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Veias do abdome

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Milena Araujo – XLIX 
Veias do abdome 
Grande maioria acompanha as artérias. Há também sistemas importantes como o sistema portal do fígado e o sistema venoso vertebral. 
Sistema da veia porta do fígado 
Sistema porta drena todo o tubo digestório, extremidade inferior do esôfago à parte superior do canal anal, pâncreas e vesícula biliar. O sangue venoso é levado pela veia porta para o fígado, ela se divide para formar sinusoides hepáticos, que drenam para as tributárias das veias hepáticas que desembocam, por fim, na veia cava inferior. 
A circulação portal é um tipo de circulação particular, no qual uma veia se interpõe entre duas redes de capilares. A veia porta está interposta entre a rede capilar do tubo digestivo e a rede de capilares sinusóides hepáticos; trata-se de um mecanismo capaz de transportar substancias de um local para outro. 
A veia porta do fígado, resulta da união das veias mesentérica superior e esplênica, posteriores ao colo do pâncreas e vão para o fígado. No hilo hepático a veia porta se divide em ramos direito e esquerdo antes de penetrar no fígado com os ramos correspondentes da artéria hepática e do ducto hepático comum. 
A veia porta situa-se posteriormente ao duodeno, à artéria gastroduodenal e ao ducto colédoco. Ascendo do omento menor e faz parte do limite do forame omental. 
Veia cava inferior 
Recebe sangue dos membros inferiores, sangue do dorso, das paredes e do conteúdo da pelve e abdome. A veia cava inferior forma-se pela confluência das duas veias ilíacas comuns, ligeiramente abaixo e à direita da bifurcação da aorta. 
As veias ilíacas comuns formam-se pela fusão das veias ilíacas externa e interna de cada lado. A veia cava inferior ascende à direita da aorta e desemboca no átrio direito. É uma estrutura retroperitoneal que é posterior ao duodeno, pâncreas, à veia porta e ao fígado; constitui um limite do forame omental. 
Suas tributárias: 
Veias ilíacas comuns formadas pela confluência das veias ilíacas externa e interna, drenam os membros inferiores e a maior parte da pelve;
Veias gonadais, a direita desemboca na veia cava inferior e a esquerda é tributária da veia renal esquerda. 
Veias renais anteriores a artéria correspondente; a esquerda drena o rim e a glândula suprarrenal pela veia suprarrenal, a gônada via veia gonadal esquerda e o diafragma pela veia frênica esquerda. 
Veias frênicas inferiores, a da direita desemboca na veia cava inferior, e a da esquerda na veia suprarrenal e essa por fim na veia renal esquerda. 
Veias hepáticas são três vasos de grande calibre drenam na veia cava inferior antes dela perfurar o diafragma. A veia hepática direita tem trajeto intra-hepático e separa os segmentos anterior e posterior do lobo direito. A veia hepática média no plano interlobular juntamente com a veia hepática esquerda plano que separa os segmentos medial e lateral do lobo esquerdo. 
Veias lombares são quatro ou cinco acompanham as artérias e tem como afluentes posteriores drenam as estruturas do dorso e tem conexões sistema venoso vertebral. As lombares desembocam na veia cava inferior ou na veia ilíaca externa. 
Além disso, comumente estão unidas por uma veia conectante vertical, a veia lombar ascendente. A da direita une-se com a veia subcostal direita e forma veia ázigo. A veia lombar ascendente esquerda também se une com a veia subcostal esquerda mas forma a veia hemiázigo. 
Sistema venoso vertebral 
É constituído por dois plexos venosos, interno e externo que se comunicam entre e si e com os sistemas venosos da caba superior e inferior e da veia porta. 
O plexo vertebral interno situado no canal vertebral no espaço epidural, possui diversas veias avalvuladas e plexiformes. Superiormente comunica com os seios venosos da base do crânio recebe tributárias da medula espinhal e dos corpos das vértebras. É drenado por veias intervertebrais que passam através dos forames intervetebrais, lombares e sacrais laterais. 
O plexo vertebral externo, porção anterior dos corpos das vértebras, na face externa dos arcos vertebrais é dividido em anterior e posterior. O primeiro recebe veias através do corpo das vertebras e os segundos recebem os afluentes pelo ligamento amarelo. 
Na região cervical há livre comunicação entre os plexos com as veias occiptais e as veias profundas do pescoço, estão ainda unidas ao seio transverso por veias emissárias e as veias vertebrais. Na região torácica, lombar e pélvica há conexões com as veias ázigo, lombares ascendente e sacrais laterais. 
Anastomoses entre os sistemas venosos 
Possuem importância funcional no retorno venoso e importância clinica como vias alternativas em casos de obstrução venosa (hipertensão portal da cirrose) ou ainda na propagação de tumores ou de infecções. 
As conexões são avalvuladas, o sangue flui em qualquer sentido, utilizando da diferença de pressão. Durante a inspiração a pressão intratorácica diminui e a diferença de pressão entre os capilares e o coração aumenta, por outro lado, a inspiração provoca uma elevação de pressão intra-abdominal, devido ao movimento descendente do diafragma que comprime as vísceras abdominais. Assim, durante a inspiração o retorno venoso aumenta, o sangue flui para o plexo vertebral, a partir do abdome, sai do plexo vertebral no tórax, para o sistema ázigo e para a veia cava superior. O inverso ocorre durante a expiração. 
O fluxo de sangue do abdome e da pelve para o plexo vertebral é acentuado. É fácil compreender que as células tumorais das cavidades pélvicas, torácica e abdominal, bem como de tumores de mama, possam penetrar no sistema venoso e ser conduzida para os plexos vertebrais no momento de uma inversão de fluxo sanguíneo. 
Por outro lado, o plexo vertebral oferece suas vantagens nos casos de obstrução de grandes troncos venosos, pois, juntamente com o sistema ázigo, constituem verdadeiros curto-circuitos ao sistema das veias cavas. Uma obstrução da cava superior entre a ázigo e o átrio direito é mais grave porque, neste caso, a cava inferior é o único canal de retorno disponível. 
As obstruções da cava inferior também não impedem o retorno venoso, o sangue pode fluir por veias da parede do tronco ou chegar a cava superior pelos plexos vertebrais. 
Anastomoses porto-sistêmicas 
São comunicações da veia porta do fígado e tributária das veias cavas superior e inferior; se a pressão portal eleva-se acima do normal (hipertensão portal) o fluxo sanguíneo pode reverter no sentido daquelas anastomoses. 
Principais anastomoses:
Plexo venoso esofágico drena inferiormente para a veia gástrica esquerda, ou seja, para o sistema porta. Em última análise, o plexo esofágico drena para a veia ázigo e por fim para a veia cava superior. 
Plexo venoso nas colunas anais do canal anal drena para veia retal superior que é tributária da veia mesentérica inferior e está da veia porta. As colunas estão ainda em contato com as veias retais média e inferior que são tributárias da ilíaca interna e consequentemente da cava inferior. 
Veias para-umbilicais, no ligamento falciforme, unem o ramo esquerdo da veia porta às veias superficiais da região umbilical. As veias para-umbilicais são parte do canal tronco-epigástrico e tem conexões com a veia torácica lateral que é tributária da cava superior e a veia epigástrica superficial que é tributária da cava inferior. 
Doenças como cirrose ou comprometimento da veia porta causam aumento anormal da pressão na veia porta: hipertensão portal. Como o sistema porta é avalvulado, o aumento de pressão é transmitido a todo o sistema e o sangue tende a se desviar para o sistema de cavas, superior, inferior, onde a pressão é menor. Assim, as anastomoses tornam-se dilatadas, e as comunicações gastroesofágicas são importantes porque sob a vista clínica, elas dilatam e tornam-se varicosas sujeitas a hemorragias graves. As comunicações retais também podem se tornar varicosas, resultando nas hemorroidas internas. 
As comunicações porto-sistêmicas no nível da cicatriz umbilical quando dilatadas causam o que é denominadacabeça de medusa. 
O tratamento da hipertensão portal desvia o sangue do sistema porta para o sistema cava por meio de uma anastomose cirúrgica direta, porto-cava inferior; ou indireta entre as tributárias. 
Drenagem linfática do abdome 
Os vasos linfáticos drenam as vísceras abdominais, pélvicas e períneo acompanham os vasos sanguíneos e por fim chegam a duas longas cadeias de linfonodos que estão situados de cada lado da aorta abdominal e das ilíacas comuns – grupo lombar. 
Há três grupos de linfonodos próximos aos troncos de irrigação do abdome: grupo celíaco, mesentérico superior e mesentérico inferior, seus vasos linfáticos abrem na cisterna do quilo que se localiza no início do ducto torácico. 
Os vasos linfáticos provenientes das vísceras podem passar por linfonodos intermediários antes de alcançar os linfonodos lombares, mas na última analise a drenagem é feita pelo ducto torácico.

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