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1 UROLOGIA 2015.2 – MATERIAL PRODUZIDO PELA TURMA 2012.1 TAMIRES CRISTINA E JÉSSICA MACHADO SARAH BRASILEIRO ORG. Litíase renal A Litíase é bastante frequente, apesar de sua prevalência de 5% das pessoas no mundo. Mas a impressão que dá é que sempre tem alguém com cálculo. Além disso, a recorrência é muito alta. Quem já tem cálculo tem uma chance de cerca de 50% de ter outros cálculos nos próximos anos. Isso é por causa da fisiopatologia e da etiologia que provoca a nefrolitíase. Tem pico de incidência quando a pessoa está mais ativa na sua vida (trabalhando, estudando, etc). E é um pouco mais frequente no homem. Possibilidade de 1:8 de desenvolver cálculo durante a vida. Um pouco mais comum na raça branca. Difícil ter em criança. Quando aparece em crianças ou pessoas mais jovens pensar em causas genéticas ou hereditárias. A incidência vem aumentando no mundo pelos fatores etiológicos da litíase. Muitos deles estão relacionados a doenças, cirurgias e estilo de vida (sedentarismo, obesidade, atividade física, alimentação). A litíase tem ainda relação com a região geográfica onde o paciente vive, temperatura do ambiente, etc. Lugares mais quentes, secos, áridos, onde a pessoa transpira mais associação maior com litíase. Também tem relação com a atividade que o paciente tem, especialmente quando há transpiração excessiva (ex.: professor de atividade física que faz muita atividade). Tipos de ação do cálculo: - Fatores intrínsecos doenças sistêmicas adquiridas (hiperparatireoidismo, Crohn, Gota, DM), cirurgias, bypass gastrointestinais, cirurgias para obesidade, idade, sexo, etnia, doenças genéticas (como a cistinúria e a oxalose); - Fatores extrínsecos não dependem muito da gente fatores geográficos, ingesta hídrica, como a pessoa trabalha, etc. O epicentro da litíase a dieta e a forma de hidratação é o que tem maior relação com o cálculo. Essa influência na dieta é na seguinte forma (risco de formação do cálculo renal) quanto mais a pessoa come proteína e sal maior a chance de ter cálculo renal. Quanto mais a pessoa toma líquido e alimentos associados com citrato menor a chance de a pessoa ter cálculo renal. Sendo assim, deve existir um equilíbrio na alimentação da pessoa. Os principais cálculos que ocorrem de oxalato, fosfato de cálcio, mas geralmente são mistos. Podemos fazer a análise físico-química do cálculo vai ver a constituição do cálculo se é de fosfato amoníaco magnesiano (o cálculo coraliforme), de ácido úrico, de cistina, se existe outros componentes no cálculo. Mais 80% das vezes é de oxalato e de fosfato de cálcio. Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce 2 UROLOGIA 2015.2 – MATERIAL PRODUZIDO PELA TURMA 2012.1 TAMIRES CRISTINA E JÉSSICA MACHADO SARAH BRASILEIRO ORG. As pessoas que vão ter esses tipos de cálculo tem alterações metabólicas específicas nessas alterações, a principal delas, aumentando a prevalência para quem tem cálculo é baixo volume urinário (pessoa que não bebe muito líquido e urina pouco) geralmente terão hipercalciúria (por algum motivo está produzindo muito cálcio na urina. Geralmente comer muito alimento com cálcio não é um fator predisponente para cálculo, como queijo, manteiga, componentes derivados do leite. É mais algum tipo de doença que faz o osso dele se quebrar, ou que faz aumento da absorção intestinal ou que aumente a reabsorção renal de cálcio aquele paciente que filtra o sangue e elimina na alça de Henle, mas na alça distal, reabsorve pouco o cálcio, gerando muito cálcio na urina. Há uma falha na reabsorção). O outro fator associado é a hipocitratúria mais relacionado à alimentação. Para conseguir formar o cálculo, além destas alterações citadas precisa de uma alteração metabólica dentro do rim, uma alteração físico-química, um desequilíbrio entre a absorção-reabsorção e da saturação da urina. Com esse desequilíbrio, há uma supersaturação de íons como o cálcio e o hidrogênio vai haver uma diminuição das substâncias inibidoras (Magnésio, citrato) com isso, forma o cálculo. Estes íons estão relacionados devido a suas ligações feitas dentro do rim, entre um eletrólito e outro e assim, um fica substituindo o outro. Isso forma o cálculo. Há uma cascata na filtração glomerular com início no glomérulo é uma urina supersaturada vai haver essa dissociação de íons e precipitação de moléculas fora da solução, ou seja, a urina tem que ter muito íon, pois ela vai ficar supersaturada, para formar o cálculo. Ás vezes a urina da pessoa elimina muito íon, mas ela não é supersaturada. Mesmo assim, existem na urina essas substâncias inibidoras, e que apesar disso, pode haver precipitação e formação dos cristais a depender da supersaturação da urina. Então se uma pessoa bebe muito líquido, às vezes ela tem na urina uma falha na reabsorção, tem muito cálcio ou pouco citrato na urina, mas consegue eliminar isso. Aí vai ver no sumário e vai estar lá oxalato de cálcio, ou seja, a pessoa urina oxalato de cálcio; tem tanto essa substância que está urinando, mas ela não forma cálculo, porque consegue de alguma forma se proteger. Então, os estados de saturação da urina são muito importantes para formar o cálculo. Estes estados são os seguintes: - É uma urina que vamos denominar como uma solução insaturada não ocorre precipitação do íon ou formação do cálculo é aquela urina que você consegue diluir; - Solução supersaturada estável alta concentração do soluto (íon, como o cálcio, hidrogênio, etc) está estável porque existem ainda fatores que estão fazendo a inibição da cristalização do íon e a formação do cálculo; - Solução supersaturada instável nesse caso, alguma coisa vai desencadear a precipitação do íon e a formação do cálculo. Então, para se formar um cálculo, deve existir uma solução supersaturada, que é exatamente quando o soluto é maior do que a solução. Quando se tem uma solução insaturada/subsaturada soluto < produto de solubilidade (é a capacidade de aquele líquido/urina diluir o cálculo) a solução dissolve o cálculo e não precipita. Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce 3 UROLOGIA 2015.2 – MATERIAL PRODUZIDO PELA TURMA 2012.1 TAMIRES CRISTINA E JÉSSICA MACHADO SARAH BRASILEIRO ORG. Quando se tem uma solução saturada e ela é estável o soluto > produto de solubilidade a solução não consegue dissolver o soluto. Acaba fazendo o produto de formação, que é a formação do cálculo. Quando se tem o soluto > produto de solubilidade vai começar a formar o cálculo e na sua formação nucleação é a menor unidade do cristal. Quando aparece a nucleação, vai começar a ter a agregação, que é quando outros cristais vão se unir a este pequeno cristal inicial. Agora como se dá a formação da pedra dentro do rim, não se sabe muito bem. Existem teorias: - Teoria de partícula fixa o que se acha é que existe uma lesão do urotélio nessa lesão há uma fixação do cristal, ele consegue se aderir ao urotélio e fica exposto à urina, com todos os seus fatores de formação de cálculo e este cristal começa a aumentar; - Teoria da partícula livre se acha que existe dentro do túbulo a formação do cristal e que o cristal é liberado na papila, sai na urina e já fica dentro do sistema pielo-calicial, fica sobrenadante, não ficando fixo; e aí ele fica nesta região e os cristaiscomeçam a se agregar e vai formando o cálculo. Como ele está livre, pode ser eliminado na urina. Para inibir a formação do cálculo, existem principalmente 3 substâncias citrato (o que a gente encontra mais, em alimentos, na absorção intestinal), pirofosfato e o magnésio. Citrato tem uma ação muito importante vai inibir a cristalização e aumenta o pH urinário esse aumento do pH faz com que muitos cálculos não sejam formados e vai ocorrer inibição da agregação. Fisiopatologia Existem doenças que estão associadas à formação de cálculo hipocitratúria, hipercalciúria, hiperuricosúria e hiperoxalúria. Cada um dessas está relacionada a um ou mais fatores. O citrato, por exemplo, está relacionado à diarreia, atividade física, muito sódio, acidose tubular renal (a pessoa perde muito citrato). 1. Hipercalciúria existem vários tipos: 1.1. Intestinal aquela pessoa que absorve muito cálcio pelo intestino. Tem uma alimentação normal, mas o intestino tem uma falha nas células intestinais e absorve muito cálcio o tipo mais comum; 1.2. Renal o rim diminui a reabsorção do cálcio quando você filtra, elimina cálcio no túbulo; quando era para entrar novamente no rim, não entra e acaba sendo eliminado na urina; 1.3. Hiperparatireoidismo aumento da reabsorção do cálcio ósseo paciente aparece com osteopenia, osteoporose, pois há destruição óssea fácil de tratar, necessitando apenas de retirar a paratireoide e a pessoa fica boa; 1.4. Idiopático representa 20 a 30% dos casos quando não se sabe exatamente o que é. Existem ainda outros tipos de doenças relacionadas à hipercalciúria. Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce 4 UROLOGIA 2015.2 – MATERIAL PRODUZIDO PELA TURMA 2012.1 TAMIRES CRISTINA E JÉSSICA MACHADO SARAH BRASILEIRO ORG. 2. Hiperoxalúria também muito frequente responsável por até 50% dos formadores de cálculo geralmente isso ocorre ou por conta de uma dieta ou uma hiperprodução de oxalato (Primária. É uma alteração genética, de DNA, que fica produzindo oxalato no organismo e não tem como tratar) ou por comer muitas folhas escuras, chocolate ou o paciente tem uma hiperabsorção intestinal (um processo mais crônico. Tem alguma lesão na alça intestinal, ou tem Crohn, bypass gastrointestinal, ou bactérias que fazem com que a pessoa produza mais oxalato). No caso da hiperoxalúria intestinal, em pacientes com diarreia crônica, isso vai aumentar ácidos graxos, aumenta o complexo de cálcio e vai haver, então, uma troca de cálcio e aumento do oxalato livre e vai haver aumento da reabsorção desse oxalato porque ele troca o cálcio pelo oxalato e por causa disso, absorve mais oxalato e automaticamente, elimina mais oxalato na urina então ele forma cálculo de oxalato. 3. Hiperuricosúria são os cálculos de ácido úrico isso tem muita relação com o pH da urina, sendo inversamente proporcional ao pH se você vai aumentando o pH, a solubilidade do ácido úrico também aumenta quanto maior o pH fica mais solúvel e você consegue dissolver. Ou seja, você alcaliniza a urina e consegue dissolver. Sendo assim, uma das formas de tratamento desse cálculo medicamentos que alcalinizam a urina (mesmo cálculos grandes). E é a principal formação de cálculo que está associado à gota. 4. Hipocitratúria Quando o citrato está alto forma cálculo. E quando o citrato está baixo, no caso da hipocitratúria também está alto. Isso ocorre muito nos pacientes que vivem no meio de acidose lática pacientes que fazem muita atividade física, ingestão muito grande de proteína animal, especialmente carne vermelha (também gera acidose lática) essa acidose lática faz com que exista uma reabsorção tubular mais alta e diminui os fatores inibidores aí a pessoa tem uma maior capacidade de formar cálculo. Cálculos infecciosos São cálculos grandes, coraliformes (tem o aspecto de coral, são piélicos e envolvem mais de 2 cálices). A principal bactéria é o Proteus mirabilis vai fazer uma reação bioquímica que transforma a ureia em cristal de estruvita e acaba aumentando o cálculo. Ou seja, a própria bactéria aumenta o tamanho do cálculo. Muitas vezes quando se trata o cálculo coraliforme, opera a pessoa esse cálculo, se você não trata a bactéria, vai se manter em formação, tem muita recidiva tem que fazer antibioticoprofilaxia extensa 3 a 6 meses. Cistinúria São cálculos de cistina encontrados em pessoas jovens e crianças. É uma doença genética, autossômica recessiva. Ocorre uma produção muito grande de cistina e 50% das pessoas que tem cistinúria acabam tendo cálculo. E na maioria das vezes, é bilateral. É também muito associado a história familiar. Mas estes cálculos familiares podem não ser de cistina, pois os cálculos de origem genética podem ter associação com hipercalciúria (pois Milena Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce 5 UROLOGIA 2015.2 – MATERIAL PRODUZIDO PELA TURMA 2012.1 TAMIRES CRISTINA E JÉSSICA MACHADO SARAH BRASILEIRO ORG. existem doenças genéticas também que produzem hipercalciúria seria a hipercalciúria primária). Tratamento É essencial vai prevenir recorrência, tem menor custo. A prevenção é comer bem, fazer atividade física, não engordar, beber bastante líquido, etc. Mas se você trata um cálculo, será que todas as pessoas precisam fazer uma avaliação metabólica depois? Nem todo mundo que tem cálculo e que trata, precisa ter uma investigação do porque teve o cálculo dá trabalho e tem custos. Indicações absolutas de investigação metabólica: - Cálculos recorrentes; - Quando já aparece com cálculo bilateral; - História familiar de nefrolitíase; - Crianças; - Rim único; - Doença intestinal ou óssea; - Doenças concomitantes (DM, Crohn, alteração intestinal, etc). Essa investigação vai se basear em 2 tipos de exames exame de sangue e urina 24h vai pesquisar cálcio, ácido úrico, sódio, potássio, bicarbonato, PTH. E na urina vai ver se tem calciúria, citratúria, glicosúria, oxalúria. Além disso, pode ser feita a análise físico-química do cálculo para ver a constituição desse cálculo; e a USG das vias urinárias. Pode ainda fazer a sobrecarga de cálcio dá mais cálcio para a pessoa (caso o paciente tenha hipercalciúria, mas no sangue ele não tem o cálcio elevado, pode ser feito esse aumento da dosagem de cálcio o paciente faz uma ingesta excessiva de cálcio aí se dosa o cálcio no sangue e na urina, para ver se ele tem um cpalcio elevado a nível plasmático ou a nível urinário. Porque ele pode ter um cálcio muito elevado no plasma e não ter urinário, sendo assim não será a causa do cálculo). Deve-se fazer também urinocultura existe uma associação muito grande de infecção com cálculo, principalmente quando há obstrução do rim. O Rx de abdome não é bom é muito dependente do preparo intestinal, se a pessoa é obesa e/ou tem alça distendida, é mais difícil, se o Rx não for bom também dificulta. E em 70-80% das vezes o cálculo é visto. No restante, é radio-transparente e não se consegue enxergar este cálculo. ATC de abdome é o melhor exame que tem especificidade e sensibilidade altas. O USG é bompara uma avaliação inicial, mas falha em dizer o exato tamanho do cálculo. E saber o tamanho é importante, pois há valores limites que irão determinar o tratamento por isso é importante, às vezes, fazer a TC o problema é o excesso da irradiação no paciente risco maior de doença mielodisplásica, linfoma, leucemia. Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce 6 UROLOGIA 2015.2 – MATERIAL PRODUZIDO PELA TURMA 2012.1 TAMIRES CRISTINA E JÉSSICA MACHADO SARAH BRASILEIRO ORG. Tomografia É interessante você fazer a tomografia, mas o problema dela é a exposição à irradiação no paciente que tem múltiplos cálculos ao longo da vida, você fica irradiando o paciente. Tem um estudo que mostra que as pessoas que fazem tomografia tem um risco um pouco maior de com 60 anos ter doença displásica, leucemia. Então você tem que ter esse consenso e acompanhamento do paciente para saber quando vai indicar tomografia ou não. Mas a tomografia é um exame fundamental. Na tomografia, você o cálculo como essa estrutura bem densa, inclusive você pode calcular a densidade do cálculo. Se a densidade é superior a 1000 U, temos um cálculo mais denso e duro, o que dificulta a fragmentação do cálculo. Então você vai fazer a LECO (litrotripsia extra-corpórea). Raio - X Nesse caso (apontado na aula), você vê um cálculo bem grande, de uns 2 cm. Mas no raio-X você tem dificuldade para visualizar e diagnosticar cálculos de 8, 7, 6 mm. Tratamento clínico Lembrar que a formação de cálculos está relacionada a causas hereditárias e de que cada organismo responde de uma forma diferente naturalmente Orientações gerais Ingesta hídrica (beber bastante líquido) Dieta (evitar sal, carne vermelha e marisco) Atividade física Na pessoa com hipercalciúria Reduzir ingesta de proteína Alimentação hipo ou normo cálcica Ingesta de citrato de potássio: Você vai acabar administrando o citrato de potássio em quase todas formações de cálculo, porque ele melhora um pouco a hipocalemia e a acidose e corrige a hipocitratúria. Então ele aumenta o citrato urinário e melhora a acidose, nisso aí você consegue evitar a formação do cálculo. Na pessoa com hiperolaxaúria Evitar oxalato (presente nas folhas mais escuras) Tomar cuidado com a vitamina C Ingesta de citrato de potássio Milena Realce Milena Realce Milena Realce 7 UROLOGIA 2015.2 – MATERIAL PRODUZIDO PELA TURMA 2012.1 TAMIRES CRISTINA E JÉSSICA MACHADO SARAH BRASILEIRO ORG. “Dúvida: quando o sr. Diz da vitamina c, é (...)? Resposta: a quantidade de vitamina nos alimentos é menor, mas devemos nos atentar às pessoas que tomam polivitamínicos todos os dias. A vitamina c pode prevenir cálculo, mas em excesso ela pode contribuir para a formação do cálculo, porque ela vai acidificar mais a urina. “ Na pessoa com hiperuricosuria Halopurinol e todos os outros medicamentos para manter o acido úrico sérico baixo Na pessoa com cistinúria Doença genética rara Hidratação intensa Diminuir a proteína Citrato de potássio Na pessoa com cálculo coraliforme Tirar o cálculo cirurgicamente inicialmente Tratamento com antibiótico profilático Outras formas de tratamento clínico não são indicadas antes da retirada do cálculo Tratamento cirúrgico de cálculo Tratamento de cálculo hoje em dia não utiliza mais corta o paciente preferencialmente 3 formas principais de tratamento cirúrgico: LECO, Ureterolitotripsia (lito = cálculo, uretero = ureter, tripsia= fragmentação. Fragmentação de cálculo no ureter), Transnefroscópica (pelo ureter ou pelo rim), Nefrolitotripsia (vias de acesso pelo ureter e pelo rim) LECO (Litrotripsia extra-corpórea) Máquina que bate nas costas. Procedimento que dura 30 min. Geralmente o paciente perde o dia de aplicação e outro de trabalho com este procedimento Indicação principal para LECO: cálculos acima de 6 mm sem sintomas, cálculos abaixo de 5 mm com sintomas (não habitual doer, mas possível). Importante lembrar que o cálculo renal só vai dar dor quando obstruiu alguma coisa e dilata. Em cálculo muito denso acima de 1.000, não é indicado realizar LECO. Funcionamento: dentro de uma ampola na máquina, existe uma fonte de energia que pode ser eletrohidrálica ou eletromagnética. Ela cria um campo naquela região, uma faísca e faz uma energia naquela faísca. Aí ela vai se propagando nessa ampola, que é de água. Isso encosta na pele e ele vai passando, transferindo essa energia para a gordura da pessoa até o cálculo. Ela Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Milena Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce 8 UROLOGIA 2015.2 – MATERIAL PRODUZIDO PELA TURMA 2012.1 TAMIRES CRISTINA E JÉSSICA MACHADO SARAH BRASILEIRO ORG. consegue localizar o cálculo e o computador faz essa energia. Quando essa energia alcança o cálculo, ele absorve ela e se expande, o que fragmenta o cálculo. Taxa de sucesso: no cálculo localizado no ureter, é ruim. No cálculo renal, de 80%. No cálculo localizado no cálice inferior: 60/70%. Acima de 1 cm: diminui taxa de sucesso, com muitas vezes necessidade de reaplicação do método. Pode ter complicações: hematoma perirrenal, lesão renal, hematoma renal, infecção, sepse urinária. Alguns fragmentos podem impactar no ureter, aí tem que operar de urgência (em 24, 48,72h). LECO perdeu muito espaço para ureterorrenolitripsia flexível Ureterorrenolitotripsia flexível Indicação: indicado para cálculos localizados no rim ou no ureter proximal. Quando o cálculo tem até 2 a 2,5 cm, 0,6 a 1 cm quando existe falha da LECO, múltiplos cálculos no rim. Procedimento: você passa um aparelho fininho, dentro dele tem um canal de trabalho, uma linha a laser ou um grasper (? É esse assim que se diz?), e quebra a pedra. A ponta distal é controlável e você pode mover para onde quiser, o que possibilita o trabalho em qualquer localização do rim, seja cálice renal superior ou inferior. O paciente faz a cirurgia pela manhã e volta no mesmo dia à tarde embora para casa, 6 a 12 h. O problema dessa cirurgia é que o aparelho quebra com muita facilidade e é muito caro. Nefrolitotripsia percutânea Indicação: cálculo acima de 2, 5cm Procedimento: passa um cateter ureteral flexível e administra o contraste, desenhado o sistema pielocalicial, a partir daí você punciona olhando o monitor da radioscopia. Quando o sistema pielocalicial é acessado, começa a sair urina pela agulha e aí passa um fio guia para dentro do sistema. Retira-se a agulha e começa a fazer uma dilatação através de estruturas tubulares (os dilatadores). O cálculo faz uma reação inflamatória muito grande, por isso no processo de retirada ele pode se encontrar incrustado. No paciente que tem múltiplas pedras, você geralmente faz várias punções. Quando sobram pequenos cálculos, você geralmente pode fazer uma cirurgia flexível após 15 dias. Aparelho rígido, 40 cm aproximadamente. Indicação: utilizado para cálculo na localização distal ou médio. Em 80% dos casos, quando a pedra está na JUV, nós usamos esse aparelho. Quando nós quebramos o cálculo e ele desce, ele acaba parando em cerca de 90% das vezes na JUV, que é o menor diâmetro do ureter, e dilata, causando dor no paciente. Geralmente nesse caso nem é preciso quebrar a pedra, só puxá-la. Uma das coisas que o urologista tem que temer no tratamento é a urosepse. Indicativos: cálculos impactados crônicos, leucocitose16 mil, paciente que chegou com febre na emergência, quando você passa o fio guia para tirar o cálculo e percebe que tem piúria (pus). Tratamento: drena o Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce Conexão Duda Realce 9 UROLOGIA 2015.2 – MATERIAL PRODUZIDO PELA TURMA 2012.1 TAMIRES CRISTINA E JÉSSICA MACHADO SARAH BRASILEIRO ORG. rim e deixa o cálculo lá, depois você resolve o cálculo. Tratamento com antibiótico. Em 15 dias, você pode resolver com mais facilidade. Laparoscopia Em último caso, que a gente faz aqui na UFBA por que não tem flexível.
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