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RELATO DE CASO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO (1)

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RELATO DE CASO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
O animal Mangalarga Marchador de três anos com aproximadamente 450kg , foi encaminhado ao HEV-FAJ no dia 13/06/2015 com aumento de volume no testículo esquerdo, com dor a palpação e cordão espermático apresentando aumento de volume. O mesmo não possui histórico de cobertura nem de traumas.
Foi realizado um hemograma com o animal ainda na propriedade no qual não apresentou alterações. No HEV-FAJ foi realizada a coleta do líquido peritoneal no qual apresentou muita celularidade, dando continuidade foi realizado um exame ultrassonográfico da região para inguinal no qual foi diagnosticado Epididimite. 
Sendo assim optou-se pelo tratamento clínico com Doxiciclina Manipulada usando a dose de 4gr BID VO, Maxicam Gel 30g na dose de 0,6mg/kg SID VO, para cavalo adulto, durante dois dias. Como não foi obtida a analgesia esperada optou -se pelo tratamento com o Flunixin Meglumine na dose de 0,5 a 1mg/kg BID IV, assim após ter sido liberado no dia 26/06/2015 o animal foi tratado na propriedade com Ceftiofur 8g sendo a dose de 2,2mg/kg BID e Flunixin Meglumine com a dose de 0,5 a 1mg/kg BID IV com a duração do tratamento de sete dias.
Após trinta dias da alta, o animal retornou ao HEV -FAJ, pois o tratamento não obteve melhoras e os sintomas pioraram. O médico veterinário Dr. Mauricio Zinsly optou pela orquiectomia unilateral esquerda já que não obteve melhora com o tratamento clínico. Foi encontrado edema na região da bolsa escrotal esquerda e foi coletado material para realização de um antibiograma. Devido ao insucesso do tratamento clinico da epididimite, se optou pela orquiectomia sendo assim realizada a incisão de pele na região lateral esquerda a rafe mediana do saco escrotal, sendo que a mesma se encontrava muito espessa, incisão da túnica vaginal, divulsão com os dedos do tecido, tendo presença de secreção purulentano saco escrotal, o testículo esquerdo estava aderido a túnica vaginal, com isso foi necessário uma divulsão do testículo com as aderências para conseguir uma melhor visualização e manipulação do testículo para ser emasculado e transfixado abaixo do emasculador com Vicryl n°0. O plexo pampiniforme foi emasculado entorno de 5 minutos e em seguida emasculou-se a túnica vaginal por 3 minutos. No mesmo dia o animal retornou a propriedade. 
Vinte dias após a cirurgia o animal ainda apresentava dor e relutância ao caminhar, foi realizado o exame ultrassonográfico da região para inguinal no qual foi verificado abscesso no anel inguinal. O veterinário responsável Dr. Mauricio Zinsly abriu este abscesso drenando todo o conteúdo presente, fazendo com que animal melhorasse e continuou com o tratamento com Flunixin Meglumine na dose de 0,5 a 1mg/kg BID IV durante sete dias.
Ao fim do tratamento com o anti-inflamatório o animal se encontra bem na propriedade, se alimentando normal, sem nenhum sinal de dor ou desconforto.
DESCRIÇAO ANATOMICA
Os testículos são revestidos assim como as gônadas femininas por uma cápsula de tecido conjuntivo chamado de túnica albugínea. São recobertos por uma lâmina visceral internamente e uma lâmina parietal externamente, entre essas duas lâminas encontra-se a cavidade vaginal e as duas formam a lâmina visceral vaginal. Ainda são separados por septos conjuntivos que penetram o parênquima testicular dividindo-os em pequenos lobos com um formato de pirâmide cuja ponta direciona-se ao eixo dos testículos formando o mediastino testicular. Após a lâmina parietal segue recobrindo o testículo uma fáscia espermática, sob a fáscia espermática encontra-se o músculo cremaster, esse músculo é uma expansão do músculo interno do abdome e possui função de suspensão dos testículos para o canal inguinal, esse músculo está recoberto ainda por uma fáscia cremastérica. Apos a fáscia cremastérica encontra-se a fáscia espermática externa, que sob ela encontra-se a túnica dartos. A túnica dartos possui uma importante função na contração ou expansão da pele do escroto para regular a temperatura dos testículos esta localizada abaixo da pele do escroto. Os testículos dos touros possuem uma disposição pendular, enquanto dos equinos estão dispostos horizontalmente, o cachaço assim com no cão os testículos não estão nem na vertical nem na horizontal e os felinos possuem os testículos mais caudalmente. O parênquima testicular é formado por milhares de túbulos seminíferos sendo penetrado pelo tecido vaginal que forma lobos com formas triangulares que seguem formando o mediastino testicular, nessa região mediastínica encontra-se túbulos seminíferos que vão dar origem a rede testicular.
O epidídimo é dividido em cabeça, corpo e cauda. É revestido por uma membrana serosa que o prende ao testículo na região medial. A cauda do epidídimo é que vai armazenar os espermatozóides maturados. Na cabeça do epidídimo firmemente fixada aos testículos unem-se os ductos EFERENTES com o canal do epidídimo  que por um ducto bastante flexuoso forma o corpo do epidídimo no contorno medial longitudinal do testículo  O esperma é transportado através do ducto do epidídimo e armazenado na porção final na cauda do epidídimo até a ejaculação.  A cauda do epidídimo é fixada pelo ligamento próprio do testículo e pelo ligamento da cauda do epidídimo que enviam fibras até a túnica dartos. O esperma é encaminhado pelo ducto DEFERENTE a partir da cauda do epidídimo, que inicia-se levemente enovelado e depois em linha reta segue ate a superfície medial do testículo  É um dos constituintes do funículo espermático ate o anel inguinal onde penetra na cavidade abdominal com o auxilio do mesoducto deferente enlaçando o ureter e desembocando na parte inicial da uretra no colículo seminal. Antes da desembocadura, o ducto deferente sofre uma leve dilatação formando a ampola do ducto deferente dentro da cavidade abdominal. O funículo espermático é formado pelo músculo cremaster, túnica vaginal, plexo pampiniforme e ducto deferente. A pele da bolsa escrotal é levemente coberta por pêlos e contém numerosas glândulas sudoríparas e sebáceas firmemente aderidas a túnica dartos. A vascularização dos testículos e seus envoltórios acontecem pela aorta abdominal em sintonia com a veia testicular. O plexo pampiniforme serve para fazer a refrigeração do sangue arterial para o testículo.
As glândulas anexas estão situadas na parte pélvica da uretra e diferencia-se em Glândula vesicular, glândula ampular (ausente em suínos) próstata e glândula bulburetral.Já a glândula vesicular é um par e unem-se ao ducto deferente, possui superfície lisa em equinos e aspecto glandular nas demais espécies. O cão e o gato não possui essa glândula, o ducto excretor junta-se em ruminantes e equinos um pouco antes da desembocadura com o ducto deferente formando o ducto ejaculatório. No suíno esse ducto desemboca isoladamente ao lado do colículo seminal na uretra.
A próstata está em todos os machos e o corpo desta glândula está externamente disposta sobre a uretra na parte pélvica sendo maior em cães.Já a glândula bulbouretral presente em todos os machos exceto no cão são glândulas pares e encontra-se na extremidade da pelve e é bastante grande em suínos essa glândula que forma o líquido seminal.
O pênis tem origem com dois pedúnculos no arco isquiático e se juntam e formam a raiz do pênis a qual se transforma no corpo do pênis sendo formado por dois corpos cavernosos dorsais e um corpo esponjoso. A glande do pênis é formado no caso de cães e gatos pelo osso peniano e nas demais espécies pelo corpo esponjoso da glande, pênis fibroelastico presentes em ruminantes e suínos, esse pênis possui uma flexura sigmoide ou "S" peniano que vai fazer a projeção desse pênis. O pênis fibroelástico não se infla tanto de sangue quanto nos demais animais. O Cão, o gato e o equino não possuem o S peniano, pois o músculo cavernoso torna-se mais repleto de sangue no momento da ereção.
A glande 
No eqüino a glande possui uma forma de capuz um colo da glande e uma fossa da glande que é o processo uretral. nessa fossapode ocorrer o acúmulo de sujeira, miíases etc. No Cão a glande é bastante volumosa e apresenta o osso peniano resultado a sificação do corpo cavernoso. A parte caudal do pênis é bulbosa. Gato possui o pênis voltado caudalmente e ainda papilas córneas na glande. O ligamento apical do pênis que desloca o pênis para frente.
O suíno contem o pênis com um formato de saca rolhas e uma prega mucosa recobrindo a glande, é um pênis fibroelástico e possui a flexura sigmoide.
Bovinos possui uma leve torção na glande para a esquerda e um curto processo uretral que é o prolongamento da uretra conhecido como processo vermiforme.
Carneiro e bode, a glande é bulbosa e um longo processo uretral com tecido erétil. Já o prepúcio é uma prega com dupla pele que reveste o pênis do meio externo, contem glândulas que produzem o esmegma e no suíno possui um divertículo que proporciona o acumulo de sujidades.

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