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DOENÇAS DE PELE E INFECCIOSAS SAUDE DA CRIANÇA

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DERMATOSES NA INFÂNCIA
1. MICOSES SUPERFICIAIS
1.1 TINEA
É uma micose superficial comum na infância, causada por fungos dermatófitos . Acomete o couro cabeludo e a pele glabra (sem pelo). Para se examinar as lesões, há a necessidade do exame com a lâmpada de Wood, exame microscópico e cultura de fu ngo. As lesões apresentam prurido e recebem de nominação de acordo com sua localização. Tinea capitis (Tinha do couro cabeludo). Acomete crianças de 2 a 12 anos. Existem em duas formas : •Forma tonsurante- é mais frequente, apresenta uma região alopecia e as lesões ficam normalmente ovuladas ou arredondadas , delimitadas e descamativas; e os cabelos ficam quebradiços. •Forma pustulosa inflamatória –ocorre uma lesão nodular endurecida, inflamada e dolorida (Kérion de Celso). O tratamento é VO utilizando griseofulvina, pois o uso tópico não é eficaz e deve ser administrado com alimentos gordurosos ou leite.
Tinha do corpo (Tinea corporis):
•As lesões são eritematodescamativas, com crescimento centrífugo, bordas ativas inflamadas, às vezes com vesículas e involução no centro. Tratamento antifúgico tópico e sempre aplicar a pomada com uma margem de segurança de 2cm.
Tinha do pé (Tinea pedis):
•Conhecido como “pé de atleta”. Inicia-se com lesões no último espaço interdigital que se estende a outros espaços, plantas e superfícies laterais dos pés.
•Manifestações clínicas : descamação, vesícula e maceração da pele, com intenso prurido. É comum alterarem fases de calmaria e exacerbação. Ocorre devido ao uso continuo de calçados que aquece e umidece os pés.
•Tratamento com compressas com permanganato de potássio diluído em água morna (1:20.000), duas vezes ao dia, em caso de lesões muito exudativas; uso de antifúgico tópico; cuidar dos calçados, não usando o mesmo sapato por dois dias seguidos, deixando arejar e tomar sol, usar meias de algodão e sapatos mais arejados, utilizar chinelos durante o banho em lugares de banheiro público.
1. MICOSES SUPERFICIAIS
CANDIDÍASE
-Geralmente na área de fraldas.
-Lesões eritemato-descamativas elevadas com bordas nítidas, algumas com úlceras rasas de fundo brilhante.
-Quando confluem formam placas extensa mas sempre com aspecto descontínuo e lesões nas bordas. Tende a permanecer nas dobras.
-Candidíase oral reforça o diagnóstico.
-Tratamento: fraldas –nistatina creme ou miconazol ou cetoconazol. Se inflamação intensa, usa-se corticoide por 3 dias.
-Prevenção: diminuir umidade da fralda e barreira protetora de pele (pomadas óxido de zinco).
2. PIODERMITES
2.1 IMPETIGO-
- É uma infecção cutânea contagiosa, provocada pelas bactérias Staphylococcus aureus eStreptococcus beta hemolítico do grupo A.
- As lesões se localizam na face, pernas ou em qualquer área acometida. Em algumas situações a linfoadenopatia regional e febre podem estar presentes.
- No impetigo staphylococico a infecção inicia-se com máculas eritematosas, que evoluem para vesículas pustulosas ou bolhas que se rompem, formando ulcerações e crostas melicéricas. As lesões são disseminadas por auto-inoculação. 
2. PIODERMITES
2.1 IMPETIGO-
- Na streptocócica, surgem pústulas que são rapidamente substituídas por crostas melicéricas. Manifestam-se mais em pré-escolares e escolares nas regiões periorificiais ou de dobras. 
- O tratamento consiste na limpeza cuidadosa das lesões, remoção das crostas previamente amolecidas, aplicação de pomadas bactericidas e administração sistêmica de antibióticos nas disseminações. As disseminações são prevenidas através de medicação e lavagem das mãos. 
2. PIODERMITES
2.2 CELULITE NÃO NECROSANTE
- Caracterizada por edema, eritema, tumefação, com dor difusa com hiperestesia, sem delimitação nítida, calor, envolvendo pele e subcutâneo.
- Abscesso secundário exige drenagem cirúrgica.
- Tratamento: antibioticoterapia sistêmica –oxacilina ou cefalotina ou clindamicina.
2. PIODERMITES
2.3 FURUNCULOSE
- Abcesso dérmico e/ou hipodérmico por infecção ou necrose de folículo pilosebáseo .
- Nódulo dérmico, eritematoso, doloroso, quente e necrose.
- Fatores predisponentes: imunodepressão, obesidade, anemia, má nutrição, má higiene, escabios e-pediculose.
- Tratamento: uso de compressas quentes e drenagem cirúrgica. Uso de antibioticoterapia tópica em casos mais graves.
- Medidas gerais: banho com sabonete antisséptico e roupas leves.
3. ALERGIAS
3.1 Prurido simples ou estrófulo
- É uma reação de hipersensibilidade às toxinas de insetos injetadas na pele por picadas, muito comuns na infância .
- A coçadura pode gerar escoriações e evoluir para infecção secundária.
- No tratamento do estrófulo deve ser considerada a prevenção das picadas dos insetos, o tratamento e a dessensibilização.
- A família e ou educador infantil e a criança precisam compreender o que está acontecendo e serem parceiros na condução das mudanças necessárias para o sucesso do tratamento.
- Na prevenção é indicado o uso adequado de roupas adequadas que protejam as áreas descobertas, a eliminação de focos de proliferação de insetos próximos ou dentro de casa, uso de mosquiteiros e colocação de telas.
- O uso de inseticidas e repelentes às vezes imperativos precisa ser feito com cuidado.
- O tratamento é sintomático e feito com anti-histamínico via oral. Uso tópico de cremes a base de corticóides e em caso de infecção secundária usar antibiótico.
3. ALERGIAS
3.2 Urticária
Dermatose caracterizada pelo aparecimento súbito de lesões denominadas urticas, isto é pápulas e placas eritematoematosasas que podem durar muitas horas. Acompanhadas de prurido, muitas vezes intenso.
As manifestações clínicas bem caracterizadas facilitam o diagnós ticos.
A primeira medida no tratamento é procurar, identificar e afastar a causa da urticária.
Evitar o uso de alimentos com corantes, conservantes e medicamentos não prescritos.
Os anti-histamínicos por via oral são administrados nos quadros leves.
Quando ocorre em quadro intenso com edema angineurótico ou de Quincke (edema agudo da cor da pele ou eritematoso), o atendimento deve ser de emergência pois pode acometer laringe e levar a asfixia.
3. ALERGIAS
3.3 Farmacodermia
- Pode aparecer de diversas formas.
- Enxatema agudo mobiliforme ou rubeoliforme, eritema difuso, urticária, eritema polimorfo e exantema bolhoso.
- Tratamento: afastar as causas. Medicamento mais frequente é penicilina, sulfa, hidantoína. Utilizar anti-histamínico para controle de prurido.
4. ECZEMAS E DERMATITES
4.1 Milária
É uma dermatose que surge quando a secreção das glândulas sudoríparas é retida por obstrução do ducto sudoríparo. Manifesta-se através de lesões papulovasculares nas regiões de dobras ou mesmo em todo o corpo, em razão de excesso de roupa ou calor excessivo. 
A manifestação da miliária é estimulada pelo calor úmido, ausência ou ventilação deficiente, excesso de agasalhos e uso de roupas de tecidos sintéticos e a tendência natural de alguns pacientes de sudorese excessiva.
Pode manifestar-se de quatro formas:
•Miliária cristalina caracteriza-se por pequenas vesículas de conteúdo claro, eritematosas. Assintomática e de pequena duração surgem em situação em que há uma sudorese excessiva.
•Miliária Rubra manifestar-se por lesões eritematosas, papulovesiculosas pruriginosas em crianças e adolescentes. A obstrução se deve ao fato da pele estar altamente úmida, ou seja, decorre da hidratação excessiva da epiderme. Não é rara a ocorrência de infecção secundária.
- O diagnóstico das formas de miliária exige a adoção de medidas que não favoreçam a sudorese excessiva. O que muitas vezes implica a mudança de hábitos do pai em relação a vestir essas crianças e à higiene.
- O tratamento é feito a base de hidratação dessa pele, pois quando ressecada obstrui os ductos sudoríparos. O resfriamento das áreas afetadas com banhos mornos calmantes e refrescantes preparados com água, farinha de aveia ou amido de milho está indica.
4. ECZEMAS E DERMATITES
4.2 Dermatite de contato
Contato direto, prolongado e frequente com agentes irritantes. O tempo de exposição,concentração e a integridade da pele exposta intensificam a lesão.
Substâncias irritativas: sucos cítricos, saliva, produtos para banho, matérias abrasivos, sabões e medicações.
Fraldas- ocorre em consequência de oclusão, hidratação excessiva, medicamentos tópicos, contato prolongado com fezes ou urina, fricção e maceração, restos de sabão deixados nas fraldas de pano após as lavagens;
Localizam-se na superfície mais convexa das nádegas, parte interna das coxas, monte pubiano, escroto;
Infecção secundaria pela Candida albicans e bactérias é comum.
Levedura- apresenta um vermelho brilhante com lesões papulopus tulovesiculares satélites.
Diagnóstico - investigação sobre os hábitos da criança, observação da lesão, local e rastreamento de produtos novos introduzidos .
Tratamento - abolir ou restringir o agente irritante e manter a pele limpa e seca. Administrar medicação tópica ou sistêmica em caso s de infecção secundaria.
4. ECZEMAS E DERMATITES
4.3 Dermatite seborreica
Lesões discretas eritematoescamosas do couro cabeludo, supercílios, sulcos nasogenianos, regiões retroauriculares e grandes dobras .
Eczema seborréico - todo c ouro cabeludo - forma clínica.
Manifesta-se nas regiões de maior atividade das glândulas sebáceas
Tratamento - medidas de higiene e administração de medicamentos;
- Antes de lavar a cabeça passa se óleo vegetal ou mineral ligeiramente aquecidos nas escamocrostas por uma hora e remover suavemente com pente fino;
Exudato: permanganato de potássio a 1:40000 seguidos de aplicação de cremes de
hidrocortizona ou cetoconazol ;
-Na seborréias - xampus à base de alcatrão, cetoconazol, enxofre ou piritionato de zinco.
•Infecções secundárias- antibióticos ou antifúngicos tópicos ou sistêmicos.
•Manter limpos o lactente e as roupas, unhas curtas, frequentes trocas de roupas de banho, cama, vestuário de preferência de algodão e não oclusivo.
4. ECZEMAS E DERMATITES
4.4 Dermatite (eczema) atópica
- Muito comum (5 a 10%das crianças ).
- Lesões crônicas re cidivantes pruriginosas até a puberdade.
- No lactente ocorre pr incipalmente no rosto e nas dobras de flexão.
- Na criança maior predominam as formas arredondadas e isoladas e as lesões em placa nas dobras de flexão do cotovelo e joelho, pescoço e tornozelo.
- É frequente a história pessoal e familiar de atopia (eczema, asma e rinite alérgica.
- Fase aguda: placas eritematosas isoladas ou confluentes, pode haver vesículas, descamação fina, prurido, escoriação, infecção secundária.
- Fase crônica: pele seca e espessada, escamativa, pruriginosa, escoriada e as recorrências são frequentes.
- Tratamento: corticoide tópico duas vezes ao dia.
- Evitar: sabonetes abrasivos, talco, perfume, banhos quentes prolongados e roupas sin téticas.
- Preferir: Sabonete neutro ou glicerinado, roupas de algodão e cremes hidratantes.
- Manter unhas curtas.
- Alguns casos estão associados a contato com alergenos: leite de vaca, soja, ovo, trigo e chocolate.
- Outros fatores de risco são o calor, umidade e estresse psicológico.
4. ECZEMAS E DERMATITES
4.5 Pitríase alba
- Manchas hipocrômicas, planas, arredondadas ou ovais, assintomáticas, de limites nem sempre precisos, às vezes de descamação fina.
- Predominam no rosto, pescoço e partes expostas dos braços e tórax superior.
- Destaca-se com a exposição ao sol, por não se bronzear como a pele em volta.
- Fatores predisponentes: sol e ressecamento. Erroneamente são confundidas com micos es ou parasitoses.
- Tratamento: Tende a se resolver sozinha em vários meses com tendência à recidiva. Uso de hidratantes.
5. DERMATOPARASITAS
5.1 PEDICULOSE
É uma infestação desencadeada pelo piolho Pediculus capitis, que alimenta do sangue humano. A saliva do piolho eliminada na picada e seu material fecal depositado na pele causam irritação e intenso prurido .
Transmissão ocorre por meio de contato pessoal, (frequente nas brincadeiras nas instituições infantis).
O quadro clínico caracteriza-se por prurido intenso no couro cabeludo especialmente na região occipital e retroauricular. A coçadura pode gerar escoriações e evoluir para infecção secundária. Pode-se observar linfonodos cervicais aumentados de tamanho.
Diagnóstico é feito a partir da verificação do piolho ou das lêndeas no couro cabeludo.
Tratamento consiste na adoção de adoções curativas e preventivas. A família, a criança e os profissionais precisam aprender como evitar a infestação, a sua propagação e a maneira adequada de utilizar o medicamento prescrito pelo médico. Deve-se periodicamente inspecionar a cabeça da criança. A simples lavagem da cabeça não acaba com a pediculose.
Os medicamentos empregados no tratamento da pediculose, o monossulfiram, a permetrina, o benzoato de benzila e outros devem obedecer a orientação médica.
5. DERMATOPARASITAS
5.2 ESCABIOSE
Transmitido pelo ácaro Sarcoptes scabiei hominis.
Prurido intenso à noite e aparecem de 10 a15 dias após a contaminação que esta ligada a resposta imune do hospedeiro, á reprodução e postura dos ovos.
Transmissão: contato direto, através do uso de roupas, objetos pessoais de indivíduos contaminados.
Crianças abaixo de dois anos as lesões aparecem no couro cabeludo, face, tronco, palmas das mãos e plantas dos pés.Com intenso prurido é comum surgir escoriações e consequente infecção secundaria bacteriana por Streptococcus piogênicos e Stafilococcus aureus.
Em maiores de dois anos as manifestações variam para regiões interdigitais dos pés,
mãos, punho, pregas axilares, região submamária, genitais e nádegas.
Diagnostico: identificação microscópica do ácaro após raspagem de uma lesão não
escoriada.
Tratamento ser eficaz é necessário a colaboração da família/cuidador. A família deve ser instruída quanto as medidas preventivas, curativas e de tratamento.
5. DERMATOPARASITAS
5.3 LARVA MIGRANS CUTÂNEA
Dermatose provocada pela penetração das larvas do Ancylostoma braziliense na pele.
Também conhecida como bicho geográfico é adquirida em terrenos arenosos de regiões quentes e úmidas onde os ovos do Ancylostoma braziliensis, parasita que vive no intestino do cão e gato, é eliminado nas fezes local onde se desenvolve.
Ao penetrar na pele, as larvas movimentam-se causando uma erupção levemente elevada, com uma pápula na porção terminal onde está localizada a larva.
Atentar-se nos locais em que se manifestam, podem frequentemente localizar-se nos pés, embora em crianças apareçam nas nádegas, períneo e outras regiões que tenham mantido contato com a área contaminada.
A coçadura pode gerar escoriações e evoluir para infecção secundária, eczematização, dificultando o diagnóstico .
Quando há a manifestação de um número pequeno de larvas, o tratamento é feito com tiabendazol oral ou albendazol ou ivermectina oral .
Tiabendazol é menos usado por poder provocar náuseas e vômitos com frequência.
6. DERMATOSES POR VÍRUS
6.1 HERPES SIMPLES
- Na infecção primária geralmente ocorre uma gengivoestomatite herpética que em algumas crianças pode ser recidivante.
- Nas secudárias a lesão é perioral e dos lábios, começa com ardor, queimação, eritema, vesículas finas, crostas.
- As vesículas secam e cicatrizam em 7 a 14 dias sem deixar marcas. Tende a ser recorrente. Pode haver infecção estreptocócica secundária.
- Tratamento: evolui cura em cerca de 7 a 10 dias.
Tratamento tópico melhora pouco e não é recomendado como rotina (penciclovir pomada –só pode ser usado em pele íntegra, não usar em olho ou mucosa).
REFERÊNCIAS
-OLIVEIRA, R. G. Blackbook –Pediatria. Belo Horizonte: Black Book Editora, 2005.
-WONG. Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. [editora] Marilyn J. Hockenberry; 
editores das se ções Da vid Wilson, Marlilyn L Winkelstein, tradução de Danielle Corbett, et al. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006
CAXUMBA
Descrição: A parotidite infecciosa é uma doença viral aguda, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares, geralmente a parótida e, às vezes, glândulas sublinguais ou submandibulares. 
 Sinonímia:Papeira, caxumba. 
 Agente etiológico: Vírus da família Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus. 
 Reservatório: O homem. 
 Modo de transmissão: Via aérea, através disseminação de gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. 
 Período de incubação: De 12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias. 
 Período de transmissibilidade: Varia entre 6 e 7 dias antes das manifestações clínicas, até 9 dias após o surgimento dos sintomas. O vírus pode ser encontrado na urina até 14 dias após o início da doença.
Sinais e Sintomas de Caxumba
Algumas pessoas podem ter a doença sem apresentar qualquer sintoma, ou então sinais muito brandos da doença. Quando os sintomas de caxumba se desenvolvem, eles usualmente aparecem após duas ou três semanas do contato com o vírus. O primeiro e mais importante sintoma é o inchaço das glândulas salivares. Outros sintomas incluem:
Inchaço e dor nas glândulas salivares (paroditite), podendo ser em ambos os lados ou em apenas um deles
Febre
Dor de cabeça
Fadiga e fraqueza
Perda de apetite
Dor ao mastigar e engolir.
 Diagnóstico Laboratorial: O diagnóstico da doença é eminentemente clínico-epidemiológico. Existem testes sorológicos (ELISA, inibição da hemaglutinação e fixação do complemento) ou de cultura para vírus, porém não são utilizadas de rotina. 
 Tratamento: Não existe tratamento específico, indicando -se apenas repouso, analgesia e observação cuidadosa, q uanto à possibilidade de aparecimento de complicações. Nos casos que cursam com meningite asséptica, o tratamento também é sintomático. Nas encefalites, tratar o edema cerebral e manter as funções vitais.
Referências
BRASIL, Ministério da Saúde. Guia de V igilância Epidemiológica . 7 ed. – Brasília: Ministério da 
Saúde, 2009. 
WHO. World Health Organization. Mumps. Veneza, 2009. 
Tratamento
Objetivo principal é o controle de infecção secundária, produzidas por bactérias.
Específico: não existe tratamento medicamentoso para essa patologia.
Sintomático: conforme os sintomas apresentados e suas intercorrências.
Isolamento domiciliar é indicado para evitar a propagação da doença.
Antitérmicos no caso de febre alta, sob prescrição médica.
Analgésicos para aliviar a dor, sob prescrição médica.
Antibiocoterapia tem nenhum valor no tratamento da caxumba, pois os vírus são resistente à ação dos antibióticos, os antibióticos só serão eficientes se manifestar alguma infecção secundária.
Dietoterapia leve, alimentos sem condimentos, devendo ser ingerido uma maior quantidade de líquidos, principalmente pela dificuldade de abrir a boca, os alimentos sólidos são mais dificéis de serem mastigados e deglutidos.
Bolsa de água quente pode aliviar a dor e o peso em alguns casos; mas outros doentes preferem a bolsa de água fria para o alívio da dor.
Higiene da boca é fundamental e eficaz no sentido de evitar a invasão de bactérias, que podem resultar em uma infecção secundária.
Repouso no leito é fundamental, pelo menos enquanto houver inchaço da parótida, para evitar complicações.
No caso de crianças debilitadas, de adultos com complicações da caxumba e gestantes que tem contato com doentes, é administrado a gamaglobulina, com elevada concentração de anticorpos. Essa medida permite atenuar a doença evitando as complicações, mas em contrapartida não oferece imunidade definitiva, esta só pode resultar dos anticorpos produzidos naturalmente pelo organismo ou pela aplicação de vacina específica.
Complicações
Podem ocorrer quando os órgãos atingidos pelo vírus são afetados mais profundamente, mas os casos são raros e quando sucedem é geralmente em adultos.
Orquite (inflamação dos testículos) começa em geral quando o inchaço da parótida está regredindo; o testículo fica inchado, dolorido, quente e aumenta de volume; a febre aumenta e o doente se sente mais abatido; depois de uma semana os sintomas desaparecem; a reação inflamatória pode ocorrer em um ou nos dois testículos; o comprometimento e a fertilidade dos testículos deve ser avaliada pelo urologista e talvez seja necessário posteriormente fazer um espermograma pra uma melhor avaliação, sob indicação médica.
Ooforite (inflamação dos ovários) pode ocorrer na mulher adulta.
Meningite e encefalite: pode ocorrer quando a cefaléia surge nos primeiros dias indicando que o cérebro foi afetado, mas é rarissímo acontecer, e quando acontece podem ser totalmente curadas, sem deixar sequelas.
Pancreatite (casos raros).
Tireoidite (casos raros).
Obs: A Orquite e a Ooforite só se manifesta em adultos ou adolescentes depois da puberdade, nunca em crianças. Nos homens a virilidade e a potencia sexual não são prejudicadas pela Orquite, mesmo que cause esterilidade.
Complicações na gravidez
Na mulher grávida que adquiriu a caxumba pode ocorrer Parotidite. No feto, dependendo do período da gravidez pode ocorrer:
algumas anomalias congênitas;
parto prematuro;
aborto;
morte do feto em casos rarissímos.
Portanto é imprescindível que a mulher grávida não entre em contato de maneira nenhuma com pacientes com caxumba ou com qualquer outro paciente portador de doença contagiosa. Mesmo que o paciente esteja no final do tratamento ou que esteja em período de convalescença, pois algumas doenças contagiosas ainda são transmissíveis, mesmo depois de terminado o tratamento, principalmente pelas vias aéreas superiores.
Sequelas
Queixo duplo: não é uma patologia, mas um problema estético que ocorre devido a um grande inchaço da parótida, quando a doença regride a região fica um pouco edemaciada resultando em queixo duplo que principalmente nas mulheres causa muito desconforto, esse problema só pode ser resolvido via cirurgia plástica; mas é uma sequela que pode ser evitada com cuidados específicos no decurso da doença.
Esterilidade masculina;
Cuidados Gerais
Deve ser reduzida a atividade física mesmo que o inchaço seja minímo, pois o vírus pode atacar outros órgãos, principalmente nos homens os testículos, podendo resultar em uma orquite que pode deixar como sequela a infertilidade.
Crianças que tenham dificuldade em engolir podem fazer uso de uma dieta líquida ou pastosa.
Mulheres grávidas devem evitar a visita a crianças ou adultos com caxumba, pois a doença é altamente contagiosa.
Existe uma maneira popular de aliviar a dor e o peso do inchaço da parótida: colocando-se um lenço grande por baixo do pescoço e dando um laço no alto da cabeça, fica parecendo um coelho, esse metódo ajuda muito a aliviar a dor. É uma alternativa popular, mas que funciona.
As crianças devem ficar em repouso moderado em casa, para não causar futuras complicações da doença.
Crianças só devem voltar à scola quando desaparecer completamente o inchaço das glândulas.
Se um dos testículos ficar maior que o outro, é necessário a consulta ao urologista para ser feita uma avaliação médica.
 Referências
BRASIL, Ministério da Saúde. Guia de V igilância Epidemiológica . 7 ed. – Brasília: Ministério da 
Saúde, 2009. 
WHO. World Health Organization. Mumps. Veneza, 2009. 
CATAPORA
A Catapora, também conhecida como Varicela, é uma doença  infecciosa aguda, altamente transmissível, causada pelo vírus varicela-zóster. Está classificada entre as afecções do tipo exantemáticas, aquelas que trazem como conseqüência erupções na pele.
A doença é mais comum em crianças entre 1 e 10anos, porém pode ocorrer em pessoas suscetíveis - não imunes - de qualquer idade. Na maioria das vezes evolui sem
consequências mais sérias, mas em pessoas com imunodeficiência ou em adultos, o quadro pode resultar numa manifestação hemorrágica grave, pneumonia e infecção  bacteriana secundária, devido à contaminação das feridas da pele.
Em todo inverno observa-se um aumento do número de casos da doença,
explicado pela permanência maior das crianças em ambientes fechados,
 como creches e salas de aula.  Por isso, a catapora é considerada uma doença endêmica e não epidêmica,
SINAISE SINTOMAS
O principal sintoma da catapora, a erupção na pele, tem início após um período de incubação que varia entre 10 e 21 dias. Num primeiro momento as lesões são do tipo macular, que se caracterizam por bolinhas vermelhas. Rapidamente evoluem para formar pequenas vesículas, bolhas, com conteúdo líquido que se rompem e dão origem às feridas. Essas feridas ganham uma crosta na fase de cicatrização. Caso cocem, só há riscos de cicatriz externa quando e se a ferida infeccionar. A geografia
 da doença começa no tronco e só depois se dissemina para braços e pernas. Acompanhamas erupções: febre, prurido (coceira) e desconfortogeneralizado.
TRANSMISSÃO
Ocorre, principalmente, pelas gotículas de saliva, pelo espirro e pela tosse ou pelo contato direto com o líquido das bolhas. Mais raramente, pode acontecer de forma
indireta, pelo contato com objetos recém-contaminados com secreção das vesículas.
É possível ainda a transmissão da varicela durante a gestação, através da placenta.
Pessoas acometidas pelo vírus transmitem a doença durante todo o período de formação das lesões da pele, que dura, em média, de cinco a sete dias.
TRATAMENTO
Por ser uma doença viral, o ideal é a prevenção através da vacina. Uma vez contaminado, o paciente deve ficar em casa, longe do convívio social, e esperar que as lesões da pele cicatrizem, para só aí retomar sua rotina normal.
Via de regra são administrados antitérmicos para controlar a febre e a prostração.
VACINA
Uma única dose da vacina, aplicada por via subcutânea, protege 97 % das crianças com até 13 anos. Resultados semelhantes são obtidos em pessoas maiores de 13 anos com a aplicação de duas doses da vacina. Sua indicação inclui todas as pessoas maiores de 1 ano de idade.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
- Não colocar pomadas
- Não furar as vesículas
- Medicar conforme prescrição médica
-Aferir  sinais vitais
- Ambiente seco e calmo.

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