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AÇÃO PENAL

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AÇÃO PENAL 
Profa. Patricia Rosa
Mestra em Proteção e Efetivação de Direitos Fundamentais;
Especialista em Ciências Criminais;
Especialista em Advocacia Trabalhista;
Professora de graduação e Pós-graduação;
Advogada e Consultora Jurídica
patriciarrosa_@hotmail.com
Instagram: patriciarosar
AÇÃO PENAL
• É o procedimento judicial iniciado pelo titular da
ação quando há indícios de autoria e de
materialidade a fim de que o juiz declare
procedente a pretensão punitiva estatal e
condene o autor da infração penal.
• JUSTA CAUSA AÇÃO PENAL
AÇÃO PENAL
• O Estado, detentor do direito e do poder de
punir (jus puniendi), confere a iniciativa do
desencadeamento da ação penal a um órgão
público (Ministério Público) ou à própria vítima,
dependendo da modalidade de crime praticado.
AÇÃO PENAL
AÇÃO PENAL
• Ação penal pública é aquela em que a iniciativa
de seu desencadeamento é exclusiva do
Ministério Público (órgão público), nos termos
do art. 129, I, da CR/88.
• Em razão disso, havendo indícios de autoria e
materialidade colhidos durante as investigações,
mostra -se obrigatório o oferecimento da
denúncia (peça inicial neste tipo de ação).
AÇÃO PENAL - MODALIDADES
• a) Incondicionada — o exercício da ação
independe de qualquer condição especial.
• É a regra no processo penal, uma vez que, no
silêncio da lei, a ação será pública
incondicionada.
• b) Condicionada — a propositura da ação
penal depende da prévia existência de uma
condição especial (representação da vítima
ou requisição do Ministro da Justiça).
AÇÃO PENAL - MODALIDADES
• Representação da vítima ou a Requisição do
Ministro da Justiça, constituem:
CONDIÇÕES DE PROCEDIBILIDADE
AÇÃO PENAL - MODALIDADES
• Ação penal privada é aquela em que a iniciativa
da propositura da ação é conferida à vítima. A
peça inicial se chama queixa -crime.
AÇÃO PENAL PRIVADA - MODALIDADES
• a) Exclusiva — a iniciativa da ação penal é da
vítima, mas, se esta for menor ou incapaz, a
lei permite que a ação seja proposta pelo
representante legal. Em caso de morte da
vítima, a ação poderá ser proposta por seus
sucessores (cônjuge, companheiro, ascendente,
descendente ou irmão) e, se a ação já estiver em
andamento por ocasião do falecimento, poderão
eles prosseguir na ação.
• Nesse tipo de delito, a lei expressamente
menciona que somente se procede mediante
queixa.
AÇÃO PENAL PRIVADA - MODALIDADES
• b) Personalíssima — a ação só pode ser
proposta pela vítima. Se ela for menor deve -se
aguardar que complete 18 anos. Se for doente
mental deve -se aguardar eventual
restabelecimento. Em caso de morte a ação não
pode ser proposta pelos sucessores. Se já tiver
sido proposta na data do falecimento a ação se
extingue pela impossibilidade de sucessão no
polo ativo.
• Nesse tipo de infração a lei esclarece que
somente se procede mediante queixa do
ofendido.
AÇÃO PENAL PRIVADA - MODALIDADES
• c) Subsidiária da pública — é a ação proposta
pela vítima em crime de ação pública,
possibilidade que só existe quando o
Ministério Público, dentro do prazo que a lei
lhe confere, não apresenta qualquer
manifestação.
AÇÃO PENAL
Condições gerais da ação
• São condições que devem estar presentes para a
propositura de toda e qualquer ação penal:
• a) Legitimidade de parte.
• b) Interesse de agir.
• c) Possibilidade jurídica do pedido.
• Observação: Além dessas condições gerais,
algumas espécies de ação penal exigem condições
específicas, como a ação pública condicionada, que
pressupõe a existência de representação da
vítima ou de requisição do Ministro da Justiça.
Princípios da ação penal
• Os princípios, desde os primórdios do direito
processual penal, constituem importantes
instrumentos para que os julgadores balizem suas
decisões e também para que o legislador atue
dentro de determinados parâmetros na
elaboração das leis.
• Trata -se de diretrizes genéricas que servem para
definir limites, fixar paradigmas ou o alcance das
leis, bem como para auxiliar em sua
interpretação.
Princípios da ação penal
• Observação: Os dispositivos do Código de
Processo Penal, aprovado em 1941, que eram
incompatíveis com os princípios constitucionais
da Carta de 1988, foram revogados por leis
posteriores ou deixaram de ser aplicados em
razão de decisões ou súmulas de nossos tribunais
superiores.
Princípios constitucionais da ação 
penal
• Princípio do juiz natural
• Princípio do promotor natural
• Princípio do devido processo legal
• Princípio da vedação da prova ilícita
• Princípio da presunção de inocência
• Princípio do contraditório e da ampla defesa
• Princípio do privilégio contra a autoincriminação (nemo
tenetur se detegere)
• Princípio da publicidade
• Princípio da razoável duração do processo
• Princípio da motivação das decisões judiciais
• Princípio da imparcialidade do juiz
• Princípio do duplo grau de jurisdição
• Princípio da intranscendência
Ação Penal Pública
OBRIGATORIEDADE INDISPONIBILIDADE OFICIALIDADE
PRINCÍPIOS ESPECIFICOS 
Alex Vieira
Nota
obs: Retratação da representação = se existirem dois autores conhecidos do delito e a vitima diz que quer representar só que em relação a um deles, o MP pode oferecer denuncia contra ambos, por que a representação é autorização para apuração do crime e não para a punição de autores da infração especificados pela vitima. 
Ação Penal Pública Incondicionada
• MP é titular;
• Exercício do direito de ação não depende de qualquer
condição especial;
• Justa causa = autorização para o MP oferecer
denúncia;
• Quando um tipo penal nada menciona a respeito
da espécie de ação penal o crime é considerado de
ação pública incondicionada;
• Ex: homicídio, aborto, roubo, sequestro, extorsão,
falsificação de documento, peculato, corrupção,
desacato, falso testemunho, tráfico de drogas, tortura
etc.
Ação Penal Pública Condicionada a 
Representação
• MP é titular;
• A representação é uma manifestação de
vontade da vítima ou de seu representante legal
no sentido de solicitar providências do Estado
para a apuração de determinado crime e,
concomitantemente, autorizar o Ministério
Público a ingressar com a ação penal contra os
autores do delito.
• Representação = condição de procedibilidade;
Ação Penal Pública Condicionada a 
Representação
• A lei expressamente menciona junto ao tipo penal
que “somente se procede mediante
representação”.
• Exs.: crime de ameaça (art. 147, parágrafo único,
do CP); crime de furto de coisa comum (art. 156,
§ 1º, do CP); crime contra o patrimônio que não
envolva violência ou grave ameaça cometido
contra irmãos ou em prejuízo de tio ou sobrinho
com quem o agente coabita, desde que a vítima
não tenha mais de 60 anos (art. 182, II e 183, III,
do CP);
Ação Penal Pública Condicionada a 
Representação
• A REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO VINCULA
A ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO? EM
OUTRAS PALAVRAS, HAVENDO
REPRESENTAÇÃO, O MINISTÉRIO PÚBLICO
ESTÁ OBRIGADO A DENUNCIAR O SUJEITO?
Ação Penal Pública Condicionada a 
Representação
• O art. 127, § 1º, da Constituição Federal confere aos
membros do Ministério Público a independência
funcional no sentido de tomarem suas decisões, no
exercício das funções, de acordo com a própria
convicção, sendo que tais decisões só poderão ser
eventualmente revistas pelo chefe da Instituição
(Procurador -Geral) naquelas hipóteses em que a lei
o permitir.
• Assim, a existência de representação da vítimanão
vincula o órgão do Ministério Público, que, portanto,
pode requerer o arquivamento do inquérito ou
denunciar apenas um dos investigados por entender
que não há provas contra os demais.
Ação Penal Pública Condicionada a 
Representação
• O art. 127, § 1º, da Constituição Federal confere aos
membros do Ministério Público a independência
funcional no sentido de tomarem suas decisões, no
exercício das funções, de acordo com a própria
convicção, sendo que tais decisões só poderão ser
eventualmente revistas pelo chefe da Instituição
(Procurador -Geral) naquelas hipóteses em que a lei
o permitir.
• Assim, a existência de representação da vítimanãovincula o órgão do Ministério Público, que, portanto,
pode requerer o arquivamento do inquérito ou
denunciar apenas um dos investigados por entender
que não há provas contra os demais.
Ação Penal Pública Condicionada a 
Representação
• É POSSÍVEL DESISTIR DA REPRESENTAÇÃO?
• A representação é direcionada a apuração de determinado fato
criminoso.
• Existindo representação, o MP está autorizado a desencadear a ação
contra qualquer pessoa identificada como envolvida no delito.
• Muitas vezes, a representação é oferecida sem que a autoria seja
conhecida, para que o delegado inaugure inquérito exatamente para
apurá -la.
• Se, posteriormente, descobre -se que o autor do crime é pessoa
íntima da vítima e ela não quer ver tal pessoa processada, a solução
encontra -se no art. 25 do Código de Processo, que permite a
retratação da representação antes do oferecimento da denúncia,
hipótese em que o Ministério Público não poderá desencadear a ação.
• A retratação da representação é total.
Ação Penal Pública Condicionada a 
Representação
• Art. 39, CPP: Aspectos formais da
representação:
• a) a representação pode ser endereçada ao juiz, ao
Ministério Público e à autoridade
• policial;
• b) a representação pode ser ofertada pessoalmente
ou por procurador com poderes
• especiais;
• c) pode ser apresentada mediante declaração escrita
ou verbalmente, mas, na
• última hipótese, deve ser reduzida a termo (é oral
somente na origem).
Ação Penal Pública Condicionada a 
Representação
• Na prática, contudo, nossos tribunais
rechaçaram por completo a necessidade
desses formalismos sendo absolutamente
pacífica a validade da representação
apresentada sem rigores formais. Assim,
basta que a vítima ou seu representante deixem
claro seu interesse em ver o delito apurado, sendo
suficiente, por exemplo, que façam constar do
boletim de ocorrência que desejam ver
responsabilizados os autores do crime.
Ação Penal Pública Condicionada a 
Representação
• PRAZO PARA OFERECIMENTO DA
REPRESENTAÇÃO:
• De acordo com o art. 38 do Código de Processo
penal, o direito de representação deve ser
exercido no prazo de 6 meses a contar do dia em
que a vítima ou seu representante legal
descobrem quem é o autor do delito. O prazo a
que a lei se refere é para que a representação
seja oferecida, podendo o Ministério Público
oferecer denúncia mesmo após esse período.
Ação Penal Pública Condicionada a 
Representação
TITULARIDADE DA REPRESENTAÇÃO
1) Vítima menor de 18
anos:
a) o direito é do
representante legal;
b) se o menor não tem
representante ou se há
colidência de interesses, o
juízo da infância deve
nomear curador especial.
2) Vítima maior de 18
anos:
a) se for sã, só ela tem o
direito de representação;
b) se for doente mental, o
direito é do representante
legal;
c) se for doente mental e
não tiver representante ou
se houver colidência de
interesses, o juiz
criminal deve nomear
curador especial.
3) Vítima falecida ou
declarada ausente:
a) o direito pode ser
exercido pelo cônjuge,
companheiro, ascendente,
descendente
ou irmão.
Representação – Resumindo...
• 1) Conceito: manifestação de vontade solicitando a instauração da
investigação e autorizando o Ministério Público a propor a ação penal
contra os autores da infração.
• 2) Natureza jurídica: condição de procedibilidade.
• 3) Prazo: 6 meses a contar do descobrimento da autoria.
• 4) Consequência do não exercício do direito de
representação no prazo legal: decadência do direito e extinção
da punibilidade do infrator.
• 5) Destinatários: autoridade policial, Ministério Público ou Juiz de
Direito.
• 6) Titulares do direito: ver quadro.
• 7) Retratação: é possível até o oferecimento da denúncia. É
também possível a retratação da retratação dentro do prazo
decadencial.
• 8) Aspectos formais: a representação não exige formalismo. Pode
ser apresentada pessoalmente ou por procurador com poderes
especiais.
Ação penal pública condicionada a 
REQUISIÇÃO
• A requisição do Ministro da Justiça é também
uma condição de procedibilidade.
• Em determinados ilícitos penais, entendeu o
legislador ser pertinente que o Ministro da
Justiça avalie a conveniência política de ser
iniciada a ação penal pelo Ministério Público.
Ação Penal Pública
• O prazo para oferecimento da denúncia é de 5 dias, 
se o indiciado estiver preso, e de 15 dias se estiver 
solto (art. 46 do CPP), contando -se da data em que 
o Ministério Público receber os autos com vista.
• Esses prazos, contudo, são impróprios, de modo que 
o Ministério Público continua podendo oferecer a 
denúncia após o seu decurso. O descumprimento do 
prazo tem outras consequências: a) possibilidade de 
o réu preso pleitear sua libertação; b) possibilidade 
de a vítima ingressar com queixa -crime subsidiária.
Ação Penal Privada
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS
OPORTUNIDADE DISPONIBILIDADE INDIVISIBILIDADE
Ação Penal Privada
• Três espécies:
• AÇÃO PENAL PRIVADA EXCLUSIVA
• AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA
• AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA
PÚBLICA.
Ação Penal Privada EXCLUSIVA
• A iniciativa da ação cabe ao ofendido ou seu
representante legal, mas, em caso de morte ou
declaração de ausência destes antes da
propositura da ação, esta poderá ser intentada,
dentro do prazo decadencial de 6 meses, por seu
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (art.
31 do CPP).
• Atualmente, tal direito é reconhecido também ao
companheiro em caso de união estável.
Ação Penal Privada EXCLUSIVA
• Exs.: crimes contra a honra (art. 145 do CP), salvo
algumas exceções; crime de dano simples ou
qualificado pelo motivo egoístico ou pelo prejuízo
considerável causado à vítima (art. 167 do CP);
crime de esbulho possessório em propriedade
particular e sem emprego de violência (art. 164, §
3º, do CP); crimes contra a propriedade
industrial (art. 199 da Lei n. 9.279/96); etc.
Ação Penal Privada EXCLUSIVA
• QUERELANTE: sujeito ativo (autor) da ação
penal privada;
• QUERELADO: acusado;
• Peça que dá início a APPrivada: QUEIXA-
CRIME
• Para apresentar queixa-crime o procurador do
ofendido deve estar munido de procuração com
poderes especiais, em cujo mandato deve constar
menção ao fato criminoso e o nome do querelado
(art. 44, CPP)
Ação Penal Privada PERSONALÍSSIMA
• A ação só pode ser intentada pela vítima.
• Se esta for menor de idade deve –se aguardar que
complete 18 anos para que tenha legitimidade
ativa.
• Se for incapaz em razão de doença mental, deve -
se aguardar sua eventual melhora.
• Em tais hipóteses, o prazo decadencial de 6
meses só correrá a partir da maioridade ou da
volta à capacidade mental.
Ação Penal Privada PERSONALÍSSIMA
• Atualmente, o único crime de ação privada
personalíssima previsto no Código Penal é o de
induzimento a erro essencial ou ocultação
de impedimento para casamento, em que o
art. 236, parágrafo único, do Código Penal
estabelece que a ação penal só pode ser iniciada
por queixa do contraente enganado.
• Dessa forma, a morte do ofendido implica
extinção da punibilidade do autor do crime, uma
vez que não será possível a substituição no polo
ativo.
Ação Penal Privada
• Se for instaurado inquérito em crime de ação privada, ele
deve ser remetido ao juízo após sua conclusão, onde
aguardará eventual apresentação de queixa -crime.
• Com a chegada dos autos ao juízo, todavia, deve -se dar
vista ao Ministério Público para que verifique se, por
acaso, o delito apurado não é de ação pública ou conexo
com crime desta natureza. Deverá, ainda, analisar se já
ocorreu alguma causa extintiva da punibilidade
(prescrição, decadência, renúncia), hipótese em que
deverá pleitear que o juiz a declare.
• Ao término da instrução, o Ministério Público deve se
manifestar apresentando sua convicção em torno da
absolvição ou condenação do querelado.
Ação Penal Privada
• O Ministério Público atua em todos os crimes de
ação privada na condição de fiscal da lei (custus
legis).
• Sua função, portanto, é verificar se estão corretos
os procedimentos adotados e se estão sendo
garantidos os direitos das partes.Para isso, deve
sempre ter vista dos autos e participar das
audiências.
Ação Penal Privada
• Existem quatro causas extintivas da punibilidade
regulamentadas no Código de Processo Penal,
que têm incidência nos crimes de ação privada
exclusiva e personalíssima:
• a) decadência;
• b) perempção;
• c) renúncia;
• d) perdão.
Ação Penal Privada
• A) DECADÊNCIA: Na ação privada, a decadência é
a perda do direito de ingressar com a ação em
face do decurso do prazo sem o oferecimento
da queixa;
• Art. 103 do CP: o prazo decadencial é de 6 meses a
contar do dia em que a vítima ou seu
representante legal tomam conhecimento da
autoria da infração. Este é o prazo para que a
queixa -crime seja protocolada em juízo ainda
que os autos sejam conclusos posteriormente ao juiz
para apreciação;
Ação Penal Privada
• B) PEREMPÇÃO: É uma sanção aplicada ao
querelante, consistente na perda do direito de
prosseguir na ação penal privada, em razão de
sua inércia ou omissão no transcorrer da ação
penal.
• Hipóteses previstas no art. 60 do CPP:
▫ Omissão em dar andamento ao processo por 30 dias
▫ Ausência injustificada a ato a que deva estar presente
▫ Ausência de pedido de condenação nas alegações
finais
▫ Extinção da pessoa jurídica sem deixar sucessor
Ação Penal Privada
• C) RENÚNCIA: É um ato pelo qual o ofendido
abre mão (abdica) do direito de oferecer a
queixa.
• Trata -se de ato unilateral, uma vez que, para
produzir efeitos, independe de aceitação do
autor do delito.
• Ademais, é irretratável.
• A renúncia só pode ocorrer antes do início da
ação penal (antes do recebimento da queixa).
Ação Penal Privada
• D) PERDÃO:
• É um ato pelo qual o querelante desiste do
prosseguimento da ação penal privada,
desculpando o querelado pela prática da infração
penal. O perdão só é cabível quando a ação penal já
se iniciou com o recebimento da queixa e pressupõe
também que não tenha havido trânsito em
julgado da sentença condenatória.
• Cuida -se de ato bilateral, uma vez que gera a
extinção da punibilidade somente se for aceito pelo
ofendido.
• O próprio art. 107, V, do Código Penal diz que se
extingue a punibilidade pelo perdão aceito.
Ação Penal Privada SUBSIDIÁRIA DA 
PÚBLICA
• Art. 5º, LIX, da Constituição Federal, “será
admitida ação privada nos crimes de ação
pública, se esta não for intentada no prazo legal”.
• Apesar de o constituinte ter conferido ao
Ministério Público a titularidade exclusiva da
ação penal nos crimes de ação pública (art. 129, I,
da CF), não conferiu caráter absoluto a tal
prerrogativa, já que, se o órgão ministerial
mostrar -se desidioso e não se manifestar dentro
do prazo previsto em lei, poderá a vítima oferecer
queixa subsidiária.
Ação Penal Privada SUBSIDIÁRIA DA 
PÚBLICA
• Art. 46 do Código de Processo, o prazo para o 
oferecimento de denúncia é de, a contar da data 
em que for recebido o inquérito policial pelo MP:
• 5 dias, se o indiciado estiver preso.
• 15 dias, se estiver solto.
Ação Penal Privada SUBSIDIÁRIA DA 
PÚBLICA
• O razo para o promotor se manifestar não é
peremptório, sua inércia gera a possibilidade
da queixa subsidiária, mas não impede que ele
próprio ofereça denúncia se a vítima ainda não
tiver apresentado a queixa.
• Além disso, se a vítima não ingressar com a ação
supletiva dentro de 6 meses, não haverá
extinção da punibilidade porque o crime, em
sua natureza, é de ação pública. Assim, após esses
6 meses, a vítima não mais poderá oferecer
queixa subsidiária, mas o Ministério Público
ainda poderá oferecer a denúncia.
Ação Penal Privada SUBSIDIÁRIA DA 
PÚBLICA
• O prazo para o promotor se manifestar não é
peremptório, sua inércia gera a possibilidade
da queixa subsidiária, mas não impede que ele
próprio ofereça denúncia se a vítima ainda não
tiver apresentado a queixa.
• Além disso, se a vítima não ingressar com a ação
supletiva dentro de 6 meses, não haverá
extinção da punibilidade porque o crime, em
sua natureza, é de ação pública. Assim, após esses
6 meses, a vítima não mais poderá oferecer
queixa subsidiária, mas o Ministério Público
ainda poderá oferecer a denúncia.
AÇÃO PENAL - MODALIDADES
• Representação da vítima ou a Requisição do
Ministro da Justiça, constituem:
CONDIÇÕES DE PROCEDIBILIDADE

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