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Módulo IIMódulo IIMódulo II Química Geral e Inorgânica Maria Rita de Morais Chaves Santos José Milton Elias de Matos PRESIDENTE DA REPÚBLICA Luiz Inácio Lula da Silva MINISTRO DA EDUCAÇÃO Fernando Haddad GOVERNADOR DO ESTADO Wellington Dias REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ Luiz de Sousa Santos Júnior SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO MEC Carlos Eduardo Bielschowsky COORDENADORIA GERAL DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL Celso Costa SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ Antonio José Medeiros COORDENADOR GERAL DO CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA A DISTÂNCIA DA UFPI Gildásio Guedes Fernandes SUPERITENDENTE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NO ESTADO Eliane Mendonça DIRETOR DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA Helder Nunes da Cunha COORDENADOR DO CURSO DE FÍSICA Miguel Arcanjo Costa COODENADORA DE MATERIAL DIDÁTICO DO CEAD/UFPI Cleidinalva Maria Barbosa Oliveira DIAGRAMAÇÃO João Paulo Barros Bem 5237q Santos, Maria Rita de Morais Chaves Química Geral e Inorgânica: Módulo II./ Maria Rita de Morais Chaves Santos, José Milton Elias de Matos - Teresina: UFPI/ CEAD, 2008. 129 p. 1. Química. 2. Química Inorgânica. I Matos, José Milton Elias de. II. Título. C.D.D. 540 Ta be la P er ió di ca d os E le m en to s A química estuda os elementos químicos suas propriedades físicas e químicas, os compostos que eles formam, as transformações químicas ou físicas e as variações de energia que as acompanha. Por que estudar química? A química está provavelmente mais entranhada em nossas vidas do que se imagina. Transporte, vestuário, comunicação, recreação, habitação, produtos alimentícios e fármacos, cada um destes segmentos de nossas vidas diárias é resultado do desenvolvimento de algum produto ou material químico. Os avanços das sociedades têm estado intimamente ligados às habilidades dos homens em produzir e manusear materiais que atendam as suas necessidades, a tal ponto que as civilizações antigas foram designadas pelo nível de seus desenvolvimentos, haja vista, as designações dos períodos, como Idade da pedra e Idade de bronze. O desenvolvimento da química e de materiais e suas propriedades tem tornado a vida moderna mais confortável, como por exemplo, as propriedades óticas, cujo estímulo é a radiação eletromagnética ou a luminosa que tem permitido o desenvolvimento de produtos como a câmara fotográfica digital, o telefone celular de última geração, o laser que é empregado em inúmeras técnicas, os televisores LCDs, e muitos outros que me fogem da memória no momento. Daí a importância do estudo desta matéria tão perto de nós. Neste curso, faremos uma abordagem das propriedades de elementos como o lítio (Li), carbono (C), nitrogênio (N), e flúor (F) e suas respectivas famílias. Abordaremos também, a química de compostos como a água, amônia, bicarbonato de sódio e outros. Quando estudamos química ou mesmo pensamos em química, deparamos com muitas perguntas que vivenciamos em nosso dia-a-dia, como: Por que o gelo flutua na água? Por que o diamante corta o vidro e risca os outros metais? Por que ? Convidamos você a formularem muitas perguntas outras que venham enriquecer o nosso curso. A química é tudo que nos rodeia. O ar, que respiramos, a água e o vinho que bebemos, o sapato que usamos, porém, temos consciência que fatos lamentáveis acontecem envolvendo a química e a ação do homem que manipula os produtos químicos ou fazem uso erradamente das transformações químicas e de Palavra ao aluno seus produtos. Observamos aspectos químicos do mundo ao nosso redor que necessitam de nosso direcionamento e nossa atenção. 1. Quais reações químicas acontecem nos vegetais, nos animais e no nosso ambiente aquático? 2. Que resultado benéfico ou maléfico estas reações nos traz? 3. Que papel o homem e principalmente os químicos tem na questão ambiental? 4. Que destino deverá ter as milhares de toneladas de lixo produzidas em nosso país? Refletindo, vemos que a química apresenta aspectos positivos e negativos, e daí concluir a importância do estudo da química em qualquer curso de graduação. Assim, é verdade que a química tem garantido ao ser humano vida mais longa e confortável, contudo devemos conhecer bem as conseqüências do mau uso e de seu desenvolvimento inadequado. Este texto tem o objetivo de oferecer aos alunos da disciplina de Química Geral e Inorgânica, do Curso de Licenciatura em Física, na modalidade à distância, uma ampla visão dos conceitos e princípios da Química. Aqui você encontrará fundamentação teórica prática, ponto para reflexão e reforço dos conteúdos, modelos, exercícios de fixação e referências que permitirá ao aluno deste curso plena realização das atividades propostas para o desenvolvimento dos conteúdos apresentados no plano de ensino. Os conteúdos apresentados estão distribuídos em nove unidades que correspondem às unidades do plano de ensino da disciplina que são: Unidade I: PRINCÍPIOS ELEMENTARES DA QUÍMICA Unidade II: ESTRUTURA ATÔMICA Unidade III: LEI PERIÓDICA DOS ELEMENTOS E A ESTRUTURA DA TABEALA PERIÓDICA Unidade IV: As LIGAÇÕES QUÍMICAS Unidade V: ESTEQIOMETRIA Unidade VI: FUNÇÕES INORGÂNICAS Unidades VII: COLÓIDES E SOLUÇÕES Unidade VIII: EQUILÍBRIO QUÍMICO Unidade IX: ELETROQUÍMICA Apresentação Sumário UNIDADE 1 - PRINCÍPIOS ELEMENTARES DA QUÍMICA 11 1.1 – A química como uma ciência natural ...................... 13 1.2 - Atividades de aprendizagem ................................... 24 1.3 - Referências bibliográficas........................................ 25 1.4 - Web-bibliografia ....................................................... 25 UNIDADE 2 – ESTRUTURA ATÔMICA 26 2.1 – A divisibilidade do átomo......................................... 28 2.2 – A estrutura atômica da matéria: átomos e partículas subatômicas ............................................ 28 2.3 – Atividades de aprendizagem ................................... 32 2.4 – Referências bibliográficas ....................................... 33 2.5 – Web-bibliografia ...................................................... 34 UNIDADE 3 - TABELA PERIÓDICA 39 3.1 – Histórico .................................................................. 36 3.2 - Apresentação da tabela periódica ........................... 36 3.3 - Períodos .................................................................. 37 3.4 - Grupos ..................................................................... 37 3.5 - Classificação dos elementos ................................... 37 3.6 - Propriedades periódicas dos elementos .................. 40 3.7 - Atividades de aprendizagem .................................... 40 3.8 - Referências bibliográficas......................................... 49 3.9 - Web-bibliografia ....................................................... 49 UNIDADE 4 - LIGAÇÕES QUÍMICAS 50 4.1 - Ligações iônicas: formação da ligação iônica .......... 53 4.2 - Ligações covalentes ................................................ 54 4.3 - Exceções à regra do octeto ..................................... 57 4.4 - Relação entre ligações iônicas e ligações covalentes ............................................................... 58 4.5 - As forças e os comprimentos das ligações covalentes................................................................. 61 4.6 - Atividades de aprendizagem..................................... 61 4.7 - Referências bibliográficas......................................... 62 4.8 - Web-bibliografia........................................................ 62 UNIDADE 5 - ESTEQIOMETRIA63 5.1 - Conceito de mol ....................................................... 67 5.2 – O número de Avogadro e o mol .............................. 67 5.3 - Equivalências estequiométricas ............................... 68 5.4 - Medindo moles de elementos e compostos ............. 69 5.5 - Utilização do número de Avogadro em cálculos ...... 69 5.6 - Massas moleculares e massas-fórmulas ................. 70 5.7 - Aplicações da estequiometria................................... 70 5.8 - Composição percentual............................................ 71 5.9 - Fórmulas empírica e molecular ................................ 72 5.10 - Fórmulas empíricas a partir de composições percentuais .............................................................. 73 5.11 - Atividades de aprendizagem ................................. 75 5.12 - Referências bibliográficas ..................................... 76 5.13 - Web-bibliografia ..................................................... 76 UNIDADE 6 - FUNÇÕES INORGÂNICAS 77 6.1 - Ácidos ...................................................................... 79 6.2 - Bases ....................................................................... 81 6.3 – Sais ......................................................................... 83 6.4 – Óxidos ..................................................................... 85 6.5 - Atividades de aprendizagem .................................... 87 6.5 - Referências bibliográficas ........................................ 88 6.6 - Web-bibliografia ....................................................... 88 UNIDADE 7 - COLOIDES E SOLUÇÕES 89 7.1 - Formação de soluções ............................................. 91 7.2 - Concentrações das soluções .................................. 93 7.3 – A solubilidade e a influência da temperatura .......... 95 7.4 – A influência da pressão na solubilidade dos gases 95 7.5 – Efeitos dos solutos na pressão de vapor de soluções ................................................................... 96 7.6 - Atividades de aprendizagem ................................... 97 7.7 - Referências bibliográficas........................................ 98 7.8 - Web-bibliografia........................................................ 98 UNIDADE 8 - EQUILÍBRIO QUÍMICO 99 8.1 - A natureza do estado de equilíbrio .......................... 101 8.2 - Escrevendo expressões da constante de equilíbrio 102 8.3 - O significado da constante de equilíbrio, k............... 104 8.4 - O significado do quociente de reação, q ................. 106 8.5 - Determinação de uma constante de equilíbrio ........ 107 8.6 - Usando constantes de equilíbrio em cálculos ......... 108 8.7 - Fatores que influenciam nos equilíbrios químicos . 110 8.8 - Influência da concentração ...................................... 110 8.9 - Influência da temperatura ........................................ 111 8.10 - Influência da pressão ............................................. 111 8.11 - Atividades de aprendizagem .................................. 112 8.12 - Referências bibliográficas ...................................... 113 8.13 - Web-bibliografia ..................................................... 114 UNIDADE 9 – ELETROQUÍMICA 114 9.1 - Reações de oxi-redução .......................................... 117 9.2 - Balanceamento de equações de oxi-redução .......... 118 9.3 - Células voltaicas simples ......................................... 119 9.4 - Célula voltaica com eletrodos inertes ...................... 121 9.5 - Potenciais eletroquímicos padrão ........................... 123 9.6 - Determinação de potenciais padrão ........................ 124 9.7 – A equação de Nernst .............................................. 124 9.8 - Eletroquímica e termodinâmica ............................... 125 9.9 – E° e a constante de equilíbrio ................................. 126 9.10 - Atividades de aprendizagem .................................. 127 9.11 - Referências bibliográficas ...................................... 128 9.12- Web-bibliografia ...................................................... 128 A sociologia e a Sociologia da Educação A sociologia e a Sociologia da Educação Resumo O objetivo deste capítulo é fornecer ao leitor ferramentas e conceitos básicos que terão importância fundamental para um aprendizado bem-sucedido dos capítulos posteriores. Aqui você aprenderá o principal sobre a natureza da Química e como esta ciência, de um modo geral, atua. Permitirá você a compreender alguns fenômenos naturais e seus efeitos. Princípios Elementares da Química Princípios Elementares da Química Unidade 1Unidade 1 Sumario UNIDADE 1 - PRINCÍPIOS ELEMENTARES DA QUÍMICA 11 1.1 – A química como uma ciência natural ...................... 13 1.2 - Atividades de aprendizagem ................................... 24 1.3 - Referências bibliográficas........................................ 25 1.4 - Web-bibliografia ....................................................... 25 1.1 - A QUÍMICA COMO UMA CIÊNCIA NATURAL É possível que você já esteja familiarizado com alguns dos assuntos que aparecem neste capitulo introdutório, pois eles são vistos no segundo grau, porém é importante que você tenha um domínio completo deles para não encontrar dificuldades nos capítulos posteriores. 1.1.1 - Interação das ciências: a química e o seu lugar entre as ciências A Química trata das propriedades e transformações da matéria, das leis e princípios que regem estas transformações e dos conceitos e teorias que as interpretam. Quase tudo que tocamos, bebemos, comemos, vestimos ou que ingerimos na intenção de cura de alguma enfermidade, está relacionado com descobertas feitas por pesquisas químicas. Boa parte da qualidade de vida que desfrutamos hoje pode estar associada ao sucesso da química enquanto Ciência. A Química como uma grande área apresenta-se dividida em quatro subáreas: ? Química Orgânica - Estuda os compostos de carbono. ? Química Inorgânica - Estuda compostos com outros elementos. ? Físico-Química - Trata dos problemas das reações químicas, da energia envolvida, da velocidade que se processam, da natureza dos estados da matéria, das aplicações tecnológicas, entre outros. ? Química Analítica - Estuda os métodos precisos de análise da composição química das substâncias. 1.1.2 - MÉTODO CIENTÍFICO EM QUÍMICA Algumas pessoas acreditam que os cientistas são dotados de uma poderosa e misteriosa metodologia de raciocínio, que lhes permite resolver grande parte das questões que ao longo dos tempos tem instigado a humanidade. Realmente, os cientistas têm uma maneira peculiar de encarar os problemas, envolvendo a curiosidade, a Fatos empíricos (observações, dados) Leis científicas (generalizações testadas) Hipótese (tentativa de explicação) Teoria (explicação testada) 13 imaginação e a capacidade de questionar e interpretar suas observações, e esta capacidade é fruto de alguns fatores, tais como: ? Raciocínios Indutivos e Dedutivos. ? Coleta de fatos, observações particulares, até chegar a uma generalização. O uso do raciocínio indutivo leva à formulação de uma lei. LEI CIENTÍFICA - É uma descrição do que acontece, muitas vezes, serve de guia para a descoberta de novos fatos. Exemplo. Lei Periódica (baseia-se em observações) A lei científica pode ser ainda definida como o modo pelo qual um cientista se propõe a resolver um novo problema, ou a questionar a validade de um conhecimento anterior. O método científico fundamenta-se em um esquema básico de etapas, que são: Parte do geral para o particular - Raciocínio Dedutivo. Formulação da explicação desta lei - Hipótese. Explicação satisfatóriade fatos (Tentativa de explicação)- Teoria. A partir da teoria parte-se para a Experimentação. 1.1.3 - CONCEITOS FUNDAMENTAIS No inicio deste capítulo, quando você começou a estudar a química, definimos esta ciência como a ciência que trata das propriedades e transformações da matéria, o “material” do qual o Universo é constituído. Mas o que é matéria? Matéria - Qualquer coisa que ocupa lugar no espaço e possui massa. Massa (m) - É a quantidade de matéria que existe em um objeto. É uma medida da sua resistência a uma mudança de velocidade. Peso - É a força que atua sobre o objeto quando ele está em um campo gravitacional. Refere-se à força com que um objeto é atraído pela terra. Volume (V) - É a extensão de espaço ocupado por um corpo. Volume = comprimento (m) x altura (m) x largura (m) 373,15 K 273,15 K 0,00K - 273,15 oC 0,00 oC 100,00 oC Temperatura de ebulição da água Temperatura de solidificação da água Zero absoluto Escala Kelvin Escala Celsius 14 Volume de um cubo V = 1 m . 1 m . 1 m V = 1 m V = 10 dm . 10 dm . 10 dm V = 1000 dm d = d = densidade m = massa v = volume m v 3 3 Temperatura (T) - Relaciona-se com o estado de agitação das partículas que formam um corpo e com a capacidade desse corpo de transmitir ou receber calor. Pressão (P) - Relação entre a força (F) exercida na direção perpendicular sobre uma dada superfície e a área (A) dessa superfície. P = PROPRIEDADES DA MATÉRIA - Facilita a identificação, forma, massa, lustro, cor, magnetismo, tendência à corrosão. Propriedades Extensivas - Dependem da quantidade de material. Exemplo.- Massa, volume. Propriedades Intensivas - Não dependem da quantidade de material. Exemplo, ponto de fusão. ebulição, densidade. Densidade (d) - É a relação entre a massa de um material e o volume por ele ocupado .Densidade = em Kg/m ou g/cm Peso Específico ou Densidade Relativa = Propriedades Físicas – Nos permitem classificar e identificar as substâncias e são propriedades que podem ser observadas e medidas sem mudar a composição de uma substância. A tabela 01, reúne algumas propriedades comuns das substâncias químicas. A F volume massa água subsancia d d d = d = densidade m = massa v = volume m v 3 3 15 TABELA 01. Algumas Propriedades Físicas Propriedade característica Cor Estado da matéria Ponto de fusão Ponto de ebulição Calor de vaporização Calor de fusão Densidade Solubilidade Caráter metálico Condutividade elétrica Condutividade térmica Propriedades magnéticas Forma cristalina de um sólido Maleabilidade Ductilidade Viscosidade •sólido, líquido ou gás •temperatura na qual o sólido funde •temperatura na qual um líquido ferve •calor necessário para um líquido se transformar em vapor • calor necessário para um sólido se transformar em líquido •massa por unidade de volume •massa de uma substância que pode se dissolver em um determinado volume de água ou em outro solvente •Facilidade que um sólido pode ser deformado •Facilidade com que um sólido pode ser transformado em um fio •Facilidade de um líquido para escoar Propriedades Químicas – Estabelece alguma Interação entre as substâncias químicas. Exemplo de fenômenos químicos i) Ferro óxido de Ferro (III) ii) 2 H (g) + O (g) 2 H O →ar →2 2 2 16 Reação do hidrogênio com o oxigênio para formar água. 2 H (g) + O (g) 2 H O eq. 01 Do lado esquerdo da seta são representados os reagentes e do lado direito são representados os produtos. A representação simbólica da transformação é denominada de EQUAÇÃO QUÍMICA Transformações são mudanças que ocorrem com os materiais ao quais muda o aspecto físico e/ou químico. Identificar essas transformações é essencial para o estudo da química. Os cientistas denominam os objetos ou substâncias em estudo de SISTEMAS. Formas de Energia Energia - Medida da capacidade de realizar trabalho. Quanto maior for a energia de um corpo, maior sua capacidade da realizar trabalho. São três as formas importantes de energias: energia cinética, energia potencial e energia eletromagnética. Energia cinética, Ec, de um corpo é a energia relacionada ao seu movimento. Para um corpo de massa m em movimento com velocidade v, a energia cinética é: E = mv , eq. 02c Energia potencial gravitacional, Ep, é a energia do corpo em função de sua posição. Um corpo de massa m, e altura h sobre a superfície da Terra tem energia potencia de: E = m.g.h, eq. 03p Onde, g é constante conhecida como aceleração de queda -2livre ou “aceleração da gravidade” (g= 9,81 m.s .). → 2 1 En er gi a ci né tic a En er gi a po te nc ia l Figura 1.1: energia cinética (representada pela altura da barra escura (lilás)) e a energia potencial (barra clara (azul)) são interconversíveis, mas a sua soma (a altura total da barra) é uma constante na ausência de influências externas, tais como a resistência do ar. 2 2 2 2 17 A energia total, U de um corpo ou partícula é a soma de suas energias cinética e potencial. Energia total = energia cinética + energia potencial. ou E = E + E eq. 04c p A energia cinética e a energia potencial podem se converter uma na outra, mas a sua soma é sempre constante, o que garante a lei de conservação de emergia. A variação de emergia de um corpo é representada por, ? (letra grega delta). Em geral, a variação do valor de uma quantidade de energia X é representada por ?X, que é definida como o valor de X inicial menos o X final, ou melhor: ?X= X – X l; eq. 05final inicia A variação de energia de um sistema é escrita como ?U, onde, ?U = U – U eq. 06final inicial Energia eletromagnética é a energia resultante de uma perspectiva mecânico-quantico, no sentido que a radiação é formada por grupos ou pacotes de energia em vez de ondas, assim, a energia E de um fóton esta quantizada, isto é, tem valor definido pela relação: h eq. 07 -34Onde, h é a constante de Planck que tem o valor de 6,63x10 J.s. dessa forma a energia do fóton é proporcional a freqüência da radiação ou inversamente proporcional ao comprimento de onda. São exemplos de energia de movimento: ● Energia térmica – Toda matéria possui energia térmica, devido ao movimento constante de suas partículas (teoria cinético-molecular). Quando ocorre a troca de energia entre dois corpos acompanhados de variação de temperatura, chamamos essa energia de calor ou energia térmica. Então calor é a transferência de energia térmica entre dois corpos de temperaturas diferentes. =Ε λ ν hc = 18 ● Energia mecânica - é a energia que pode ser transferida por meio de força para movimentá-lo. ● Energia elétrica - resulta dos elétrons que se movem em um condutor. Calorímetro – equipamento utilizado para determinar o calor específico dos materiais e a capacidade calorífica das substâncias, e as emergia liberada nas transformações químicas. Quantidade de calor (Q) Q= m.c. T. Figura 1.2: Energia potencial. A energia utilizada para comprimir uma mola foi armazenada como energia potencial elástica. ● Energia eletrostática – Resultante da atração entre duas cargas de sinais opostos e de distância entre elas. É a energia associada com a formação de um par iônico, E .par iônico E = par iônico Onde, d é a distância entre as cargas (+) e (-) dos íons. Lei da Conservação da Energia 2Equivalênciade massa e energia, E = mc (Einstein) Todas estas séries de formas e transformações de energia ilustram a Lei da Conservação de Energia, que garante que a energia total do Universo é constante. Quando um atleta salta em um trampolim, a massa do seu corpo permanece constante, enquanto a força da gravidade acelera seu corpo que seu movimento fica cada vez mais rápido durante a queda. Assim, sua velocidade e energia cinética foram aumentadas, até a queda na água onde sua energia cinética é convertida em energia mecânica da água que salta fora. Parte da energia potencial do mergulhador é convertida em energia cinética (as moléculas da água se movem mais rápido) e em d enenC ))(( −+ 19 energia térmica, que aquece a água. No Sistema Internacional de Medidas – SI – a unidade padrão para medir energia é o Jaule, cujo símbolo é J. 1 cal=4,184 J A caloria (cal) é definida como a quantidade de energia necessária para aumentar a temperatura de 1,00g de água líquida pura de 1,00 grau Celsius. Sistema - É aquela parte do universo físico cujas propriedades estão sob investigação. (fronteira, vizinhança). Ambiente: É a parte que está próxima em torno do sistema estudado. Sistema Isolado - A fronteira não permite qualquer interação com as vizinhanças; Sistema aberto - Quando ocorre passagem de massa; Sistema fechado - Não ocorre passagem de massa. Elementos - São as formas mais simples de matéria formadas por um único tipo de átomos. Cada elemento tem um nome e um símbolo. Atualmente conhecem-se 112 elementos, sendo destes 90 são encontrados na natureza. Os elementos são listados em tabela em ordem crescente de número atômico, são designados por uma ou duas letras maiúscula do alfabeto, sendo que quando representado por duas letras somente a primeira é maiúscula. Alguns nomes de elementos vêm de sua origem ou da homenagem de seu descobridor. Na contra capa deste livro temos um exemplar da tabela periódica dos elementos. Substância: Combinação de elementos químicos. Compostos: Caracteriza-se por ter seus elementos sempre presentes nas mesmas proporções. Exemplo: água (H O).2 Mistura: Duas ou mais substâncias sem composição definida; podem ser separadas por meios físicos. Mistura Homogênea ou solução – É completamente uniforme no nível macroscópico da mistura que têm a mesma composição, onde os componentes podem ser separados por técnicas físicas. Exemplo: melado de açúcar e água. As propriedades de uma mistura homogênea são as mesmas em todas as regiões da amostra. Mistura Heterogênea - Não tem composição uniforme. As propriedades da mistura heterogênea mudam de uma região para outra. Apresenta variação de cor, dureza, etc. (sistema bifásico, 20 trifásico, etc.). Uma mistura heterogênea pode as vezes parecer homogênea, como por exemplo o leite cuja partículas de gorduras e glóbulos de proteínas podem ser vistas com auxilio de uma lente de aumento. Compostos Puros – substâncias formadas por dois ou mais elementos químicos em proporções definidas e propriedades características do composto. Sofrem mudanças de fase à temperatura constante, (sólido para líquido para gasoso). Os componentes não podem ser separados por técnicas físicas. A composição de qualquer composto pode ser representada por sua fórmula molecular, H O, NH , CH ou pela relação mínima 2 3 4 de átomos ou íons, no caso das substâncias iônicos: NaCl, KCl, LiCl etc. Separação de misturas Destilação – É um processo que se baseia na diferença de temperatura de ebulição dos componentes da mistura. No processo a mistura é aquecida a temperatura próxima da ebulição de cada componente que evapora Separação de misturas líquida ou componentes não voláteis. Cristalização - Separação de diversos sais. Destilação Fracionada - Separação de componentes voláteis (benzeno/tolueno). Cromatografia – Método físico-químico de separação de misturas gasosas ou líquidas, que se baseia na partição da amostra entre duas fases, a móvel (FM), liquida ou gasosa e a fase estacionaria (FE), liquida ou sólida (adsorção ou desorção). PARTIÇÃO DA AMOSTRA ENTRE FASE MÓVEL FASE ESTACIONÁRIA O gelo flutua na água líquida por que sua densidade é menor que a do líquido. Ao solidificar-se a água aumenta de volume. Existem vários modalidades de cromatografias, que são relacionadas à técnica empregada, ao mecanismo de separação e aos tipos de fase estacionaria utilizadas. Exemplo: Cromatografia em Papel; em coluna, Cromatografia Gasosa etc. 21 1.1.4 - Os estados físicos da matéria e suas características Ao nosso redor, a matéria é encontrada fundamentalmente em três estados físicos (Figura 1.3), que são: sólido, líquido e gasoso. Toda matéria é constituída de pequenas partículas, e seu estado físico é depende do espaço existente entre estas partículas, e quando uma substância muda de estado, sofre alterações nas suas características macroscópicas (volume, forma etc.) e microscópicas (arranjo das partículas), sendo que não há, contudo, alteração em sua composição. O sólido pode ser reconhecido pela sua forma rígida e um volume fixo que muda muito pouco com as variações de temperatura e de pressão. Os sólidos têm arranjo compacto em ordem regular. Os líquidos ou gases, átomos ou moléculas têm arranjo desordenado, ao acaso. As moléculas em um gás se movem com grande velocidade, colidindo umas com as outras e contra as paredes do recipiente. O aumento da temperatura faz aumentar os movimentos das moléculas ou átomos. 22 Figura 1.3: Esquema para a classificação da matéria 23 1.2 - ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM 1. Após alguma reflexão, dê duas razões pelas qual a disciplina de química lhe trará benefícios em sua carreira. 2. O que a ciência química procura estudar. 3. Defina (a) dados, (b) hipóteses, (c) leis e (d) modelo teórico. 4. Defina matéria e energia. Dentre as entidades seguintes, quais são exemplos de matéria? (a) ar, (b) um lápis, (c) um sanduíche de queijo, (d) um boi e (e) sua mãe. 5. Quais são os três estados da matéria? 6. Qual a diferença entre massa e peso? 7. Defina (a) energia cinética, (b) energia potencial. Quais os dois parâmetros que determinam a quantidade de energia cinética de um objeto? 8. Quais são os métodos de separação de uma substância? 9. Defina (a) mistura e (b) sistema. 10. Quais as etapas envolvidas na aplicação do método científico? 11. Quais são os estados físicos da matéria e como diferem uns dos outros? 12. Qual a diferença entre os termos “compostos” e “moléculas”? Atividade complementar: Atividade complementar 1. Marque no espaço ao lado de cada item se a propriedade sublinhada é uma propriedade física(pf) ou química (pq): (a) o ouro é um metal de cor amarela. ( ) (b) o alumínio metálico funde a 933 K ( ) (c ) o ferro é transformado em ferrugem na presença de ar e água. ( ). (d) manteiga derrete quando colocada no sol ( ). ( e) dinamite pode explodir ( ) (f) um fio de cobre é um bom condutor de eletricidade( ) (g) a lataria do carro de meu pai enferrujou muito rápido ( ). (h) clorofila, um pigmento vegetal é verde. ( ) 24 MASTERTON, W. L. et al. Princípios de Química. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1990. BRADY, J. E. et al. Química: A matéria e sua transformações. V. 1. 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2002. KOTZ, J. C. et al. Química Geral e Reações Químicas. V. 1. 4ª ed. São Paulo: Thomson; 2002. CHAGAS, A. P. Termodinâmica: química, métodos e aplicações. Campinas, SP; Editora da Unicamp, 1999:. COLLINS, C. H. Fundamentos de Cromatografia. Campinas, SP; Editora da Unicamp, 2006. http://dequi.faenquil.br/domingos/aula_1.pdf http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_qu%C3%ADmica ReferênciasBibliográficas Web-Bibliográfia 25 A sociologia e a Sociologia da Educação A sociologia e a Sociologia da Educação Resumo Para compreender as propriedades físicas e químicas dos elementos e seus compostos, é importante compreender a estrutura dos átomos. Neste sentido, o primeiro objetivo aqui, é esquematizar as teorias atuais sobre a distribuição dos elétrons nos átomos e alguns dos desenvolvimentos históricos importantes que deram origem a esta teoria. A partir dessas idéias você poderá compreender por que os átomos e os íons variam de tamanho e facilidade com que podem ganhar ou perder elétrons. Para que essas variações nas propriedades possam ser lembradas e desse modo previsões possam ser feitas, deveremos conduzir essa discussão do modo mais relacionado possível com o arranjo dos elementos na tabela periódica. Estrutura Atômica Estrutura Atômica Unidade 2Unidade 2 Sumario UNIDADE 2 – ESTRUTURA ATÔMICA 26 2.1 – A divisibilidade do átomo......................................... 28 2.2 – A estrutura atômica da matéria: átomos e partículas subatômicas ............................................ 28 2.3 – Atividades de aprendizagem ................................... 32 2.4 – Referências bibliográficas ....................................... 33 2.5 – Web-bibliografia ...................................................... 34 Provavelmente você já tenha “tomado um choque” ao encostar a mão em outra pessoa, ou ao tocar o trinco de uma porta, Isto geralmente ocorre em dias secos. Este fenômeno é o resultado do acumulo de cargas elétricas que são transferidas de um corpo para outro. Este fenômeno foi observado pela primeira vez pelo filosofo grego Tales de Mileto (640 - 546 a. C), que fazendo algumas experiências com âmbar, descobriu que esse material adquiria carga elétrica quando atritado contra um tecido, como seda ou lã. No final do século XVIII é que veio a explicação para esse fenômeno, a partir de experimentos realizados por Benjamin Franklin (1706 – 1790), estadista e inventor americano, que caracterizou as propriedades das cargas elétricas, a saber: ? Existem duas espécies de cargas elétricas, arbitrariamente chamadas de positivas (+) e negativas (-). ? Cargas de mesmo sinal se repelem, e cargas de sinal contrário se atraem. ? As cargas podem ser transferidas de um corpo para outro, por indução ou contato. 2.1 - A divisibilidade do átomo Durante muito tempo, o átomo foi considerado uma partícula indivisível, principalmente pelas teorias de Dalton, que durou até inicio do século XIX, sendo que a partir daí, uma serie de experimentos provaram a existência de partículas subatômicas. A partir de então, o átomo passou a ser considerado como divisível. 2.2 - A Estrutura atômica da matéria: átomos e partículas subatômicas Como já foi dito anteriormente, os átomos não são indivisíveis, como pensava Dalton. O conhecimento da estrutura interna dos átomos é importante para a compreensão das propriedades químicas e físicas dos elementos. A partir de experimentos, chegou-se a conclusão de que os átomos são compostos de três espécies principais de partículas subatômicas: prótons (p), neutros (n) e elétrons (e). As experiências mostraram também, que no centro do átomo deve existir uma estrutura muito pequena, e extremamente densa, Núcleo (prótons + nêutrons) eléteons Figura 2.1: Estrutura interna do átomo 28 denominada núcleo, lugar este, onde se encontram os prótons e nêutrons. E os elétrons? Hoje, sabe-se que os elétrons envolvem o núcleo, preenchendo o restante do volume atômico (Figura 2.1). Duas das partículas subatômicas têm carga elétrica. Os prótons apresentam uma unidade de carga positiva, uma das espécies de carga elétrica, e a outra, os elétrons, têm carga negativa, de mesmo módulo que a do próton. Os nêutrons, conforme o próprio nome sugere, não possuem carga elétrica. Números atômicos, números de massa e Isótopos O que faz com que um elemento seja diferente do outro é o número de prótons contido no átomo, pois todos os átomos de um mesmo elemento contêm o mesmo número de prótons. Mas o que isto significa? Isto significa que associado a cada elemento, tem- se um número atômico (Z). Característico, idêntico ao número de prótons de qualquer um de seus átomos. O número de massa (A) de um átomo é igual à soma do número de prótons (Z) com o número de nêutrons (N) do átomo, o que representa o número de núcleos (prótons e nêutrons) existentes no átomo. A = Z + N Por exemplo, um átomo de carbono (Z = 6) prótons e que tem 6 nêutrons (N = 7) tem um número de massa igual a 12 (A = Z + N = 6 + 6 = 12). O número de massa é representado em índice superior imediatamente antes do símbolo do átomo. Assim, neste caso temos O (Z) e o número de massa (N) podem- se representar conjuntamente, assim, temos: Um de Carbono (C), elemento de 6 (Z = 6), que tenha número de massa 12 (A = 12), representa-se da seguinte forma: número atômico átomo número atômico C126 Alguns átomos do mesmo elemento podem ter diferente número de nêutrons, o número atômico é igual, mas o número de massa pode ser diferente. Quando isto acontece esses átomos são isótopos desse elemento. Isótopos são átomos de um mesmo elemento que apresentam o mesmo número de prótons e diferentes números de massa. Número atômico, é igual ao número de prótons Z = P C13 E representa um átomo qualquer EAZ 29 O peso atômico de um elemento ou peso molecular de um composto pode ser especificado com base em uma (unidade de massa atômica), por átomo(molécula) ou massa por mol de material. 23Em um mol de uma de uma substância existem 6,023x10 , (número de Avogadro) átomos ou moléculas. 1 uma/átomo(molécula) = 1 g/mol. Por exemplo: o peso atômico do ferro é de 55,85 uma/átomo ou 55,85 g/mol. Elétrons nos átomos. Modelos atômicos No final do século dezenove, muitos experimentos envolvendo elétrons não eram explicados pela mecânica clássica. Muitas investigações foram feitas, que levaram ao estabelecimento de uma série de princípios e leis que culminaram na conhecida mecânica quântica. Nesta busca, um dos precursores da mecânica quântica foi o Bohr, com seu modelo atômico quântico (Figura 2.2). No seu modelo Bohr estabeleceu que os elétrons no átomo circulavam ao redor do núcleo em órbitas circulares fixas e distintas. No modelo de Bohr o princípio quântico foi o foco, onde as energias dos elétrons são quantizadas; isto é, os elétrons possuem valores de energias específicos e finitos, e estando o elétron em um nível de energia qualquer pode mudar de nível, mas ao fazer um salto quântico para um nível mais elevado (com absorção de energia), ou para um nível permitido mais baixo(com emissão de energia). Assim, Bohr combinou o postulado de quantização de energia com as leis de movimento da física clássica e mostrou que a energia de um elétron na n-ésima órbita do átomo de H pode ser calculada pela equação: 2n Rhc Onde, R é constante de proporcionalidade ou constante de Rydberg, h á a constante de Planck e c é a velocidade da luz. A cada órbita permitida está associado um número adimensional n, inteiro com valores 1, 2, 3, ....... Por fim, o modelo de Bohr foi considerado muito limitado, pois não permitia explicar vários fenômenos relativos aos e são isótoposC126 C 13 6 O termo “massa atômica” é mais preciso do que “peso atômico” uma vez que lidamos com massa e não com peso. Figura 2.2: Níveis de energia no modelo atômico de Bohr. Extraído do livro Q u í m i c a e r e a ç õ e s químicas de John C. Kotz. 30 elétrons no átomo. Surgiu então o modelo mecânico ondulatório, que encara o elétron como uma onda e comouma partícula. Teoria Quântica 1900 – Max Planck A energia não é absorvida nem emitida de modo contínuo e sim em pequenas quantidades ou pacotes denominadas de quantum ou fóton de energia E. E = h.f ou E = f f λ hc Trabalhando com o espectro de absorção do hidrogênio temos: O momento angular do elétron é então: rvm .. pi2 .hn = Onde "n" pode assumir valores inteiros: são os Níveis de energia. OBS: Toda teoria de Bohr é válida para átomos hidrogenóides (que apresentam apenas 1 elétron) Números Quânticos. Considerando a mecânica ondulatória, neste modelo cada elétron no átomo é caracterizado por quatro parâmetros, chamados de números quânticos. O tamanho, a forma e a orientação espacial da densidade de probabilidade de um elétron são descritas por três desses números quânticos. A saber. NÚMERO QUÂNTICO PRINCIPAL (n) número quântico principal que pode assumir valores inteiros a partir da unidade: n = 1, 2, 3, 4,......, Es número determina o número de camadas ou níveis de energia. As camadas são designadas pelas letras K, L, M, N, O....que correspondem aos números 1, 2, 3, 4, 5,...... Este número quântico está associado ao número de órbitas de Bohr e está relacionado à distância do elétron ao núcleo. NÚMERO QUANTICO SEGUNDÁRIO (l) corresponde a subcamada, e está relacionado à forma da subcamada sendo representado por letras minúsculas, que são: s, p, d, f, g.... Os Número quântico (l) 0 1 2 3 Tipo de subnível s p d f 31 valores correspondentes a elas e que são permitidos para l são: l=0, 1, 2, 3, ...(n-1). NÚMERO QUÂNTICO MAGNÉTICO (m). Este número está l associado as estados magnéticos de cada elétron das subcamadas. Cada subnível contém um ou mais orbitais, designados pelo número quântico, m. Este número quântico nos l dia como a nuvem eletrônica que cerca o núcleo está direcionado no espaço. O valor de m está relacionado com l. Para um valor de l, l m pode assumir qualquer valor inteiro incluindo 0, entre + l e - l, isto l é, m = l, ..., +1, 0, ..., -ll NÚMERO QUÂNTICO MAGNÉTICO DO SPIN (m ) está S relacionado ao momento de spin, resultante do movimento de rotação do elétron sobre seu próprio eixo. Os valores do spin são +1/2 e -1/2. O número quântico m foi introduzido com o objetivo de s tornar a teoria coerente com o experimento. Nesse sentido, ele difere dos três números quânticos anteriores, que são originários da solução da equação de onda de Schrödinger para o átomo de hidrogênio. 2.3 - ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM 1. O modelo moderno da estrutura do átomo é fruto de muitas experiências. Dê pelo menos três destas experiências, os resultados atingidos e os pesquisadores que as realizaram. 2. Quais as três partículas fundamentais que constituem os átomos? Quais as respectivas cargas elétricas? Quais, entre elas, constituem o núcleo do átomo? Qual das três tem a menor massa? 3. Qual a diferença entre o número de massa e o número atômico de um átomo? 4. Se o núcleo de um átomo tivesse o tamanho de uma laranja (digamos 6 cm de diâmetro), qual seria o diâmetro do átomo? 5. Por que a existência dos isótopos não afeta a validade aparente da teoria atômica? Figura 2.3: Em alguns casos, o elétron comporta-se como se fosse uma partícula esférica girando em torno de seu eixo. Há uma analogia entre o alinhamento dos spins eletrônicos e o alinhamento de imãs (na parte superior). Em um orbital, o arranjo mais estável é aquele no qual dois elétrons possuem spins opostos (em baixo, à direita). Figura extraída da ref. Princípios de Química de Masterton 32 MASTERTON, W. L. et al. Princípios de Química. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1990. BRADY, J. E. et al. Química: A matéria e sua transformações. V. 1. 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2002. KOTZ, J. C. et al. Química Geral e Reações Químicas. V. 1. 4ª ed. São Paulo: Thomson; 2002 http://dequi.faenquil.br/domingos/aula_2.pdf http://dequi.faenquil.br/domingos/aula_3.pdf http://www.arauto.uminho.pt/pessoas/lanceros/Material%20EAM/Mate rial%20-20EAM/Intro%20radia%C3%A7%C3%A3o%20EM.pdf http://www.fabianoraco.oi.com.br/download/apostilas/ensinomed io/teoria_1_Estrutura%20Atomica.pdf Referências Bibliográficas Web-Bibliográfia 33 A sociologia e a Sociologia da Educação A sociologia e a Sociologia da Educação Resumo Uma das maneiras mais antigas de procurar entender a natureza é pela classificação. Ela está presente nas várias ciências e, na química, aparece sobre diversas formas. Toda classificação se apóia em um conjunto de caracteres, propriedades ou comportamentos que são semelhantes àquela classe. Neste capítulo vamos estudar a tabela periódica que traz a classificação dos elementos químicos segundo a sua configuração eletrônica, que depende diretamente do número atômico do elemento químico. Tabela periódica dos elementos químicos é a disposição sistemática dos elementos, na forma de uma tabela, em função de suas propriedades. É muito útil para se prever as características e tendências dos átomos. Permite, por exemplo, prever o comportamento de átomos e das moléculas deles formadas, ou entender porque certos átomos são extremamente reativos enquanto outros são praticamente inertes etc. Permite entender propriedades como eletronegatividade, raio iônico, energia de ionização, afinidade eletrônica, etc. Tabela Periódica Tabela Periódica Unidade 3Unidade 3 Sumario UNIDADE 3 - TABELA PERIÓDICA 39 3.1 – Histórico .................................................................. 36 3.2 - Apresentação da tabela periódica ........................... 36 3.3 - Períodos .................................................................. 37 3.4 - Grupos ..................................................................... 37 3.5 - Classificação dos elementos ................................... 37 3.6 - Propriedades periódicas dos elementos .................. 40 3.7 - Atividades de aprendizagem .................................... 40 3.8 - Referências bibliográficas......................................... 49 3.9 - Web-bibliografia ....................................................... 49 3.1 – Histórico 3.2 - Apresentação da tabela periódica A tabela periódica de forma longa apresenta 9 colunas chamadas grupos ou famílias (fileiras verticais) e 7 linhas denominadas de períodos (fileiras horizontais), pois muitas propriedades variam periodicamente com o crescimento do número atômico. Na tabela periódica, os elementos com configuração eletrônica semelhante constituem os grupos (colunas). Exemplos: 1? Metais alcalinos [gás nobre] ns 2? Metais alcalino-terrosos [gás nobre] ns 2 4? Calcogênios [gás nobre] ns np 2 5? Halogênios [gás nobre] ns np Vários cientistas procuravam agrupar os átomos de acordo com algum tipo de semelhança, mas o químico russo Dmitri Ivanovich Mendeleyev foi o primeiro a conseguir enunciar cientificamente a lei que diz que as propriedades físicas e químicas dos elementos são em função periódica da massa atômica. Ele publicou a tabela periódica em seu livro Princípios da Química em 1869, época em que eram conhecidos apenas cerca de 60 elementos químicos. Em 1913, através do trabalho do físico inglês Henry G. J. Moseley, que mediu as freqüências de linhas espectrais específicas de raios X de um número de 40 elementos contra a carga do núcleo (Z), pôde-se identificar algumas inversões na ordem correta da tabela periódica, sendo, portanto, o primeiro dos trabalhos experimentais a ratificar o modelo atômico de Bohr. O trabalho de Moseley serviu para dirimir um erro em que a Química se encontrava na época por desconhecimento: até então os elementos eram ordenados pelamassa atômica e não pelo número atômico. A tabela moderna é ordenada segundo o número atômico, propriedade não-periódica, baseada nos trabalhos de Moseley. 36 A tabela periódica relaciona os elementos em linhas chamadas e colunas chamadas ou famílias, em ordem crescente de seus números atômicos. 3.3 - Períodos Os elementos de um mesmo período têm o mesmo número de camadas eletrônicas, que corresponde ao número do período. Existem sete períodos, cada um correspondendo a uma das camadas eletrônicas da eletrosfera/nuvem-eletrônica. Os períodos são: l(1ª) Camada K l(2ª) Camada L l(3ª) Camada M l(4ª) Camada N l(5ª) Camada O l(6ª) Camada P l(7ª) Camada Q 3.4 - Grupos Antigamente, chamavam-se "famílias". Os elementos do mesmo grupo têm o mesmo número de elétrons na camada de valência (camada mais externa). Assim, os elementos do mesmo grupo possuem comportamento químico semelhante. Existem 18 grupos sendo que o elemento químico hidrogênio é o único que não se enquadra em nenhuma família e está localizado em sua posição apenas por ter número atômico igual a 1, isto é, como tem apenas um elétron na última camada, foi colocado no Grupo 1, mesmo sem ser um metal. 3.5 - Classificações dos elementos Dentro da Tabela Periódica, os elementos químicos também lElementos representativos: pertencentes aos grupos 1, 2 e dos grupos de 13 a 17. períodos grupos podem ser classificados em conjuntos, chamados de séries químicas, de acordo com sua configuração eletrônica: 37 l l l l l l l Elementos (ou metais) de transição: pertencentes aos grupos de 3 a 12. Elementos (ou metais) de transição interna: pertencentes às séries dos lantanídeos e dos actinídeos. Gases nobres: pertencentes ao grupo 18. Além disso, podem ser classificados de acordo com suas propriedades físicas nos grupos a seguir: Metais; Semimetais ou metalóides (termo não mais usado pela IUPAC: os elementos desse grupo distribuíram-se entre os metais e os ametais). Ametais (ou não-metais); Gases nobres; 1Metais alcalinos, metais alcalinos-terrosos, metais de transição, actinídios e lantanídios são conhecidos coletivamente como "Metais". 2Actinídios e lantanídios são conhecidos coletivamente como "Metais-terrosos raros". 3Halogêneos e gases nobres também são não-metais. aqueles com o em são gases nas CNTP; aqueles com o número atômico em são líquidos nas ; aqueles com o número atômico em preto são sólidos nas . l l l número atômico azul CNTP CNTP vermelho 38 Ocorrência natural CLASSIFICAÇÃO PERÍÓDICA o oPeríodos são as sete filas horizontais da Tabela Periódica; 1 , 2 , o o o o o3 , 4 , 5 , 6 , 7 . Reúnem elementos com configurações eletrônicas diferentes, portanto, com propriedades diferentes. Famílias ou grupos são as dezoito colunas verticais da Tabela Periódica. Reúnem elementos com configurações eletrônicas semelhantes, portanto, com propriedades semelhantes. Elementos representativos são aqueles cujo subnível de maior energia de seus átomos é s (bloco s) ou p (bloco p). l (elemento primordial). lBorda tracejada indica que o elemento surge do decaimento de outros. lBorda sólida indica que o elemento é produzido artificialmente (elemento sintético). lA cor mais clara indica elemento ainda não descoberto. Sem borda indica existência de isótopo mais antigo que a Terra Bloco s Grupos 1 e 2 Bloco p Grupos 13, 14, 15, 16, 17 e 18 Elementos de transição são aqueles cujo subnível de maior energia de seus átomos é d. Constituem o bloco d, os Grupos 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12 Elementos de transição interna são aqueles cujo subnível de maior energia de seus átomos é f. Constituem o bloco f, os lantanídios (Z = 57 e Z = 71) e os actinídeos (Z = 89 a Z = 103). O átomo de um elemento localizado no enésimo (nº) período tem seus elétrons distribuídos em n níveis de energia. Exemplo: elementos do 5º período têm os elétrons de seus átomos distribuídos em 5 níveis de energia. 39 FAMÍLIAS DO ELEMENTOS REPRESENTATIVOS 1 Metais alcalinos: Li Na K Rb Cs Fr 2 Metais alcalino- terrosos: Be Mg Ca Sr Ba Ra 13 Família do boro B Al Ga In Tl 14 Família do carbono: C Si Ge Sn Pb 15 Família do nitrogênio: N P As Sb Bi 16 Calcogênios: 0 S Se Te Po 17 Halogênios: F Cl Br I At 18 Gases nobres: He Ne Ar Kr Xe Rn 1 2 13 14 15 16 17 18 1 2 3 4 5 6 7 8 Número de elétrons na camada de valência s 1 s2 s2p1 s2p2 s2p3 s2p4 s2p5 s2p6 3.6 - PROPRIEDADES PERIÓDICAS DA TABELA Raio Atômico O raio atômico de um elemento é definido como a meia distância entre dois centros de átomos vizinhos. O raio atômico geralmente aumenta com o período e decresce com o aumento do número do grupo. Quanto maior for o período do elemento maior será à distância do último elétron até o núcleo. Desta forma este elétron encontra-se mais "solto", aumentando o tamanho do raio. Apesar de parecer estranho o tamanho do raio diminuir com o aumento do número atômico, é isto o que realmente acontece. Os elétrons vão sendo alocados nos mesmos subníveis em que já se encontram os elétrons presentes. Com o aumento da carga do núcleo a atração sobre os elétrons tende a ser maior. O raio atômico cresce conforme abaixo: 40 Raio Iônico →É formado quando um átomo perde ou ganha elétrons, formando um cátion ou ânion. O Raio do Cátion é sempre menor que o raio do átomo de origem. O Raio do Ânion é sempre maior que o raio do átomo de origem. Problemas com os valores dos raios iônicos: Não há fórmula universal aceita para dividir a distância entre dois + -íons diferentes: Ex: NaCl (Na ) e (Cl ). Histórico: (Goldschmidt , Pauling e Ahrens) ; Mais Recente: (Shannon em 1976). Correção dos valores dos raios, por mudança do valor da carga. Correções para a mudança do número de coordenação e para a mudança de geometria. Suposições que os íons sejam esféricos. Em elétrons no orbital "d", muito deslocalizados, ocorrem mudanças nos raios. Tendências observadas nos raios iônicos Nos grupos representativos o raio iônico aumenta de cima para baixo.(Aumento do número de camadas). Nos períodos o raio iônico aumenta da direita para esquerda [Aumento da carga nuclear efetiva (Z )]efetiva 2+Para um mesmo íon. Ex: Íon Crômio (Cr ), O raio iônico d iminu i a medida que a va lênc ia aumenta. Ex: 2+ 3+ 4+ 5+ 6+rCr >rCr >rCr >rCr >rCr . Os orbitais (d e f) blindam com menor eficiência a carga nuclear. Logo a carga nuclear efetiva exerce uma forte atração sobre a eletrosfera, ocorrendo diminuição significativa no tamanho dos íons. 41 Eletronegatividade ou Caráter não Metálico A escala de eletronegatividade é uma escala arbitrária que representa a força do átomo para atrair elétrons. Ela se estende do césio, com eletronegatividade 0,7 até o flúor, com 4,0. A eletronegatividade não é um valor absoluto, mas sim relativo. Assim, a eletronegatividade de um elemento só é definida em termos de eletronegatividade de outros elementos. Diversas escalas foram sugeridas, incluindo as de R. S. Mullinken, L. Pauling e R.T. Sanderson. A escala de Pauling, a mais antiga, surgiu da consideração das energias necessárias para romper as ligações químicas nas moléculas. A eletronegatividade aumenta com a diminuição do tamanho atômico, tanto para elementos do mesmo período como para do mesmo grupo. Deve-se observar também que a eletronegatividade cresce com o aumento do número de elétrons de valência para os metais do Grupo I, II e III. Entre os aspectos úteis do conceito de eletronegatividade, está a oportunidade que ela nos proporciona para predizer certas propriedades químicas dos elementos.Podemos predizer o caráter de uma ligação química observando a diferença dos valores de eletronegatividades dos elementos: O valor da eletronegatividade cresce na tabela periódica de acordo com esquema: Eletroafinidade Eletroafinidade é a quantidade de energia liberada por um átomo no estado gasoso, ao ganhar elétron. Os átomos com afinidade eletrônica elevada têm a tendência de ganhar um ou mais elétrons, adquirindo estabilidade, ou seja, a configuração eletrônica dos gases nobres. Quando um átomo neutro ganha um elétron, ele se transforma num ânion monovalente aniônico. Nos períodos, a eletronegatividade aumenta à medida que o número 42 atômico cresce, enquanto que, nas famílias, a eletroafinidade aumenta à medida que o número atômico diminui. Portando, quanto menor for o tamanho do átomo, maior será a sua afinidade eletrônica. Os gases nobres devem ser excluídos dessa propriedade, porque eles não têm tendência de ganhar elétrons. Dessa forma, na tabela periódica, a eletroafinidade aumenta: Afinidade Eletrônica É a energia liberada quando um elétron é adicionado a um átomo gasoso neutro. Obs.: Geralmente um elétron é acrescentado. ÄH < 0(Liberação de Energia) e ÄH > 0(Absorção de Energia) A afinidade eletrônica depende do tamanho do átomo e da carga nuclear efetiva. Os valores negativos das afinidades eletrônicas indicam que essa quantidade de energia é liberada quando um átomo recebe elétrons. Densidade A densidade de um corpo é a razão entre a massa deste e seu correspondente volume. De todos os elementos químicos os mais densos são: ósmio (Os), irídio (Ir) e platina (Pt). Estes elementos estão situados bem no centro e na parte de baixo da tabela, família 8B. 43 A densidade dos elementos aumenta da seguinte forma: Eletropositividade Eletropositividade é a tendência de perder elétrons, apresentada por um átomo. Quanto maior for seu valor, maior será o caráter metálico. Os átomos com menos de quatro elétrons de valência, metais em geral, possuem maior tendência em perder elétrons logo, possuem eletropositivade elevada. Um aumento no número de camadas diminui a força de atração do núcleo sobre os elétrons periféricos, facilitando a perda de elétrons pelo átomo e, consequentemente, aumentando a sua eletropositividade. Os gases nobres são excluídos, pois não têm tendência em perder elétrons. Desta forma nos períodos a eletropositividade cresce da direita para a esquerda e nas famílias de cima para baixo: Energia de Ionização A energia de ionização é a energia necessária para remover um elétron de um átomo na fase gasosa. Para a primeira energia, 1ª, começa-se pelo átomo neutro. A segunda energia de ionização, 2ª, de um elemento é a energia requerida para remover um elétron de um cátion monovalente na fase gasosa. Os valores mais baixos ocorrem na parte inferior esquerda, ou seja, o césio é o elemento que tem mais facilidade em formar cátions. E os valores mais altos ocorrem na parte superior direita da tabela, 44 podemos citar como exemplo o flúor e o hélio. Elementos com uma baixa energia de ionização formam cátions de maneira mais rápida, além de conduzirem eletricidade em suas formas sólidas. Elementos com alta energia de ionização não formam cátions e não conduzem eletricidade. A energia de ionização decresce com o aumento do grupo, pois o elétron mais periférico ocupa um orbital que é mais longe do núcleo e, conseqüentemente, é menos "preso". A carga nuclear efetiva aumenta conforme vamos da direita para a esquerda em um dado período. Como resultado, o elétron mais afastado do núcleo é puxado com mais força, e a energia de ionização geralmente aumenta. Algumas anomalias nessas regras podem ser facilmente creditadas a repulsões entre elétrons que estão ocupando o mesmo orbital. Os valores das energias de ionização têm sempre a seguinte ordem: 1ª<2ª<3ª<...<nª A energia de ionização cresce na tabela periódica de acordo o esquema abaixo: Determinação da Energia de Ionização: ? A partir de dados Espectroscópicos. ? Medidos em kJ/mol. Primeira Energia de Ionização + - M M + 1e + -Ex: Mg Mg + 1e (E = 737 kJ/mol)i1 Segunda Energia de Ionização + 2+ - M M + 1e + 2+ -Ex: Mg Mg + 1e (E = 1.450 kJ/mol)i2 45 Terceira Energia de Ionização 2+ 3+ - M M + 1e 2+ 3+ -Ex: Mg Mg + 1e (E = 7.731 kJ/mol)i3 Fatores que influenciam nas energias de ionização são: Tamanho do Átomo A carga do Núcleo A eficiência com que os níveis eletrônicos internos blindam a carga nuclear. O tipo de elétron envolvido (s,p,d e f). Observações 1.Com o aumento da carga nuclear efetiva é muito mais difícil a retirada de elétrons. 2.Energia de ionização varia na ordem: (s>p>d>f) e (E <E <E )i1 i2 i3 3.Variações na 1º Energia de ionização dos elementos são mostrados na figura 02 4. Os gases nobres: He, Ar, Kr, Xe e Rn possuem as mais elevadas energias de ionização em seus respectivos períodos. 5. Os metais do grupo 1:Li,Na,K,Rb,Cs apresentam as menores energias de ionização em seus respectivos períodos 6.Há uma tendência geral de um aumento da energia de ionização dentro de um período, por exemplo Li ao Ne, do Na ao Ar. Figura 3.1. Variação do da energia de ionização. Ionização versus número atômico. 46 Tabela 01 - Energias de Ionização para os elementos do grupo- 3 em (kJ/mol) Grupo-3 1º Ei 2º Ei 3º Ei B 801 2.427 3.659 Al 577 1.816 2.744 Ga 579 1.979 2.962 In 558 1.820 2.704 Tl 589 1.971 2.877 Estruturas Eletrônicas com estabilidade especial Nível "s" preenchido Nível "p" semi preenchido Nível "p" preenchido ? (Estrutura de Gás Nobre) l l l Volume Atômico Volume atômico é o volume ocupado por um mol de átomos de um elemento, no estado sólido. Um mol de átomos possui 236,02X10 átomos. Este valor é fixo, sendo conhecido como Número de Avogadro. Podemos também dizer que: 1 mol de 23moléculas possui 6,02X10 moléculas 1mol de íons possuí 236,02X10 íons. Na tabela periódica o volume atômico aumenta: 47 Ponto de Fusão e Ebulição Como todos sabem, ponto de fusão é a temperatura na qual a substância passa do estado sólido para o líquido e ponto de ebulição é a temperatura da passagem do líquido para o gasoso. Na tabela periódica o ponto de fusão e o ponto de ebulição aumentam: 3.7 ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM 1. Em que baseou Mendeleev para construir sua tabela periódica? Qual a base para a disposição dos elementos na tabela periódica moderna? 2. Com referência à tabela periódica, o que é um “período”? e um “grupo”? 3. Por que existiam lacunas natabela periódica de Mendeleev? 4. Entre os não-metais, quais são os gases monoatômicos (gases cujas moléculas são formadas por um só átomo)? 5. Que propriedades físicas permitem distinguir os metalóides dos metais e dos não-metais? 6. Faça um esboço da tabela periódica e assinale as áreas onde 48 MASTERTON, W. L. et al. Princípios de Química. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1990. BRADY, J. E. et al. Química: A matéria e sua transformações. V. 1. 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2002. KOTZ, J. C. et al. Química Geral e Reações Químicas. V. 1. 4ª ed. São Paulo: Thomson; 2002 LEE, J.D, Química Inorgânica não tão Conciso, 5ª ed. Editora Edgard Blucher Ltda, (1999); http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabelaperiodica/tabelaperiodi ca1.htm http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/tabela_apres.html http://www.tabela.oxigenio.com/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_peri%C3%B3dica http://www.quiprocura.net/tabelas.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Elemento_qu%C3% ADmico Gruda, Ricardo, Tabela Periódica Versão 2.8. Acesso em <http://www.srik.8k.com>, Data: 30 de Outubro de 2003 às 13:40hs.Referências Bibliográficas Web-Bibliográfia 49 A sociologia e a Sociologia da Educação A sociologia e a Sociologia da Educação Resumo Você aprendeu no Capitulo 2 que o nosso entendimento da estrutura eletrônica dos átomos evoluiu. Por exemplo, o modelo atômico de Bohr foi o primeiro a oferecer uma explicação convincente para o espectro atômico d hidrogênio. Entretanto, a ineficiência do modelo para explicar o espectro de átomos mais complexos levou a sua substituição por outra teoria, chamada de mecânica ondulatória. Ao tratar o elétron como uma onda, os cientistas puderam deduzir uma descrição totalmente nova de matéria q u e n o s fornece a configuração eletrônica dos átomos e explica as variações periódicas das propriedades dos átomos como tamanho, energia de ionização e afinidade eletrônica. Com este conhecimento da estrutura eletrônica dos átomos, demos aprender agora como eles se combinam para formar compostos, através da formação de ligações químicas – as forças de atração que mantêm os átomos unidos. Assim como a estrutura eletrônica, os modelos de ligação química também evoluíram e neste capitulo veremos uma simples introdução as teorias de ligação. Ligações Químicas Ligações Químicas Unidade 4Unidade 4 Sumario UNIDADE 4 - LIGAÇÕES QUÍMICAS 50 4.1 - Ligações iônicas: formação da ligação iônica .......... 53 4.2 - Ligações covalentes ................................................ 54 4.3 - Exceções à regra do octeto ..................................... 57 4.4 - Relação entre ligações iônicas e ligações covalentes ............................................................... 58 4.5 - As forças e os comprimentos das ligações covalentes................................................................. 61 4.6 - Atividades de aprendizagem..................................... 61 4.7 - Referências bibliográficas......................................... 62 4.8 - Web-bibliografia........................................................ 62 É impossível se pensar em átomos como os constituintes básicos da matéria sem se pensar em ligações químicas. Afinal, como podemos explicar que porções tão limitadas de matéria, quanto os átomos, possam formar os corpos com que nos deparamos no mundo macroscópico do dia-a-dia. Também é impossível se falar em ligações químicas sem falarmos em elétrons. Afinal, se átomos vão se unir uns aos outros para originar corpos maiores, nada mais sensato do que pensar que estes átomos entrarão em contato entre si. Quando dois átomos entram em contato, o fazem a través das fronteiras das suas eletrosferas, ou seja, de suas últimas camadas. Isso faz pensar que a última camada de um átomo é a que determina as condições de formação das ligações químicas. A ligação química é uma junção de dois átomos. Forma- se uma ligação química entre dois átomos se o arranjo resultante dos dois núcleos e seus elétrons tem menos energia do que a energia total dos átomos separados. Se o abaixamento de energia pode ser obtido pela transferência completa de um ou mais elétrons de um átomo para o outro, formam-se os íons, e o composto se se mantém formado pela atração eletrostática entre os íons. Este tipo de ligação é chamado de ligação iônica. O sódio e o cloro, por + -exemplo, se ligam porque os íons Na e Cl quando se formam têm, quando juntos, energia menor do que a dos átomos separados de sódio e cloro. Se a diminuição de energia pode ser atingida pelo compartilhamento de elétrons, os átomos unem-se por uma ligação covalente para formar moléculas. Por exemplo, átomos de hidrogênio e nitrogênio ligam-se para formar amônia, NH , 3 porque um gás formado por moléculas de NH tem energia mais 3 baixa do que um gás formado pelo mesmo número de átomos de hidrogênio e nitrogênio, afastados um do outro. O outro tipo de ligação é a ligação metálica, na qual, cátions em grande número são mantidos juntos por número grande elétrons. Um pedaço de ferro, por exemplo, é feito a partir de conjunto de íons ferro mantido juntos por um mar de elétrons, sendo que cada um dos elétrons vem de um átomo da amostra. 52 4.1 - LIGAÇÕES IÔNICAS: formação da ligação iônica A ligação iônica é conseqüência da atração eletrostática entre íons com cargas opostas. Na ligação iônica há a formação de íons devido a transferência de elétrons de um átomo para o outro. Normalmente, nesta ligação, existe um elemento que tende a ceder elétrons (metal - cátion), e outro que tende a receber elétrons (não metal - ânion). Muita atenção, A ligação iônica é a única em que ocorre a transferência de elétrons. Exemplo. A configuração eletrônica do Sódio e do Cloro segundo o diagrama de Linus Pauling é: 2 2 6 1 2 2 6 2Na 1s 2s 2p 3s e Cl 1s 2s 2p 3s 3p511 17 este elétron para que ele fique estável com 8 elétrons na 2ª O sódio possui 1 elétron na última camada. Basta perder este elétron. O cloro possui 7 elétrons na última camada. É bem mais fácil ele receber 1 elétron e ficar estável do que perder 7 elétrons para ficar estável. Agora tudo caminha para a perfeição. O sódio quer doar 1 elétron e o cloro quer receber 1 elétron. Eles se aproximam e o sódio doa seu elétron e o cloro o recebe, conforme o esquema abaixo: Na Cl Na Cl + _ 78 7 kJ .m ol -1 14 5 kJ .m ol -1 NaCl En er gi a A energia necessária para a formação da ligação iônica é fornecida, em sua maior parte, pela atração coulômbica entre íons de cargas opostas. O modelo iônico é uma boa descrição da ligação entre não-metais e metais, particularmente no caso dos metais do Na Cl Na Cl+ _ Interação entre os íons È sabido, que íons de cargas contrários se atraem, e os de mesma carga se repelem. Mas como esse conceito é expresso? E como relacionar a força da interação com as cargas e o tamanho desses íons? Para isso, é preciso ter em mente, o conceito de energia da rede cristalina do sólido, isto é, a diferença entre as energias dos íons empacotados de um sólido e cós íons muito afastados de um gás. A energia da rede cristalina é sempre positiva. Mas você estar se perguntando, na prática qual o significado dessa energia? Uma energia da rede cristalina muito elevada significa que os íons interagem fortemente uns com os outros, para formar um sólido A interação entre os íons é expressa pela energia potencial de Coulomb entre dois íons: EP,12 = = e = carga elementar z e z = número de cargas sobre os átomos r = distancia entre os centros dos íons å = permissividade do 0 vácuo 120 21 4 ))(( r ezez piε 120 2 21 4 r ezz piε 2 12 1 53 fortemente ligado. Configuração eletrônica dos íons dos elementos principais È possível predizer as fórmulas mais prováveis dos compostos iônicos binários a partir da estrutura eletrônica de seus cátions e ânions. Quando um átomo de um metal do bloco s forma um cátion, ele perde um ou mis elétrons até atingir a estrutura de um gás nobre de seu caroço (a parte interna). Em geral, o caroço tem a 2 6configuração da camada mais externa igual a ns np , que é 1chamada de octeto de elétrons. Assim, o potássio ([Ar]4s ) forma + 2 6K , que tem configuração do argônio ([Ne]4s 4p ). Símbolos de Lewis Lewis criou uma forma simples de mostrar os elétrons de valência quando os átomos formam ligações iônicas. Ele representou cada elétron de valência como um ponto e os arranjou em torno do símbolo do elemento. Assim, um ponto representa um único elétron em cada orbital, e um par de pontos representa dois elétrons emparelhados compartilhando o orbital. Eis alguns exemplos: H He Li N O F 4.2 - LIGAÇÕES COVALENTES Como os não-metais não formam cátions monoatômicos,a natureza das ligações entre átomos de não-metais foi uma dor de cabeça para os cientistas até 1916, quando Lewis encontrou uma explicação. Lewis propôs que uma ligação covalente é um par de elétrons compartilhados por dois átomos. Tudo bem, mas qual a natureza da ligação covalente? Para explicar a ligação entre dois átomos de não-metais, a proposta de Lewis é que um par de elétrons é compartilhado pelos dois átomos, isto é, os elétrons interagem com dois núcleos (Figura 4.1) Figura 4.1: Par de elétrons compartilhados 54 Estrutura de Lewis Quando uma ligação iônica se forma, um átomo perde elétrons e outro os recebe até que ambos os átomos atinjam a configuração de um gás nobre. A mesma idéia pode ser estendida para às ligações covalentes. Entretanto, quando uma ligação covalente se forma, os átomos compartilham elétrons até atingir a configuração de um gás nobre. Lewis denominou este principio de regra do octeto. Segundo a regra do octeto, na formação de uma ligação covalente, se dá pelo compartilhamento de elétrons. O Nitrogênio, por exemplo, tem cinco elétrons de valência e utiliza mais três para formar o octeto. O flúor tem sete elétrons de valência e usa mais um para completar o octeto. O neônio já tem um octeto completo e não compartilha elétrons. Podemos usar os símbolos de Lewis, que vimos anteriormente, para descrever ligações covalentes como uma linha () para representar o par de elétrons compartilhado. Assim, a molécula de hidrogênio, formada por átomos de hidrogênio H é representada pelo símbolo HH. Um átomo de flúor tem sete elétrons de valência e utiliza mais um para completar o octeto. Isto pode acontecer pelo compartilhamento de um elétron fornecido por outro átomo como, por exemplo, um outro átomo de flúor: FF + F F FFou Os círculos desenhados em torno de cada átomo de F são para mostrar que cada átomo adquire um octeto pelo compartilhamento de um par de elétrons. A molécula de Flúor possui pares isolados de elétrons, isto é, pares de elétrons de valência que não participam diretamente das ligações. Os três pares isolados de cada átomo de flúor ligado repelem-se, e essa repulsão é quase suficiente para compensar a atração favorável do par ligante que mantém a molécula de F unida. Essa repulsão é uma das razões 2 da alta reatividade do gás flúor: a ligação entre os átomos da molécula de F é muito fraca. Dentre as moléculas diatômicas, 2 somente o H não em par isolado.2 A estrutura de Lewis de uma molécula os átomos por seus símbolos químicos, as ligações covalentes por linhas e os pares isolados por pares de pontos. As estruturas de Lewis ajudam muito 55 no entendimento das propriedades das moléculas, incluindo suas possíveis reações. Estrutura de Lewis de espécies poliatômicas Cada átomo em uma molécula poliatômica completa se octeto (ou dublete, no caso de hidrogênio) pelo compartilhamento de pares de elétrons com seus vizinhos mais próximos. Cada par compartilhado corresponde a uma ligação covalente e é representado por uma linha entre os dois. A estrutura de Lewis não retrata a forma da molécula, ela apenas indica que átomos se ligam e quais têm pares isolados. De acordo com o número de elétrons, é possível classificar os tipos de ligações. Um par de elétrons emparelhado é chamado de ligação simples. Dois átomos podem compartilhar dois ou três pares de elétrons. Quando dois pares de elétrons são compartilhados entre dois átomos, tem-se uma ligação dupla. Três pares de elétrons compartilhados formam uma ligação tripla. Uma ligação simples, como HH, é escrita H- H, em uma estrutura de Lewis. A ligação dupla como O::O, é escrita O=O. De modo semelhante, uma tripla ligação, como N:::N, é escrita NN. As ligações duplas e triplas são coletivamente chamadas de ligações múltiplas. Como no caso das ligações simples, cada linha representa um par de elétrons. Assim, uma ligação dupla envolve um total de que elétrons e, uma tripla ligação, seis elétrons. Com isso, é possível determinar a ordem de ligação, que o número de ligações que une um par específico de átomos. Logo, a ordem de ligação no H é 1, no O é 2 2 2 e no N é 3.2 Para escrever uma estrutura de Lewis, é necessário saber que átomos estão ligados entre si na molécula. Um átomo “terminal” liga-se somente a um átomo. Por exemplo, os H do metano (CH ). Um átomo “central” liga-se pelo menos a dois 4 outros, dois exemplos de átomo central é o átomo O da molécula de água (H O) e o C no metano (CH ). 2 4 56 Ressonância Algumas moléculas têm estrutura que não podem ser expressas corretamente por uma única estrutura de Lewis. Por -exemplo, o íon nitrato, NO , que é usado na forma de nitrato de 3 potássio, em fogos de artifício e fertilizantes. As três estruturas de Lewis possíveis para íon mostram que sua estrutura difere unicamente na posição da dupla ligação (estruturas I, II e III). As três estruturas são igualmente válidas e têm exatamente a mesma energia. Se somente uma delas fosse correta e as outras não, devíamos esperar duas ligações simples mais longa e uma ligação dupla mais curta, porque uma ligação dupla entre dois átomos é mais curta que uma ligação simples entre o mesmo tipo de átomos. Entretanto, a evidencia experimental é a ligações do íon nitrato são todas iguais, evidenciando que existe uma ressonância entre essas ligações. Mais o que ressonância? À ressonância é uma fusão de estruturas que têm o mesmo arranjo de átomos e arranjos diferentes e elétrons. Ela distribui o caráter de ligação múltipla sobre uma molécula e diminui sua energia. Carga formal Estruturas de Lewis diferentes, em geral, não contribui igualmente para o híbrido de ressonância. É possível decidir que estruturas contribuem mais efetivamente, pela comparação do número de elétrons de valência distribuídos por cada átomo da estrutura com o número de elétrons do átomo livre. Portanto, quanto menor for essa diferença, maior é a contribuição da estrutura para o hibrido de ressonância. A carga formal de um átomo em uma dada estrutura de Lewis é a carga que ele teria se as ligações fossem perfeitamente covalentes e o átomo tivesse exatamente a metade dos elétrons compartilhados das ligações. Em outras palavras, a carga formal leva em conta, o número de elétrons que um átomo “possui” na molécula. Ele “possui” todos os pares de elétrons isolados átomos e metade de cada par compartilhado. A diferença entre esse número e o número de elétrons de valência do átomo livre é a carga formal. Vejamos uma aplicação: O N O O _ O N O O _ O N O O _ I II III Carga formal = NV – (NI + NC) NV = Número de elétrons de valência NI = Número de elétrons presentes nos pares isolados NC = Número de elétrons compartilhados 2 1 57 Quais as estruturas mais prováveis para o dióxido de carbono, CO , (OCO ou COO) e monóxido de dinitrogênio, N O 2 2 (NNO ou NON)? Pelo cálculo da carga formal (Figura 4.2), descobre-se que as estruturas mais prováveis são: OCO para o CO e NNO para o 2 N O.2 4.3 - EXCEÇÕES À REGRA DO OCTETO A regra do octeto explica as valências dos elementos e as estruturas de muitos compostos. Cabono (C), nitrogênio (N) e Flúor (F) obedecem rigorosamente à regra do octeto, desde que existam elétrons disponíveis em número suficiente. Entretanto, átomos como fósforo (P), enxofre (S), Cloro (Cl) e outros não metais do período 3 e seguintes podem acomodar mais de oito elétrons na camada de valência. Mas como reconhecer as exceções à regra do octeto? Vejamos algumas exceções. Radicais Algumas espécies têm número impar de elétrons de valência, o que significa que pelo menos um de seus átomos não pode ter um octeto. Espécies que têm elétrons com spins não- emparelhados são chamadas de radicais. Os radicais têm
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