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Ação Penal de Iniciativa Privada

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Ação Penal de Iniciativa Privada 
É aquela ação em que o titular da ação é o ofendido, é a vítima ou seu representante legal mediante queixa, por exemplo, crimes contra a honra.
Espécies de ação penal de iniciativa privada
Ação Penal Privada Propriamente dita, é a regra geral, acontece por exemplo crimes contra a honra, o prazo que o querelante tem para oferecer a queixa crime são 6 meses contados a partir do conhecimento da autoria, trata-se de um prazo penal, conta o dia do começo, devendo excluir o dia do final. Se a vitima morrer o direito de queixa passa para o cônjuge, ascendente, descente e irmão (art 100, S 4º, CP).
 Ação Privada Personalíssima somente a vítima pode oferecer a queixa, se a vitima morrer ocorre a extinção da punibilidade (art 107, I, cp.)
Subsidiária da Pública, se o promotor perder o prazo para oferecer a queixa crime, a vitima pode oferecer a denúncia subsidiaria, o prazo para oferecer a denúncia no prazo legal, se o promotor perder o prazo, a vítima pode oferecer em seu lugar no prazo de 6 meses a contar da inércia do promotor. (art 29, CPP) o promotor continua como parte do processo para auxiliar o andamento do processo, pode aditar a queixa, adiá-la, requerer provas, interpor recurso, em caso de inércia do querelante o promotor volta a ser a parte principal do processo.
Ação Penal Privada
Vamos definir: uma Ação Penal Privada é toda ação movida por iniciativa da vítima ou, se for menor ou incapaz, por seu representante legal. Transcrevemos abaixo a fundamentação no Artigo 100, § 2º, do Código Penal:
Art. 100, § 2º do CP - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo.
E no Artigo 30 do Código de Processo Penal:
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada.
O que a gente não pode deixar de lembrar é que o direito de punir é do Estado e nunca nosso - como diz o artigo 345 do Código Penal. Assim, o direito do ofendido neste caso não é o de querer fazer justiça ou não, mas o de poder escolher se aciona ou não o Poder Público. Assim, enquanto na Ação Penal Pública a legitimidade ativa é do Ministério Público, na Ação Penal Privada é do sujeito ofendido.
Mas não é só isto. Existem três espécies de Ação Penal Privada:
Exclusiva;
Personalíssima; e
Subsidiaria da Pública.
Vamos explicar cada uma delas...
A Ação Penal Privada Exclusiva é aquela em que a vítima ou seu representante legal exerce diretamente. É a chamada Ação Penal Privada propriamente dita. Quer saber uma coisa bem legal nesta espécie exclusiva? É que se por acaso houver morte do ofendido, por exemplo, o cônjuge, ascendentes, descentes e irmãos podem propor a ação privada. Legal, não é? Fundamentação? Artigo 31 do Código de Processo penal.
A Ação Penal Privada Personalíssima é diferente, pois a ação somente pode ser proposta pela vítima. Somente ela tem este direito. Não há representante legal nem a possibilidade dos legitimados no artigo 31 do CPP. Se o ofendido falecer? Já era, amigo. Extingui-se a punibilidade. E se a vítima, em ação privada personalíssima, tiver menos de 18 anos? Aí é ter paciência e esperar alcançar a maioridade - o que é evidente: o prazo decadencial não estará correndo. 
A Ação Penal Privada Subsidiária da Pública. Tranquilo também de compreender: sempre que numa ação penal pública o Ministério Público apresentar inércia, deixando de atuar nos prazos legais, não promovendo a denúncia, não pedindo arquivamento ou não requisitando novas diligências (previsão do artigo 46 do CPP), então o sujeito ofendido não vai sair no prejuízo, não é? Desta forma o ofendido apresenta a queixa e o Ministério Público sairá de sua posição de inércia e poderá aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervindo sempre em todos os termos do processo. O MP continua sendo o autor da ação, o dono da legitimidade ativa.
Obs: Querelante e Querelado são nomenclaturas atribuídas às partes de determinados processos criminais.
Os crimes podem ser de ação pública ou privada. Quando são de ação pública, o titular dessa ação é o Ministério Público.
Mas quando determinado crime é de ação privada, tais como os crimes contra a honra, o titular dessa ação será o próprio ofendido, que passa a ser denominado de querelante.

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