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BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS Amostragem de minérios Prof. Eliseu Romero Campêlo Correia BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM INTRODUÇÃO Amostragem constitui a primeira e uma das mais importantes tarefas no controle de uma usina ou de uma mina. Os materiais a serem amostrados chegam, às vezes, a centenas de toneladas. As amostras, por sua vez, não poderão passar de alguns quilos, no caso de análises granulométricas, ou de alguns gramas, no caso de análise química. BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM Conceitos fundamentais Universo – é um conjunto fechado, ou seja, perfeitamente definido por meio de uma regra de formação. Ex.: Material contido numa bancada, numa mina; a massa de material contido num balde, numa pilha ou num silo; o material presente em um moinho, ou mesmo em algum equipamento de concentração mineral. A população é tão grande ou tão pequena quanto é o interesse para o estudo específico. 1 2 3 4 BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM Conceitos fundamentais Amostra – é uma parte da população (de partículas, no nosso caso) que deveria representar toda a população, isto é, ter as mesmas características - de teor, granulometria, cor, umidade, ou quaisquer outros atributos. BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM O QUE É AMOSTRAGEM? O processo de amostragem consiste na retirada de quantidades moduladas de material de um universo que se deseja amostrar, para a composição da amostra primária ou global, de tal forma que essa seja representativa do universo amostrado, ou seja, que a amostra (parte do universo) tenha exatamente as mesmas características que o universo. BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM O QUE É AMOSTRAGEM? BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM QUAL O OBJETIVO? Em seguida, a amostra primária é submetida a uma série de etapas de preparação que envolve operações de redução de tamanho, homogeneização e quarteamento, até a obtenção da amostra final, com massa e granulometria adequadas à realização de ensaios e/ou análises (química, instrumental, mineralógica, etc.) BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM Quais as maneiras de amostragem de uma população? 1 - Por incrementos – o amostrador anda ao longo da população (ou faz andar em frente a si) e, a intervalos de tempo ou de percursos, iguais ou não, toma uma amostra incremental (ou incremento), isto é, um elemento que será juntado aos demais incrementos para constituir uma amostra final. Universo Incrementos Amostra = soma dos incrementos BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM Quais as maneiras de amostragem de uma população? 1 - Por incrementos Universo Incrementos Amostra = soma dos incrementos BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM Quais as maneiras de amostragem de uma população? 2 - Por fracionamento – o amostrador reparte toda a população em duas ou mais partes iguais. As amostras reduzidas são chamadas de alíquotas. Universo Alíquotas Amostra BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM Amostra representativa– é aquela cujos elementos representam a população que lhe deu origem, de acordo com critérios estatísticos. BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM QUAL A SUA IMPORTÂNCIA? A importância da amostragem é ressaltada, principalmente, quando entram em jogo a avaliação de depósitos minerais, o controle de processos em escalas de laboratórios e industrial, e a comercialização de produtos. De olho na ISO 9000 (normas de gestão da qualidade e garantia da qualidade). BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM Cabe ressaltar que a representatividade referida é válida para parâmetros de interesse (densidade, teor, umidade, distribuição granulométrica, constituintes minerais, etc.), definidos a priori. E, ainda, que todos os cuidados devem ser tomados para que essa representatividade não se perca, quando da preparação da amostra primária. BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM PLANEJAMENTO E TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM O planejamento e as técnicas utilizadas dependem de: -tipo de minérios (ouro, ferro...); -volume de produção; -homogeneidade da mina; -normas adotadas, etc. BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM PLANEJAMENTO E TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM PLANEJAMENTO E TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM 1 2 3 4 Pilha cônica BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM PLANEJAMENTO E TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM 1 2 3 4 Pilha cônica BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM PLANEJAMENTO E TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM PLANEJAMENTO E TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM Carrinho para preparação de pilha tronco de pirâmide. BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA AMOSTRAGEM BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA AMOSTRAGEM BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA AMOSTRAGEM BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA AMOSTRAGEM BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA AMOSTRAGEM BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA AMOSTRAGEM BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM ESTUDO DE CASO Calcário -Amostra na frente de lavra na etapa de perfuração; -Técnica de redução da amostra (pilha prismática, cônica...); Pilha cônica BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM ESTUDO DE CASO Calcário -Moagem do minério para <200#; -Técnica de redução da amostra (50g); -Análise química: CaO, MgO e RI. -Resultado esperado: Conhecer o material a ser desmontado. Calcário agrícola, industrial ou nutricional. Blendagem? BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM ERRO DE AMOSTRAGEM Pierre Gy definiu como erro total (Ea) o somatório do erro de amostragem (coleta) propriamente dita (Eap) e erro de preparação (Ep), advindos de fragmentações (redução da amostra), homogeneização, quarteamento, manuseio etc. E (a) = E (ap) + E (p) E (ap) = E (a1) + E (a2) + E (a3) + E (a4) + E (a5) + E (a6) + E (a7) Sendo: E (a1) = erro de ponderação, resultante da não uniformidade da densidade ou da razão da vazão do material; E (a2) = erro de integração, resultante da heterogeneidade de distribuição das partículas no material; E (a3) = erro de periodicidade, resultante de eventuais variações periódicas da característica de interesse do material; BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM ERRO DE AMOSTRAGEM E (a4) = erro fundamental, resultante da heterogeneidade de constituição do material. Depende fundamentalmente da massa de amostra e, em menor instância, do material amostrado. É o erro que se comete quando a amostra é realizada em condições ideais; E (a5) = erro de segregação, resultante da heterogeneidade de distribuição localizada do material; BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM ERRO DE AMOSTRAGEM E (a6) = erro de delimitação, resultante da eventual configuração incorreta de delimitação de dimensão dos incrementos; E (a7) = erro de extração, resultante da operação de tomada dos incrementos; BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM ERRO DE AMOSTRAGEM O erro de preparação (Ep) é o somatório de cinco erros independentes, provenientes das operações de redução da granulométrica a que a amostra primária é submetida. E (p) = E (p1) + E (p2) + E (p3) + E (p4) + E (p5) Sendo, E (p1) = perda de partículas pertencentes à amostra; E (p2) = Contaminação de amostras por material estranho; E (p3) = alteração não intencional da característica de interesse a sermedida na amostra final; BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM ERRO DE AMOSTRAGEM E (p4) = erros não intencionais do operador; E(p5) = alteração intencional da característica de interesse a ser medida na amostra final. BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM Fe2O3 SiO2 P v Amostra primária Incrementos População n1 n2 n3 n4 %Fe2O3=83,24 Errado! Valor estimado do teor médio para população Haverá erros! Qual o intervalo de confiança? Qual a probabilidade de ser real? BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM v Amostra primária Incrementos População n1 n2 n3 n4 %Fe2O3=83,24 + 0,89 = 84,13 %Fe2O3=83,24 - 0,89 = 82,35 Tenho 95% de confiança que o valor médio do teor da minha pilha está entre 84,13 e 82,35%. Intervalo de confiança Erro de amostragem (Ea) BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM v Amostra primária Incrementos População n1 n2 n3 n4 BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM Média amostral Desvio-padrão amostral BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM Distribuição de frequência BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM Se z = 1 a média verdadeira será a média amostral +- o desvio-padrão BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM Distribuição normal (Z) x Distribuição t - Student (t) Amostras N≥30 Amostras N<30 BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM Distribuição t de Student (t) MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM Amostra com poucas informações Amostra com poucas informações BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM Amostra com poucas informações Amostra com poucas informações BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM x1 x2 x3 x4 n incrementosPopulação BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM MASSA MÍNIMA DE AMOSTRAGEM – CAMPO AGREGADOS NBR NM 26:2000 BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS AMOSTRAGEM REFERÊNCIAS LUZ, Adão Benvindo da; SAMPAIO, João Alves; FRANÇA, Silvia Cristina Alves – Introdução ao Tratamento de Minérios –5ª Edição do Livro de Tratamento de Minérios. Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2010. CHAVES, A. P. Teoria e Prática do Tratamento de Minérios, 4.ed. vol. 1. São Paulo: editora oficina de textos, 2012. Notas de aula: Prof. André Carlos Silva - UFG GÓES, Maria Alice, LUZ, Adão Benvindo da; POSSA, Mário Valença – Amostragem. Capítulo 2. Introdução ao Tratamento de Minérios –5ª Edição do Livro de Tratamento de Minérios. Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2010.
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