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Centro Universitário Estácio
Estágio Supervisionado II e III
Acadêmica: Manuela Rodrigues Rosendo
Matrícula: 20130833404-4
Preceptora: Myrla Soares Aguiar
Seminário: Lesões Ligamentares de Joelho
O joelho é uma das articulações mais complexas do corpo humano e, em razão da sua localização anatômica, é particularmente vulnerável aos traumas, principalmente nos esportes. A estabilidade da articulação depende da estrutura óssea, dos meniscos, da musculatura e principalmente dos ligamentos localizados entre o fêmur e a tíbia. Destacam-se o ligamento cruzado anterior (LCA), o ligamento cruzado posterior (LCP), o ligamento colateral medial (LCM) e o colateral lateral (LCL). O ligamento cruzado anterior é o ligamento mais lesado do corpo, e vários fatores estão relacionados com esta ocorrência, como características anatômicas próprias do indivíduo, menor espaço entre os côndilos ósseos (intercôndilo), fazendo com que o LCA que ali se localiza se choque contra o osso, levando a ruptura.
Lesão do Ligamento Colateral Medial:
Essa é a lesão ligamentar mais comum do joelho. Quando o paciente é acometido de maneira isolada por uma lesão nesse ligamento, tende a apresentar dor e inchaço localizado, hemartrose (derrame de sangue dentro da articulação). Em caso de suspeita dessa lesão, todos os ligamentos e meniscos do joelho devem ser examinados, pois podem existir lesões associadas. Tratamento cirúrgico destas lesões é raramente necessário.
Lesão do Ligamento Colateral Lateral:
Lesões deste ligamento são menos comuns se comparadas às ocorrências do medial. Entretanto, quando ocorrem, geralmente são mais graves e raramente são lesões isoladas. Por consequência, o tratamento destas lesões é bem mais difícil.
Lesão do Ligamento Cruzado Anterior:
São lesões ligamentares mais comuns nos esportes em que o pé está fixo ao solo e a perna é rodada com o corpo, como acontece no futebol, basquetebol e esqui, por exemplo. Com a rotação no joelho, o paciente acometido pela lesão poderá ouvir um som no momento exato em que ela ocorrer e não conseguirá prosseguir com a atividade normalmente. Pessoas acima de 30 anos são as mais suscetíveis a incidência desta lesão.
 Lesão do Ligamento Cruzado Posterior:
A sua lesão é muito menos comum que a do cruzado anterior. Lesão isolada usualmente é resultado de queda sobre o tubérculo tibial, ou trauma diretor do tubérculo tibial contra o painel em acidente de automóvel.
Normalmente, as lesões ligamentares ocorrem em decorrência de atividades atléticas de contato ou não. Existem 3 graus que as classificam: 1º grau – entorse do ligamento sem instabilidade; 2º grau – entorse com instabilidade detectável, porém com continuidade das fibras; 3º grau – ruptura completa do ligamento. Mas as lesões ligamentares não surgem somente em virtude de práticas esportivas, também podem ser causadas por ocasião de acidentes de trânsito ou mesmo quedas.
O LCA é um restritor primário do joelho, sendo responsável por mais de 80% da estabilização anterior da tíbia em relação ao fêmur (evita o desvio anterior da tíbia). A maioria das lesões do LCA está relacionada à prática desportiva, principalmente aqueles esportes que exigem mudanças rápidas de direção. São lesões mais frequentes na segunda e terceira década de vida e, apesar do aumento da incidência no sexo feminino, ainda predominam na população masculina. A história clínica e o exame físico vão frequentemente permitir um diagnóstico.
Os pacientes referem, com clareza, o movimento do trauma. Os pontos fundamentais da história clínica, que sugerem a lesão do LCA, incluem um trauma isolado sem contato físico, um estalido audível ou perceptível no momento do trauma, o aparecimento de aumento de volume no joelho, resultado da ruptura da vascularização do LCA e sangramento intra-articular.
A confirmação diagnóstica vem através de manobras do exame físico como a de Lachman, que avaliam a integridade ou não do ligamento, associado a exames de imagem (ressonância magnética). Com relação à escolha do tratamento, deve-se levar em consideração fatores relativos ao paciente, como sexo, idade, ocupação, nível de participação esportiva, lesões intra-articulares associadas, grau de frouxidão do joelho e expectativas para o futuro. 
O tratamento conservador associado a um rigoroso programa de reabilitação pode trazer um nível de função satisfatório àqueles pacientes que não desejam retomar qualquer tipo de atividade física. A idade há muito tempo deixou de ser fator decisivo na indicação, ou não, do tratamento cirúrgico da lesão do LCA. A tendência atual para as lesões do LCA, porém, é ser mais intervencionista, pois as reconstruções ligamentares têm apresentado bons resultados devido ao aperfeiçoamento no diagnóstico, na técnica cirúrgica e na reabilitação pós-operatória. O objetivo é reconstruir o LCA, utilizando-se de tendões do próprio indivíduo, que serão fixados ao fêmur e tíbia através de parafusos, até que haja integração do tendão ao osso e a transformação em um novo ligamento. As opções principais são o terço central do tendão patelar e os tendões flexores do joelho. O objetivo da cirurgia é devolver a estabilidade ao joelho, impedindo novos falseio e a lesão de outras estruturas como meniscos e a cartilagem do joelho. 
Segundo a literatura, o índice de resultados satisfatórios com a cirurgia, está em torno de 90 a 94%. Entre as principais complicações deste tratamento estão a persistência de instabilidade, a ruptura do enxerto (3 a 4%), a infecção entre outras. Outro importante ligamento do joelho é o LCP, cuja função é a oposta do LCA, ou seja, a de evitar o desvio posterior da tíbia em relação ao fêmur. A lesão está mais relacionada a acidentes moto ciclísticos e automobilísticos, onde um trauma direto na região anterior da tíbia pode levar a ruptura do LCP. Apesar de menos frequente, a lesão também pode estar relacionada a atividades esportivas. Sua incidência geral é menor comparada ao LCA, correspondendo entre 1% e 44% das lesões agudas no joelho. A lesão pode levar a instabilidade, principalmente em situações que o joelho encontra-se flexionado, além de dor na região anterior do joelho, em pacientes com lesão crônica e completa do LCP não tratada cirurgicamente. O diagnóstico, assim como no LCA, é feito através de manobras para avaliação da integridade do LCP, como manobra da gaveta posterior, e exame de imagem (ressonância magnética). Nas lesões completas do LCP (grau 3), o tratamento preferencial é o cirúrgico. As lesões incompletas, chamadas de grau 1 e 2, podem ser tratadas conservadoramente, através de programa de reabilitação que visa compensar a deficiência ligamentar, através do fortalecimento muscular global. A substituição do LCP lesado por tendões do próprio paciente (reconstrução), é a técnica preconizada em casos cirúrgicos. A lesão de outros ligamentos associado ao LCP, como a dos ligamentos da região póstero lateral do joelho, é frequente, principalmente nas lesões completas do LCP. O resultado da reconstrução do LCP tem melhorado com o maior entendimento da anatomia e biomecânica do ligamento e com aparecimento de novas técnicas cirúrgicas, porém é inferior quando comparado ao resultado da reconstrução do LCA. Entre as principais complicações do tratamento cirúrgico estão a persistência de algum grau de instabilidade posterior do joelho, risco da lesão vascular ou nervosa, infecção, entre outros. 
A lesão dos ligamentos cruzados pode ocorrer isolada ou associada a ligamentos da região periférica do joelho como o LCM. Em geral, a lesão deste ligamento, que tem como finalidade impedir a abertura do lado interno do joelho, tem bom prognóstico com tratamento conservador, sendo este o tratamento de eleição para esta lesão. Raras são as indicações cirúrgicas. Quando a lesão ocorre, um período de imobilização de 4 a 6 semanas geralmente é suficiente para promover a cicatrização do LCM. Por outro lado, a lesão do LCL, que é importante estabilizador do varo (abertura da região lateral do joelho), tem no tratamento cirúrgicosua principal forma terapêutica. Normalmente as lesões são de maior magnitude e a imobilização não promove uma cicatrização ideal desta estrutura. O correto reconhecimento de possíveis lesões associadas ao LCA ou LCP, é de vital importância para o sucesso do tratamento, seja ele conservador ou cirúrgico.
O tratamento fisioterapêutico para a reabilitação do joelho deve ser escolhido pelo próprio fisioterapeuta que irá tratar o indivíduo. Algumas técnicas que ele poderá utilizar são:
Laser: para diminuir a dor e facilitar a cicatrização;
Gelo: para diminuir o inchaço e anestesiar o local para a massagem transversa profunda;
Mobilização articular manual: para lubrificar a articulação, conferir amplitude de movimento e soltar aderências;
Mobilização da patela: para aumentar a flexão do joelho;
Tração do joelho: para aumento do espaço interarticular;
Corrente russa: para melhorar o tônus muscular da coxa anterior e posterior;
Exercícios com Thera-band: para ganho de força global com os músculos da coxa e da perna;
Exercícios de propriocepção com os olhos abertos e fechados.
REFÊRENCIAS
PALMER, M. L; EPLER, M. E. Técnicas de avaliação musculoesquelética. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

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