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CASOS CONCRETOS – DIREITO DO TRABALHO II - 2017 SEMANA 1 CASO CONCRETO: A orientação para Ana Lúcia é dizer que ela tem direito a dobra referente às férias do referido período, pois de acordo com a Súmula 450 do TST é devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal. As férias deveriam ter sido pagas até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. Isso decorre do fato de ter sido frustrada a finalidade do instituto, que é propiciar ao trabalhador período remunerado de descanso e lazer, sem o qual se torna inviável a sua recuperação física e mental para o retorno ao trabalho. O TST aplicou, por analogia, o art. 137 da CLT. Além do pagamento em dobro das férias com acréscimo de 1/3, Ana Lúcia também tem direito ao pagamento do acréscimo de 1/3 constitucional, que não foi realizado, conforme determina o art. 7º XVII, da CRFB/88. QUESTÃO OBJETIVA 1-Letra b - De acordo com o art. 130 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o empregado que faltar injustificadamente até 5 dias terá direito aos 30 dias de férias, sem desconto algum. Contudo, aquele trabalhador que não comparecer ao trabalho de 6 a 14 dias terá direito apenas a 24 dias de férias; o que somar de 15 a 23 faltas poderá gozar de um descanso anual de 18 dias; se as faltas atingirem a quantia de 24 a 32, restarão apenas 12 dias de férias para o trabalhador; por fim, se o obreiro faltar mais de 32 dias, perderá o direito às férias. SEMANA 2: CASO CONCRETO: 1- A resposta está no art. 3º, P.U. da Lei 7.064/82, que dispõe sobre trabalhadores contratados ou transferidos para o exterior: Lei 7.064/1982, art. 3º, parágrafo único - Respeitadas as disposições especiais desta Lei, aplicar-se-á a legislação brasileira sobre Previdência Social, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS e Programa de Integração Social - PIS/PASEP. Portanto, é devido o FGTS à Lúcia e para todos os empregados transferidos para o exterior. QUESTÃO OBJETIVA: LETRA E - Art. 20, XIII, Lei nº 8.036/90. SEMANA 3: CASO CONCRETO: A) Os requisitos necessários para a concessão da estabilidade acidentária são: afastamento superior a 15 (quinze) dias e a consequente percepção do auxílio doença acidentário, salvo se constatada após a despedida doença profissional ou doença do trabalho que guardam relação de causalidade com a execução do contrato, nos termos da Súmula nº 378, TST. A garantia de emprego é assegurada pelo prazo mínimo de 12 (doze) meses da cessação do auxílio doença acidentário, independentemente da percepção do auxílio acidente, conforme o art. 118, da Lei nº 8.213/91. B) Não, pois a incapacidade para o trabalho não ultrapassou o prazo de 15 (quinze) dias. Assim, não tem assegurada a estabilidade decorrente do acidente de trabalho, prevista no art. 118, da Lei nº 8.213/91. QUESTÃO OBJETIVA: LETRA D, S. 244, II, C. TST e OJ nº 399, SDI-I, do TST. SEMANA 4: CASO CONCRETO: A) Sim, pois de acordo com o entendimento consagrado na Súmula nº 369, III do TST, o empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só tem direito à estabilidade assegurada no art. 543, §3º da CLT e art. 8º, VIII da CRFB/88, se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. No caso apresentado, Cristóvão Buarque foi eleito dirigente sindical do sindicato dos advogados, fato que não garante a estabilidade na Universidade Campo Belo na qual exerce a função de professor. B) A conduta faltosa seria enquadrada como indisciplina, em virtude do descumprimento de ordens genéricas, indiretas e impessoais do empregador, com previsão no art. 482, alínea h, da CLT. QUESTÃO OBJETIVA: LETRA - D - Súmula nº 379, TST, art. 543, §3º, da CLT c/c art. 474, CLT c/c Súmula nº 62, TST e art. 10, II, "a", do ADCT c/c art. 165, CLT. SEMANA 5: CASO CONCRETO: A) Sim, é devido o aviso prévio a Maria, conforme prevê o art. 481 da CLT. B) São devidos 30 dias de aviso prévio a Maria. QUESTÃO OBJETIVA: 1- LETRA C - ART. 489, CLT. SEMANA 6: CASO CONCRETO: A) A aposentadoria espontânea não extingue o contrato de trabalho, conforme entendimento contido na OJ nº 361 da SDI-I do TST, uma vez que o STF declarou inconstitucional o art. 453, § 2º da CLT que dizia que a aposentadoria voluntária acarretava extinção do contrato de trabalho. B) Como a aposentadoria não extingue o contrato de trabalho, a indenização de 40% incide sobre todo o período trabalhado, inclusive, sobre os saques ocorridos na conta do FGTS. QUESTÃO OBJETIVA: 1-LETRA B - Art. 484, CLT e Art. 18, § 2º da Lei 8.036/90 SEMANA 7: CASO CONCRETO: Não agiu de forma correta. Não foi observado pelo empregador um dos requisitos para aplicação da justa causa, a proibição de dupla penalidade para o mesmo ato faltoso (non bis in idem), pois para cada falta só pode existir uma única punição. QUESTÃO OBJETIVA: 1 - Letra B (Art. 479, CLT) SEMANA 8: CASO CONCRETO: A informação está errada, pois a apresentação de atestado médico falso, apesar de configurar-se como justa causa, não pode ser considerada desídia, mas sim, ato de improbidade, conforme art. 482, "a" da CLT. QUESTÃO OBJETIVA: 1- LETRA A - Art. 482, h, da CLT. SEMANA 9: CASO CONCRETO: Há divergências. A tese de defesa para a empregada é dizer que tem direito à multa do art. 477, §8º, da CLT, pois as verbas da rescisão não foram quitadas no prazo previsto no art. 477, §6º, da CLT. O depósito das verbas da rescisão não afasta a multa em exame, pois houve prejuízos ao empregado, já que não recebeu, no prazo legal, as guias para o saque do FGTS e por extensão a indenização compensatória de 40% depositada na conta vinculada, além do seguro desemprego. A tese de defesa para a empresa é dizer que Ana Maria não tem direito à multa do art. 477, §8º da CLT, pois o pagamento das verbas resilitórias foi realizado dentro do prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 477, §6º, alínea "b" da CLT, por intermédio de depósito na conta salário o que elide a multa, na medida em que a lei fixou o prazo para pagamento e não para a homologação da rescisão contratual. O prazo máximo para a quitação das verbas da rescisão foi o dia 20.04.2011, eis que na contagem exclui-se o dia de início e inclui o vencimento. (O.J. nº 162, da SDI-I do TST). QUESTÃO OBJETIVA: LETRA B - Art. 477, §2º, CLT. SEMANA 10: CASO CONCRETO: Há prescrição total somente em relação ao pedido de adicional noturno. Isso porque, tendo Manuela sido dispensada sem justa causa em 15.06.2013, a extinção do contrato de trabalho ocorreu em 15/07/2013, em virtude da integração do aviso prévio (art. 487, § 1º da CLT c/c OJ- 82 da SDI, TST c/c OJ- 83 da SDI-I do TST), que é de 30 (trinta) dias, pois a dispensa ocorreu antes da vigência da Lei nº 12.506/2011 (Súmula nº. 441, TST). Assim a ação poderia ter sido proposta até 15/07/2015, ou seja, no prazo de 2 (dois) anos. Ajuizada a ação trabalhista em 10/07/2015, interrompeu o prazo prescricional, tendo sido observado o biênio previsto no art. 7º, XXIX, da CRFB/88. A propositura da ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe o prazo prescricional em relação aos pedidos idênticos, nos termos do entendimento contido na Súmula nº 268, TST, reiniciando a contagem do prazo de 2 (dois) para a propositura da ação. Dessa forma, em relação ao pedido de horas extras foi interrompido o prazo prescricional não havendo prescrição total, já que a segunda ação trabalhistafoi proposta em 17/06/2016, não tendo transcorrido o prazo de 2 (dois) anos do arquivamento da 1ª ação trabalhista. No entanto, em relação ao adicional noturno não houve interrupção do prazo prescricional, pois não postulado na ação anterior, razão pela qual o prazo de dois anos conta-se da extinção do contrato em 15/07/2010. Como a ação trabalhista foi proposta somente em 17/06/2013 foi ultrapassado o prazo de 2 (dois) anos, estando totalmente prescrito o pedido de adicional noturno. QUESTÃO OBJETIVA: LETRA B - Súmula 308, TST. SEMANA 11: CASO CONCRETO: Na ação trabalhista proposta deve ser postulada a convolação da dispensa por justa causa em dispensa imotivada, uma vez que o art. 373-A, VI, da CLT veda ao empregador ou preposto proceder à revista íntima nas empregadas. Sendo assim, a recusa é legítima não caracterizando ato de indisciplina ou insubordinação a que se refere o art. 482, alínea ?h? da CLT. Em virtude da dispensa imotivada são devidas as seguintes verbas rescisórias: saldo de salário, aviso prévio, férias integrais/proporcionais com acréscimo de 1/3, décimo terceiro salário proporcional, guias para saque do FGTS, indenização compensatória de 40% do FGTS, guias para o seguro-desemprego. QUESTÃO OBJETIVA: Letra A - O art. 428, caput da CLT, exige que o contrato de aprendizagem seja formulado por escrito, razão pela qual a opção "a" está incorreta. SEMANA 12: CASO CONCRETO: 1- A função que tem atividade consistente na limpeza e coleta de lixo residencial não se enquadra na hipótese descrita no anexo 14 da NR 15 do Ministério do Trabalho, que trata do trabalho permanente com lixo urbano (coleta e industrialização). O caso comporta a aplicação da Súmula 448 do TST, não obstante a conclusão contrária de laudo pericial. Súmula nº 448 do TST ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano. QUESTÃO OBJETIVA: 1- Letra D – De acordo com o entendimento contido na Súmula nº 47 do TST. SEMANA 13: CASO CONCRETO: A) Benedito não deve ser enquadrado como bancário, pois de acordo com o entendimento contido na Súmula nº 257, do TST, não é bancário o vigilante contratado diretamente por banco ou por intermédio de empresas especializadas. Isso porque, o vigilante é considerado categoria profissional diferenciada, nos termos do art. 511, §3º, da CLT, sendo sua atividade regida pela Lei nº 7.102/1983. B) Não, pois não sendo enquadrado como bancário, Benedito não tem direito a jornada reduzida dos bancários, prevista no art. 224, da CLT. Logo, tem jornada de 8 (oito) horas. Sendo indevidas as horas extras, pois não trabalhou além da 8ª hora diária. QUESTÃO OBJETIVA: LETRA A, art. 8º, II, da CRFB/88 SEMANA 14: CASO CONCRETO: a) Ana Maria poderá exigir a devolução dos descontos da contribuição assistencial, porque de acordo com o entendimento consagrado na OJ-17 da SDC do TST, bem como no Precedente Normativo nº 119 do TST e Súmula 666 do STF, essa contribuição só obriga os associados. b) Não, no caso da contribuição sindical (imposto sindical), todavia, o desconto é devido eis que referida contribuição é obrigatória para todos os integrantes da categoria profissional, e independe de associação sindical, conforme art. 578 e 579 da CLT. QUESTÃO OBJETIVA: LETRA D - aplicação do princípio da norma mais favorável ao trabalhador. SEMANA 15: CASO CONCRETO: 1-a) Conforme a norma prevista no artigo 6º, I, da Lei 7.783/89, são assegurados aos grevistas, entre outros direitos, o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve. A realização de piquetes com utilização de carros de som é permitida pela ordem jurídica, como meio pacífico tendente a persuadir ou aliciar os trabalhadores para aderirem ao movimento. É vedada, contudo, a prática de atos de violência moral e/ou material que possam vir a constranger direitos e garantias fundamentais de outrem, nos moldes do artigo 6º, §1º, da Lei 7.783/89. Desse modo, o examinando deve responder afirmativamente, alegando que o artigo 6º, I, da Lei 7.783/89 assegura aos grevistas o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve. 1-b) O examinando deve responder que procede a pretensão, fundamentando no sentido de que as manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não podem impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou à pessoa, nos termos do artigo 6º, §3º, da Lei 7.783/89. QUESTÃO OBJETIVA: Letra C - Antecedência mínima é de 72 horas da paralisação e não 48 horas, conforme prevê o art. 13 da Lei 7.783/89. SEMANA 16: CASO CONCRETO: Sim, pois Janaina era estável decenal, nos termos do art. 492, da CLT, uma vez que não era optante pelo sistema do FGTS e já tinha completado 10 (dez) anos de trabalho na empresa, antes do advento da Constituição da República e, portanto, o contrato só poderia ser rompido por decisão judicial na ação de inquérito judicial. A estabilidade decenal foi mantida para os que já tinham adquirido esse direito pelas regras vigentes antes da CRFB/88, como dispõe o art. 14, da Lei nº 8.036/90. No caso, em virtude da estabilidade decenal, o empregador não pode dispensar a empregada, mesmo por justa causa, na medida em que o rompimento contratual só pode ser realizado mediante o ajuizamento do inquérito judicial, nos termos do art. 494, da CLT. O empregador deveria afastar a empregada e ajuizar o inquérito judicial para apuração da falta grave. QUESTÃO OBJETIVA: LETRA A – A Constituição Federal restringe a estabilidade provisória ao dirigente sindical. O disposto no art. 543, §3º, da CLT, em relação ao dirigente de associação profissional, não foi recepcionado, em virtude da perda da ratio legis que justificava a estabilidade do dirigente de associação profissional. A partir da Constituição Federal de 1988, a associação deixou de ser um requisito necessário para o surgimento de um sindicato.
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