Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Plano de Aula: Lei Maria da Penha. Lei n.11340/2006. Aspectos Penais. DIREITO PENAL IV - CCJ0034 Título Lei Maria da Penha. Lei n.11340/2006. Aspectos Penais. Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 14 Tema Lei Maria da Penha. Lei n.11340/2006. Violência Doméstica Discriminatória de Gênero.Aspectos Penais. Objetivos O aluno deverá ser capaz de: Conhecer o plano de aula. Diferenciar a violência doméstica da violência de gênero discriminatório contra a mulhe r. Reconhecer a relevância da normatização das medidas protetivas consubstanciadas na Lei n.11340/2006 bem como seus efeitos para fins de efetivação dos Direitos Fundamentais. Compreender os princípios norteadores e institutos previstos na Lei n.11340/2006. Identificar os critérios adotados para a fixação de competência Estrutura do Conteúdo Antes da aula, não esqueça de ler: Os artigos.1º a 7º; 40 a 45, todos da Lei n.11340/2006 Estrutura de conteúdo 1. Política criminal e violência de gênero: Distinção entre Violência de Gênero e Violência Doméstica. 2. Competência para processo e julgamento 2.1. Análise do art.41, da Lei n. 11340/2006 e seu confronto com a Lei n.9099/1995. 2.2. A ação penal nos crimes de violência doméstica contra a mulher e a ADI 4424. 2.3. As Medidas protetivas de urgência que obrigam o agressor e As Medidas protetivas de urgência à ofendida; UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS. Antes de estudarmos as medidas de politica criminal adotadas pela Lei n.11340/2006, imperioso que se destaque que a Lei Maria da Penha não tipificou condutas, mas trouxe um sistema de garantias à mulher vítima de violência doméstica, ou seja, a tipificação das condutas lesivas permanece no Código Penal e na legislação penal especial e sobre estas figuras típicas incidirão as medidas protetivas da Lei n.11340/2006. Ainda, temos de definir, para fins de caracterização de violência doméstica e familiar contra a mulher, a unidade doméstica como o local onde haja o convívio permanente de pessoas, inclusive as esporadicamente agregadas, em típico ambiente familiar, sem necessidade de vínculo natural ou civil (art.5º, da Lei n.11340/2006). Por fim, em relação aos destinatários das medidas protetivas previstas na Lei n.11340/2006, por força do disposto no art.5º,III da referida lei, não se exige a coabitação entre vítima e agressor, mas sim, uma relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida. Aplicação Prática Teórica APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA Caso concreto Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas: JOSIVALDO, no dia 30 de janeiro de 2014, por volta de 12h30, com livre vontade e consciência, submeteu a filha adolescente E. A, de 14 anos à época dos fatos, com emprego de violência, a intenso sofrimento físico e mental, como forma de aplicar castigo pessoal, prevalecendo -se de relações domésticas e familiares. Em tese defensiva alegou não ter causado intenso sofrimen to físico e mental, mas apenas ter batido na vítima com cinto sob o argumento de que a filha só queria ficar na rua, à noite e com más companhias, bem como relatou que a filha lhe disse que estava fumando NARGUILÉ, razão pela qual teria perdido o controle e batido nela, tendo a filha revidado o arranhando no rosto e braços. Dos fatos, JOSIVALDO restou denunciado pela conduta de tortura artigo 1º, inciso II c/c §4º, inciso II, da Lei 9.455/97, tendo a defesa suscitado a desclassificação para o delito de lesõ es corporais. Ante o exposto, com base nos estudos realizados, indaga-se: a) Caso a tese defensiva seja aceita, qual a correta tipificação da conduta de JOSIVALDO? Responda de forma objetiva e fundamentada. b) Diferencie Violência Discriminatória de Gênero e Violência Doméstica. Questão objetiva Adamastor, em ação baseada no gênero, praticou vias de fato contra sua sogra Carmelita, com quem coabitava, razão pela qual foram deferidas pelo juízo competente medidas protetivas que obrigaram o agressor a afastar-se do lar e a manter certa distância em relação à ofendida. Adamastor, no entanto, manifestou sua irresignação judicialmente, pleiteando a revogação das medidas com esteio nos seguintes argumentos: (I) a Lei n° 11.340 não se aplicaria às relações de parentesco por afinidade; (II) igualmente, o diploma não teria incidência sobre as contravenções penais, por força de seu art. 41; e (III) a Lei n° 11.340 seria inconstitucional, por criar situação de desigualdade entre os gêneros masculino e feminino. Assim, com esteio na jurisprudência dominante nos tribunais superiores, a irresignação de Adamastor: a) não merece prosperar. b) merece prosperar, com esteio no terceiro argumento. c) merece prosperas com esteio nos dois primeiros argumentos. d) merece prosperar, com esteio no primeiro argumento. e) merece prosperas com esteio no segundo argumento
Compartilhar