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167973122816 OAB DIRPENAL BRINCAR PARTE I

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QUESTÕES PARA BRINCAR – PARTE I 
 
 
PEÇAS 
01 – Em 30 de novembro de 2016, Cássio e Júlio, amigos desde infância, resolvem juntar alguns ami-
gos de colégio em um churrasco para comemorar os 30 anos de formatura do ABC na casa de campo 
de propriedade de Júlio, em Gravatá/PE. Dez de seus amigos chegam para a festa. Cássio os recebe 
na entrada da casa e os encaminham à área das mesas, onde Júlio preparava as carnes. Era final do 
campeonato de futebol e José, um dos convidados, solicita que liguem a televisão para acompanhar o 
jogo. 
No intervalo entre os tempos da partida, já transtornado por seu time estar perdendo, José começa a 
gritar, bater com a mão na mesa. Júlio gentilmente pede que ele se acalme para manter os ânimos res-
peitosos do ambiente. José rebate dizendo na frente de todos “não vou me acalmar coisa alguma” e 
finaliza a frase xingando Júlio de “corno manso”, insistindo nas ofensas de forma a humilhar Júlio peran-
te seus colrgas, com notória intenção de afrontar a honra pessoal do seu interlocutor. Ao tentar ser reti-
rado do local pelos convidados Maurício, Rafael e Amanda, José joga um prato, que estava sobre a 
mesa, deliberadamente, contra a televisão, quebrando-a. José deixa a casa de campo e a festa acaba 
em razão dos atos infelizes. 
Procurado por Júlio no dia 19 de dezembro de 2016, você foi formalmente constituído como seu advo-
gado, objetivando a responsabilização penal de José. Elabore a peça processual cabível para garantir 
que os interesses de seu cliente sejam cumpridos. 
 
02 – No dia 28 de dezembro, por volta das 20 horas, Sebastian encontrava-se no interior de sua resi-
dência e ouviu um barulho no quintal. Resolveu verificar do que se tratava e, percebendo um vulto es-
tranho no jardim pegou seu revolver, do qual possuia autorização legal na escrivaninha da sala onde 
estava, abriu a janela e realmente avistou uma pessoa invadindo sua propriedade. Naquele momento, 
desesperado, entendo tratar-se de um ladrão e com o intuito de assustá-lo, Sebastian desferiu um tiro 
em sua direção, atingindo a vítima no braço esquerdo, causando grave lesão. Ao sair do interior de sua 
residência, Sebastian percebeu que era um adolescente que depois soube chamar-se Maurício, que 
havia pulado o muro de sua residência, para pegar manga no quintal. Imediatamente, Sebastian cha-
mou uma ambulância e, após o socorro da vítima, dirigiu-se à Delegacia de Polícia mais próxima, onde 
 
 
 
 
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narrou o ocorrido. A Delegada plantonista, ouviu os fatos e prendeu Sebastian em flagrante pelo crime 
de tentativa de homicídio. Contudo, lavrado o auto de prisão em flagrante e já passadas 72 hgoras a 
prisão ainda não foi comunicada ao Juiz competente ou ao Ministério Público, não sendo também en-
tregue a nota de culpa. Como advogado, elabore a medida cabível, visando a liberdade de Sebastian. 
 
03 – Jurandir, com o intuito de levar a nova namorada a um belo passeio, decidiu furtar um veículo, 
marca Volkwagem, modelo Gol, que se encontrava estacionado regularmente em via pública, na cidade 
de Campo Lindo. Com uma chave falsa, conseguiu abrir o carro e, ao tentar sair com o automóvel de 
onde estava estacionado, foi avistado pelo proprietário do bem que, imediatamente, comunicou o fato 
aos agentes policiais Pedro e Lucas, que estavam na esquina da via. Levado à delegacia de polícia, o 
delegado que presidiu o Auto de Prisão em Flagrante tipificou o fato como incurso no artigo 155, § 4º, 
III, do Código Penal. Motivo pelo qual não arbitrou fiança, determinando o recolhimento ao cárcere e 
entregando-lhe nota de culpa. A cópia do Auto de Prisão em Flagrante foi remetida ao juiz da 2ª Vara 
Criminal de Campo Lindo, onde Jurandir reside, sendo primário e trabalhador. Na condição de advoga-
do de Jurandir, elabore a peça processual cabível. 
 
04 – Conrado foi processado e condenado por transgressão ao artigo 33, caput, da Lei 11.343/06, fato 
ocorrido em 22 de novembro de 2006. Na sentença, o magistrado competente da Comarca de Jaboatão 
dos Guararapes determinou pena de 5 anos de reclusão e 500 dias-multa, fixando o regime fechado 
para o início do cumprimento executório penal. Transitada em julgado a decisão, Conrado foi recolhido 
em Penitenciária do Estado de Pernambuco. Tendo cumprido mais de 1/6 da pena e contando com bom 
comportamento e aproveitamento carcerário, pleiteou no juízo competente a progressão de regime, que 
fora indeferida, sob o argumento de se tratar de delito equiparado a hediondo, portanto sujeito às re-
gras constantes do art. 2º, §2º, da Lei 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos), com a redação que lhe foi 
dada pela Lei 11.464/07, aplicável desde logo. Como advogado de Conrado, hoje intimado, elabore a 
peça de pertinente objetivando atender os anseios de seu constituinte. 
 
05 – Adalberto foi denunciado e processado, na 3ª Vara Criminal da Comarca do Município de Vitó-
ria/ES, pela conduta de roubo qualificado por emprego de arma de fogo. Na fase de inquérito policial, 
Adalberto foi reconhecido pela vítima, por meio da entre porta da sala onde se encontrava sozinho. Na 
Audiência de Instrução e Julgamento, a vítima afirmou que não tinha visto a arma do acusado, mencio-
nando que apenas o viu com a mão por baixo da camisa. As demais testemunhas de acusação também 
informaram não terem visto a arma, apenas viram que a vítima, após o roubo, que gritava “ladrão! La-
 
 
 
 
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drão! Pega, pega!” e isso fez com que os policiais que passavam pelo local corressem no encalço do 
acusado. Foi afirmado, ainda que o acusado havia jogado um objeto dentro de uma lixeira do lugar do 
fato, mas que não sabiam do que se tratava. Durante o interrogatório o acusado preferiu exerceu seu 
direito ao silêncio. Finalizado todos os atos da instrução criminal, Adalberto foi condenado a nove anos 
de reclusão, pelo crime de roubo circunstanciado em decorrência do emprego de arma de fogo, com 
fixação de regime inicial fechado para o cumprimento da pena. Na decisão, o juiz fundamentou a con-
denação e a fixação da pena nos depoimentos testemunhas e no reconhecimento da vítima em sede 
policial, bem como, no fato do réu ter maus antecedentes, comprovados no curso do processo. 
Como advogado de Adalberto, tendo recebida a intimação da sentença, elabora a peça cabível objeti-
vando contrapor-se a decisão do magistrado. 
 
06 – Em 4 de julho de 2016, o Ministério Público ofereceu denúncia de roubo qualificado contra Antônio, 
argumentando que ele subtraiu R$752,00 em dinheiro, utilizando-se de um revólver de brinquedo. Co-
mo testemunhas, arrolou a vítima e dois policiais militares para serem ouvidos. Na audiência de instru-
ção e julgamento, como primeiro ato, o magistrado interrogou o acusado, sem a presença do defensor, 
alegando ser desnecessário por ter o acusado confessado a prática delituosa em sede de inquérito poli-
cial. No interrogatório judicial, Antônio descreveu os detalhes de sua conduta, informando como a vítima 
estava vestida, onde estava posicionada e afirmou que usou todo o dinheiro para comprar drogas e que 
já foi internado várias vezes para tratamento. O defensor nomeado havia arrolado três testemunhas na 
resposta à acusação. Na oitiva da vítima, esta afirmou não ter capacidade de reconhecer quem havia 
praticado o delito contra ela porque a pessoa usava um capuz escuro, onde só era possível ver os 
olhos, mas confirmou todos os fatos narrados da prática delitiva. Os policiais arrolados como testemu-
nhas afirmaram que apenas ouviram um grito da vítima, que alegava ter sido roubada, tendo encontra-
do o acusado, nas proximidades do localdo crime, mas estava em visível estado de entorpecência, não 
teve condições de esclarecer o fato. As testemunhas de defesa nada disseram sobre o fato; confirma-
ram que o acusado tinha problemas com drogas e, por isso, era sempre internado. Quando da ocasião 
prevista no 402 CPP, nada foi requerido pelas partes. O Promotor de Justiça pugnou pela condenação, 
alegando restar provada a materialidade e que a confissão do acusado era suficiente à comprovação da 
autoria do crime. Pugnou, ainda, pela aplicação da pena, nos patamares mínimos. Intimado o acusado 
para os fins de alegações finais por escrito, resolveu este contratar um advogado para defendê-lo. Co-
mo Advogado, apresente a peça adequada, com todos os argumentos e pedidos cabíveis na defesa do 
seu cliente. 
 
 
 
 
 
 
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07 – Marcia, leiga em assuntos contábeis, procurou Walter, que possui escritório com placa escrita 
“Contabilista” na frente, na cidade do Londrina/PR, para sanar algumas dúvidas sobre a situação dos 
impostos de sua empresa. Após alguns minutos, Walter informa a Marcia que a empresa da mesma 
deve cerca de R$ 3.000,00 (três mil reais) em impostos, informando que, por ser contador há muito 
tempo, obtém descontos junto a Receita Federal. Acreditando que o mesmo dizia a verdade, Marcia 
negocia com Walter e lhe faz o repasse de tal quantia. Após ser notificada pelo Fisco acerca da perma-
nência da dívida, Marcia percebe que foi enganada. Ao procurar Walter, descobre que o mesmo já mu-
dou de endereço e é informada pela população que ele, na verdade, não era contador. Diante dos fatos, 
Marcia buscou a delegacia mais próxima e noticiou o fato a autoridade policial. Após a instauração do 
inquérito, no qual ficaram demonstradas autoria e materialidade, bem como a evidente conduta dolosa 
de Walter, no intuito de obter vantagem patrimonial ilícita fazendo-se passar por contador e enganando 
Márcia, os autos foram encaminhados para o Ministério Público, que se mantém inerte há cerca de 05 
meses. Procurado por Marcia, elabore a peça processual cabível para garantir os interesses da mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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