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Urinálise

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CLÍNICA COMPLEMENTAR AO DIAGNÓSTICO - LABORATÓRIO 
URINÁLISE 
INTRODUÇÃO 
• Diagnóstico da doença renal crônica 
o Os principais dados laboratoriais para diagnóstico de doenças renais, são os níveis séricos de Creatinina e Ureia – exame de 
sangue. 
▪ Sendo que a creatinina é muito mais confiável para realizar esta função, já que ela é completamente excretada pelo organismo 
e fisiologicamente, nunca deve estar na circulação em grandes quantidades (também pode sofrer influência externa pela 
quantidade de músculo que o animal possui, porém não é um aumento patológico). 
▪ Já ureia pode estar presente, pois conforme a necessidade do indivíduo pode ser reabsorvida pelos rins, além de sofrer ação de 
fatores externos como: catabolismo proteico exacerbado (como o que ocorre na diabetes) e dieta rica em proteína. 
o Porém para tais exames serem conclusivos, é necessário que o rim tenha sido comprometido ao menos em 75% de seus néfrons, o 
que é um comprometimento muito severo, com o prognóstico muito reservado. 
o Sendo esta a situação, é necessário que haja uma forma de diagnóstico precoce: URINÁLISE. Este é um exame utilizado não 
somente para diagnóstico de doenças renais, mas para monitoramento também. Além disso, pode ser utilizado para diagnosticar 
e acompanhar diabetes, insuficiência hepática e outras doenças. 
o Entenda: 
▪ CREATININA E UREIA SÃO COMPOSTOS NITROGENADOS LIBERADOS NA URINA, PARA NÃO FICAREM ACUMULADOS NO SANGUE, 
POIS SÃO TÓXICOS. SE ELES ESTÃO AUMENTADOS NO SANGUE É PORQUE O RIM NÃO ESTÁ FORMANDO A URINA CORRETAMENTE. 
▪ ENTÃO, MEDE-SE OS NÍVEIS DESTES COMPOSTOS NO SANGUE, SE DER ELEVADO SIGNIFICA QUE O ANIMAL É DOENTE RENAL. 
▪ O GRANDE PROBLEMA É QUE OS NÍVEIS SÓ AUMENTAM QUANDO SE TEM 75% DOS NÉFRONS ACOMETIDOS, OU SEJA, 
DIAGNÓSTICO TARDIO. 
▪ SENDO ASSIM, SURGE UMA NECESSIDADE DE OUTROS MÉTODOS QUE CONSIGAM ANALISAR PRECOCIMENTE A DOENÇA RENAL, E 
A RESPOSTA É: URINÁLISE. 
COMO FAZER UMA URINÁLISE 
MÉTODOS DE COLETA 
• Cateterismo: Coloca-se uma sonda no trato urinário até alcançar a bexiga e conseguir tirar a urina presente ali. 
Vantagens Desvantagens 
Facilidade em machos, cães pequenos e médios, vesículas com 
discretas a moderada quantidade de urina. 
Todo o procedimento deve ser estéril (luva estéril, método de 
colocação da sonda, exposição do pênis por outra pessoa), pois se 
não há uma grande chance de se levar bactérias externas para 
dentro do trato urinário e a própria coleta provocar uma infecção. 
Método muito complicado de ser realizado em fêmeas, pois é 
necessário palpar o meato urinário para passar a sonda, uma 
técnica difícil de ser realizada principalmente em animais 
pequenos, muito pequenos se torna praticamente impossível. 
Não é possível utilizar em pacientes com cistite recidivantes, pois 
é um animal com sensibilidade/ predisposição (imunossuprimidos 
etc.) a infecções e é um procedimento que já possui um alto risco 
de provocar infecção. NÃO UTILIZAR NUNCA NESSES CASOS! 
• Cistocentese: Localiza-se a bexiga urinária e com uma agulha retira-se a urina de dentro dela 
Vantagens Desvantagens 
Método de eleição, pois dará um resultado laboratorial difícil de ser 
contestado (se há bactéria ali, é porque realmente o animal possui uma 
cistite) 
Animais com a bexiga muito repleta (como em casos de obstrução 
urinária), corre um alto risco de rompimento. 
Utilizada até para realização de outros exames (cultura e antibiograma) Complicada em animais ariscos ou muito agitados, necessário 
sedação 
Rápido pode ser guiado pelo US. É condicionado ao volume de urina presente na bexiga, em baixas 
quantidades pode não ser possível coletar ou não identificar (o 
que se dá a necessidade de fazer guiado por um ultrassom). 
• Micção Espontânea 
Vantagens Desvantagens 
Método não invasivo Contaminação por bactérias presentes na uretra, podendo 
confundir o resultado do exame. (tanto que é indicado estar em 
jejum e desprezar os primeiros jatos que são os ricos em bactérias 
da uretra, porém na veterinária é complicado fazer com que o 
paciente despreze o primeiro jato) 
Se houver uma obstrução, não será possível obter a urina por este 
método. 
 
 
 
CUIDADOS COM A AMOSTRA COLETADA 
• Cuidados com a luz 
o Deve-se evitar e exposição a luz, pois ela possui a capacidade de degradar bilirrubina. Exemplo: Um animal que possui uma 
hepatopatia e está com aumentos séricos de bilirrubina, será detectado na urinálise; caso haja exposição com a amostra desta 
urina, a bilirrubina será degradada antes de chegar ao laboratório e os valores serão alterados, podendo indicar que o animal não 
possui a hepatopatia. 
o Para isto a amostra é acondicionada ou no frasco Âmbar ou cobre com papel alumínio (qualquer coisa que impeça a luz de entrar 
em contato com a amostra). 
• Primeira urina do dia 
o O ideal seria analisar o animal de jejum e com restrição hídrica, pois um rim saudável, que perceba esta condição no corpo deverá 
reter líquido e tornar a urina mais concentrada, caso isto não ocorra, já é um parâmetro a ser avaliado. 
• Preservação da amostra no laboratório 
o Caso não seja possível realizar a analise imediatamente, é preciso conservá-la em refrigeração (congelar em raros casos como para 
pesquisa do vírus da cinomose, mas urina tipo I não) e não deixar exposto ao ambiente com variações de temperatura, o ideal é 
manter 2°C a 8°C. 
o O tempo máximo para armazenamento é de 8 horas a 12 horas, pois as células e proteínas presentes na amostra morrem com o 
tempo, podendo alterar o resultado final do exame. 
o Caso permaneça em baixa temperatura por muito tempo, começa a solubilizar e a formar cristais (efeito do mel na geladeira) 
deixando a urina mais turva. 
o Caso tenha sido refrigerada, quando for ser analisada, é preciso tirar da geladeira, deixar no ambiente por uma meia hora, assim 
voltará a suas condições. 
o O grande risco de armazenar, principalmente sem refrigeração, é o aumento de colônias de bactérias que podem estar presentes, 
que também provocarão um valor alterado dos exames. 
ANÁLISES LABORATORIAIS 
• Exame físico: 
o Volume: Este parâmetro é influenciado por diversos fatores, como o estado em que o animal se encontra, se há alguma doença 
que provoca desidratação, ou ela por si só, se o animal possui uma dieta rica em alimentos sólidos ou pastosos e etc. 
o Para realizar Urinálise, é necessário que haja na amostra, no mínimo 5ml a 10ml de urina, pois é para esta quantidade que são 
adaptados os valores de referência. 
• Cor 
Cor 
Amarelo palha Com muito líquido, beirando a transparência. Podendo estar associada a algumas doenças como lesões 
em túbulos dos néfron onde não se reabsorve água (associado e a uma doença renal crônica), diabetes 
insipidus (deficiência do ADH), ou simplesmente o animal pode ter tido uma ingestão aumentada de água. 
Amarelo Citrino Urina normal 
Amarelo Ouro Urina muito concentrada, em caso de animais com doenças, que não ingere água ou está perdendo muito 
água e o rim acaba retendo muito. 
Amarelo Âmbar Urina castanha, muito concentrada 
Avermelhada Sangue oculto (que não se sabe a razão), a coloração avermelhada pode ser causada por 3 razões: 
Hematúria (hemácias na urina), Hemoglobinúria (hemoglobina que é liberada na quebra de hemácias) e 
Mioglobinúria (mioglobina é uma proteína libera na lesão muscular) 
Esbranquiçada Urina parecida com leite, muito concentrada em células, sais, bactérias, dando um aspecto leitoso a ela. 
Fosfato triplo, secreção purulenta... 
o Aspecto: 
▪ Carnívoros: Límpida 
▪ Grandes animais e roedores: Turva. Isto ocorre devido a alimentação, que faz com que eles produzam um cristal chamado 
bicarbonato de cálcio que deixa a urina turva (o que propicia a formação de cristais de carbonato de cálcio, o que pode lesionar a 
parede da bexiga). Além disso, a urina de equinos produz muito muco o que também altera a turgidez. 
o Densidade: 
▪ Quando se trata de exame físico, este é o parâmetro mais importante,principalmente quando se fala do diagnóstico precoce da 
doença renal. Pois ele mostra a capacidade do rim de concentrar ou diluir a urina conforme as necessidades do animal 
▪ Apesar da fita reagente possuir um parâmetro de densidade, em hipótese alguma na veterinária se utiliza ele. Pois esta fita é 
específica para humano, com valores de referência para esta espécie. 
▪ O aparelho utilizado para medir é refratômetro, que avalia os solutos presentes na amostra de urina. (aplica-se uma gota na 
lâmina do refratômetro e olhar a coluna da direita onde possui os valores de referência). 
▪ Outro ponto importante: analisar se foi administrado ao animal Manitol (sal), se ele possui glicosúria ou foi feito o contraste 
radiográfico, pois são fatores que interferem para aumentar a densidade urinaria. 
▪ Uma densidade urinária elevada significa que o rim está cumprindo suas funções de concentrar urina, caso se tenha um falso 
positivo para este parâmetro, não se identifica o problema renal. 
 
 
VALORES TERMO O QUE É? 
1002 a 1008 ISOSTENÚRIA Densidade igual a do plasma 
1010 a 1020 HIPOSTENÚRIA Densidade menor do que a do plasma 
Até 1030 no cão 
Até 1035 no gato 
URINA MINIMAMENTE 
CONCENTRADA 
Densidade maior do que a do plasma 
>1030 no cão 
>1035 no gato 
HIPERESTENÚRIA 
 
Densidade maior do que a que está minimamente concentrada. 
Sempre vai indicar um rim funcionante independente do histórico e anamnese, pois se estiver hidratado 
e tiver concentrando urina, provavelmente foi apenas uma resposta a uma ingesta menor de líquidos, se 
estiver desidratado e estiver com a urina concentrada, significa que o rim está cumprindo o seu papel. 
▪ Lembrando que a densidade de valor normal vai variar muito conforme a anamnese e histórico do animal. Exemplo: Se o animal 
estiver em desidratação o papel do rim é concentrar a urina, então uma hiperestenúria é esperada. 
o Odor: 
SUIS GENERIS Característico da espécie analisada 
ALIACEO Cheiro de alho, odor forte, comum de uma urina concentrada, um odor fisiológico (comum em carnívoros) 
FÉTIDO Normalmente quando se tem necrose, leucócito, bactéria (nas infecções bacterianas o odor se torna muito forte, pois as 
bactérias convertem a ureia presente na urina em amônia, que é muito volátil e sobe o um odor muito forte). 
ADOCICADO Animais com glicosúria excessiva 
• Exame Químico: 
o Exame realizado através da fita reagente, que nos garante um valor semi-quantitativo, pois não se tem um valor exato da substância 
na amostra. (valores em cruzes, mediante a mudança de coloração) 
o Urina tipo 1: 
1) A fita reagente é armazenada dentro de um frasco que possui um dispositivo feito de sílica, que permite um bloqueio contra a 
umidade, que possivelmente entraria dentro do frasco. 
2) A fita é composta por vários quadradinhos coloridos os quais reagem com a umidade mudando de cor, por isso é importante não 
haver contato com a umidade antes da análise Laboratorial pois podem alterar os parâmetros 
3) Para realizar a análise deve-se instilar a urina na fita reagente gotejando em cada quadradinho, ou, é possível mergulhar a fita 
reagente dentro da amostra de urina. 
4) Em seguida pega se um papel toalha e retira-se o excesso e limpa se as costas da fita. 
5) Em seguida observa-se a mudança de coloração de cada parâmetro e quantifica-se através desta mudança, de uma forma semi-
quantitativa (cruzes ++++) 
6) Deve-se realizar análise da coloração dentro do prazo de 2 minutos após a instilação da urina na fita reagente. 
Parâmetros medidos na fita reagente 
PH 
 
• Tende a variar conforme a espécie principalmente em função da alimentação. 
• Normalmente quando se altera em situações patológicas, tende a indicar uma situação sistêmica. 
• PH alterado para alcalino: Pode ocorrer quando há uma má estocagem da amostra, ou, mais comumente, quando há uma infecção 
bacteriana, devido a transformação da ureia em amônia, que é um composto alcalino. Outros fatores estão associados a efeitos 
sistêmicos como acidose; quando trata-se este animal, administra-se solução de HCO3-, em consequência a isto, haverá um excesso na 
circulação que posteriormente será eliminado na urina provocando alteração do ph. 
• PH acidificado: Excesso de vitamina C, aumento do catabolismo proteico; cetoacidose diabética, febre prolongada, qualquer um destes 
ou outros fatores que podem provocar aumento de h+ sérico, consequentemente causará aumento de ácidos na urina; 
• Valores de normalidade: 
o Carnívoros (pelo aumento de proteína na dieta): 5,5 a 7,5 (Neutro-Ácido) 
o Animais que se alimentam de volumoso: 7,5 a 8,5 (Neutro-Alcalino) 
Glicosúria • A presença de açúcar na urina, ocorre quando se extrapola os limites de reabsorção do rim (em túbulo contorcido proximal do néfron). 
• Para o cão, 190 a 200 mg/dL de glicemia é o valor para uma reabsorção adequada. Passado este limite, é provável que o animal terá 
glicosúria. 
• Para o gato, o 300 mg/dL de glicemia, passado este limite, é provável que o animal terá glicosúria. 
• O principal diagnóstico para uma glicosúria é diabetes, porém pode ser causado por outras alterações: Pancreatite (diminuição de 
insulina), uso de corticoide (hormônio hiperglicemiante). 
• Quando um animal está normoglicêmico ou hipoglicêmico e apresenta glicosúria, isto indica que há uma lesão em túbulo contorcido 
proximal. Exemplo: lesão renal primária, I.R.A, síndrome de Fanconi (degeneração tubular) ... 
Cetonúria • Presença de corpos cetônicos na urina, que ocorre quando há catabolismo de lipídeos. 
• São acetoacetato, ácido beta-hidroxibutírato e Acetona. 
• A fita reagente utilizada para o exame químico, não detecta o beta-hidroxibutíaro. Pode ocorrer do animal estar em acidose e o exame 
dar falso negativo (o primeiro corpo cetônico a ser produzido é justamente este). Por isso é associado outro exame para medir este 
corpo cetonico no sangue. 
• Caso se tenha uma hiperglicemia, com presença de corpos cetonicos, o principal diagnóstico é cetoacidose diabética. 
• Pode ocorrer hipoglicemia associado a presença de corpos cetonicos, comum em animais que comem menos, pois realizaram 
catabolismo lipídico por falta de reservas de carboidrato (comum em animais prenhes, por isso é necessário mudar a dieta, ofertando 
uma que garanta um aporte energético grande em poucas doses) 
 
Bilirrubinúria • Sempre associada a interpretação da densidade. 
• Sempre que estiver fora do padrão de normalidade, indicará problema hepático. 
• Valores de normalidade. 
o Se houver hiperestenúria (menos para gatos): + 
o Se não houver hiperestenúria (se tiver ao menos 1 cruz, indica alguma alteração): Ausente 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Acetoacetato&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_beta-hidroxibut%C3%ADrico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acetona
Sangue oculto • Sangue oculto (que não se sabe a razão), a coloração avermelhada pode ser causada por 3 razões: 
o Hematúria (hemácias na urina) 
o Hemoglobinúria (hemoglobina que é liberada na quebra de hemácias) 
o Mioglobinúria (mioglobina é uma proteína libera na lesão muscular) 
• Para diferenciar o componente que está pigmentando a urina é necessário realizar algumas etapas: 
o Centrifugar a urina: Se após este processo formar um pélete e a urina ficar amarelada, se confirma que é HEMATÚRIA (pois na 
centrifugação as hemácias sedimentam). 
o Se não for confirmado hematúria, deve-se ir atrás do histórico e anamnese do animal, identificar se não houve trauma ou algo que 
indica uma lesão muscular e uma possível MIOGLOBINÚRIA. Além disto, pode medir laboratorialmente a CREATINAQUINASE (CK), que 
é uma enzima específica da musculatura, se estiver elevada, indica MIOGLOBINÚRIA. 
o Se todas essas analises forem negativas, por eliminação é uma HEMOGLOBINÚRIA. 
• Possíveis doenças para sangue oculto: 
o HEMOGLOBINÚRIA: Anemia hemolítica ou quando a hemácia fica muito tempo na urina e rompe por osmose (o líquido vai do mais 
concentradopara o menos concentrado, ou seja, dentro da hemácia e ela se rompe). Qualquer outra razão que cause hemólise. 
o MIOGLOBINÚRIA: Lesão muscular, traumática, miopatia, picada de animal peçonhenta que faz necrose muscular e etc. 
o HEMATÚRIA: Alterações de hemostasia, CID, trauma em vias urinárias, neoplasia obstruindo vias urinárias e etc. 
Proteinúria • Principal parâmetro do exame químico. 
• Se o animal estiver em Hiperestenúria, até uma cruz de proteína é normal. 
Parâmetros NÃO-medidos na fita reagente 
Densidade • Valores de referência para a espécie humana 
Nitrito • Algumas vezes é utilizado, pois algumas bactérias possuem a capacidade de produzir nitrito. 
• Quando der positivo para nitrito, é positivo para infecção bacteriana. Porém como não são todas que produzem, caso dê negativo, não 
é correto afirmar que não há infecção bacteriana. 
Leucócito • Em gatos não funciona, pois existe algum componente na urina que garante falso positivo para leucócitos sempre. 
• Porém, pode ser utilizado para outras espécies. 
Urobilinogênio • Raramente terá uma marcação. 
• Exame de sedimentos: 
o Observação de elementos figurados. 
1) Terminado o exame químico coloca-se amostra de urina na centrífuga 
2) Quando centrifugada formará um pélete e um sobrenadante. 
3) Para realizar o exame é necessário retirar uma parte do sobrenadante, pois o que importante para esta análise é o pélete. 
4) Deverá ser deixado 1 ml de pélete. 
5) Quando estiver no volume correto, deve-se ressuspender o pélete, fechando túbulo e misturando tudo (vai misturar no sobrenadante 
que sobrou). 
6) Após este processo pega-se uma gota e a coloca em uma lâmina, cobre-se com a lamínula e observa-se no microscópio. 
7) Foca-se na objetiva de 10x até encontrar o foco, em seguida passa-se para a objetiva de 40x e conta-se 30 e realiza uma média para 
cada elemento contado. 
 
Elementos 
figurados 
Descrição Imagem microscópica 
Hemácias Como a hemácia não possui núcleo ela irá brilhar muito 
(mais refringente) 
0 a 5 por campo -na objetiva de 40x 
 
 
 
 
Leucócitos É uma célula maior e nucleada, por isso será mais opaca. 
(menos refringente) 
0 a 5 por campo -na objetiva de 40x 
 
 
 
 
 
 
 
Células Renais Redondas, forma bloco de células. Possui gotículas de 
gordura em seu citoplasma. 
 
 
 
Células Caudadas Células derivadas da pelve renal ou no epitélio basal da 
uretra. Comum aparecer no método de coleta por 
sondagem. 
 
 
 
 
 
 
 
Células do Epitélio 
de Transição. 
Redondas que podem estar agrupadas ou livres. 
Pertencentes ao epitélio da bexiga. 
 
 
 
 
 
 
Célula Superficial 
ou de Descamação 
Célula que pode ou não ter núcleo, parece “corn flakes” 
(sucrilhos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cristal Fosfato-
triplo ou Estruvita 
Presente quando o PH está neutro-alcalino 
Geralmente associado a infecção bacteriana 
Cristais em excesso podem se acumular e formarem um 
cálculo. 
 
 
 
 
Cristal Oxalato de 
cálcio 
Presente quando o PH está neutro-ácido 
 
Cristal Biurato de 
Amônia 
Cristal de PH alcalino, problemas hepáticos, 
principalmente em Shunt Portossistêmico. 
 
 
 
Cilindros Formato cilíndrico, formado quando há uma alta 
concentração de proteína na urina, associada a um PH 
ácido da urina (a proteína vira uma gelatina). Fica 
cilíndrica devido ao formato dos túbulos. 
Hialino 
 
Granuloso 
 
 
 
 
 
 
Bactérias Coccus NÃO ENCONTREI IMAGEM 
Bacilos ou Bastonetes 
 
 
 
 
Espermatozoides Pode aparecer dependendo do método de coleta 
 
 
 
 
 
Parasitas O principal verme que acomete o trato urinário é o 
Dioctophyma renale, porém alguns outros vermes 
podem ter um ciclo errático e acabar acometendo os 
rins e seus ovos serem liberados na urina. 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo da proteinúria 
• O parâmetro mais importante para o exame de químico é analise da presença de proteína na urina. A proteinúria pode ser derivada de 
uma lesão renal (glomerular ou tubular) ou de outras causas, podendo ser Pré-renal ou Pós-renal. 
• Para encontrar a causa base da proteinúria será preciso classificar a proteína encontrada na urina. 
• Encontrando a causa da proteinúria: 
o TODA VEZ QUE FOR ANALISAR PROTEINÚRIA ANALISAR JUNTO A DENSIDADE: este será um parâmetro físico que auxiliará a encontrar 
a causa base da proteinúria. 
o Outro ponto importante para esta análise é: A intensidade da proteinúria, não revela o grau de lesão renal. 
o Pré-renal: 
▪ Uma doença não renal, que provoca a produção exacerbada de proteínas de baixo peso molecular. Quando isto ocorre, estas 
proteínas passam normalmente pelo filtro do glomérulo e não é reabsorvida completamente nos túbulos, devido a quantidade. 
Exemplo: anemia hemolítica (lise de hemácias que provoca a liberação de hemoglobina que é uma proteína de baixo peso molecular), 
picada de animal peçonhento que provoque necrose muscular (a necrose muscular libera mioglobina da circulação, que também é 
uma proteína de baixo peso molecular); quando ocorre qualquer processo infeccioso/inflamatório o fígado produz globulinas (que 
são proteínas de baixo peso molecular), neoplasia de plasmócitos ou meloma múltiplo. 
▪ Proteinúria fisiológica ou transitória: Ocorre devido ao aumento da taxa de filtração que ocorre quando se aumenta a pressão 
arterial, como ocorre quando o animal está em exercício físico intenso, convulsão, frio ou calor excessivo, dor crônica, diminuição do 
metabolismo (efeito compensatório de aumento da P.A). Porém, não é patológica e sim transitório, assim que o animal retornar ao 
repouso normalizará. 
 
 
http://www.faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/fPXZwNY3BuYYQ8A_2013-5-24-11-38-31.pdf
http://www.faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/fPXZwNY3BuYYQ8A_2013-5-24-11-38-31.pdf
http://www.faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/fPXZwNY3BuYYQ8A_2013-5-24-11-38-31.pdf
http://www.faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/fPXZwNY3BuYYQ8A_2013-5-24-11-38-31.pdf
o Proteinúria Renal: 
▪ Glomerular: Quando for encontrado nas amostras, proteínas de alto peso molecular que é representado pela Albumina. 
Consequentemente diminui a concentração de Albumina no sangue. Ou seja, quando houver Hipoalbuminemia + Albuminúria. 
▪ Tubular: Quando NÃO houver Hipoalbuminemia + Albuminúria. 
▪ Existem muitas causas para provocar uma proteinúria de origem renal, por isso é importante pesquisar. 
▪ Pode ocorrer por causas como: Perda da permeabilidade do capilar, doença tubular com perda funcional, inflamação no rim, 
neoplasia que esteja destruindo o parênquima renal, pielonefrite, glomerulonefrite, nefrose, alguns quadros degenerativos e etc. 
▪ Quando for diagnosticado proteinúria renal, para saber o grau da proteinúria, utiliza-se a chamada relação PU/CU; após a dosagem 
da creatinina e proteína na urina, divide-se um valor pelo outro. 
• <0,2: Normal 
• 0,2 a 0,4 em gatos e 0,2 e 0,5 em cães: Suspeito de proteinúria. Repete-se o exame após 2 meses. 
o Proteinúria Pós-Renal: Geralmente, são processos inflamatórios, infecciosos, no trato urinário inferior que provoca lesão epitélio (um 
cálculo que provoca uma obstrução e por consequência uma inflamação, por exemplo). Ocorre o aumento dos elementos figurados na 
excreção renal (células do epitélio, bactérias, leucócitos...). 
• Existe um organograma que pode ser utilizado em quase todos os casos, auxilia muito na classificação da proteinúria (mas pode levar a 
alguns erros, pois a proteína pode estar elevada e o animal ser Pré-renal, principalmente quando ocorrer proteinúria fisiológica). 
ORGANOGRAMA PROTEINÚRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo dos Cilindros 
• Formato cilíndrico, formado quando há uma alta concentração de proteína na urina, associada a um PH ácido da urina (a proteína 
vira uma gelatina). Fica cilíndrica devido ao formato dos túbulos. 
• Existem diversos tipos: 
HIALINO 
 
• Composto de mucoproteína e proteína. 
• Único cilindro que aparece em situação normal na proteinúria 
transitória,porém em baixa quantidade. 
• Aparece muito na Doença Renal Crônica. 
 
 
 
 
 
 
HEMÁTICO 
 
• Composto de proteínas e hemácias 
• Aparece quando houver sangramento renal, inflamação renal, 
hemorragia tubular ou glomerular, glomerulonefrite (inflamação que 
causa hemorragia), nefropatia crônica em fase evolutiva e etc. 
 
 
 
 
 
LEUCOCITÁRIO • Composto de proteínas e leucócitos. 
• Aparece quando há processo inflamatório, infeccioso no rim: 
Inflamação, pielite, abcesso renal e etc. 
 
 
 
 
 
 
 
EPITELIAL • Composto de proteínas e células renais. 
• Aparece quando há inflamação no rim, neoplasia. 
 
 
 
 
 
 
 
TENTE ENTENDER ISTO POIS 
IRÁ AJUDAR MUITO! 
O QUE É 
Hematúria, Leucocitúria, 
Bacteriúria, Cristalúria e 
Aumento de Celularidade 
GRANULOSO • Composto de proteínas e células estrutura celular- provindo do 
túbulo renal. 
• Aparece quando há morte de células tubulares, degeneração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CEREO • Aparece quando há lesão renal crônica, presente em fase terminal 
de doença renal. 
• Cilindro que ficou muito tempo dentro do túbulo, desidratou, fica 
com aspecto de papel velho. 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DOS RINS - Marcadores de funções renais 
• Filtração glomerular: 
 
 
 
 
 
 
o Azotemia: Aumento nas concentrações séricas de ureia ou creatinina por afecções pré-renais, renais e pós-renais. – TEM QUE A 
ORIGEM INVESTIGAR!!! 
▪ Importante para compreender a azotemia que acometeu o animal: 
• Cães: Apresentam poliúria quanto tem 65% dos néfrons acometidos e só irá ter AZOTEMIA, quando tiver 75% dos néfrons 
acometidos. 
o Apresentou AZOTOMIA, avalia qual é a espécie e segue esse fluxo, se for CÃO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Gato: Quando tem 65% dos néfrons acometidos irá ter AZOMETIMA, só irá ter poliúria, quando tiver 75% dos néfrons acometidos. 
o Para classificar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acúmulo de compostos nitrogenados que é 
reabsorvido para o sangue por meio da 
parede do trato urinário 
Normalmente 
apresenta até 
poliúria 
Desidratação 
AZOTEMIA + urina minimamente concentrada ou 
hipostenúria indica que o rim não está funcionando 
direito, pois está deixando sair água quando o animal 
está desidratado 
MUITO MAIS COMUM EM GATO 
Ele pode ter comprometimento de 
apenas 65% e ainda estar concentrando 
a urina, então uma isostenúria ou 
hiperestenúria, não anula a hipótese de 
AZOTEMIA RENAL 
Complementar com outros exames para ter 
certeza: 
o Urinálise (Presença de cilindros) 
o PU/CU 
o US abdominal (Perda da relação cortiço-
medular) 
 
ENTENDA: 
1. DESCONFIA-SE QUE O ANIMAL TEM PROBLEMA GLOMERULAR 
QUANDO ELE APRESENTA AZOMETEMIA 
2. SE ELE APRESENTA AZOMETEMIA TEM QUE PESQUISAR A 
CAUSA, PODEM SER VÁRIAS E BASICAMENTE SE DEFINEM EM 
3 CATEGORIAS: 
a. PRÉ-RENAL: DESIDRATAÇÃO 
b. RENAL: GLOMERULAR 
c. PÓS-RENAL: OBSTRUÇÃO 
3. PARA DESCOBRIR SEGUE O ORGANOGRAMA ABAIXO 
o Uremia: Síndrome clínica da insuficiência renal junto com sinais clínicos (PU, PD, anemia arregenerativa, vômitos, perda de peso, entre 
outras características de um doente renal) - AZOTEMIA + SINAIS CLÍNICOS 
CASO CLÍNICO 
Identificação Felino, macho, 2 anos, castrado 
Anamnese/Histórico Letargia e anorexia há 3 dias 
Exame físico Animal prostrado, bradicárdico (60bpm) e vesícula urinária repleta 
Exame Laboratorial 
 
 
 
 
1. RESOLUÇÃO: 
Obstrução uretral por 
urólitos - professor só 
explicou os dados 
laboratoriais. 
1. Aumento dos glóbulos vermelhos, chamado de Policitemia juntamente com uma Hiperproteinemia 
2. Azotemia Pós-renal (aumento de ureia e creatinina sérico + iscúria) 
3. Bradicardia devido a hipercalemia, que desestabiliza as diferenças de potencial, deixando a célula em potencial de 
repouso 
3.1. Conseguentemente pode se ter uma alteração no complexo QRST 
3.2. Se aumenta muito o k+, em algum momento o paciente irá desfibrilando até o momento em que ocorre uma 
parada cardíaca. 
 
 
 
3.3. Muitas vezes o paciente com obstrução que vem a óbito, faz acreditar que foi por causa de falência dos rins, 
quando na realidade foi por hipercalemia 
3.4. Por isso é importante dosar eletrólitos!!! 
 
• Função Tubular: 
o Desidratação + poliúria 
▪ Valores padrões de densidade para serem avaliadas: 
 
 
 
 
▪ Existem um método para analisar a densidade urinária: 
 
 
 
 
 
 
• TESTE DE PRIVAÇÃO 
o Indicações: 
▪ NÃO DESIDRATADOS E NÃO AZOTÊMICOS!!! 
▪ JÁ SE DESCARTOU AS PRINCIPAIS CAUSAS DEPOLIÚRIA E POLIDIPSIA (IRA, DRC, Insuficiência hepática, diabetes mellitus, 
hiperadrenocorticismo, piometra, hipoadrenocorticismo, entre outras) 
▪ Serve para diferenciar a causa de poliúria e polidipsia além de ser possível diagnosticar diabetes insipidus através dele. 
oRestrição Gradual: -INDICADO COMEÇAR COM ESSA, SE PRECISAR FAZER A ABRUPTA 
▪ Poliúria independente da causa – perda da tonicidade medular – incapacidade dos túbulos em concentrar a urina 
▪ O tutor chega relatando que o animal está ingerindo muita água, para ter certeza disso é preciso medir a quantidade de água 
que o animal está ingerindo, pois as vezes o tutor não tem noção do quanto de água realmente o animal ingere. 
▪ Reduzir gradualmente a ingesta de água – três dias antes da retirada abrupta 
• Primeiras 24 h – duas vezes a necessidade normal (120 – 150mL/kg) – divididos em seis a oitos vezes 
• Próximas 24 h – reduzir para (80 a 100mL/kg) 
• Últimas 24 h – necessidade normal (60 a 80mL/kg) -Só o necessário para a vida 
▪ O esperado é que este animal concentre urina, caso tenha a urina concentrada, indica-se uma poliúria polidipsia psicogênica, 
retirando a possibilidade de uma lesão renal. 
▪ O problema está quando o animal mesmo depois da restrição, apresenta poliúria polidipsia, o que indica diabetes. Nestes casos 
que é indicado partir para a restrição abrupta. 
ENTENDA: 
1. O animal apresentou poliúria e polidipsia e deverá ser 
pesquisado a causa. 
2. Se fizer teste hídrico e ele tiver a densidade normal da urina, foi 
um problema psicogênico (ansiedade...); 
3. Se a densidade diminui mesmo sem a ingestão de água, podem 
ser dois problemas diabetes ou problemas renais tubulares. 
4. Para descobrir, realiza-se o teste do ADH. 
5. Se o animal após tomar ADH e continuar com densidade baixa, 
muita urina etc. ELE É DOENTE RENAL COM DISFUNÇÃO 
TUBULAR! 
oRestrição Abrupta: Deve se tomar MUITO CUIDADO POIS ISSO PODE PROVOCAR ATÉ CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
▪ Esvaziar a vesícula urinária 
▪ Pesar o animal 
▪ Retirar toda a água (Restrição gradual / Abrupta) 
▪ Esvaziar a vesícula urinária completamente e mensurar o status hídrico (turgor, HT e PT) a cada hora 
▪ Encerrar o teste 
• Se o animal apresentar qualquer alteração, deverá ser sempre monitorado, se desidratar ou aumentar a densidade (>1030) e 
se perder 3 a 5% do peso corpóreo (10 horas – DI; 36 a 48h – Hígido), Azotemico. 
▪ Mesmo depois da restrição, apresenta BAIXA DENSIDADE indica diabetes. Nestes casos que é indicado teste de ADH. 
• TESTE DE ADH 
o Quando ocorre aumento da osmolaridade no organismo, ou seja, diminui a água do corpo, é ativado o ADH na hipófise, ele faz 
com que aumente a sede e concentre a urina reabsorvendo água (ADH-HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO). 
o Na diabetes existe uma diminuição da produção do ADH, que faz com que saia muita água na urina. 
o Se administrar ADH ao animal, e ele não urinar a partir deste teste, ou sua urina ficar mais concentra, quer dizer que estava 
faltando antes, indicando uma possível diabetes insipidus e não uma doença renal. 
o Então, o que se faz: 
▪ Injetar SC (máximo de 5 μg/animal) ou 10 μg/IV – Hoje em dia há um método de reposição por colírio 
▪ Mensurar densidade urinária a cada 30 minutos esvaziando completamente a vesícula urinária 
o Se o animal parar de urinar confirma a diabetes insipidus, caso contrário é uma causa nefrogênica (no rim). 
• DOSAGEM DE ELETRÓLITOS 
o Muito importante, pois uma das consequências de uma lesão tubularé a perda da capacidade de excretar e reabsorver 
eletrólitos 
o Cálcio 
▪ O cálcio pode se apresentar de algumas formas no corpo: 50% na albumina, 45% na forma livre/ionizante e 5% está ligado a 
outros íons. 
▪ O cálcio no organismo tem importantes funções, como a contração muscular, armazenamento ósseo, importantíssimo para 
a liberação de neurotransmissores (ACh– Acetilcolina). Sendo assim, o organismo não tolera hipocalcelmia e ele tenta corrigir 
da maneira mais rápida possível. 
▪ Para repara uma hipocalcemia, o corpo utiliza o Cálcio Ionizado. 
▪ Cálcio total 
• Dosar albumina 
• Corrigir o cálcio mensurado pela fórmula - O clínico que faz, o laboratório só dá os valores de albumina e cálcio total; 
• Ca++ ajustado = cálcio (mg/dL) – albumina (g/dL) + 3,5 
• Como o cálcio em sua maioria está aderido a Albumina, qualquer alteração no valor de Albumina (doença hepática, por 
exemplo), fará com que tenha alteração no valor de cálcio. Porém, este cálculo serve para corrigir as alterações que podem 
ter devido a Albumina. 
▪ Cálcio Ionizado/livre 
• Uma forma também de driblar os valores errados devido a albumina, é dosar o cálcio ionizado, pois este vai estar 100% 
correto. 
• O grande impedindo de pedir diretamente essa dosagem, é o valor. 
o Fósforo 
o Sódio/Potássio/Cloreto 
▪ AVALIAR A CONCENTRAÇÃO DOS ELETRÓLITOS 
▪ Monitorar fluidoterapia (muitas vezes é possível repor a falta de eletrólitos por meio de um soro) 
▪ Monitorar perdas e acúmulos (no caso de acúmulos existem os quelantes, que diminuem a quantidade no organismo) 
▪ capacidade de excreção pelos rins 
▪ Na fase Poliúrica da doença renal crônica, ocorre uma Hipocalemia intensa (diminuição de Potássio), isso faz com que o animal 
perca a capacidade de contração muscular e apresente clinicamente uma ventroflexão de pescoço. Com isto é importante 
dosar os eletrólitos, para repor o que falta por meio de fluidoterapia. A partir do momento que repõe a animal melhora. 
• OUTROS EXAMES 
o Hemograma 
▪ Animais com lesões renais graves produzem menos eritropoietina e com isso irão ter anemia. 
o Hemogasometria 
▪ Analisa como está o PH do sangue, saturação de oxigênio, enfim... São parâmetros que me auxiliam a descobrir se o animal está 
em acidose pois quando o rim perde sua função tamponadora, isto normalmente ocorre e pode ser um indicativo. 
o Exames de imagem 
▪ Demonstra a preservação ou não das referências do rim, ou até mesmo se contém metástase, neoplasia. 
o Biópsia renal 
▪ Com todos os outros exames só é possível saber que há uma lesão, mas não exatamente o que é. É fundamental hoje em dia 
tentar realizar, não é comum realizarem! 
CASO CLÍNICO 
Identificação Felino, macho, Persa, 7 anos 
Anamnese/Histórico Febre, poliúria, polidipsia, prostração há mais de 1 semana. 
Nos dois últimos dias anorexia e oligúria. 
 Perda de alguns dentes há 2 meses 
Exame físico Mucosas hipocoradas, desidratação leve, discreta taquipnéia 
Exame Laboratorial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. RESOLUÇÃO: 
Paciente Renal 
Crônico 
 
1. Hemograma: Hematócrito diminuído indica anemia 
2. Bioquímico: Ureia e creatinina aumentada indica Azotemia (se tem azotemia, tem que investigar a causa!!) 
3. Investigar causa da AZOTEMIA seguindo o organograma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Bioquímico: Ainda no bioquímico, o animal apresenta Fósforo aumentado e Cálcio diminuído: Um dos 
parâmetros de lesão renal são os eletrólitos, neste caso estão desequilibrados. 
5. Urinálise: Proteinúria, da mesma forma da Azotemia é preciso classifica-la: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. “Febre, poliúria, polidipsia, prostração há mais de 1 semana. Nos dois últimos dias anorexia e oligúria” sinais 
clássicos de um paciente renal. “Perda de alguns dentes há 2 meses” porque já ocorreu hiperparatireoidismo 
secundário, ocorrendo a “mandíbula de borracha”. 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO DA DOENÇA RENAL PELO IRIS (SOCIEDADE INTERNACIONAL DE INTERESSE RENAL) 
• Como já foi dito, os métodos mais tradicionais de diagnóstico da doença renal são as dosagens de Ureia e Creatinina no sangue, porém, 
isto só garante um diagnóstico tardio. É necessário que hajam outros métodos para análise e o IRIS indica as formas de isto ocorrer. 
• Outro aspecto importante, o IRIS não classifica os doentes renais em uma única classe, mas os subdivide em diversos tipos, através de 
alguns parâmetros, definidos como ESTADIAMENTO. 
• 1º ESTADIAMENTO é com base na dosagem de Creatinina no sangue: 
o Por mais que a Creatinina seja um método de diagnóstico tardio da doença renal ainda sim é um parâmetro confiável. 
o Não é a prova de falhas, pois em alguns casos mais específicos seus valores podem ter interferência de outros fatores que não sejam 
renais. 
▪ animais idosos por exemplo que perdem muita massa muscular, diminui muito a produção de Creatinina. 
▪ Ao mesmo tempo, em animais idosos o rim vai diminuindo seu funcionamento. 
▪ Juntando com a diminuição de Creatinina e a diminuição do funcionamento dos rins, os valores no EXAME, indicarão que no sangue 
os valores estão equilibrados. 
▪ PORÉM, ESTE ANIMAL É DOENTE RENAL E O VALOR NO EXAME IRÁ CONSTAR NORMAL! 
o Apesar da Creatinina possuir algumas interferências externas, elas são menores do que as interferências que a Ureia recebe. 
o Sendo assim, é o composto de eleição para se dosar. 
ESTÁGIO CREATININA SÉRICA 
 
DESCRIÇÃO DO PACIENTE 
CÃO GATO 
Alto risco 
ELE NÃO TEM 
DOENÇA MAS TEM 
GRANDES CHANCES 
DE TER! 
<125 
<1.1 
<110 
<1.6 
▪ Animais que possuem grande chances de desenvolver uma doença renal crônica. 
▪ Animais que estão sendo tratados com fármacos nefrotóxicos 
▪ Raças com predisposição às doenças renais. 
▪ Animais que vivem em regiões com altos índices de doenças infecciosas ou alta 
prevalências de doenças infecciosas (Erliquia, Leishmania, Anaplasma, Babesia...) 
▪ Animais idosos, pois já ocorre comprometimento de órgãos 
▪ Animais que além de idosos possuem alguma das outras características 
▪ OS VALORES DE CREATININA SÃO NORMAIS, MENORES DO QUE O VALOR DE 
REFERÊNCIA PARA AQUELA DOENÇA! 
1 <125 
<1.4 
<140 
<1.6 
▪ Animais que mostram alterações em outros exames 
• Podem ter Urina com densidade baixa, minimamente concentrada. 
• Podem ter Alterações no exame de imagem Ultrassom. 
• Pode ter palpação anormal dos rins (parâmetro subjetivo, pois não sempre que é possível 
palpar o rim do animal) 
• Pode ter Proteinúria de Origem Renal 
• Pode ter resultado de biópsia alterado (mas raramente os veterinários realizam) 
• Pode ter Azotemia intermitente (em exames repetidos em dias diferentes, os valores se 
alteram, as vezes normal as vezes alterados) 
▪ A UREIA E CREATININA ESTARÃO NORMAIS! NÃO ESTÁ EM AZOTEMIA! 
2 125-180 
1.4-2.0 
140-250 
1.6-2.8 
▪ OS VALORES DE UREIA E CREATININA COMEÇAM A FICAR ALTERADOS, O ANIMAL ESTÁ 
EM AZOTEMIA! 
▪ Azotemia discreta 
▪ Manifestações clínicas discretas: 
• Pode ter êmese 
• Pode ter poliúria associada com uma polidipsia compensatória 
3 181-110 
2.1-5.0 
251-110 
2.9-5.0 
▪ OS VALORES DE UREIA E CREATININA ESTÃO ALTERADOS, O ANIMAL ESTÁ EM 
AZOTEMIA! 
▪ Azotemia moderada (sempre que for uma azotemia desse nível será renal) 
▪ Manifestações clínicas: 
• Síndrome Urêmica (quando o paciente possui azotemia+ sintomas variados de doença 
renal crônica) 
4 >440 
>5.0 
>440 
>5.0 
▪ OS VALORES DE UREIA E CREATININA ESTÃO ALTÍSSIMOS, O ANIMAL ESTÁ EM 
AZOTEMIA! 
▪ Estágio mais grave! 
▪ Azotemia 
▪ Várias manifestações clínicas de um quadro severo: 
• Síndrome Urêmica: 
o Vômito 
o Diarreia 
o Úlcera em mucosa oral 
o Necrose de ponta de língua 
o Entre outros 
 
• 2º ESTADIAMENTO é com base na dosagem de SDMA no sangue: 
o SDMA - DIMETILARGININA SIMÉTRICA 
o aminoácido que quando metabolizado uma porção dele é TOTALMENTE EXCRETADO PELOS RINS, ou seja, se tiver aumento deste 
metabólito no sangue é porque o rim não está excretando, indicando um PROBLEMA RENAL. E DIFERENTEDA CREATININA ELA NÃO 
SOFRE INFLUÊNCIA DE NENHUM OUTRO FATOR, OU SEJA, SE ESTIVER AUMENTADO OS NÍVEIS, É COM CERTEZA UM PROBLEMA RENAL 
o Forma mutilada do aminoácido arginina que é liberada para a circulação durante a degradação de proteínas e eliminada pelos rins 
o Um estudo demonstrou que a SDMA aumenta, em média, quando há perda de 40% da função renal e consistentemente meses anteriores 
à creatinina em gatos com ocorrência natural da DRC (HALL et al., 2014) 
▪ Ou seja, a Creatinina mostra um problema renal quando os néfrons estão 75% comprometidos esse aminoácido mostra antes, pois 
aumenta quando os néfrons estão 40% comprometidos. 
o A SDMA não é influenciada pela massa corporal magra e, portanto, reflete com mais precisão 
o a TFG em gatos geriátricos, ao contrário da creatinina sérica, que diminuiu com envelhecimento (HALL et al., 2014 ) 
o DEVE SER AVALIADA COM AS DOSAGENS DE CREATININA/URÉIA E URINÁLISE 
o APRESENTA ESTABILIDADE DE 7 DIAS A TEMPERATURA AMBIENTE E 14 DIAS A 4ºC 
o AUMENTA QUANDO APROX. 40% DOS RINS ESTÃO COMPROMETIDOS 
o APRESENTA 2,4 VEZES MAIOR A CAPACIDADE DE DETECTAR A DRC QUANDO COMPARADO A CREATININA 
▪ SDMA - 0 a 14 μg/dL Para animais adultos 
▪ SDMA - 0 a 16 μg/dL Para filhotes 
o Opinião do professor sobre essa molécula: 
▪ Na prática não funciona muito bem, podem ter valores séricos dela normais e ao mesmo tempo Ureia e Creatinina aumentados 
▪ Os estudos mostram ela como se fosse uma substituta de outros parâmetros, mas nunca se deve deixar de lado os outros parâmetros, 
principalmente pela taxa de erros que ela pode ter. 
▪ O professor acredita ser mais útil em casos como o que foi citado do animal idoso que perde massa muscular e ao mesmo tempo possui 
doença renal. 
▪ Além de tudo possui um custo elevado, muitas vezes o custo dela se igual a fazer vários dos outros exames ao mesmo tempo. 
• 3º ESTADIAMENTO é com base na dosagem de PROTEINÚRIA RENAL: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Sempre é importante lembrar que um único exame não fecha diagnóstico. Pode ocorrer do animal ter Doença Renal Crônica e não ter 
proteinúria, então deve sempre associar a outros exames. 
o Se o animal apresentar proteinúria, realiza toda aquela avaliação do organograma de proteinúria para definir que é de causa renal. 
Quando isto for definido segue este organograma acima para saber em qual estágio da doença renal o animal está. 
o Se ele não apresentar proteinúria, existe um estágio para isto também, apenas relembre a tabela do estadiamento por meio da Creatinina. 
• 4º ESTADIAMENTO é com base na PRESSÃO ARTERIAL SANGUÍNEA: 
Pressão(mmHg) Subestágio 
Sistólica Diastólica 
<150 <95 Risco Mínimo (N) 
150-159 95-99 Risco baixo (L) 
160-179 100-119 Risco Moderado (M) 
=180 =120 Risco Alto (H) 
Órgãos Internos Sem complicações (nc) 
Órgãos Lesados* Com complicações (c) 
P.A não medida Risco não determinado (RND) 
Retinopatia e/ou hipertrofia de VE 
▪ Depois de definida a proteinúria renal. 
▪ Realiza-se a relação PU/CU 
▪ E APÓS ISTO, NESTErMOMENTO 
OCORRE O ESTADIAMENTO DE FATO 
normal 
Suspeito 
Reavaliar depois de 
2meses se aumentar, 
caracteriza o diagnóstico 
Diagnóstico normal Diagnóstico 
Suspeito 
Reavaliar depois de 
2meses se aumentar, 
caracteriza o diagnóstico 
o A hipertensão pode levar a uma doença renal e um doente renal pode desenvolver hipertensão, ou seja, são doenças que comumente se 
apresentam no mesmo paciente. 
o Muito Importante para monitorar o Paciente Doente renal Crônico, principalmente para observar se o tratamento está sendo eficiente 
para conter os efeitos desta doença. 
o A Hipertensão é uma doença que é importante tanto acompanhada de doença renal, como sozinha também. 
o Se a Hipertensão de um doente renal piora muito, pode ser um motivo de óbito. TEM QUE SER CONTROLADA! 
o Persistência 
• 2 meses (se houver risco moderado - 160-179 mm Hg sistólica) 
• 1 a 2 semanas (se estiver em risco grave - = 180 mmHg).

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