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coordenadas polares matéria aula 27 03 15

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372	1..	RELA˙	ES ENTRE COORDENADAS POLARES E COORDENADAS CARTESIANAS.
372	1..	RELA˙	ES ENTRE COORDENADAS POLARES E COORDENADAS CARTESIANAS.
CAP˝TULO 19.	COORDENADAS POLARES	373
Cap tulo 19
Coordenadas polares
Neste cap tulo, veremos que hÆ outra maneira de expressar a posi ªo de um ponto no plano, distinta da forma cartesiana. Embora os sistemas cartesianos sejam muito utilizados, hÆ curvas no plano cuja equa ªo toma um aspecto muito simples em rela ªo a um referencial nªo cartesiano.
De ni ªo 1
	P = (ρ, θ )
Um sistema de coordenadas polares O ρθ no plano consiste de um ponto O, denominado polo ou origem, e de uma semirreta OA, com origem em O, denominada eixo polar.
Dado um ponto P do plano, suas coordenadas, neste sistema, sªo os valores ρ e θ, onde ρ Ø a dist ncia de P a O e θ Ø a medida do ngulo do eixo polar para a semirreta OP. Escrevemos:
Figura 1: Coordenadas polares.
Convencionamos que a medida do ngulo tomada de OA para OP no sentido anti-horÆrio Ø positiva e negativa no sentido horÆrio.
347
Observa ªo 1
A primeira coordenada polar ρ de um ponto distinto do polo Ø sempre maior que zero, pois ela representa a dist ncia do ponto ao polo. Mas podemos tomar tambØm valores negativos para ρ, convencionando-se, neste caso, marcar a dist ncia |ρ| na semirreta oposta, ou seja, o Figura 2: (ρ,θ) = (−ρ,θ + π) ponto P = (ρ,θ), com ρ < 0, corresponde ao ponto P = (−ρ,θ + π).
Se a primeira coordenada polar de um ponto for zero, entªo este ponto Ø o polo. O	ngulo do polo nªo estÆ de nido.
Podemos usar a medida em radianos ou em graus para os ngulos. Por exemplo, P = (2,30o) = (2,π/6).
O par (ρ,θ) determina, de maneira œnica, um ponto do plano. No entanto, um ponto no plano pode ser determinado por meio de vÆrias coordenadas polares distintas, pois, de acordo com a constru ªo acima, as medidas θ e θ + 2πk, onde k ∈ Z, estªo associadas ao mesmo ngulo e, portanto, (ρ,θ) e (ρ,θ + 2πk) representam o mesmo ponto do plano. AlØm disso, pela observa ªo (I), como (ρ,θ) = (−ρ,θ + π) se ρ < 0, entªo
(−ρ,θ +π) = (ρ,θ +2π) = (ρ,θ) se ρ > 0. Ou seja, (ρ,θ) = (−ρ,θ +π) para todo ρ ∈ R.
Assim, (ρ,θ) = (−ρ,θ + (2k + 1)π), quaisquer que sejam k ∈ Z e ρ ∈ R.
Exemplo 1
No sistema de coordenadas polares Oρθ mostrado na	gura 3,
Figura 3: Sistema Oρθ
localize os seguintes pontos e determine outras coordenadas polares que os representem:
P1 = (1,0o).
Solu ªo.
Figura 4: Ponto P1 no sistema Oρθ
Podemos representar tambØm P1 das seguintes maneiras: P1 = (−1,180o) =
(1,360o k), k ∈ Z. 
P2 = (4,−π/4).
Solu ªo.
Figura 5: Ponto P2 no sistema Oρθ
Por exemplo, P2 = (−4,−π/4+π) = (4,−π/4+2πk), para k ∈ Z, sªo outras maneiras de representar o ponto P2. 
P3 = (−1,0o).
Solu ªo.
Figura 6: Ponto P3 no sistema Oρθ
Neste caso, como ρ = −1, temos que P3 = (1,0o+180o) = (1,180o) = (1,π) =
(1,π + 2πk), k ∈ Z. (d) P4 = (−2,π/3).
Solu ªo.
Figura 7: Ponto P4 no sistema Oρθ
Sendo ρ < 0, temos que P4 = (2,π/3 + π) = (2,4π/3 + 2πk), k ∈ Z. 
Exemplo 2
Seja Oρθ um sistema de coordenadas polares no plano. Determine os pontos P = (ρ,θ) do plano que satisfazem equa ªo ρ = 3.
Solu ªo.
Como na equa ªo s gura a variÆvel ρ, a outra, θ, Ø arbitrÆria.
Isso signi ca que a equa ªo s estabelece condi ªo sobre a dist ncia do ponto ao eixo polar, nªo importando a medida do ngulo.
Portanto, os pontos do plano que satisfazem equa ªo sªo aqueles cuja dist ncia ao polo O Ø igual a 3.
O conjunto solu ªo Ø, portanto, o c rculo Figura 8: Pontos com ρ = 3. de centro O e raio 3 (Figura 8).
Observa ªo 2
Pelo primeiro item da observa ªo 1, ρ = −3 tambØm Ø uma equa ªo polar do c rculo acima. Em geral, ρ = a Ø a equa ªo polar de um c rculo de raio |a| centrado na origem.
Exemplo 3
Seja Oρθ um sistema de coordenadas polares no plano. Determine o conjunto r dos pontos P = (ρ,θ) do plano que satisfazem equa ªo.
Solu ªo.
Novamente, como na equa ªo s	gura uma variÆvel, a outra Ø arbitrÆria. Logo,
		e	ρ ∈ R},
ou seja, r Ø a reta que passa pelo polo O e tem inclina ªo em rela ªo semirreta OA (Figura 9).
Figura 9: Pontos P1,...,P4 na reta r.
Observa ªo 3
Qualquer reta que passa pelo polo O tem equa ªo polar da forma θ = θ0, onde θ0 Ø uma constante. AlØm disso, a equa ªo θ = θ0 + 2πk, k ∈ Z, representa a mesma reta no plano.
1. Rela ıes entre coordenadas polares e coordenadas cartesianas.
Seja Oρθ um sistema de coordenadas polares no plano. Consideremos o sistema cartesiano ortogonal OXY tal que o eixo polar seja o semieixo
348
CAP˝TULO 19.	COORDENADAS POLARES	349
J. Delgado - K. Frensel - L. Crissa	Geometria Anal tica e CÆlculo Vetorial
Geometria Anal tica e CÆlculo Vetorial	GGM-IME-UFF
positivo OX e o eixo−OY seja obtido rotacionando o eixo−OX de 90o no sentido anti-horÆrio.
	x = ρ cosθ
	e
	y = ρ senθ
Seja P 6= O um ponto no plano com coordenadas ρ e θ no sistema Oρθ e coordenadas x e y no sistema OXY . As rela ıes entre estas coordenadas sªo dadas por:
Figura 10: Sistemas polar Oρθ e cartesiano OXY .
Destas rela ıes, obtemos:
das quais conclu mos:
ρ
=
p
x
2
+
y
2
,
cos
θ
=
x
p
x
2
+
y
2
,
sen
θ
=
y
p
x
2
+
y
2
e
tg
θ
=
y
x
De fato, para obter a primeira rela ªo, basta observar que
x2 + y2 = ρ2(cos2 θ + sen2 θ) = ρ2 ,
o que implica ρ = |ρ| = px2 + y2 , pois ρ ≥ 0. As outras rela ıes sªo obtidas
substituindo ρ = px2 + y2 nas equa ıes e sen.
Pela observa ªo 1, podemos tomar ρ < 0. Neste caso, teremos:
ρ0 = −px2 + y2 .
Portanto, devemos considerar o	ngulo θ0 tal que e
sen para continuarem vÆlidas as igualdades x = ρ0 cosθ0
e y = ρ0 senθ0.
Como cosθ0 = −cosθ e senθ0 = −senθ, vemos que θ0 = θ + π, o que justi ca a conven ªo feita anteriormente de que (ρ,θ) e (−ρ,θ + π) representam o mesmo ponto em coordenadas polares.
Conven ªo: Daqui em diante, sempre que zermos referŒncia a um sistema polar Oρθ e a um sistema cartesiano OXY , no mesmo contexto, admitiremos que o semieixo OX positivo Ø o eixo polar, caso este œltimo nªo tenha sido de nido explicitamente.
Exemplo 4
Determine as coordenadas cartesianas ou polares dos seguintes pontos:
(a) P = (ρ,θ) = (2,π/2).
Solu ªo.
Como ρ = 2 e θ = π/2, temos que
x = ρcosθ = 2cosπ/2 = 0 y = ρsenθ = 2senπ/2 = 2 sªo as coordenadas cartesianas de P.
Figura 11: P = (2,π/2) em coordenadas polares e P = (0,2) em coordenadas cartesianas
ρ = p(
b
)
P
=(
x,y
)=(1
,
1)
.
Solu ªo.
Figura 12:
P
=(1
,
1)
em coordenadas cartesi-
√
2
,π/
4)
em coordenadas polares
Sendo
x
=1
e
y
=1
, temos que
x
2
+
y
2
=
√
1
2
+1
2
=
√
2
,
cos
θ
=
1
√
2
e
sen
θ
=
1
√
2
, ou seja,
θ
=
π/
4
ou
θ
=
π/
4+2
πk
,
k
∈
Z
. Entªo,
P
=(
ρ,θ
)=(
√
2
,π/
4)=(
√
2
,π/
4+2
πk
)
Ø o ponto
P
dado em coordenadas pola-
(
−
2
,π/
4+(2
k
+1)
π
)
,
k
∈
Z
,
res.
TambØm
√
Ø outra representa ªo de P em coordena- anas e P = ( das polares.
352	1..	RELA˙	ES ENTRE COORDENADAS POLARES E COORDENADAS CARTESIANAS.
352	1..	RELA˙	ES ENTRE COORDENADAS POLARES E COORDENADAS CARTESIANAS.
CAP˝TULO 19.	COORDENADAS POLARES	349
J. Delgado - K. Frensel - L. Crissa	Geometria Anal tica e CÆlculo Vetorial
J. Delgado - K. Frensel - L. Crissa	Geometria Anal tica e CÆlculo Vetorial
Geometria Anal tica e CÆlculo Vetorial	GGM-IME-UFF
P = (ρ,θ) = (−3,π/2).
Solu ªo.
Como P = (−3,π/2) = (3,π/2+π) = (3,3π/2), vemos que
	y = ρsenθ = −3sen	 = 3sen
2
sªo as coordenadas cartesianas de P.
Figura 13: P = (−3,π/2) em coordenadas polares e P = (0,−3) em coordenadas cartesianas
√
P = (ρ,θ) = (− 2,5π/4).
Solu ªo.
	√	√
Sendo P = (− 2,5π/4) = (	2,5π/4 + π) =
√		√
(	2,9π/4) = (	2,π/4), temos que
sªo as coordenadas cartesianas do ponto P.
√
Figura 14: Ponto P = (− 2,5π/4) em coordenadas polares e P = (1,1) em coordenadas cartesianas
(e) P = (x,y) = (4,5).
Solu ªo.
Como x = 4 e y = 5,
	√	√	√
ρ =	42 + 52 =	16 + 25 =	41, e sen.
Portanto,
	√		√
	(ρ,θ) = (	41,θ0) = (− 41,θ0 + π)
Ø o ponto P dado em coordenadas polares.
Figura 15:P
=(4
,
5)
em coordenadas
√
cartesianas e P = ( 41,θ0) em coordenadas polares
(f) P = (x,y) = (0,−4).
Solu ªo.
Como x = 0 e y = −4, temos que
√
ρ = p02 + (−4)2 =	16 = 4, 	e	sen.
Logo, (ρ,θ) = (4,3π/2) = (−4,3π/2 + π) =	Figura 16: P = (0,−4) em coordena-
(−4,5π/2) = (−4,π/2) Ø o ponto P dado em das cartesianas eordenadas polaresP = (−4,π/2) em cocoordenadas polares.
Para esbo armos uma curva, dada em coordenadas cartesianas (x,y) ou em coordenadas polares (ρ,θ), Ø bastante œtil conhecermos suas simetrias para simpli car nossa anÆlise.
Lembre-se de que dois pontos distintos P e Q sªo simØtricos em rela ªo
−−→
a uma reta r se, e s	se, PQ ⊥ r e d(P,r) = d(Q,r).
Uma curva C Ø simØtrica em rela ªo:
• ao eixo-OX quando:
		ou	(−ρ,π − θ) ∈ C;
Figura 17: Simetria em rela ªo ao eixo−OX.
ao eixo-OY quando:
		ou	(−ρ,−θ) ∈ C;
Figura 18: Simetria em rela ªo ao eixo−OY .
reta y = x quando:
		ou	;
	Figura 19: Simetria em rela ªo	reta y = x.
reta y = −x quando:
		ou	.
	Figura 20: Simetria em rela ªo	reta y = −x.
Para veri car as simetrias, Ø prefer vel usar as coordenadas cartesianas, devido duplicidade de possibilidades em coordenadas polares.
Exemplo 5
Determine as equa ıes cartesianas das curvas abaixo dadas em coordenadas polares e fa a um esbo o.
(a) C : ρ = 2.
Solu ªo.
Substituindo a rela ªo ρ = px2 + y2, temos:
Portanto, a equa ªo ρ = 2 corresponde equaªo cartesiana do c rculo centrado na origem e
de raio 2. 	Figura 21: C rculo ρ = 2.
Solu ªo.
Substituindo a rela ªo na equa ªo dada, obtemos:
 sen((3π)/4)
Portanto, a equa ªo correspondente no sistema cartesiano de coordenadas Ø
, isto Ø, y = −x, que Ø a equa ªo da reta bissetriz do segundo e do quarto quadrantes.
Figura 22: Reta .
C : ρ cos(θ − π/3) = 2.
Solu ªo.
Usando a identidade cos(a − b) = cosacosb + senasenb, temos:
.
Das rela ıes:
		e	sen ,
obtemos
,
ou seja,
√
	C : x + y	3 − 4 = 0,
Ø a reta normal ao vetor →−v = (1,√3) que passa pelo ponto P = (4,0).
√
	Figura 23: Reta r : ρcos(θ − π/3) = 2, ou seja, r : x + y	3 − 4 = 0.
C : ρcosθ = 3.
Solu ªo.
Como x = ρcosθ, temos que C : x = 3
Ø a reta vertical que intersecta o eixo−OX no ponto (3,0).
C : ρ = 2bsenθ ,	b > 0.	Figura 24: Curva C : ρcosθ = 3
Solu ªo.
Sendo
ρ
=
±
p
x
2
+
y
2
e
sen
θ
=
±
y
p
x
2
+
y
2
,
obtemos que
±
p
x
2
+
y
2
=
±
2
by
p
x
2
+
y
2
⇐⇒
x
2
+
y
2
=2
by
⇐⇒
x
2
+
y
2
−
2
by
=0
⇐⇒
x
2
+(
y
−
b
)
2
=
b
2
Ø a equa ªo cartesiana da curva
C
, que re-
presenta o c rculo de raio b e centro (0,b).	Figura 25: Curva C : ρ = 2bsenθ, b > 0.
C : ρ2 − 4ρcosθ + 2 = 0.
Solu ªo.
Substituindo as rela ıes ρ2 = x2 + y2 e x = ρ cosθ na equa ªo dada, temos
x2 + y2 − 4x + 2 = 0 ⇐⇒ (x − 2)2 + y2 = 2,
√
que Ø a equa ªo cartesiana do c rculo de centro (2,0) e raio	2.
Figura 26: C rculo C e arcos C1 e C2
 .
Solu ªo.
Observe que ρ > 0 para todo θ ∈ [0,2π].	Substituindo ρ = px2 + y2 e
 na equa ªo polar de C, obtemos que
Ø a equa ªo cartesiana de C. Portanto, C Ø uma elipse de centro ,
, reta focal ` : y = 0, reta nªo focal, vØrtices sobre a reta focal , vØrtices sobre a reta nªo focal
.
Figura 27: CurvaC
:
ρ
=
2
3
−
cos
θ
(h) C : ρ = 1 + sen2θ .
Solu ªo.
Pela rela ªo trigonomØtrica
sen2θ = 2senθ cosθ ,
obtemos que
ρ = 1 + 2senθ cosθ . AlØm disso, como ρ ≥ 0 para todo θ ∈ R, temos que
Ø a equa ªo cartesiana da curva.
Por (1), Ø fÆcil veri car que a curva C Ø simØtrica em rela ªo reta y = x (isto
Ø, (x,y) ∈ C ⇐⇒ (y,x) ∈ C) e reta y = −x (isto Ø, (x,y) ∈ C ⇐⇒ (−y,−x) ∈ C) Logo, basta analisar a curva ρ = 1+sen2θ para θ no intervalo .
Temos: ρ = 0 parapara
Figura 28: Curva C no intervalo 
θ = 0; ρ = 2 para para
.
Na	gura 28, mostramos o esbo o da curva no intervalo .
Pelas simetrias da curva, Ø fÆcil ver que o esbo o de C Ø o mostrado na	gura
29.
Figura 29: Curva C : ρ = 1 + sen2θ
(i) C : ρ = 1 + 2cosθ .
Solu ªo.
Neste exemplo, ρ pode assumir valores negativos e positivos.
Logo, ρ = ±px2 + y2 e . Substituindo ρ e θ na equa ªo dada, obtemos que
Ø a equa ªo cartesiana da curva. fÆcil veri car que esta curva Ø simØtrica em rela ªo ao eixo−OX, mas nªo Ø simØtrica em rela ªo ao eixo−OY . Portanto, para esbo Æ-la, basta variar o par metro θ no intervalo [0,π].
Para θ ∈ [0,π], temos:
ρ = 1 + 2cosθ = 0 se, e s	se, , ou seja, ρ = 0 se, e s	se,
 ;
ρ > 0 se, e s	se, , ou seja, se, e s	se, ;
ρ < 0 se, e s	se, , ou seja, se, e s	se, .
Tomando os pontos P1 = (3,0), P2 = (2,π/3), P3 = (1,π/2), P4 = (0,2π/3) e P5 = (−1,π) em coordenadas polares da curva, podemos esbo ar a parte da curva correspondente ao intervalo [0,π] (ver Fig. 30).
Figura 30: Curva C descrita variando θ em [0,π]
Figura 31: Curva C
Sendo a curva simØtrica em rela ªo ao eixo−OX, obtemos o esbo o completo da curva C (ver Fig. 31). 
(j) C : ρ2 = cosθ .
Solu ªo.
Sendo , obtemos a equa ªo cartesiana
da curva:
 .
Como esta curva Ø simØtrica em rela ªo aos eixos OX e OY , basta analizÆ-la no intervalo [0,π/2].
Temos que ρ = 0 se, e s se, cosθ = 0, ou seja, ρ = 0 se, e s se, θ = π/2 para θ ∈ [0,π/2]. Considerando os pontos da curva em coordenadas polares, podemos esbo ar seu tra o situado no primeiro quadrante (ver Fig. 32).
Figura 32: Curva C no primeiro quadrante	Figura 33: Curva C
Usando as simetrias em rela ªo aos eixos OX e OY , podemos esbo ar a curva C (Fig. 33). 
(k) C : ρ = 2sen .
Solu ªo.
Usando a rela ªo trigonomØtrica
,
obtemos que C : ρ = 1 − cosθ .
Sendo ρ ≥ 0, temos que . Logo,
Ø a equa ªo cartesiana de C.
fÆcil veri car que C Ø simØtrica em rela ªo ao eixo−OX, mas nªo Ø simØtrica em rela ªo ao eixo−OY . Basta, entªo, analisar a curva no intercalo [0,π].
Como P1 = (0,0), P2 = (1,π/2) e P3 = (2,π) sªo pontos da curva C no intervalo [0,π], o esbo o de C, nos primeiro e segundo quadrantes, Ø da forma:
Figura 34: Curva C no primeiro e segundo quadrantes
Usando a simetria de C em rela ªo ao eixo−OX, podemos esbo Æ-la:
Figura 35: Curva C, a cardi ide
Esta curva Ø chamada cadi ide por se assemelhar a um cora ªo. 
(l) C : ρ = cos2θ .
Solu ªo.
Como, obtemos que
Ø a equa ªo cartesiana da curva, que Ø simØtrica em rela ªo aos eixos OX e
OY e	s retas y = x e y = −x.
Basta, entªo, analisar a curva no intervalo . Temos que
ρ > 0 para;
 para ;
ρ = cos2θ = cos0 = 1 para θ = 0.
Logo, a gura 36 Ø um esbo o da curva para θ variando no intervalo [0,π/4].
Usando as simetrias em rela ªo aos eixos
OX e OY e em rela ªo	reta y = x, ob-
temos o esbo o completo da curva ( gura	Figura 36:	Curva C com θ variando no
intervalo 
20).
Figura 37: Curva C
(m) C : ρ = sen3θ .
	Solu ªo. Sendo
	
	
	sen3θ
	=
	sen(θ + 2θ) = senθ cos2θ + cosθ sen2θ
	
	=
	senθ(cos2 θ − sen2 θ) + 2senθ cos2 θ = 3senθ cos2 θ − sen3 θ
	
	=
	senθ(3cos2 θ − sen2 θ),
obtemos que
Ø a equa ªo cartesiana da curva.
Portanto, ela Ø simØtrica em rela ªo ao eixo−OY , mas nªo Ø simØtrica em rela ªo ao eixo−OX.
Ao invØs de usar as simetrias da curva, vamos analisÆ-la num ciclo completo, isto Ø, variando θ no intervalo [0,2π].
ρ = 0 ⇐⇒ sen3
;
ρ = 1 ⇐⇒ sen3 ;
ρ = −1 ⇐⇒ sen3 ;
ρ > 0 em ;
ρ < 0 em .
Usando as informa ıes acima, vemos que o tra o da curva Ø o mostrado na gura 38.
Figura 38: Curva C
Vamos agora apresentar alguns exemplos que nos mostram como podemos determinar regiıes do plano usando coordenadas polares, nos quais vamos considerar sempre ρ ≥ 0.
Exemplo 6
Fa a o esbo o da regiªo R = R1 ∪R2 do plano dada pelos seguintes sistemas de desigualdades:
		e		,
onde (ρ,θ) sªo as coordenadas polares de um ponto da regiªo R.
Solu ªo.
Primeiro analisaremos as curvas que delimitam a regiªo
, que Ø uma reta vertical.
x2 + (y − 1)2 = 1, que Ø o c rculo de centro (0,1) e raio 1.
, que Ø a bissetriz dos primeiro e
terceiro quadrantes.
, que Ø a bissetriz dos segundo
e quarto quadrantes.
Entªo,
Figura 39: R Ø a regiªo sombreada
Ø o esbo o da regiªo no sistema de eixos OXY , e
 2 +y2 − 2y ≥ 0 x
 x ≤ 2 R :
x − y ≥ 0  x + y ≥ 0
Ø a regiªo dada em coordenadas cartesianas.
Como a interse ªo do c rculo x2 + y2 = 2y com a reta y = x sªo os pontos
√
(0,0) e (1,1), e na equa ªo x2+y2 = 2y temos y = 1− 1 − x2 para y ∈ [0,1] e x ∈ [0,1], a regiªo R pode ser descrita tambØm na forma S1 ∪ S2, onde:
		e	
Exemplo 7
Descreva as regiıes esbo adas abaixo por meio de um sistema de desigualdades da forma
(
ρ1(θ) ≤ ρ ≤ ρ2(θ)
.
θ1 ≤ θ ≤ θ2
(a)
Figura 40: Regiªo R
Solu ªo.
Primeiro vamos determinar as equa ıes polares das curvas C1 : (x−2)2+y2 = 4, C2 : y = 1, C3 : x − y = 0 e C4 : y = 0 que delimitam a regiªo R.
.
Por um cÆlculo simples, obtemos que
	√		√	√
C2 ∩ C3 = {(1,1)}; C1 ∩ C2 = {(2 −	3,1), (2 +	3,1)}; y = ± 4x − x2 ou
x = 2 ± p4 − y2 para (x,y) ∈ C1.
Logo,
Ø a regiªo dada em coordenadas polares, onde ,
. AlØm disso,
ou, simplesmente,
Ø a regiªo dada em coordenadas cartesianas. 
(b)
Figura 41: Regiªo R
Solu ªo.
As curvas que delimitam a regiªo sªo C1 : x2 + y2 = 2 e C2 : y = x2, que em
√
coordenadas polares sªo dadas por: C1 : ρ =	2 e C2 : ρ senθ = ρ2 cos2 θ, ou seja, C2 : ρ = tgθ secθ.
Como C1∩C2 = {(1,1),(−1,1)}, temos que o ngulo polar θ varia no intervalo
.
Logo,
Ø a regiªo dada em coordenadas polares. AlØm disso,
Ø a regiªo dada em coordenadas cartesianas. 
Exemplo 8
√
Descreva a regiªo R do plano interior a ambas as curvas: C1 : ρ = 4 3cosθ e C2 : ρ = 4senθ.
Solu ªo.
As curvas em coordenadas cartesianas sªo dadas por:
√	√		√ ⇐⇒ (x − 2	3)2 + y2 = 12, que Ø o c rculo de centro (2	3,0) e raio 2	3.
⇐⇒ x2 + (y − 2)2 = 4, que Ø o c rculo de centro (0,2) e raio 2.
Assim,
Figura 42: Regiªo R
Ø um esbo o da regiªo no sistema de coordenadas OXY .
Temos que
√
	(x,y) ∈ C1 ∩ C2	⇐⇒	x2 + y2 = 4	3x	e	x2 + y2 = 4y
	⇐⇒
⇐⇒
⇐⇒
⇐⇒
	√
y =	3x	e	x2 + y2 = 4y
	√	√
y =	3x	e	x2 + 3x2 = 4	3x
	√	√
y =	3x	e	4x2 = 4	3x
√
x = 0	e	y = 0	ou	x =	3	e
	y = 3.
Ou seja,.
Como o ngulo θ0 que o segmento , faz com o eixo−OX Ø π, temos que a regiªo em coordenadas polares Ø
R = R1 ∪ R2, onde:
		e	
e, em coordenadas cartesianas,
Exemplo 9
Considere a regiªo R do plano dada pelo sistema de inequa ıes:
Fa a um esbo o detalhado da regiªo R.
Descreva a regiªo por meio de um sistema de inequa ıes da forma
onde (ρ,θ) sªo as coordenadas polares de um ponto do plano.
Solu ªo.
(a) As curvas que delimitam a regiªo R sªo:
√
as retas verticais x = 0 e x = 2	3;
a parÆbola C1 : x2 = 12y de vØrtice na origem e reta focal igual ao eixo−OY , voltada para cima;
a parte C2 situada no semiplano y ≥ 0 da elipse:
,
de centro C = (0,0), vØrtices (4,0), (−4,0), (0,2) e (0,−2) e reta focal igual ao eixo−OX.
Observe que . Portanto, o esbo o da regiªo R Ø:
Figura 43: Regiªo R
(b) As curvas C1 e C2 em coordenadas polares sªo dadas por
;
• x2+4y2 = 16 ⇐⇒ ρ2(cos2 θ+4sen2 θ) = 16 ⇐⇒ ρ2(1−sen2 θ+4sen2 θ) = 16
Seja tal que .
Entªo, R = R1 ∪ R2, onde:

 0 ≤ ρ ≤ 12tgθ secθ
R1 :	e
 0 ≤ θ ≤ θ0
J. Delgado - K. Frensel - L. Crissa	Geometria Anal tica e CÆlculo Vetorial
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