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 Plano de Aula: Ouro, conjuração e ideias emancipatórias: o contexto do perÃodo pré-independência HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - CCJ0105 TÃtulo Ouro, conjuração e ideias emancipatórias: o contexto do perÃodo pré-independência Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 3 Tema Ouro, conjuração e ideias emancipatórias: o contexto do perÃodo pré-independência. Objetivos O aluno deverá ser capaz de: - Compreender a correlação existente entre a perda de valor econômico do açúcar no mercado internacional e o processo de interiorização da Colônia; - Relacionar o processo de interiorização do processo colonizador com a chamada Era do Ouro e esta com o incipiente processo de urbanização na Colônia e com a consequente mudança do perfil da ocupação; - Perceber os movimentos revoltosos como consequência direta da excessiva carga fiscal imposta aos colonos pela Coroa Portuguesa. - Relacionar o processo de busca pela autonomia polÃtica do Brasil e o desgaste do sistema de controle imposto pela Metrópole, com restrições e altos impostos. Estrutura do Conteúdo O conteúdo a ser ministrado será aquele estabelecido pelo Livro Didático de História do Direito no Brasil (págs. 28-48). Mineração: a "Era do ouro". Embora a descoberta de ouro desde sempre tivesse sido um objetivo de Portugal, a Chamada Era do Ouro acabou por ser uma consequência indireta da crise vivenciada pela economia açucareira brasileira. A prosperidade dos engenhos açucareiros nas colônias holandesas, francesas e inglesas da América Central levaram à crise do sistema açucareiro brasileiro e, isso alterou bastante o panorama do processo colonizador e, por consequência do panorama sócio-econômico da colônia, conforme será analisado no decorrer da aula. Porém, já adiantamos algumas dessas mudanças: - o enorme crescimento demográfico do paÃs, principalmente nas regiões aurÃferas; - o estabelecimento de um comércio/mercado interno, uma vez que os produtos produzidos na colônia não eram mais apenas para exportação como ocorria com o açúcar e o tabaco do nordeste, mas também para suprir as necessidades dos novos habitantes; - o desenvolvimento de uma classe média composta por artesãos, artistas, poetas e intelectuais que contribuÃram para o grande desenvolvimento cultural do Brasil naquela época. A questão dos impostos (abusivos) cobrados pela Metrópole no âmbito da produção aurÃfera que, se por um lado equilibra as combalidas finanças portuguesas, por outro lado, propiciará inúmeros conflitos entre metrópole e colônia. Os movimentos de rebelião Alguns movimentos evidenciaram a existência de fissuras na relação colônia/metrópole, principalmente a partir do final do Século XVII. Essas rebeliões eram geralmente motivadas por questões de ordem econômica, mas expressavam um descontentamento da população da colônia em razão do excessivo controle da metrópole sobre as provÃncias coloniais. Nessa linha, encontram-se a Revolta de Beckman (1684) no Maranhão, a Guerra dos Emboabas (1708) em Pernambuco; Guerra dos Mascates (1707) em Pernambuco, Revolta de Felipe dos Santos (1720) em Vila Rica, mas principalmente, e com maior destaque, pela importância que tiveram, a Conjuração Mineira de 1789 e a Conjuração Baiana de 1798 (também conhecida como Conjuração dos Alfaiates). Em todos esses movimentos explicita-se a crise na relação entre colônia e metrópole e um crescente sentimento de identificação e pertencimento dos habitantes com seus núcleos coloniais. A transferência da corte portuguesa para as Américas, ou o inÃcio do processo de ?interiorização da metrópole? A chegada da Corte portuguesa ao Brasil, no contexto de disputa pela hegemonia europeia entre a França napoleônica e a Inglaterra, gerou consequências incontornáveis no status da colônia. A instalação da Corte no Rio de Janeiro teve por consequência imediata a abertura dos portos à s nações amigas, o que significou a quebra do pacto colonial, que sobrevivera por mais de 300 anos Além disso, as muitas realizações de promovidas por D.João (criação do Banco do Brasil, Jardim Botânico, Teatro Real, Imprensa Régia, Escola Médica, etc.) foram configurando um novo perfil à antiga cidade colonial, que buscava, assim, o status de cidade imperial. Aplicação Prática Teórica O conteúdo será apresentado com base no teor estabelecido pelo Livro Didático de História do Direito no Brasil (págs. 28-48). Vimos em nosso Livro Didático que dois traços fundamentais que caracterizaram a sociedade brasileira colonial foram o fato de a mesma ser rural e patriarcal. A primeira caracterÃstica está relacionada à s baixas densidades populacionais e um espaço onde predominam a paisagem e a atividade agrÃcola. No que se refere ao segundo, trata-se de um tipo de "ideologia" reinante na época na qual o homem é considerado a maior autoridade no seio da famÃlia, devendo as mulheres se subordinarem a estes, prestando-lhes obediência. Pesquise na internet atualmente no Brasil, qual o percentual populacional que vive nos centros urbanos e qual o percentual que vive nas áreas rurais. Após, pesquise para saber se homens e mulheres com igual nÃvel de escolaridade recebem, em média, salários iguais. Como se sabe, no decorrer da história algumas caracterÃsticas permanecem (aquilo que denominamos como permanências) e outras vão sendo superadas (o que denominamos como rupturas). Nesse sentido, pergunta-se: a) Há permanência ou ruptura no que se refere à ocupação do espaço rural/urbano no Brasil? b) Há permanência ou ruptura no que se refere à caracterÃstica colonial de tratamento desigual entre homens e mulheres? Observação: justifique sua resposta com base nas investigações realizadas.
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