou os embargos a empresa embargante interpôs recurso inominado no prazo de 10 dias. O recurso foi inadmitido pelo juiz por intempestividade, considerando a regra disposta no art. 50 da Lei nº 9.099/95. Agiu adequadamente o juiz?
Resposta: Não agiu adequadamente, considerando que o Art.1065 do NCPC, que alterou o Art.50 da Lei 9.099/95. Com a alteração prevista no NCPC, os embargos de Declaração interrompem o prazo, não mais o suspendem em hipótese alguma.
2) Sobre os embargos de declaração, é INCORRETO afirmar que (Técnico Judiciário do TJ/RJ – Prova 1 – Concurso 2014):
(A) têm por finalidade primordial o aclaramento ou a integração da decisão judicial;
(B) devem ser interpostos no prazo de cinco dias;
(C) suspendem o prazo para a interposição de outro recurso, por qualquer das partes; Art.1026, NCPC.
(D) podem dar azo à aplicação de multa, caso o órgão jurisdicional os reconheça como manifestamente protelatórios;
(E) não estão sujeitos a preparo.
3) O TRF da 2a Região denegou a ordem de segurança pleiteada em processo de sua competência originária. Nesse caso, qual seria o recurso cabível contra tal decisão?
a) Recurso Extraordinário ao STF, se a decisão contrariar dispositivo constitucional;
b) Recurso Especial ao STJ, se a decisão contrariar lei federal;
c) Recurso Ordinário ao STJ, se a decisão contrariar lei federal;
d) Recurso Ordinário ao STF, independentemente do conteúdo da decisão;
e) Recurso Ordinário ao STJ, independentementedo conteúdo da decisão. Art.1027, II, a, NCPC
Caso concreto 07 
Questão discursiva: Determinado Tribunal Regional Federal confirmou a sentença proferida por juízo federal no sentido de negar a equiparação de soldos entre militares das forças armadas. Inconformado, o recorrente interpôs recurso extraordinário, que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. O Ministro Relator entendeu que a violação ao texto constitucional era reflexa, por necessitar de revisão de lei federal, e inadmitiu o recurso extraordinário. Agiu adequadamente o relator? 
Resposta: Não o relator deveria converter o recurso extraordinário (RE) em recurso especial (REsp), conforme Art.1033 do CPC 2015, por entender que a questão diz respeito a norma federal. 
2) Em sede de recurso extraordinário, a questão constitucional nele versada deverá oferecer repercussão geral sob pena de (OAB/SP – 2007) 
a) não ser provido pelo STJ; 
b) não ser provido perante o juízo a quo; 
c) não ser conhecido pelo juízo ad quem; Art. 1035, NCPC 
d) não ser provido pelo juízo ad quem. 
3) Em relação ao recurso extraordinário, a decisão do Supremo Tribunal Federal que não admite a repercussão geral é (OAB/RS – 2007) 
a) irrecorrível. 
b) passível de embargos infringentes. 
c) passível de reclamação. 
d) agravável
Caso concreto 08
Questão discursiva:
1) Diante da multiplicidade de recursos especiais com fundamento em idêntica questão de direito em face da União, o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná selecionou dois recursos representativos da controvérsia e encaminhou para o Superior Tribunal de Justiça para o julgamento repetitivo. O relator no STJ determinou a suspensão de todos os processos afetados pendentes em tramitação no território nacional. Diante dessa circunstância indaga-se a) Em relação aos processos suspensos em todo território nacional, é possível a desistência da ação? Em que fase processual?
Resposta- Sim, é possível a desistência até a prolação da sentença - art. 1040 p. 1º NCPC.
Art. 1.040. Publicado o acórdão paradigma: § 1 A parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição, antes de proferida a o sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso representativo da controvérsia. OBS: se vc desistir seu processo vai ser extinto sem resolução de mérito - art.485 NCPC. Vou poder promover uma nova ação? Sim, o Juiz vai aplicar a mesma decisão dos processos repetitivos - art. 917 NCPC (em outras palavras, não adianta nada vc desistir).
b) Caso a parte identifique que a controvérsia estabelecida no julgamento repetitivo diverge da controvérsia existente em seu processo, como deverá proceder?
Resposta- Deverá fazer um requerimento demonstrando a distinção e solicitando o prosseguimento da demanda. art. 1037.
Art. 1.037. Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior, constatando a presença do pressuposto do caput do art. 1.036, proferirá decisão de afetação, na qual:
III - poderá requisitar aos presidentes ou aos vice-presidentes dos tribunais de justiça ou dos tribunais regionais federais a remessa de um recurso representativo da controvérsia
2) Leia as afirmativas sobre a repercussão geral.
I. No STF, se a turma decidir pela existência de repercussão geral por, no mínimo, quatro votos, será encaminhado o recurso ao plenário para nova votação, que poderá negar processamento ao RE por votos de 2/3 dos membros. -F - art. 1035, p.8 NCPC.
II. O Tribunal de origem não tem competência para apreciar a existência de alegação de repercussão geral na preliminar do recurso extraordinário. – V - é o STF que faz art. 1035 NPC
III. Pode-se dizer que a repercussão geral é requisito de admissibilidade do recurso extraordinário e do recurso especial, cuja análise compete somente ao STF, seja por decisão da turma ou do plenário. - F - O R.E está errado, é requisito do extraordinário.
IV. Se o STF entender pela existência de repercussão geral, com o julgamento de mérito da Ré selecionado, a decisão valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica sobrestados na origem.
Está correto apenas o que se afirma em – V –
Art. 1035 p. 5º e 9º NCPC
(A) I, II e IV.
(B)  III e IV.
(C) I e II.
(D) II e IV
3) Reconhecida a repercussão geral em determinado recurso extraordinário, o procedimento adequado em relação aos recursos afetados será:
a) aguardar, independente de prazo, o reconhecimento da repercussão geral;
b) julgar, independente da repercussão geral, os recursos afetados;
c) aguardar a apreciação da repercussão geral, pelo prazo de 01 ano, expirado o prazo o recurso afetado deve ser inadmitido na origem;
d) aguardar a apreciação da repercussão geral, pelo prazo de 01 ano, expirado o referido prazo o recurso sobrestado será processado normalmente. - §10° do art. 1035 NCPC.
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.
§ 5 Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a o suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional.
§ 8 Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará o seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica.
§ 9 O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1 (um) o ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.
§ 10. Não ocorrendo o julgamento no prazo de 1 (um) ano a contar do reconhecimento da repercussão geral, cessa, em todo o território nacional, a suspensão dos processos, que retomarão seu curso normal
Caso concreto 09
Questão discursiva:
1) Antônio Silva, funcionário público, ajuizou ação em face do município de Jacarezinho, alegando que o Plano de Cargos e Salários de sua categoria profissional, estabelece como critério de progressão, níveis de escolaridade diferenciados e isso violaria o princípio da isonomia e o artigo 39, §1° da CRFB, eis que para o exercício do cargo exige-se apenas nível médio. Diante dos fatos, requereu seu reenquadramento na forma da Lei Municipal n. 388/2011, realizando de forma imediata a majoração de seu salário-base. O magistrado em sentença julgou procedente o pedido de Antônio. Inconformado, o ente público recorreu alegando, dentre outros motivos, que os requisitos estabelecidos na lei municipal são constitucionalmente válidos. O órgão colegiado, por unanimidade, acordou em suscitar o incidente processual cabível.
Indaga-se:
Qual incidente processual enquadra-se na hipótese?
Explique e fundamente a sua resposta.
DUAS OPÇÃO DE RESPOSTA
Resposta: Incidente de arguição de inconstitucionalidade. Aqui há o controle difuso onde pode o órgão judiciário analisar a questão como fundamento do pedido, a questão da constitucionalidade como prejudicial, não declarando a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma norma, mas apenas dela conhecendo.
Resposta A coisa julgada sobre a questão prejudicial incidental dependerá de remessa necessária, Assim, poderá provocar os embargos de declaração que tem como objetivo sanar uma omissão, contradição ou obscuridade na decisão impugnada; art. 535, CPC. E ainda devera observar os demais pressupostos para a incidência do duplo grau obrigatório.
Questões objetivas:
2) Na hipótese é cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver:
I - simultaneamente efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito e risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
Resposta a) Apenas o item I está correto.
Art. 976.  É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas quando houver, simultaneamente:I - simultaneamente efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito e risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
II - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão de fato e de direito.
III - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica
3) Quando o resultado do julgamento do recurso de apelação não for unânime deverá o Presidente do respectivo órgão fracionário do respectivo Tribunal:
a) dar prosseguimento ao julgamento considerando a extinção do recurso de embargos de infringentes;
b) deverá sobrestar o julgamento do recurso até a resolução da divergência pelos Supremo Tribunal Federal;
c) deverá instaurar incidente para resolução da divergência instaurada no julgamento do recurso;
d) inadmitir o recurso de apelação que originou a divergência.
Art. 942.  Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.
Caso concreto 10
Questão discursiva:
1) Em sessão plenária o Supremo Tribunal Federal alterou o entendimento pacificado através do precedente judicial extraído da ADPF 186, no sentido de admitir a constitucionalidade das cotas raciais nas universidades públicas, determinando que a partir da data da referida sessão o único critério a ser utilizado para ingresso nas universidades deve ter como base a meritocracia. Considerando a sistemática de aplicação dos precedentes judiciais podemos afirmar que o Supremo Tribunal Federal agiu adequadamente?
Resposta: Sim, o Sistema de Precedentes exige que haja a modelação temporal para manter a segurança nas relações jurídicas e a atenção aos interesses sociais.
Art. 927.  Os juízes e os tribunais observarão:
§ 3º Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da segurança jurídica
Questões objetivas:
2) Com o objetivo de expandir a prestação jurisdicional e aperfeiçoar a legislação outrora em vigor, promulgou-se a Lei nº 9.099/95, criando os “Juizados Especiais Cíveis e Criminais”. A sentença proferida em processo seguindo este rito está sujeita a recurso ao próprio Juizado, sendo julgado por turma composta por 3 (três) juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição. No âmbito civil, o acórdão prolatado pela turma recursal está sujeito (XLV Concurso para ingresso na Magistratura do TJRJ):
a) à reclamação ao Superior Tribunal de Justiça, desde que o acórdão contrarie jurisprudência firmada na Corte Superior, versando sobre direito material.
b) à interposição de recurso extraordinário, dispensando- -se o prequestionamento em razão da informalidade e simplicidade que regem a lei.
c) à interposição de recurso especial, nas hipóteses constitucionalmente previstas.
d) à oposição de embargos infringentes, para casos em que a decisão tenha sido não unânime.
3) A autoridade federal competente para julgar processo administrativo de imposição de multa decidiu por aplicar a pena de multa ao administrado, impondo-lhe, ainda, o ônus de depositar o respectivo valor como condição de admissibilidade do recurso administrativo cabível. Sabendo que a exigência da autoridade administrativa contraria teor da súmula vinculante 21 (segundo a qual é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para a admissibilidade de recurso administrativo), o administrado pretende propor reclamação constitucional para que não seja obrigado a depositar o valor da multa como condição de admissibilidade do recurso administrativo. De acordo com a Constituição Federal, a reclamação constitucional é, em tese:
a) incabível.
b) cabível, devendo ser proposta perante o Supremo Tribunal Federal.
c) cabível, devendo ser proposta perante o Superior Tribunal de Justiça.
d) cabível, devendo ser proposta perante o Tribunal Regional Federal competente.
e) cabível, devendo ser proposta perante a autoridade administrativa superior
Art. 988.  Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:
III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade

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