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ALVARO PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

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Procedimentos Especiais (Processo Civil)
09/08
Jurisdição - exercício do Estado em relação à tutela/pretensão de tutela exercida pelo cidadão, dada pelo juiz
Jurisdição contenciosa - há lide e partes
Jurisdição voluntária - não há lide e há interessado(s): ações declaratórias de direito ou homologação de acordo/pretensão/direito
Procedimentos Especiais: Jurisdição Contenciosa (14)
1. Ação de consignação em pagamento - art. 539 a 548 CPC
2. Ação de exigir contas - art. 550 a 553 CPC (alteração para ação de prestar contas, exigir demonstração)
3. Ações possessórias - art. 554 a 568 CPC ( turbação, esbulho, manutenção e reintegração de posse, etc)
4. Ação de divisão e demarcação de terras particulares - art. 569 a 598 (envolve propriedade e limites)
5. Ação de dissolução parcial de sociedade - art. 599 a 609 (para que alguém saia da sociedade)
6. Ação de inventário e partilha - art. 610 a 673
7. Ação de embargos de terceiro - art. 674 a 681
8. Ação de oposição - art. 682 a 686 (sempre que houver um direito sendo discutido e eu queira me opor)
9. Ação de habilitação - art. 687 a 692 (sempre que eu entender que tenho direito a determinado crédito)
10. Ações de família - art. 693 a 699 (divórcio, alimentos, etc)
11. Ação monitória - art. 700 a 702 ( a sentença vai ser o título judicial que eu preciso)
12. Ação de homologação de penhor legal - art. 703 a 706 (tomei posse de determinado bem por conta de alguma dívida, tenho que homologar para garantir o crédito futuro)
13. Ação de regulação de avaria grossa - art. 707 a 711(para fins de embarcações e duas cargas)
14. Ação de restauração de autos - art. 712 a 718 (restaurar auto judicial, seja eletrônico ou físico)
Procedimentos Especiais: Jurisdição Voluntária (10)
1. Notificação e interpelação - art. 726 a 729 CPC (Toda vez que eu queira notificar alguém judicialmente ou interpelar para que ele se explique)									 
2. Alienação judicial - art. 730 CPC (Sempre que eu tiver que trazer algum bem a leilão) 
3. Divórcio e separação consensuais, extinção consensual de união estável e alteração de regime de bens do matrimônio - art. 731 a 724 CPC 
4. Testamentos e codicilos - art. 735 a 737 CPC (Testamento para distribuição de bens e codicilo para especificação de ultima vontade) 
5. Herança jacente - art. 738 a 743 CPC (A pessoa morre a não deixa herdeiros) 
6. Bens dos ausentes - art. 744 e 745 CPC (Sumiram e foram declarados ausentes) 
7. Coisas vagas - art. 746 CPC (achados e perdidos para oficializar) 
8. Interdição - art. 747 a 763 CPC (para os “loucos” de todos os gêneros) 	
9. Organização e fiscalização das fundações - art. 764 a 765 CPC 
10. Ratificação dos protestos marítimos e dos processos testemunháveis formados a bordo - art. 766 a 770 CPC
AÇÕES POSSESSÓRIAS:
Conceito: procedimento especial de jurisdição contenciosa cuja finalidade é permitir o exercício do direito material do possuidor de ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no caso de esbulho ou de impetrar mandado proibitório que o resguarde de violência iminente.
- Direito material defendido: posse
Não se usa ação possessória para o direito de propriedade
(Possessória = POSSE)
Discute o direito material posse, não propriedade
*Interdito proibitório - preventivo
Trata-se de ação possessória de caráter preventivo, que tem por objetivo impedir que se efetive uma turbação ou um esbulho. Provada a ameaça iminente o juiz expedirá um mandado proibitório para evitar que a posse sofra turbação ou esbulho podendo, no caso de desrespeito a ordem judicial, impor pena pecuniária em favor do agredido
*Esbulho – retirada forçada
A pessoa que estava no exercício da posse foi retirada de forma forçada
É a retirada forçada do legítimo possuidor, podendo ser de forma violenta ou ainda de forma clandestina, sendo certo que neste caso o possuidor esbulhado tem o direito de ter a sua posse restituída valendo-se da ação de reintegração de posse
*Turbação - impedimento do exercício da posse
Turbação é a conduta que impede ou atenta contra o exercício da posse por seu legítimo possuidor, podendo ser positiva quando o agente invade e ocupa o imóvel, seja de forma parcial ou total, como pode ser negativa quando o agente impede que o real possuidor se utilize do bem. Exemplo: o agente invade o terreno e nele constrói
*Fungibilidade: possibilidade de que o juiz, em caso de confusão do autor na propositura da ação possessória, conheça do pedido, concedendo a proteção legal correta, desde que preenchidos e provados os requisitos de concessão da medida legal cabível, como forma de economia processual (art. 554)
O juiz pode adequar para a ação correta desde que presentes e provados os requisitos da ação
*Possibilidade de cumulação do pedido possessório (art. 555) cabe cumulação com:
- Condenação em perdas e danos: desde que os prejuízos alegados estejam diretamente vinculados a fatos relacionados com o esbulho, turbação ou ameaça à posse
- Cominação de pena pecuniária: para o caso de nova turbação ou esbulho, para que, após cumprida a sentença de reintegração ou manutenção na posse, a parte vencida pratique nova turbação ou esbulho
*Duplicidade da ação possessória - art. 556 (sempre que houver dúvida quanto ao real possuidor)
- É lícito ao réu, na contestação, deduzir pretensão material contra o autor, bastando que de sua contestação conste, de forma explícita e expressa o pedido de proteção possessória no caso dele estar sofrendo ameaça, turbação ou esbulho por parte do autor.
Quando houver dúvida quanto ao real possuidor - quem realmente estava na posse e quem estava ameaçando, turbando ou esbulhando? Pode ser feito na própria contestação
Obs: não se confunde com reconvenção e independe dela
RITO ESPECIAL PARA POSSE DE ANO E DIA
- Respeita-se o rito especial de manutenção e reintegração de posse quando ingressada a ação dentro de ano e dia (posse nova) da turbação ou do esbulho e, passado este prazo (posse velha) o rito será ordinário de caráter possessório.
Posse velha - mais de ano e dia: não pode usar procedimento especial e deve usar o procedimento comum (mais demorado) (se a posse for velha eu perco a possibilidade do rito especial, tendo que utilizar do rito ordinário, tem que ser menos que um ano e um dia)
Posse nova - tem rito especial que é mais rápido e necessário para as questões possessórias 
AÇÃO DE MANUTENÇÃO E REINTEGRAÇÃO DE POSSE - ART. 560
- Manutenção: o possuidor adquire o direito de ser mantido na posse no caso de turbação
- Reintegração: o possuidor deverá ser reintegrado na posse no caso de esbulho
PETIÇÃO INICIAL - O AUTOR DEVERÁ PROVAR:
- Sua posse, sob pena de indeferimento da petição inicial por falta de prova mínima através de documentos ou justificação. (testemunhas e depoimentos de pessoas que façam negócio)
- A turbação ou o esbulho praticado pelo réu, declarada pelo autor na inicial e demonstrada documentalmente através de mapas/fotos/certidões/declaração de terceiros
- Na falta de prova documental poderá o juiz antes de indeferir o pedido inicial dar oportunidade de justificação ao autor designando audiência de justificação prévia
- Deverá o autor comprovar a data exata da turbação ou do esbulho para fins de que se determine se trata-se de posse nova ou velha
- Deverá ainda provar sua continuação ou não na posse, para se tornar clara a realidade dos fatos e a possibilidade de cominaçãode pena em caso de nova turbação ou novo esbulho. 
16/08/17
LIMINAR DE MANUTENÇÃO OU REINTEGRAÇÃO DE POSSE (ART. 562) - Uma vez que a petição inicial estiver devidamente instruída, o juiz defere sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, “inaudita altera parte”, como natureza jurídica de antecipação da providência de mérito, com provas documentais e requisitos preenchidos. - Caso contrário, não estando a inicial devidamente instruída e não preenchidos os requisitos, o juiz irá designar audiência de justificação previa mandando citar o réu para participar dessa audiência.
*Da audiência de justificação prévia: - Não tem escopo (objetivo) conciliatório, mas poderá o juiz excepcionalmente forçar a auto composição (conciliação). - O juiz deverá ouvir as testemunhas arroladas pelo autor, mas pode ainda ouvir as que o réu trouxer independentemente de apresentação de rol de testemunhas. - O juiz pode ainda admitir a juntada de documentos (relevantes para desvendar a lide) por ambas as partes. - Ao final da audiência o juiz poderá proferir ali mesmo a decisão sobre o pedido de liminar.
Obs.: Concedida a liminar, com ou sem justificação prévia, será sempre uma decisão interlocutória que poderá ser atacada via recurso (agravo de instrumento).
*Pessoas jurídicas de direito público: Não será deferida a manutenção ou reintegração liminar sem prévia oitiva audiência dos representantes, por conta da presunção de legitimidade dos atos administrativos. - Julgada procedente a justificação, ao final da audiência prévia ou em momento subsequente, o juiz espedirá o respectivo mandado. Trata-se também de decisão interlocutória.
*Indeferida a liminar: Neste caso, o autor, ao agravar a decisão que indeferiu o pedido, pedirá ao relator que lhe conceda a própria medida ora denegada, e não aplique o efeito suspensivo para que a medida possa ser cumprida.
*Da citação do réu para contestar a ação possessória (art. 562) - Concedida ou não a liminar da manutenção ou reintegração de posse, o réu será citado nos 5 dias seguintes, para contestar a ação dentro do prazo de 15 dias da citação, da seguinte forma: - No caso de o juiz ordenar a justificação prévia, com concessão da liminar, conta-se o prazo de 05 dias da concessão da medida, devendo o autor providenciar tudo o que for necessário para a citação do réu (diligência do oficial de justiça, cópias da inicial, endereço correto, etc).
- Liminar concedida após audiência de justificação prévia, o réu que já foi citado para comparecer na audiência não se repete o ato da citação, bastando sua intimação para fluir o prazo de defesa
- No caso de denegação da liminar após a audiência de justificação prévia, também não se repetirá o ato citatório, bastando somente a intimação para abertura do prazo de contestação
LITIGIO COLETIVO POR POSSE DE IMÓVEL (ART. 565) - No litigio coletivo pela posse de imóvel, com esbulho ou turbação alegados na inicial e que tivera ocorrido a mais de ano e dia, o juiz deverá designar audiência de mediação antes de apreciar o pedido de liminar, devendo esta audiência se realizar em até 30 dias. (mais de ano e dia - posse velha) - Concedida a liminar e não sendo executada no prazo de 1 ano a contar da distribuição, deverá então o juiz designar audiência de mediação intimando-se o MP, defensoria pública sempre que houver parte beneficiaria da assistência judiciaria. - O juiz poderá comparecer à área objeto do litigio, quando necessária a sua presença. - Os órgão de política agraria e urbana da região objeto litigio poderão também ser intimadas pelo juízo.
DO INTERDITO PROIBITÓRIO (ART. 567) - Conceito: Interdito proibitório não pressupõe ofensa à posse consumada, mas apenas o justo receio contra o esbulho ou a turbação que possam ocorrer. Ex. vizinho que ameaça invadir terreno; possibilidade de construção de muro além dos limites; utilização do terreno para alimentar o gado do vizinho. (mandado proibitório para proibir que chegue a esbulho ou turbação) - Impetração: Sendo o interdito medida de caráter preventivo, deverá ser impetrado mediante o juiz o pedido de mandado proibitório, com a possibilidade de cominação de pena pecuniária caso o réu venha a desobedecer ou transgredir a ordem judicial. - Probabilidade de agressão: Embora o caráter preventivo do mandado proibitório, não deve ser ele confundido com ação cautelar, uma vez que não visa resguardar a eficiência de outro processo que venha a ser promovido pelo autor futuramente. -Cautelar: acautelar, proteger, um direito meu que futuramente, se eu não acautelar este direito posso não usufruir do mesmo.
Cai na Prova – diferença entre cautelar e interdito proibitório.
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO art. 539 - Conceito: Forma de adimplemento indireto com a finalidade de se extinguir vinculo obrigacional, através da realização de deposito judicial ou extrajudicial do bem ou da quantia objeto da obrigação. (há na origem um vínculo obrigacional para que fosse entregue bem ou recebida determina quantia em que a outra parte se recusa a receber). 
*Formas de proposição para se extinguir o vínculo obrigacional: - Tratando-se de obrigação em dinheiro poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário oficial, situado no local do pagamento da obrigação cientificando-se o credor através de aviso de recebimento AR, com prazo de 10 dias para recebimento ou manifestação de recusa. - Uma vez decorrido o prazo que será contado do retorno do AR, sem que o credor manifeste sua recusa, o devedor será considerado liberado da obrigação, ficando o valordepositado à disposição do credor. - Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta dentro de 1 mês a ação de consignação em pagamento instruindo-se a inicial com provas do deposito e prova da recusa. - Não proposta a ação dentro do prazo ficará sem efeito o deposito e o depositante poderá levantar a quantia a qualquer tempo. 				 - A legitimidade para propor a ação de consignação em pagamento é do próprio devedor ou de terceiro interessado. Ex. Terceiro que adquiri imóvel financiado e ajuíza ação para quitação das parcelas faltantes - O local do pagamento será aquele em que a obrigação deve ser satisfeita, não importando se o pagamento será realizado de deposito bancário em agencia de local diverso ao da obrigação. Também o juízo competente para conhecer da ação de consignação em pagamento é aquele em que a obrigação deve ser cumprida.
*Petição inicial para ação de consignação: - O autor requererá na petição inicial o deposito da quantia ou coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 dias contados a partir do deferimento do pedido. - Requererá ainda a citação do réu para levantar o valor depositado ou apresentar contestação. Obs.: Não realizado o depósito no prazo de 5 dias após o deferimento do pedido, o processo será extinto sem resolução do mérito.
*Contestação - O réu poderá, na contestação dentro do prazo de 15 dias alegar o seguinte: - Que não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida. - Que a recusa foi justa por motivos que ameaçam a legitimidade do negócio. - Que o depósito não se efetuou dentro do prazo ou fora do lugar onde deveria ocorrer o pagamento. - Que o deposito não é integral, somente valendo esta alegação se o réu demonstrar (comprovar) o montante que efetivamente deveria ser depositado. Obs.: Demonstrar a insuficiência do deposito poderá o autor complementar o valor em 10 dias, podendo assim o réu credor levantar esta quantia.
23/08
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO (continuação) - Julgado procedente o pedido, o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu do pagamento de custas e harmonia advocatícios, o que ocorre também se o credor receber a quantia e der quitação. 
- Na dúvida sobre quem deva receber o pagamento, o autor deverá requerer o depósito, bem como a citação de todos os possíveis titulares do crédito, podendo ocorrer o seguinte: - Não comparecendo pretendente algum, converte-se o depósito em arrecadação de coisas vagas. - Comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano. - Comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, continuando o processo a correr unicamente ente os possíveis credores, observado então o procedimento comum.
EMBARGOS DE TERCEIROS *Conceito: Trata-se de demanda que visa impedir ou livrar determinado bem de constrição judicial (apreensão garantia- arresto, sequestro, penhora, arrolamento) indevida, sendo que o bem objeto da constrição pertence a terceiro que não participa da relação judicial. 
*Considera-se terceiro no processo: 1-O cônjuge ou o companheiro, na defesa da posse de seus bens, próprios ou de sua meação, ressalvado o art. 843 CPC. 				 2-Adquirente de bens cuja construção foi declarada por decisão ineficaz por conta de alienação realizará em fraude à execução. 			 3-Aquele que sofre constrição judicial de seus bens através de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte. 4-O credor com garantia real para impedir a expropriação judicial do objeto do direito real de garanti caso não tenha havido a sua intimação regular. (direitos reais de garantias- recai sobre a coisa – hipoteca...)
*Legitimidade: - Possuidor ou proprietário: é possível defender, através de embargos de terceiro não só a propriedade dos bens, bem como a sua posse ainda que de forma indireta, Ex. promitente comprador, por contrato irrevogável devidamente imitido na posse do imóvel; filhos de pais executados contra penhora incidente sobre imóvel bem de família no qual residem. (possuidor – reintegração e manutenção da posse)
*Da oposição dos embargos de terceiro: - Podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença. - No cumprimento de sentença no processo de execução até 5 dias depois da adjudicação (penhora do bem que vai a leilão, para gerar credito e fazer a quitação) da alienação judicial por iniciativa particular ou arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.
*Procedimento: - Petição inicial: O autor deverá na petição inicial juntar prova sumária da sua posse ou domínio, bem como da qualidade de terceiro através de documentos e rol de testemunha. (o terceiro tem que provar na petição inicial a sua relação com o processo ou seja, que não é demandante, nem demandado no processo). - Audiência: O juiz poderá designar audiência preliminar para que seja feita prova da posse. - Citação: a citação será pessoal caso o embargado não tenha procurador constituído nos autos do processo principal.
*Legitimidade passiva:Aquele que foi ou está sendo favorecido pelo ato de constrição judicial, bem como aquele que indicar o bem que deve ser levado a constrição judicial serão legitimados passivos para responder a ação de embargos de terceiro.
*Deferimento liminar: Assim como ocorre com os interditos possessórios, a ação de embargos de terceiro tem natureza de tutela urgente satisfativa antecipatória, visando que a decisão satisfaça desde logo o embargante, afastando ato de ilícita constrição judicial e decretando consequente manutenção ou reintegração de posse em favor do embargante. (prova) (tutela urgente satisfativa antecipatória - urgência e necessidade para proteção da posse) Obs.: A decisão que aprecia o pedido liminar, concedendo ou denegando, tem natureza de decisão interlocutória, cabendo contra ele recurso de agravo de instrumento.
*Contestação: Os embargos poderão ser contestados no prazo de 15 dias, através de citação pessoal do embargado ou de seu procurador caso o tenha constituído 
*Embargos do credor com garantia real - Caberá ao credor com garantia real alegar na contestação apenas o seguinte: 1º O devedor comum é insolvente 2º Que o título é nulo ou não obriga a terceiro pela obrigação 3º Que outra coisa foi dada em garantia do crédito
*Suspensão do processo principal: - A oposição de embargos de terceiro suspende obrigatoriamente o processo principal e, se os embargos versarem sobre apenas alguns dos bens discutidos no processo principal, a suspensão se dará apenas quanto aos bens em discussão. - O embargo pode ser individualizado sobre determinado bem. - Dentro do processo principal, podendo ser um processo de cumprimento de sentença – execução forçado ou processo de execução autônoma com título extrajudicial, se existirem vários bens em execução porem os embargos recaem apenas sobre alguns dos bens suspende-se o processo principal apenas no que diz respeitos aos bens que estão sendo embargados, não suspende quanto aos demais bens que não são objeto de embargos. (os embargos recaem sobre posse ou propriedade)
*Sentença Acolhido o pedido do embargante, o ato de constrição judicial indevida deve ser cancelado, reconhecendo-se o domínio, a manutenção ou a reintegração definitiva na posse ou do bem embargado. 
Se discute em embargos de terceiros: - Domínio – propriedade - Manutenção – Posse - Reintegração definitiva– Posse - Sentença normal recurso – apelação
AÇÃO MONITÓRIA ( Art. 700 CPC) (para gerar um título) Conceito: Procedimento que busca celeridade processual afim de se evitar o procedimento comum, com tramite mais demorado, podendo ser utilizado por quem tem prova escrita sem eficácia executiva, pretendendo obter: 1- Soma ou valor em dinheiro 2- Entrega de coisa fungível ou infungível 3- Bem móvel 4- Bem Imóvel 5- Prestação de fazer ou não fazer 
*Petição Inicial deverá conter: - A importância devida, ou a ser levantada com memorial de cálculo - O valor atualizado da coisa reclamada - O conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico perseguido. Obs.: Determinar se houver dúvida quanto à idoneidade ou a legitimidade da prova documental apresentada pelo autor, o juiz devera intima-lo para querendo adequá-la ao procedimento comum.
 
30/08/17
AÇÃO MONITÓRIA (continuação)
*Sendo evidente o direito do autor: - O juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa, graduação da obrigação de fazer, de não fazer concedendo ao réu o prazo de 15 dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de 5% do valor atribuído à causa. - Cumprindo o mandado dentro do prazo o réu fica isento do pagamento de custas processuais. 	 - Não realizado o pagamento e não apresentados embargos pelo réu, constitui-se de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade. - É cabível ação monitória tendo a Fazenda Pública como ré.
OPOSIÇÃO DE EMBARGOS A AÇÃO MONITÓRIA PELO RÉU
*Independentemente de prévia segurança do juízo, o réu poderá opor embargos à ação monitória, da seguinte forma: - Os embargos à ação monitoria serão opostos nos mesmos autos, no prazo de 15 dias. - Os embargos podem se fundar em matéria passível alegação no procedimento comum.- Alegando o réu que o autor pleiteia quantia superior àquela devida deverá então de imediato o valor que entende ser o correto, apresentando juntamente demonstrativo discriminado e atualizado da dívida. - Não declarando o valor correto, não apresentando demonstrativo de atualização do valor os embargos serão liminarmente rejeitados se não houver outro fundamento embargado. - Opostos os embargos fica suspensa a eficácia da decisão que expede o mandado em favor do autor, até o julgamento dos embargos. 					 - O autor será intimado para responder os embargos opostos pelo réu também no prazo de 15 dias. - Admite se reconvenção em ação monitória, independentemente do oferecimento de embargos (súmula 292 do STJ). 									 - Se o juiz entender melhor, os embargos poderão ser autuados em apartado (em separado). - Se parciais os embargos, constitui-se de pleno direito o título executivo judicial relativo à matéria incontroversa. 								 - Caberá apelação em sentença que acolhe ou rejeita embargos a ação monitória. - Proposta ação monitória indevidamente e de má fé ao pagamento, o juiz condenará o autor ao pagamento de multa de até 10% do valor da causa em favor do réu. - O juiz condenará o réu que, agindo de má fé opuser embargos, pagando até 10% atribuído à causa como àmulta em favor do autor. Art. 700, 701 e 702 CPC.
AÇÃO DE EXIGIR CONTAS (art. 550 a 552 CPC) Conceito: O novo CPC substituiu a ação de prestar contas antes existente, podendo esta ser movida por quem afirmar ser titular do direito de exigir contas a serem prestadas por outra parte, sendo que a parte contraria terá que apresentar as contas exigidas sob pena de aceitação expressa das contas apresentadas pelo autor.
Petição inicial: O autor deverá especificar na inicial as razões pelas quais está exigindo a prestação de contas juntando todo tipo de documento que possa comprovar por ele alegado.
*Desdobramentos possíveis: - Prestadas as contas pelo réu, ouvido o autor a respeito das contas prestadas será feita produção de provas necessárias para elucidar qualquer conflito, sendo julgadas as contas apurando-se eventual saldo e constituindo a decisão em título executivo judicial. - Se o réu não prestar contas, mas oferecer contestação afirmando que o autor não tem direito à prestação de contas, ou ainda se permanecer revel, deverá o juiz decidir sobre o direito ou não do autor exigir contas. - Uma vez reconhecido o direito do autor em exigir contas, o réu deverá fazê-lo, sob pena de não poder impugnar as contas que o autor apresentar. (15 dias para o réu apresentar) - As contas do inventariante, do tutor, do curador, do depositário e de qualquer outro administrador serão prestadas em apenso ao processo em que tiver sido nomeado sempre que houver controvérsia a respeito das contas.
INVENTÁRIO E PARTILHA Conceito: procedimento especial de jurisdição contenciosa, através do qual é realizada a descrição individualizada e clara dos bens da herança deixada pelo de cujus, sejam os bens móveis ou imóveis, dívidas ou créditos ativos e demais direitos que houverem, fazendo se oficializar a comunhão de herdeiros e os respectivos direitos que eles têm sob os bens deixados até a partilha desses bens. (a partir da data do falecimento do de cujus abre-se a sucessão onde aparecem os herdeiros, o espólio - apresentação dos bens deixados pelo de cujus e seus respectivos herdeiros – ascendente, descendente, cônjuge – herdeiros necessários; herdeiros colaterais, testamento. Até a partilha os bens são uma única universalidade e os herdeiros antes da partilha não tem quota parte definida, enquanto perdurar o inventário.) 							 - Inventário judicial: Havendo testamento ou interessado incapaz o inventário será judicial. - Inventário por escritura pública: sempre que todos forem capazes e estiverem de acordo o inventário e a partilha poderão ser feitos por escritura pública, a qual constituirá documento hábil para qualquer ato de registro ou levantamento de importâncias depositadas em instituições financeiras.
*Características principais do inventário: - Teoricamente, no processo de inventário não há autor nem réu, já que por conveniência todos os herdeiros se encontram na mesma situação jurídica e, simultaneamente a mesma condição de quem postula é a mesma de quem se defende. - Na maioria das vezes, as citações no inventário não se efetivam, por quanto os herdeiros procuram se habilitar voluntariamente, dispensando o ato convocatório já que todos são autores e réus ao mesmo tempo. - Aparentemente durante a maior parte do processo de inventário não há conflito entre as partes, que irá ocorrer de forma mais clara no momento do pedido do quinhão de cada um.
*Procedimento: - O processo de inventário e partilha deve ser aberto dentro de 60 dias a contar da abertura da sucessão (a partir da data da morte), devendo ser encerrado nos 12 meses subsequentes, podendo tais prazos serem prorrogados. - Não há por tanto sanção legal para o desrespeito a esses prazos, havendo porem a aplicação de multa estadual no recolhimento do imposto causa mortes. - Até que o inventariante preste compromisso o espólio será administrado por um administrador provisório que de acordo com o artigo 1797 C.C. deve respeitar a seguinte ordem de preferência: ao cônjuge ou companheiro do de cujus à época de seu falecimento; ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens e, havendo mais de uma pessoa nesta condição ao herdeiro mais velho; ao testamenteiro; a pessoa deconfiança do juiz, na falta ou escusa das indicadas anteriormente.
ATRIBUIÇÕES DO ADMINISTRADOR PROVISÓRIO: - Terá o dever de receber os frutos naturais ou civis, além de apresenta-los ao juízo do inventário como forma de prestação de contas. - Deverá responder civilmente pelos danos que, por dolo ou culpa causar a quaisquer dos bens que compuserem o acervo hereditário. (espólio) - Terá porém o direito de ser reembolsado pelas despesas necessárias ou úteis devidamente demonstradas. 								 - Legitimação para abrir o inventário: além do administrador do espólio, tem ainda legitimação para abrir o inventário
06/09
LEGITIMAÇÃO PARA ABRIR O INVENTÁRIO
*Além do administrador do espolio, tem ainda legitimação para abertura do inventario: - Cônjuge ou companheiro supérstite (sobrevivente) - terá legitimidade para requerer a abertura do inventario, independentemente de qualquer que seja o regime de bens do casamento, que será importante apenas para definir qual a sua condição no processo, se meeiro ou se sucessor do cônjuge. - O herdeiro – legitimado para a abertura do inventário por seu flagrante e indubitável interesse nos bens deixados pelo falecido. Importante destacar que, antes do cumprimento de todas as etapas desse procedimento, o direito sucessório do herdeiro não passa de uma realidade abstrata, porque somente com a formalização da partilha é que será definida efetivamente a dimensão do seu quinhão e quais bens exatamente chegarão as suas mãos. 
- O legatário – é o sucessor a título singular, que se funda diretamente na vontade do de cujus, manifestada por meio de testamento validamente celebrado de acordo com as prescrições do código civil arts. 1845 a 1990. 				 
- O testamenteiro – é a pessoa que fica incumbida pelo testador, ou pelo juiz, de realizar no plano processual e material, a vontade do de cujus expressa no testamento, ou seja, estará encarregado de dar cumprimento às disposições de última vontade do falecido, conforme sua nomeação, direitos e deveres estabelecidos pela lei civil. 			 
- O cessionário do herdeiro ou do legatário – cessionário é a pessoa física ou jurídica a quem o herdeiro ou o legatário transfere seus direitos hereditários (código civil art 286 a 298), observando que a sessão só é possível desde que a sucessão já esteja aberta, uma vez que a lei proíbe a celebração de contrato que tenha por objeto a herança de pessoa viva. 
- O credor do herdeiro, do legatário ou do autor da herança – como será no inventário que será realizada a liquidação do patrimônio do de cujus torna-se claro o interesse do credor (faz sua habilitação no inventário) do autor da herança o interesse em instaurar o mais breve possível o procedimento de inventário, uma vez que deste procedimento restará a oportunidade de receber o seu crédito, ocorrendo da mesma forma se for credor do legatário ou de algum herdeiro. 								 - O MP, havendo herdeiros incapazes – esta possibilidade demonstra a preocupação com os juridicamente desprotegidos, o que fundamenta a legitimação do MP para instaurar o procedimento uma vez que uma de suas principais funções é a defesa dos incapazes. 
- A fazenda pública, quando tiver interesse – a fazenda pública terá interesse no processamento o inventário por três motivos especiais: 1º porque a ela cabe o recebimento do imposto de transmissão “causa mortis”. Art. 155 CF. 2º Porque a ela Fazenda Pública, além de Município e Distrito Federal cabe a herança jacente (quando não há herdeiro), nos termos do art. 1822 C.C. 3º Porque compete-lhe, em qualquer hipótese fiscalizar a incidência ou não de qualquer tipo de imposto, bem como a sua arrecadação ou não. 
- O administrador judicial da falência do herdeiro, do legatário, do autor da herança (morto) ou do cônjuge ou companheiro supérstite – como administrador de massa falida, sua legitimação está caracterizada no interesse de cumprir as obrigações da massa falida para com seus credores, podendo eventualmente utilizar-se os bens ora inventariados.
NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE (ordem por exclusão): 
* O juiz irá nomear inventariante, respeitando a seguinte ordem: - O cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que estivessem convivendo ao tempo, época da morte. - O herdeiro que se achar na posse e na administração do espólio, caso não haja cônjuge ou companheiro supérstite ou caso este não puderem ser nomeados. 			 - Qualquer herdeiro quando nenhum deles estiver na posse e na administração do espólio. - O herdeiro menor, através de seu representante legal. - O testamenteiro, se lhe tiver sido confiada a administração do espólio, ou se toda a herança estiver distribuída (dividida) em legados. - O cessionário do herdeiro ou do legatário (se há abertura da sucessão) - O inventariante judicial, se houver. 								 - Pessoa idônea estranha, quando não houver o inventariante judicial. - Inventariante intimado: o inventariante, uma vez intimado de sua nomeação (pelo juiz) prestará, dentro de 5 dias o compromisso de bem e fielmente irá desempenhar a função para qual foi nomeado. Obs. O juiz deverá, preferencialmente nomear o inventariante na ordem indicada (acima), porém esta ordem não é absoluta sendo certo que o juiz deverá fazer a nomeação analisando as circunstancias do caso concreto a fim de que seja nomeado aquele que apresente as melhores condições para prática das incumbências de inventariante.
INCUMBÊNCIA DO INVENTARIANTE
*Incumbe ao inventariante:- Representar o espólio ativa (quando for réu) e passivamente (quando for autor de uma ação), em juízo ou fora dele observando-se, quanto ao dativo (aquele nomeado pelo juiz para um ato, ou alguns atos do processo), o disposto no artigo 75 §1º CPC. - Administrar o espólio, cuidando dos bens como se fossem seus, lembrando que poderá no futuro ser responsabilizado por perdas, danos, falta de manutenção, desvalorização dos bens do espólio, etc. (zelar pelos bens) - Prestar as primeiras e as últimas declarações pessoalmente ou por procurador com poderes especiais para tanto, sendo que, nas primeiras declarações o inventariante deve, entre outras coisas informar ao juízo a abertura da sucessão narrando os fatos que incluam o falecimento do autor da herança, indicar o número de herdeiros deixados pelo autor da herança, informar se há ou não testamento ser aberto, podendo ainda, desde já arrolar os bens deixados pelo de cujus, ou requerer prazo para apresentar o rol dos bens. Já as últimas declarações serão feitas à época da finalização do formal de partilha, informando de maneira geral as características do formal de partilha que será oportunamente apresentado. (ou pelo próprio inventariante ou por procurador com poderes específicos para apresentar) - Exibir em cartório, a qualquer tempo, para eventual exame nas partes todos os documentos referentes ao espólio, tais como, comprovantes de pagamentos de impostos e outras taxas, comprovantes de movimentações bancárias se houver, comprovantes ou contratos de compra ou venda de algum bem, enfim tudo que possa interessar a análise das partes do inventário. - Juntar aos autos certidão do testamento quando houver. 			 - Trazer à colação (trazer os bens aos autos) os bens recebidos pelo herdeiro ausente, pelo herdeiro renunciante ou pelo herdeiro excluído (cometeu algum ato contra o autor da herança), para que mesmo nestas situações tenha a relação de todos os bens bem como a destinação de cada um deles. - Prestar contas de toda sua gestão frente ao inventário, comprovando o regular cumprimento das funções do cargo, ao deixar o cargo ou sempre que o juiz determinar. 					 - Requerer a declaração de insolvência, sempre que o espólio for ou se tornar insolvente perante seus credores. (não tem mais como quitar nenhuma dívida que sobrou, ficou).
*Incumbe ainda ao inventariante, ouvindo-se, neste caso, os interessados e com autorização do Juiz: - Alienar bens de qualquer espécie. (tem que justificar, pedir alvará para o juiz, e com autorização das partes) - Transigir em juízo ou fora dele. 			 - Pagar dívidas do espólio. 									 - Fazer as despesas necessárias para a conservação e a melhoria dos bens do espólio, lembrando sempre que a deterioração, perdas e danos causados aos bens do espólio serão de responsabilidade do inventariante. 
REMOÇÃO DO INVENTARIANTE:
*O inventariante será removido de ofício ou a requerimento: - Se não prestar no prazo legal as primeiras ou as últimas declarações. - Se não der ao inventário o andamento regular, levantar dúvidas sem fundamento ou praticar atos meramente protelatórios. - Se por culpa sua forem deteriorados bens do espólio sofrendo dilapidação ou danos ao patrimônio. - Se não comparecer em defesa do espólio nas ações que for citado, bem como se deixar de cobrar dívidas ativas ou não evitar perecimento de direitos. - Se não prestar contas, ou se prestadas de forma irregular e julgadas insatisfatórias. - Se sonegar, ocultar, ou desviar bens do espólio.
13/09/17
REMOÇÃO DO INVENTARIANTE (continuação)
Defesa do inventariante: Requerida sua remoção, o inventariante será intimado para defender-se, no prazo de 15 dias, produzindo provas. Obs. O incidente de remoção correrá em apenso aos autos do inventário.
*Decorrido o prazo com ou sem a defesa do inventariante o juiz decidirá, podendo: - Manter o inventariante na função; - Remover o inventariante, nomeando outro, observando a ordem do art. 617 CPC. (quem está apto a administrar o inventário). - Uma vez removido, o inventariante entregará imediatamente ao substituto os bens do espólio (administração), sendo que, se não o fizer, será expedido mandado de busca e apreensão (ser for móvel) ou de imissão na posse (se for imóvel) podendo ainda o juiz fixar multa, não superior a 3%do valor dos bens inventariados. 
PRIMEIRAS DECLARAÇÕES: (panorama geral do que será o processo de inventario deixado pelo autor da herança - herdeiros, situação dos bens deixados pelo falecido)
*Devem ser apresentadas nos 20 dias subsequentes (este prazo pode ser dilatado, devendo ser solicitado isso pelo inventariante, dependendo do tamanho do inventário, quantidade de bens, número de herdeiros) ao compromisso prestado, contendo as seguintes informações: - Qualificação do autor da herança - nome, o Estado, a idade e o domicílio do autor da herança, o dia e o lugar em que faleceu e se deixou testamento.
- Qualificação dos herdeiros e cônjuge supérstite - nome, o Estado, a idade, o endereço eletrônico e a residência dos herdeiros, e havendo cônjuge ou companheiro supérstite (que sobrou), além dos respectivos dados pessoais o regime de bens. - Qualidade dos herdeiros e o grau de parentesco com o inventariado (relação dos herdeiros para com o falecido). 
*Relação completa e individualizada de todos os bens do espólio, inclusive aqueles que devem ser conferidos à colação e demais bens, descrevendo-os da seguinte forma: a) Para os imóveis suas especificações, nome do local em que se encontram, tamanho da área, limites, confrontações, benfeitorias, origem dos títulos (se é comprae venda, se é permuta), matriculas e eventuais ônus. 
b) Os móveis com seus sinais característicos. (ex. veículo, marca, cor, ano, documento)
c) Os semoventes, seu número, seus sinais, marcas, espécies, etc (ex. quantidade de gado, raça, se é marcado, etc)
d) O dinheiro, as joias, os objetos de ouro e prata e as pedras preciosas, especificando o peso, qualidade, e a importância. (tem que especificar tipo de ouro, peso, tipo de pedra, avaliados por um perito ourives, caso contrário deverá ser impugnado o laudo).
- e) Títulos da dívida pública, ações e suas respectivas cotas, cotas de sociedade, caso participa de alguma, mencionando número de cotas, valor e data (desde quando está nessa sociedade)
f) Dívidas ativas e passivas, indicando-lhes datas, os títulos de origem da obrigação, credores e devedores.
g) Direitos e ações qualquer direito ou ação que o inventariante tenha (direitos autorais, processos)
h) Valor corrente de cada um dos bens do espólio. (ex. imóveis se esta locado, se está quitado, se está na posse ou na propriedade, se móvel o máximo de detalhamento possível, indiferente de ser ativo ou passivo no espólio)
SONEGAÇÃO DE BENS: *Sonegação de bens pelo inventariante, só poderá ser arguida depois de encerrada a descrição dos bens, com a descrição dos bens, com a declaração, feita por ele inventariante de que não existem outros bens a inventariar.
*Sonegação de bens por herdeiros (C.C. art. 1992 a 1996) - Herdeiro que sonegar os bens da herança, não os descrevendo no inventário quando em seu poder, deixar de restituir ou levar a colação, perderá o direito que sobre eles lhe cabia.
PRIMEIRAS DECLARAÇÕES E CITAÇÃO DOS INTERESSADOS: (após apresentadas as primeiras declarações, haverá a citação dos interessados) - O juiz mandará citar, para os termos do inventário e da partilha, o cônjuge, o companheiro, os herdeiros, os legatários e intimar a Fazenda Pública e o MP se houver incapaz ou ausente, o testamenteiro se houver testamento.
*Feitas as citações acima, abre-se vista às partes em cartório, pelo prazo comum de 15 dias, para manifestarem-se sobre: - Arguir erros, omissão e sonegação de bens. - Reclamar contra a nomeação de inventariante. 		 - Contestar a qualidade de quem foi incluído no título de herdeiro.
*Consequências: - O juiz pode julgar procedente a impugnação mandando retificar as primeiras declarações. - Se acolhido o pedido quanto ao inventariante poderá nomear outro inventariante.
*Preterido do inventário (aquele que entende que deveria fazer parte do inventário, mas foi preterido do inventário) - Deve demandar sua admissão requerendo-o antes da partilha.
*Do pagamento das dívidas: 				 - Antes da partilha poderão os credores do espólio requerer ao juízo do inventário o pagamento das dívidas (através de habilitação). Obs. O pedido de habilitação é faculdade do credor, uma vez que os herdeiros só receberão a herança depois de solucionadas as pendências com os credores, sendo possível que eventual execução tenha prosseguimento inclusive com reserva de bens, tantos quantos bastem para cumprir a dívida. 
Reserva de bens - Separação de bens para pagamentos de dívida de devedor habilitado.
PARTILHA: *Após apresentadas as primeiras declarações, citados os interessados para manifestarem-se, habilitados os credores e feitos os seus pagamentos ou reservados bens para tanto, o juiz procederá da seguinte forma: - O juiz facultará as partes, no prazo de 15 dias, que formulem o pedido de quinhão de cada um. - Após o pedido o juiz irá proferir decisão de deliberação da partilha, resolvendo sobre os pedidos dos interessados e designando os bens que devam constituir o quinhão de cada herdeiro. - O juiz poderá deferir que antecipadamente qualquer dos herdeiros exerça o direito de usar e fruir determinado bem, sob a condição de que ao final do inventário este bem integre a quota daquele herdeiro.
*A partilha observará as seguintes regras: 					 - A máxima igualdade possível quanto ao valor, natureza e qualidade dos bens. - A prevenção de litígios futuros. 					 - A máxima comodidade dos coerdeiros, do cônjuge ou do companheiro se for o caso.
*Da partilha constará: - Auto de orçamento que deverá mencionar os nomes do autor da herança, o inventariante, o companheiro, ou cônjuge supérstite dos herdeiros, dos credores admitidos, o ativo, o passivo, e o liquido partível (o que sobrou tirando as dívidas) e o valor de cada quinhão. - A folha de pagamento para cada parte declarando a quota a ser paga, a razão do pagamento e a relação dos bens que compõe o quinhão com todas as suas características.
- O juiz e o escrivão deverão assinar o auto de orçamento e cada uma das folhas de pagamento de cada quota parte (cada quinhão).
20/09
*Sobrepartilha: admite-se a sobrepartilha/complementação de partilha de outros bens pertencentes ao de cujus e que não foram alvo da partilha, sendo desnecessário anular a partilha anterior (art. 669 e seguintes)
 Obs: a existência de dívida com a Fazenda Pública não impede o julgamento da partilha, desde que seu pagamento esteja devidamente garantido
*Julgar por sentença transitada em julgado a partilha, o herdeiro receberá os bens aos quais tiver direito e um formal de partilha constando as seguintes peças:
- Termo de inventariante e título de herdeiros
- Avaliação dos bens que constituíam o quinhão do herdeiro respectivo
- Pagamento do quinhão hereditário
- Quitação dos impostos incidentes
- Sentença
Obs: o formal de partilha poderá ser substituído por certidão de pagamento do quinhão hereditário quando esse não exceder a 05 vezes o salário mínimo, caso em que se transcreveránela a sentença de partilha transitada em julgado
*Emenda da partilha: mesmo depois de transitada em julgado a sentença, poderá a partilha ser emendada nos mesmos autos do inventário, estando de acordo todas as partes, no caso de erro de fato na descrição dos bens, podendo o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, a qualquer tempo, corrigir-lhe as inexatidões materiais
*Anulação de partilha amigável: cabível apenas para partilha amigável, judicial ou extrajudicial, pois a decisão de partilha amigável é apenas homologatória, não levando nem à prevenção do juiz que homologou para conhecer da ação, já que o que se ataca é o ato das partes e não do juízo
Não há processo de inventário para fins de partilha - juiz só homologa o que ficou acordado entre as partes
*O direito à anulação de partilha amigável extingue-se em 01 ano, contados:
- No caso de coação, do dia em que ela cessou
- No caso de erro ou dolo, do dia em que se realizou o ato
- Quanto ao incapaz, do dia em que cessar a incapacidade
*Rescisão da partilha: possibilidade de se rescindir partilha julgada por sentença
Nos casos mencionados no art. 657:
- Coação, erro e dolo, incapacidade
- Se feita com preterição de formalidades legais
- Se preferiu herdeiro ou incluiu quem não o seja
*Legitimidade ativa: quem foi parte no processo ou o seu sucessor, o terceiro prejudicado e o MP quando deixado de ser ouvido quando deveria ou quando a sentença é consequência de colusão entre as partes a fim de fraudar a lei 
*Legitimidade passiva: de todos aqueles que participaram do processo de inventário em forma de litisconsórcio passivo necessário 
AÇÃO DE PETIÇÃO DE HERANÇA - ART. 1824 CC
Cabe àquele herdeiro que sequer participou da ação de inventário
DA HABILITAÇÃO
Tem por objetivo regularizar a sucessão processual, quando ocorre a morte de qualquer das partes, tendo natureza de ação incidente e não de mero incidente processual
*Pode ser requerida:
- Pela parte, em relação aos sucessores do falecido
- Pelos sucessores do falecido, em relação à parte
Na ausência de habilitação, implica ao juiz suspender o processo nos termos do art. 689
Não ajuizada ação de habilitação, ao tomar conhecimento da morte, o juiz determinará a suspensão do processo e observará o seguinte (art. 313 CPC):
*Falecido o réu: o juiz ordenará a intimação do autor para que promova a citação do respectivo espólio, de quem for sucessor ou, se for o caso, dos demais herdeiros, no prazo que designar no mínimo de 02 e máximo de 06 meses
*Falecido o autor: sendo transmissível o direito em litígio determinará a intimação de seu espólio, 
Obs: desta forma, sempre que ocorrer a morte de uma das partes haverá necessidade de suspensão do processo, independentemente da fase e da instância em que o processo se encontre para que seja feita a habilitação processual de seus sucessores
*Competência para habilitação: será do juízo do processo em que ocorrerá a sucessão processual, sendo competência absoluta de natureza funcional 
*Petição inicial: recebida a petição inicial, o juiz ordena a citação dos requeridos para se pronunciarem no prazo de 05 dias
*Citação: será pessoal se a parte não tiver procurador constituído nos autos
*Decisão do juiz: decide de plano
*Havendo impugnação: se a controvérsia depender apenas de prova documental deverá o juiz analisar os documentos e decidir de imediato, porém, se depender de colheita de prova não documental o juiz deve determinar a autuação em apenso da habilitação decidindo sobre as provas a serem produzidas
Habilitação será encerrada por sentença, cabendo apelação
*Trânsito em julgado: transitada em julgado a sentença no processo de habilitação, o processo principal retoma o seu curso juntando a ele cópia da sentença do processo de habilitação
RESTAURAÇÃO DOS AUTOS 
Conceito: sempre que houver o desaparecimento dos autos por motivo alheio, tais como inundação, incêndio, roubo de arquivos sejam físicos ou eletrônicos, pode qualquer das partes, o MP, promover a sua restauração, ficando esta dispensável nos casos em que houverem autos suplementares 
*Juízo competente: será o juízo da causa quanto aos atos praticados no primeiro grau de jurisdição e, será do Tribunal quanto aos atos nele praticados
27/09/17
RESTAURAÇÃO DOS AUTOS
- Petição inicial: A parte deve declarar o Estado em que se encontrava o processo à época do desaparecimento dos autos, oferecendo cópias ou protocolos que possam facilitar a recuperação e restauração dos auto. A parte contraria então será citada para contestar o pedido de restauração, juntando também as cópias, protocolos e certidões que eventualmente tenha em seu poder. Dos documentos juntados pelo réu, intima-se o autor para se manifestar a respeito dos mesmos e, também o juiz que houver proferido decisões ou sentença no processo ou mesmo o escrivão do juízo possua cópias das referidas peças, podem também juntá-las aos autos de restauração para auxiliar na recuperação do processo original. 
- Reconstituição das provas produzidas anteriormente: Não havendo mais termo das declarações prestadas, as testemunhas são reinquiridas ou substituídas caso não possam prestar novo depoimento. Podem também ser necessário a repetição de perícias, que se possível deverá ser feita pelo mesmo perito. Poderá ainda haver necessidade de se constituir novos documentos probatórios além de, poder serem ouvidos servidores e auxiliares da justiça.
- Sentença na ação de restauração dos autos: Uma vez concordando as partes o juiz homologa a restauração dos autos desaparecidos, e uma vez restaurados os autos suprem os do processo anterior. Por outro lado, discordando as partes ou na necessidade de reconstituição de provas já produzidas, observa-se o procedimento comum para decisão do juiz sobre os pontos controversos. Obs. O juiz decidirá apenas sobre os conflitos referente ao estado dos autos desaparecidos, sem nada julgar no que diz respeito a ação principal que será objeto de outra sentença.
PROVA
AÇÃO POSSESSORIA ART 554 e seguintes
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 539
AÇÃO DE EXIGIR CONTAS 550
AÇÃO MONITORIA 700
NP2
25/10
AÇÃO DE DIVISÃO E DEMARCAÇÃO DE TERRAS PARTICULARES
- Direito de propriedade: Trata-se do mais amplo e importante dos direitos reais regulados pelo direito privado, sendo que através do domínio ou da propriedade tem o proprietário o amplo direito de usar, gozar e dispor de sua propriedade.
- Identificação dos bens imóveis: Para se identificar uma propriedade, se faz necessário conhecer a exata fixação dos limites dos prédios e terrenos, caracterizando assim a importância da demarcação de divisão de terras.
- Pressupostos da ação de demarcação: Ação de demarcação pressupõe a existência de dois prédios confrontantes cujos limites não estejam perfeitamente demarcados havendo dúvida sobre os limites legais de cada propriedade
- Pressupostos da ação de divisão: A ação de divisão, por sua vez, pressupõe a existência de apenas um prédio, pertencente a dois ou mais proprietários, que pretendem dividir a área em comum e extinguir o condomínio existente entre eles
- Demarcação e divisão fora das vias judiciais: A demarcação e a divisão de terras podem ser feitas de forma amigável, fora da via judicial desde que todos os interessados sejam maiores e capazes e estejam de acordo com a forma como será efetivada a demarcação ou a divisão 
- Caráter dúplice: Características dessas ações é a duplicidade, já que uma vez feita a demarcação ou a divisão das terras, atenderá aos interesses tanto de autor quanto do réu, uma vez que estarão definidos os limites de suas propriedades 
- Natureza jurídica: Embora a controvérsia sobre o caráter pessoal ou real das ações de demarcação ou divisão, ambas buscam atender a definição de limites de propriedade, embora dependam da vontade dos proprietários para postular tais ações, da outorga uxória (cônjuge),certo é que a corrente majoritária pese para o lado do direito real destas ações.
Procedimento - as duas fases das ações de demarcação e divisão de terras particulares:
- Fase contenciosa: Aquela que o magistrado decidirá se o autor tem ou não direito a divisão ou a demarcação, bem como decidirá sobre sua necessidade e quanto aos limites em que deverão ser feitas 
- Fase executiva ou administrativa: Uma vez positiva a decisão do judiciário, acenando para demarcação ou divisão das terras, inicia-se então a etapa administrativa na qual serão realizados as operações essenciais para a efetivação da demarcação da divisão, as providências técnicas e administrativas para consolidar os novos limites da propriedade objeto da ação.
- Providências técnicas: Medições, levantar os limites, demarcar novamente (necessita profissionais técnicos)
- Providências administrativas: Registro, escritura, retificação das áreas
- Da competência: Segundo o art. 47 CPC, para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa, sendo assim então as ações de divisão e demarcação de terras só poderão ser processadas e julgadas no foro da situação do imóvel, sendo regra de competência absoluta
Da legitimidade ativa e passiva para as ações de demarcação ou divisão:
- Legitimidade Ativa: Somente o proprietário está legitimado a postular a demarcação de seu terreno, não cabendo tal legitimidade para quem estiver na posse do imóvel. Em caso de condomínio, qualquer dos condôminos titulares serão legítimos para ajuizar a ação, citando-se os demais na condição de litisconsortes caracterizando um litisconsórcio ativo necessário 
- Legitimidade Passiva: Legitimados serão os confrontantes, sendo também necessária a citação dos demais condôminos já que os efeitos da sentença alcançará a todos (demarcação). 
- Divisão: Já para ação de divisão o condômino postulante é o legitimado ativo, enquanto que os demais condôminos serão necessariamente os réus a integrarem o polo passivo 
Da possibilidade de cumulação das demandas: 
De acordo com o art. 570 CPC é possível a cumulação das ações de divisão e demarcação de terras, exigindo a lei que primeiramente se processe a demarcação da propriedade pela razão de que não se pode dividir uma área da qual não se conheçam seus limites.
DA AÇÃO DEMARCATÓRIA:
Petição inicial: 
Além dos requisitos padrões para qualquer petição inicial, deverá ser instruída com os títulos de propriedade, designando o imóvel, descrevendo-se os limites que serão constituídos ou renovados nomeando ainda todos os confrontantes da linha demarcada
Da citação: 
A citação dos réus deverá ser feita nos termos do art. 247 CPC, por correio havendo ainda a possibilidade de citação por edital, para ingressados incertos ou desconhecidos
Da resposta dos réus: 
Realizadas as citações, poderão os réus apresentar contestação no prazo de 15 dias, sendo que findo este prazo observar-se-á o procedimento comum
Da nomeação dos peritos: 
Antes de proferir a sentença, o juiz deverá nomear um ou mais peritos, afim de levantar o traçado da linha demarcada, apresentando laudo minucioso sobre o traçado da linha demarcada, os títulos, os marcos, os rumos e informações sobre a vizinhança
Da sentença e execução material da demarcação: 
A sentença que julgar procedente o pedido de demarcação determinará o traçado da linha demarcada, a restituição de eventual área invadida declarando o domínio ou a posse do prejudicado. Posteriormente, após o trânsito em julgado da sentença, o perito efetivará a demarcação propriamente dita colocando os marcos necessários ficando tudo consignado em plantas e memoriais descritivos para a identificação a qualquer tempo das novas demarcações e do imóvel.
DA AÇÃO DE DIVISÃO
- Petição inicial: Além dos requisitos padrões de qualquer petição inicial, deverá ser instruída com os títulos de domínio daquele que promove a ação contendo a indicação da origem (herança, compra e venda, aquisição, sócios, doação, etc) do condomínio, bem como a denominação e demais características do imóvel, além de toda qualificação dos demais condôminos
- Da citação: Serão feitas as citações nas formas realizadas do procedimento de demarcação
- Da resposta dos réus: Feitas as citações, 15 dias para a contestação dos réus 
- Da nomeação dos peritos: Serão nomeados peritos técnicos para proceder a linha divisória da propriedade objeto da ação 
- Da sentença e execução material da divisão: Transitada em julgado a sentença proferida, será feita efetivamente a divisão da área de acordo com os respectivos condôminos
01/11
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA 
- Embora o nome de “voluntaria”, o que se nota na verdade é que, na grande maioria das demandas de jurisdição voluntária é obrigatoriedade das partes necessitarem da intervenção do poder judiciário para se obter os efeitos do negócio jurídico pleiteado.
- No mais, o juiz não é necessariamente obrigado a observar o critério da legalidade estrita, podendo adotar em cada caso concreto a solução que entender mais conveniente ou oportuna. (Não existe conflito entre autor e réu)
PROCEDIMENTOS ESPECIFICOS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA: ARTS. 726 A 770 CPC.
- Notificação: O procedimento de notificação possibilita que alguém manifeste formalmente a outrem algum tipo de vontade unilateral, dando ciência sobre determinado fato, afim de evitar futura alegação de ignorância.
- Interpelação: Já a interpelação faz com que o interessado requeira a alguém (interpelado) que faça ou deixe de fazer algo, podendo constituir o devedor em mora.
- Alienação judicial: Haverá alienação judicial quando as partes se desentenderem sobre a forma de alienação de determinado bem, cabendo ao juiz então, ex oficio, ou a pedido dos interessados ou do depositário, determinar que a alienação seja feita em leilão.
- Extinção consensual de união estável e matrimônio e alteração de regime de bens do matrimônio (art. 731): Em regra, o divórcio ou separação ou união estável, deve ter a homologação judicial para sua extinção ou alteração no caso dos regimes de bens, necessitando-se inclusive de publicação de edital para esta última situação (alteração do regime de bens). No mais havendo filho menores do casal que irá extinguir sua união, haverá necessidade de manifestação do membro do MP.
- Testamento e codicilos: Abertura de testamento deve se dar ex officio pelo juíz que o receber cerrado, inexistindo vícios que possam levar a sua nulidade ou falsidade, havendo ainda a possibilidade de se exigir o cumprimento de um testamento, podendo qualquer legitimado interessado requerer ao juiz que o determine. Vale salientar que testamento é ato personalíssimo e revogável, para que alguém disponha sobre a totalidade ou parte de seu patrimônio como manifestação de última vontade. Por outro lado, o codicilo é ato de última vontade de disposições especiais sobre o seu enterro, esmolas de pouca monta e certas e determinadas pessoas, pobres para quem se possa legar móveis, roupas, ou joias de pouco valor e uso pessoal. 
- Herança jacente: É aquela da qual não se tem conhecimento da existência de herdeiros legítimos ou ainda se todos chamados à sucessão renunciarem a herança, sendo que nesse caso os bens ficaram sobre a administração de um curador até que algum sucessor habilite-se ou até que seja declarada sua vacância, passando então ao domínio da Fazenda Pública. (arts. 1819 a 1823 C.C.) (após 1 ano)
- Declaração de ausência: Declarada ausência de uma pessoa nos casos previsto em lei, o juiz mandará arrecadar os bens do ausente, sendo determinada a publicação de edital intimando o ausente a retomar a posse dos bens. Assim não ocorrendo os interessados podem requerer a abertura de sucessão provisória que, posteriormente poderá se converter em definitiva. (pessoa não localizada e não deixou ninguém a representando)
- Coisa vaga: É a coisa alheia perdida, e aquele que descobrir coisa alheia deve encaminha-la a um juiz que mandará publicar um edital

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