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Iniciação à Natação Desportiva

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NATAÇÃO
DEFINIÇÃO:
A natação se define como: "ação e efeito de nadar" (REAL ACADEMIA ESPANHOLA, 1997), entendendo por nadar: "transladar-se uma pessoa ou animal na água, ajudando-se dos movimentos necessários e sem tocar o solo nem outro apoio" (REAL ACADEMIA ESPANHOLA, 1997). Se comparamos dita definição com a de outros autores, vemos que aparecem termos como energias: "Avance voluntário num líquido elemento, graças às próprias energias" (IGUARÁN, 1972), ou inclusive o termo sustentar-se, mas fazendo unicamente referência ao homem: "Meio que permite ao homem sustentar-se e avançar na água" (RODRÍGUEZ, 1997).
Baseando-nos nos autores citados anteriormente, podemos definir a natação como "a habilidade que permite ao ser humano deslocar-se num meio líquido, normalmente a água, graças às forças propulsivas que gera com os movimentos dos membros superiores, inferiores e corpo, que lhe permitem vencer as resistências que se opõem ao avanço". Uma vez definida a natação, ao adicionar-lhe o adjetivo "desportiva", teríamos a atividade na que o ser humano pratica um esporte olímpico regulamentado, com o objetivo de deslocar-se da forma mais rápida possível na água, graças às forças propulsivas que gera com os movimentos dos membros superiores, inferiores e corpo, que lhe permitem vencer as resistências que se opõem ao avanço do nadador (Adaptado de Arellano, 1992). É no âmbito da natação desportiva no que desenvolvemos o presente trabalho.
INICIAÇÃO À PRATICA DE NATAÇÃO
Através de pesquisas em livros, apostilas e sites da internet, percebeu-se que o desenvolvimento do bebê na água inicia-se durante a gestação, pois relembra sua vivência dentro da barriga da mamãe, o que demonstra que a água é prazerosa. O desenvolvimento na água acontece conforme sua maturação, com o aprimoramento de seus reflexos e da coordenação.
Conforme Fonseca (1983), um elemento fundamental para as experiências com bebês no meio aquático é a presença da mãe/pai/alguém que lhe é familiar, junto dele na água, durante todo o processo de estimulação aquática, isto é, a “aula”, onde os pais vão proporcionar-lhes segurança afetiva e segurança física, atuarão como agentes no auxílio no desempenho e nós, professores, seremos os mediadores. Não é recomendado substituir os pais, nem mesmo pelo professor altamente especializado. Deve-se considerar os aspectos psicológicos de cada criança: o bebê ainda tem um círculo muito restrito de seu meio ambiente; os adultos que o cercam, são os de sua convivência familiar e doméstica, portanto, qualquer pessoa estranha que entre no seu pequeno mundo será motivo de abalo em seu equilíbrio emocional, então com os pais, as crianças já não se assustam tanto.
 Antes de tudo existem quatro aspectos essenciais nesta fase: o respeito pela fase de desenvolvimento maturacional que o aluno se encontra, o contato físico, o contato social que o aluno terá com o professor e a segurança, pois não basta que o aluno esteja seguro e sim que ele se sinta seguro. Piaget (1982) propõe dois estágios de desenvolvimento até os 6 (seis) anos: 1. Período Sensório-motor: do nascimento aos 2 anos. 2. Período Pré-operacional: dos 3 aos 6 anos.
A natação propriamente dita inicia-se a partir dos 5 anos, podendo haver casos mais precoces, em que as crianças começam a realizar movimentos característicos dos estilos. Até então, podemos dizer que o “nadar” são ESTÍMULOS AQUÁTICOS PARA BEBÊS. O oferecimento de atividades aquáticas adequadas à criança constitui-se em um dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento das suas capacidades motoras. Na criança, um dos principais objetivos para que consigamos um desenvolvimento, em busca de saúde e equilíbrio, é desenvolver o gosto pela atividade, através de objetivos claros, dentro de sua capacidade psicomotora. A aprendizagem da natação para crianças, em geral, é realizada respeitando-se idades e habilidades conforme o seu desenvolvimento, e, assim, não tornando o ensino precoce, pois pode prejudicar o seu desenvolvimento. Respeitando-se o desenvolvimento da criança pode-se fazer com que ela tenha uma longa vida útil na natação, ou seja, atinja a idade adulta nadando, e que se torne um multiplicador dos futuros nadadores, das novas gerações.
BENEFICIOS DA NATAÇÃO
A natação produz benefícios físicos e/ou fisiológicos sobre o sistema de regulação térmica, o aparelho circulatório, aparelho respiratório, aparelho locomotor; benefícios psicossociais uma vez que “aprender a nadar é também um processo de aprendizagem de socialização”; e benefícios cognitivos uma vez que a água, com seus efeitos terapêuticos e aspectos motivacionais, estimulam o desenvolvimento do poder de concentração e da aprendizagem cognitiva (COSTA; DUARTE, 2000).
A água oferece propriedades que facilitam a locomoção da pessoa sem grande esforço, reduzindo o estresse das articulações que sustentam o peso do corpo, ajudando no equilíbrio estático e dinâmico (COSTA; DUARTE, 2000). a) sistema de regulação térmica Devido às mudanças constantes de temperatura da água, o mecanismo de regulação térmico do corpo é constantemente acionado, fazendo com que o organismo adquira uma maior resistência às mudanças bruscas da temperatura externa, resultando em maior resistência contra as doenças provocadas pelas intempéries do meio. b) coração e aparelho respiratório A pressão e a resistência da água, em conjunto com o esforço da atividade resultam em um aumento do metabolismo, promovendo o fortalecimento da musculatura cardíaca, o aumento do volume do coração e uma conseqüente 17 melhoria do sistema circulatório, onde há uma diminuição da pressão sanguínea sistólica em repouso e um pequeno aumento da pressão sanguínea diastólica, aumentando a capacidade de transporte de oxigênio e da elasticidade dos vasos sanguíneos, reduzindo o esforço cardíaco. c) aparelho respiratório A força da pressão da água sobre o abdômen e a caixa torácica exige um esforço maior na inspiração e uma maior facilidade no movimento de expiração. Como conseqüência desse movimento constante ocorre o fortalecimento dos músculos respiratórios, aumentando o volume máximo respiratório e melhoria na elasticidade da caixa torácica. d) aparelho locomotor Devido à eliminação quase total da força da gravidade e o aumento do poder de sustentação, estas propriedades, juntamente com o alto poder de viscosidade da água auxiliam na execução de movimentos que seriam realizados com dificuldade fora da água, contribuindo assim para a realização de exercícios de educação motora com maior segurança. A resistência da água contribui para o fortalecimento de grupos musculares envolvidos no exercício e melhoria na função dos músculos. e) psicossocial Como conseqüência de sua maior liberdade de movimentos na água, a pessoa aprende a experimentar suas potencialidades e conhecer a si próprio, a partir desse momento inicia o seu prazer em desfrutar a água, aumentando conseqüentemente sua auto-estima, autoconfiança, auto-imagem e por fim, sua 18 independência. Ocorre também a melhoria nos relacionamentos interpessoais, melhoria no humor e na motivação. f) cognitivo As propriedades da água e os aspectos motivacionais estimulam o desenvolvimento da aprendizagem cognitiva e do poder de concentração. g) fisiológico Segundo Innenmoser apud Costa e Duarte (2000), os benefícios fisiológicos das atividades em água são: • diminuição de espasmos e relaxamento muscular; • alívio da dor muscular e articular; • manutenção ou aumento da amplitude de movimento articular; • fortalecimento e aumento da resistência muscular localizada; • melhoria circulatória e elasticidade da pele; • melhoria do equilíbrio estático e dinâmico; • relaxamento dos órgãos de sustentação (coluna vertebral); • melhoria da postura; • melhoria da orientação espaço-temporal; • melhoria do potencial residual (adaptação de movimento na água).
RISCO DE LESÕES NA NATAÇÃO
Os fatores causais para lesões têm sido caracterizados no âmbito biomecânico; contudo, existem limitações importantes para obtenção de visão epidemiológicamais evidente sobre o tema em questão(7). Inicialmente, deve-se atentar para a dificuldade de acesso às informações sobre os atletas e suas lesões conforme descreve Pastre(8). Conseguir informações desta natureza não constitui tarefa fácil, o que fica evidenciado pela escassez de estudos disponíveis na literatura científica.
A exposição constante a modalidades esportivas diversas em quaisquer níveis de performance, por si, constitui-se situação de risco para ocorrência de lesões(1). Alguns estudos(2-4) abordam o tema Lesões Desportivas (LD), contudo o que se percebe é que nem sempre há consenso sobre métodos de registro de informações ou ainda, sobre aspectos conceituais relacionados ao assunto e, assim, uma maior atenção sobre a questão deve ser considerada.
Dentre os diversos esportes, a natação pode predispor seus praticantes às LD. Tal modalidade é popular em diversos países, sendo indicada como adjuvante para manutenção de bons níveis de saúde tanto do sistema cardiorespiratório quanto do músculo-esquelético(9). Contudo, a exposição à sua prática tem mostrado alguns riscos, sobretudo para integridade do sistema músculo-esquelético(10,11) . Os fatores causais para lesões têm sido caracterizados no âmbito biomecânico.
O joelho é a região de maior vulnerabilidade a lesões. Alguns fatores extrínsecos como tempo de treinamento, técnica deficiente, alta intensidade de treinamento e distância nadada, esforço repetitivo, excesso de carga durante o treinamento e falta de orientação, entre outros, permitem lesionar com maior predisposição a região medial dos joelhos, seguida do quadril e dos pés. O conhecimento dos fatores extrínsecos para lesões nos membros inferiores de nadadores, pode tornar mais eficaz o combate às lesões durante os treinos de natação, melhorando com isso, o rendimento do atleta.
OS QUATRO ESTILOS DE NADO
Nado crawl: É o primeiro estilo que o iniciante na modalidade aprende nas aulas de natação. Considerado o mais rápido dos quatro ele também é o preferido nas provas de nado livre. O nadador fica com o peito para o fundo da piscina e movimenta os braços para cima e para baixo de forma alternada, assim como as pernas. A respiração pode ser feita de forma lateral (normalmente utilizada em provas de piscina) ou de forma frontal (usada em provas de águas abertas).
Nado costas: Aqui o nadador fica na posição inversa do nado crawl, com as costas voltadas para o fundo da piscina. Para se locomover os braços fazem movimentos alternados em rotação e é preciso bater as pernas na água também de forma alternada. Esse nado tem algumas particularidades em relação aos demais estilos. É o único onde o nadador não precisa tirar a cabeça da água para respirar, a saída é feita dentro da água e há bandeirolas no alto para orientar o atleta.
Nado peito: É o estilo mais técnico da natação. Aqui o nadador precisa movimentar os braços e pernas de forma sincronizada. As pernas são estendidas para trás e quando esticadas deixam o corpo na posição horizontal. Ao mesmo tempo os braços precisam “puxar” a água de frente para trás. Esse movimento joga o peito do atleta para frente e faz com que a cabeça dele fique fora da água para poder ser feita a respiração.
Nado borboleta: Também conhecido como golfinho, é o último nado que o atleta aprender a executar. É também considerado o mais difícil. Aqui o nadador precisa fazer ondulações com o corpo todo durante o percurso inteiro. Para efetuar a braçada o atleta precisa puxar a água com os dois braços simultaneamente, jogá-los para trás e depois esticá-los a frente do corpo. A respiração é feita durante este processo quando a cabeça emerge da água.
A junção dos quatro estilos acarreta no nado medley. Aqui o nadador precisa nadar os quatro de uma só vez na seguinte ordem: borboleta, costas, peito e crawl. Em provas de revezamento a ordem muda e passa a ser a seguinte: costas, peito, borboleta e crawl
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
A natação é um dos esportes mais praticados no mundo e uma das áreas da educação física mais importantes. Por isso, é necessário entender seus benefícios e riscos. A compreensão de como iniciar pode viabilizar segurança para a prática deste esporte. Inicialmente é necessário acompanhar os filhos no primeiro contato com a água e incentiva-los a pratica desse esporte. O contrário poderá ocasionar dificuldades para o futuro, tornando indivíduos sem afinidade com a água e que não sabem nadar. 
Com o respectivo conhecimento prévio, é possível ter segurança e com isso realizar os diversos tipos de nado. A natação porém, não deve ser considerada como um esporte de caráter apenas competitivo, haja vista seus diversos benefícios, ela pode ser orientada como uma atividade física a ser realizada regularmente, sempre com um auxilio de um profissional da área.
	No caráter competitivo, é necessário dar ênfase a prática constante e buscar sempre os melhores resultados nos treinos para garantir-se como um bom profissional da natação.
	Apesar de este esporte ser bastante praticado no Brasil, ele ainda tem sua imagem obscurecida diante de outros esportes como futebol, volêi e etc. Ficando na maioria das vezes como segunda opção. Não há um incentivo para a sua prática. Nesse sentido é necessário desenvolver políticas governamentais de incentivo a essa prática que a literatura enfatiza: traz inúmeros benefícios.

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